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Turismo de Base Comunitária Módulo 1

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Turismo de Base
Comunitária – Módulo 1
Site: Ambiente EAD - MMA
Curso:
Curso Turismo de
Base Comunitária -
Turma 01/2021
Livro:
Turismo de Base
Comunitária –
Módulo 1
Impresso
por:
RIOMAR BRUNO
DOS SANTOS
FERREIRA
Data:
terça, 13 Abr 2021,
07:50
Sumário
Introdução
Turismo: entendendo o conceito
Diferentes turismos para diferentes turistas: como
caracterizar oferta e demanda
Ecoturismo
Turismo de Base Comunitária (TBC)
Unidades de Conservação: possibilidades de manejo
Referências
Introdução
O mundo está mudando. Hoje é possível ver que
as discussões sobre o meio ambiente estão cada
vez mais presentes no nosso dia a dia e
organizações, trabalhadores, clientes, governos,
en�m, diferentes pessoas e integrantes de
diversos setores econômicos estão buscando se
adaptar a essa realidade.
Nesse movimento, as pessoas adquiriram novos
hábitos e comportamentos de consumo. A busca
por experiências vem ganhando espaço no
mercado de turismo.
Escolhas são feitas levando em consideração
novos fatores, como, por exemplo, modelos de
produção e consumo que considerem os atores
envolvidos, os impactos ambientais, a valorização
da cultura local, o respeito aos povos tradicionais,
a empatia e a troca de conhecimentos; e práticas
mais sustentáveis. Mas, o que exatamente é
sustentabilidade?
De acordo com a Organização das Nações Unidas
(ONU) o Desenvolvimento Sustentável é um
modelo de desenvolvimento que busca atender as
necessidades das atuais gerações de forma a
garantir o uso para as gerações futuras.
O
tripé da sustentabilidade social, econômica e
ambiental é a característica principal desse
modelo. Ou seja, uma maneira de produzir,
comercializar, consumir e viver que respeita e
valoriza o meio ambiente, assegurando a geração
de renda ao mesmo tempo que promove a
conservação dos recursos naturais e do
patrimônio histórico e cultural.
Essa ideia surgiu por volta dos anos 70 quando
alguns pesquisadores e personagens políticos
debateram na Conferência de Estocolmo (1972) os
riscos do crescimento econômico a qualquer
custo. O conceito de desenvolvimento sustentável
foi consolidado em 1982, na ocasião da
elaboração do documento “Nosso Futuro Comum”,
também conhecido como Relatório Brundtland,
sendo considerado um marco importante por
orientar novas práticas e comportamentos
sustentáveis a serem adotados pelos países
participantes.
A partir disso, foram realizados outros encontros
como a Rio 92 e, mais recentemente, a Rio +20,
onde dados sobre desmatamento, poluição,
mudanças climáticas, extinção de espécies,
vivência de comunidades tradicionais foram
debatidos e as orientações foram renovadas. Entre
as décadas de 1990 e 2000 foram traçados os
Objetivos do Milênio e em 2015 eles foram
atualizados para os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável, dispostos na Agenda 2030 que foi
pactuada entre 192 países e o Brasil.
A PNPCT busca promover o desenvolvimento
sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais, trabalhando no reconhecimento,
fortalecimento e garantia dos seus direitos
territoriais, ambientais, culturais, sociais e
econômicos, respeitando e valorizando sua
identidade, suas formas de organização e suas
instituições.
Compreender o conceito da sustentabilidade é de
suma importância no contexto desse curso para
que possa ser incorporado no conceito de turismo.
Então vamos começar a entender mais sobre o
turismo e como fazer dele uma oportunidade para
você!
Turismo: entendendo o
conceito
O turismo é uma atividade que, de alguma forma,
está presente na vida de todos. Mesmo que você
ainda não tenha feito uma viagem, você já pode ter
usufruído de algum equipamento turístico ou ter
sido impactado pela dinâmica na sua cidade.
Viajar é um desejo comum de muitas pessoas.
Podemos considerar outras dimensões dessa
de�nição. Você sabia que o turismo quando
explorado “a partir de sua vivência de tempo livre,
de ócio, de uma vivência lúdica e privilegiada do
tempo livre, ele pode ser capaz de promover
autoconhecimento, capacidade crítica e
emancipação”? (FAZITO et al., 2018). Essa ideia
chama atenção para os benefícios que vão além
da obtenção de renda e geração de empregos, já
que é muito comum que o foco das justi�cativas
sejam nesses últimos fatores. Mas saber que o
turismo dialoga diretamente com o tempo livre e
como isso pode ser engrandecedor para quem faz
parte dele é também absorver mais
profundamente o quão valoroso para o próximo
pode ser sua iniciativa.
Além de ser uma ótima alternativa de lazer, o
turismo, de fato, é uma atividade que se destaca
na economia por gerar emprego e renda nos locais
em que ocorre. A renda que ele traz não se
restringe aos trabalhadores diretos da área (como
guias ou hoteleiros). Existem outros serviços que
também ganham com a presença e o consumo de
visitantes, como o setor de transportes,
alimentação, entretenimento e o comércio em
geral. Essa capacidade é conhecida na economia
como efeito multiplicador do turismo.
Para atender as expectativas dos turistas, a região
necessitará de serviços básicos da cadeia, como
transportes, para acessar o destino. Portanto, no
esquema apresentado a seguir, todos os
elementos citados possuem alguma relação. A
cadeia representa a união entre esses diferentes
elos presentes na dinâmica turística. É possível
que o turista escolha uma agência de viagens para
fazer a intermediação com os serviços que
necessita reservar ou contatar antes da viagem,
economizando assim seu tempo. De qualquer
forma, por contato direto ou indireto com os
equipamentos, serviços e atrativos do destino, o
turista, idealmente, alcançará seu objetivo
principal.
O turismo atua como um sistema em que se
espera que todas as partes trabalhem
corretamente para que o todo funcione. Dessa
forma, um destino turístico não pode contar
somente com um atrativo - que pode ser um
recurso natural, como uma cachoeira ou a praia,
um recurso cultural, como eventos e celebrações
ou roteiros - para gerar um �uxo de visitação
recorrente.
É necessário, primeiramente, que o turista saiba
que o atrativo existe e tenha informações sobre
como chegar (promoção e agenciamento). Após
isso, ele precisa ter acesso seguro ao local
(infraestrutura e transportes) e dependendo da
experiência, ter a garantia que tenha um lugar para
descansar (hospedagem) e fazer suas refeições
(alimentação).
Esquema Representativo da Cadeia Produtivo do
Turismo
Algumas instituições também são partes
importantes desse sistema e trabalham em prol de
seu desenvolvimento, como os governos dos
diferentes níveis: municipal, estadual (Secretarias)
e federal (Ministérios), que acompanham o setor o
promovendo, monitorando seu �uxo, investindo
em infraestrutura e capacitando pessoas
interessadas em trabalhar no setor. Além deles,
Universidades também acompanham com
projetos e pesquisas e são parceiros essenciais
para o crescimento da atividade.
Podem existir lacunas ou falhas nesse sistema,
mas isso não impede que você comece a trabalhar
com uma iniciativa de turismo em sua região.
Muitas atividades começam a se mover quando
estimuladas por outras a partir do momento que
visualizam o retorno que essa dinâmica pode
gerar.
Você se lembra do que falamos sobre
sustentabilidade? Devemos priorizar as virtudes
do que é ofertado e estabelecer um sistema de
turismo estruturado, de forma a garantir que a
comunidade possa contar com o turismo para
complementar sua renda, tanto para essa quanto
para as futuras gerações.
Temos alguns nomes para falar sobre o turismo
que é praticado de forma ética, assegurando o
bem-estar da população, a preservação do meio
ambiente e a capacidade de geração de renda a
longo prazo. O mais conhecido é o Turismo
Sustentável. Ele surge como uma alternativa que
considera determinados pressupostos para seu
desenvolvimento, como a garantia da conservação
do meio ambiente, a equidade social e a e�ciência
econômica do destino. É importante salientar que
não cabe a ele a responsabilidade por todo o
desenvolvimento sustentável de um local,
entretanto, ele pode ser umimportante indutor do
alcance de outras metas sociais mais amplas que
foram pensadas para a região (COSTA, 2013;
MCCOOL, 2016).
Existem segmentos do turismo que se aproximam
mais desse viés de sustentabilidade, como o
Ecoturismo ou o Turismo de Aventura, por
utilizarem os ambientes naturais ou próximos à
natureza como atrativo ou principal lugar de
realização. Porém, o ideal é que todos os
segmentos turísticos incorporem práticas
sustentáveis nas suas operações. Vamos falar
mais deles a seguir.
Diferentes turismos para
diferentes turistas: como
caracterizar oferta e
demanda
O mercado turístico é composto, basicamente, por
oferta e demanda, ou seja, serviços turísticos que
são oferecidos e pessoas que querem consumi-
los. Algumas características vão de�nir ambos e
conhecê-las melhor pode facilitar o encontro entre
essas duas partes. Vamos começar pela oferta
turística.
Os destinos turísticos possuem diferentes
atrativos, equipamentos ou estão localizados em
ambientes com per�s especí�cos, como em
regiões rurais que têm como produto principal a
visita a vinícolas ou a estada em hotéis-fazenda,
por exemplo. Sabendo quais são seus potenciais,
é mais fácil direcionar esforços para planejar e
gerir aquilo que você sabe que pode atrair um
�uxo de visitantes.
O turismo também foi segmentado para que os
órgãos responsáveis possam orientar a condução
de suas atividades. Atualmente, os segmentos
reconhecidos pelo Ministério do Turismo são:
Ecoturismo, Turismo Cultural, Turismo de Estudos
e Intercâmbio, Turismo de Esportes, Turismo de
Pesca, Turismo Náutico, Turismo de Aventura,
Turismo de Sol e Praia, Turismo de Negócios e
Eventos, Turismo Rural e Turismo de Saúde
(BRASIL, MTUR, 2006).
Você já pode ter escutado falar em outros
segmentos de turismo, como o turismo
gastronômico, mas, na verdade, ele pode ser
inserido no turismo cultural e é bastante presente
no turismo rural. Os segmentos citados acima
abarcam um conjunto de características mais
amplas e não excluem a possibilidade de, em um
mesmo destino, dois ou mais deles serem
identi�cados. Por exemplo: em uma cidade
litorânea é possível identi�car como segmento
principal o Turismo de Sol e Praia, mas ela
também pode oferecer visitas a bens culturais
valiosos (Turismo Cultural) que podem ser
atrativos para potenciais turistas. Os produtos
podem ser trabalhados separadamente e podem
ser interligados por roteiros turísticos. De qualquer
forma, o destino poderá desenvolver ambos.
Veremos na próxima seção que o TBC não é um
segmento, mas sim uma forma de se organizar e
trabalhar o turismo na sua comunidade,
independente do segmento identi�cado.
Dentre os segmentos mencionados, em iniciativas
de TBC é mais comum a presença do Ecoturismo,
pois ele “utiliza, de forma sustentável, o patrimônio
natural e cultural, incentiva sua conservação e
busca a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do
ambiente, promovendo o bem-estar das
populações” (BRASIL, MTUR, 2006, p.9). Por isso,
muitas iniciativas de TBC se concentram em áreas
naturais e, pela importância de enfatizar o respeito
ao meio ambiente, o Ecoturismo é muito presente
em sua prática.
Outro segmento de destaque é o Turismo Cultural,
que se baseia na ”vivência do conjunto de
elementos signi�cativos do patrimônio histórico e
cultural e dos eventos culturais, valorizando e
promovendo os bens materiais e imateriais da
cultura” (BRASIL, MTUR, 2006, p. 13). Como no
TBC o que é oferecido ao visitante, comumente, é
vinculado diretamente à cultura local, esse
também é um segmento habitual.
Visitantes de todas as idades, gêneros, classes,
pro�ssões e lugares são bem-vindos. Entretanto,
algumas características pessoais podem impactar
em suas escolhas. Por exemplo, é mais comum
jovens realizarem Turismo de Estudos e
Intercâmbio. Não quer dizer que pessoas com
mais idade não realizem, mas pelo fato de os
jovens estarem ainda em período escolar, a idade
é um fator marcante na escolha por esse
segmento.
É possível usar vários critérios para segmentar a
demanda, como: recorte geográ�co,
comportamental, por padrão de consumo, etário
ou socioeconômico, entre outros. Selecionar esses
critérios e conhecer mais o potencial turista auxilia
no direcionamento preciso do seu material
promocional, além de te ajudar nas adequações
necessárias em seu atrativo ou equipamento, a
depender da expectativa ou necessidade daquele
visitante.
Falaremos mais sobre o per�l do viajante de TBC
na próxima seção e como direcionar seu produto
para eles no segundo módulo. Mas é importante
reforçar que, independentemente do turista, deve-
se buscar o respeito mútuo, à natureza e à cultura
local. Inclusive, você pode ter um papel ativo na
conscientização dos seus visitantes em relação à
valorização da sua cultura e da preservação do
meio ambiente.
Clique no "play" para visualizar o vídeo
Os principais tipos de turismo que devem ser
buscados em qualquer iniciativa são:
Considerando o cenário de crise em decorrência
da pandemia da Covid 19, com consequências
para a saúde e a economia, as previsões para o
mercado do turismo apontam um retorno gradual
das atividades, inicialmente com o aumento nas
viagens domésticas, de curta distância, com maior
contato com a natureza e feitas de forma mais
consciente, com, potencialmente, um benefício
maior para pequenas comunidades. A
Organização Mundial do Turismo acredita que,
pelo turismo ser capaz de reaproximar as pessoas,
ele será um importante vetor de solidariedade nos
próximos anos (UNWTO, 2020).
Ecoturismo
O fomento e a promoção de ações voltadas ao
desenvolvimento do turismo de base comunitária
e das cadeias produtivas associadas constituem
focos estratégicos do desenvolvimento e proteção
do Meio Ambiente. Atividades de visitação em
áreas protegidas, entre outras, ativam a cadeia
longa do turismo, atingindo positiva e diretamente
as economias municipais, estaduais e regionais. O
turismo de base comunitária também promove,
diretamente, a educação ambiental ao permitir
uma melhor e mais ampla conscientização
ambiental, apreço pela natureza e entendimento
de suas fragilidades e potencialidades.
O turismo de base comunitária, por exemplo, é
uma alternativa para desenvolver o turismo em
várias regiões do país, gerando um círculo virtuoso
que gera melhor proteção ambiental das áreas
protegidas.
As áreas ganham ao receberem investimentos que
não seriam possíveis se dependessem
exclusivamente do Poder Público; as populações
do entorno ganham pelo incremento do turismo e
subsequente melhoria do mercado de trabalho e
da renda; os Governos municipais, estaduais e
Federal ganham com aumento de arrecadação de
impostos e divisas estrangeiras assim como
ganha o meio ambiente, mais protegido, admirado
e compreendido.
É previsto que a implementação de projetos de
Turismo de Base Comunitária gere um aumento do
�uxo turístico, com consequente benefício para as
regiões visitadas, para os municípios situados nos
seus entornos com a geração de emprego, renda e
desenvolvimento socioeconômico, o aumento da
arrecadação de impostos, a melhoria do diálogo
com as comunidades e dos serviços prestados à
comunidade local e aos visitantes.
Executar essas estratégias, por meio da sua
iniciativa de TBC, além de contribuir para a
conservação do meio ambiente, do patrimônio
natural e cultural da sua localidade, pode também
agregar valor ao seu produto e aumentar o seu
retorno. Os turistas que optam pela prática do
Ecoturismo, em geral, já adotam um
comportamento voltado à preservação e ao
respeito pelo ambiente em que eles estão
inseridos. É comum que eles demonstrem
interesse em conhecer melhor a biodiversidade
local, buscando a oferta de outros serviços e o
consumo de produtos da própria região.
De acordo com o ICMBio (SOUZA; SIMÕES, 2019) -
que analisou as contribuições econômicas do
turismo para Unidades de Conservação e
proximidades - os impactos econômicos desse
tipo de atividade afetam diretamente o mercado
turístico e, indiretamente, outros negócios locais.
Turismo de Base
Comunitária (TBC)Já mencionamos anteriormente que o turismo traz
retornos positivos para uma localidade. No início
dos anos 2000, um grupo de pessoas interessadas
nessa questão (pesquisadores, consultores e
trabalhadores do turismo) começou a discutir
sobre como a distribuição desses retornos
positivos poderia ser feita de forma mais justa e
equitativa para mais participantes do sistema
turístico.
Uma fração considerável da economia turística
ainda se concentra em grandes empresas, setor
importante na geração de empregos, promoção e
desenvolvimento de destinos, mas percebeu-se
que o turismo também pode ser muito bem
aproveitado quando a gestão é realizada pela
população local. Por meio da participação direta
na concepção dos projetos e nas tomadas de
decisão sobre os investimentos locais,
comunidades tradicionais poderiam assegurar sua
permanência e desenvolver a valorização da
cultura local (ARAÚJO, 2011). Nesse contexto
nasce o Turismo de Base Comunitária.
Logo, o que distingue o TBC dos demais tipos de
turismo é sua organização ser realizada pelos
próprios habitantes do destino turístico, sem o
repasse do controle sobre a forma de condução da
atividade para empresas desvinculadas do
território. Nessa forma de gestão, o resultado
esperado ultrapassa os benefícios econômicos da
atividade e se concentra nos encontros e trocas de
experiências genuínas sobre distintos modos de
vida (MALDONADO, 2009).
Para que dê certo, é essencial que o trabalho seja
coletivo, que haja um trabalho conjunto entre os
diferentes empreendedores e prestadores de
serviços ou produtos turísticos da comunidade,
onde responsabilidades são compartilhadas por
todos que também pretendem se bene�ciar com o
TBC. Esse diálogo promove o reconhecimento de
seus valores, a integração e organização da cadeia
produtiva local e o empoderamento de seus
participantes, o que contribui também com a
contenção do êxodo de comunidades tradicionais
e de trabalhadores jovens dos seus locais de
origem.
Mas como saber se o que você tem a oferecer ao
mercado pode ser uma iniciativa de Turismo de
Base Comunitária? É importante identi�car se sua
comunidade está apta a ser um destino turístico
para que não ocorram problemas quanto à
recepção dos moradores locais e à adequação da
infraestrutura para a movimentação desejada.
Além dos elementos indicados na seção anterior
(atrativo, acesso e equipamentos/infraestrutura)
estarem condizentes com a proposta de TBC
acima explicada, é imprescindível que as práticas
turísticas respeitem o modelo de gestão
participativo e que a relação custo-benefício seja
satisfatória para todos os seus participantes. O
TBC pode funcionar como um instrumento de
valorização dos recursos naturais e culturais, mas
você deve se atentar para que ele não se torne
prejudicial à comunidade local e à do entorno.
Seguir por essa escolha descaracterizará sua
iniciativa como pertencente à oferta de turismo de
base comunitária.
Nesse sentido, estabeleça um diálogo aberto com
os habitantes da localidade e das proximidades e
busque parcerias para fortalecer sua iniciativa.
Apresente os pontos positivos e esteja receptivo
às críticas, aos questionamentos e ao
compartilhamento de novas ideias e soluções que
possam surgir. A partir disso, estando certo de que
seu produto tenha vocação para ser uma iniciativa
de TBC e estando disposto a trabalhar nessa
dinâmica, você pode seguir con�ante.
Vamos reforçar alguns elementos-chave para que
você possa absorver quais são os aspectos
principais que sua iniciativa ou localidade deve ter
ou desenvolver para ser parte da oferta de TBC no
Brasil. O quadro a seguir, elaborado por Fabrino et
al. (2016), apresenta:
 
ELEMENTOS-CHAVE  DEFINIÇÕES
Dominialidade Refere-se ao grau de domínio da comunidade sobre os aspectos de
controle, propriedade e gestão da atividade turística
Organização comunitária Diz respeito ao modelo e processo de gestão consolidado em torno do TBC,
além de sua interação com o ambiente externo
Ampliação de oportunidades e repartição de
benefícios
Refere-se à existência de mecanismos/acordos que contribuem para a
repartição dos benefícios advindos da atividade turística na localidade e
para a ampliação de oportunidade no acesso de seus membros às
atividades relacionadas ao turismo
Integração econômica Evidencia a integração do turismo com as outras atividades econômicas da
localidade, identi�cando novos arranjos surgidos a partir do seu advento
Interculturalidade Relaciona-se com o intercâmbio cultural e a troca de referências e
experiências estabelecidas entre os turistas e a comunidade local
Qualidade ambiental Refere-se às condições da comunidade com relação ao saneamento
ambiental e, ainda, as formas de manejo dos recursos naturais locais.
Fonte: Fabrino et al. (2016, p.176)
Ter esses aspectos em mente quando planejar e
executar sua iniciativa pode te auxiliar a não
esquecer dos fundamentos do TBC e guiar seus
passos ao caminho do desenvolvimento
sustentável do turismo na sua comunidade.
O Turismo de Base Comunitária conta com uma
forte rede de apoio às comunidades tradicionais
que o praticam.
-------------------------------------------------
O decreto regulamenta o disposto no inciso XI do caput do
art. 5º da Lei Geral do Turismo (nº11.771/08), que dispõe
sobre a Política Nacional de Turismo. O texto integral do
decreto está disponível em:
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/71137356/do1e-
2019-04-11-decreto-n-9-763-de-11-de-abril-de-2019-71137346.
Acesso em 04 de março de 2021.
Unidades de Conservação:
possibilidades de manejo
O Turismo de Base Comunitária se apresenta em
um contexto de preservação da natureza e das
culturas e tradições brasileiras como um vetor de
valorização e proteção das nossas riquezas.
São poucos os casos de legislações especí�cas
que regulamentam políticas de Turismo de Base
Comunitária em municípios ou estados. Podemos
citar os exemplos de legislações em Santa
Catarina, que abrange o turismo rural, e nos
estados do Rio de Janeiro e da Bahia, além de
Projetos de Lei nos estados de São Paulo e de
Minas Gerais.
Essas regras também podem variar de acordo
com o tipo de UC presente em sua região. De
acordo com o SNUC, as UCs estão divididas em
dois grupos principais: Unidades de Conservação
de Proteção Integral, que permitem o uso indireto
dos seus recursos, dependendo do caso, e
Unidades de Conservação de Uso Sustentável que
permitem o uso sustentável de uma parte dos
seus recursos naturais.
Como se tratam de áreas que necessitam de mais
atenção quanto à movimentação de pessoas e ao
uso dos recursos, precisamos olhar para a
legislação pertinente para entender melhor como
você poderá atuar com sua iniciativa de TBC.
Baseado no SNUC e no Decreto nº 4340 de 2002,
foram criados instrumentos de delegação de
serviços de apoio à visitação, já que se tratam de
áreas públicas (logo não podem ser vendidas a
entes privados), mas que podem ser utilizadas de
forma adequada por empresários e pela
população local. Os instrumentos de delegação
são mecanismos legais acordados com a gestão
pública que estabelecem deveres e contrapartidas
para utilização do espaço e dos recursos das UCs
pelo setor privado.
Atualmente, contamos com três instrumentos:
Ao conferir em qual tipo de área protegida sua
iniciativa se insere, você deve procurar o
instrumento de delegação de serviços mais
adequado ao seu caso. Cada um deles possui
diferentes formas de obtenção, e níveis de
facilidades e obrigações distintas. Estude qual se
adequa mais as suas necessidades e �que atento
as chamadas e editais nos portais dos órgãos
responsáveis por elas, como o ICMBio. O quadro
abaixo mostra as principais diferenças entre os
instrumentos.
  Concessão Autorização Permissão
Declaração jurídica Contrato Administrativo Ato Administrativo Ato Administrativo
Forma de    obtenção Licitação Credenciamento Processo seletivo simpli�cado
Ato Não há precariedade Ato precário Ato precário
Tempo de delegação Longo prazo Sem prazo de�nido
(renovação periódica)
Sem prazode�nido
(conveniência e oportunidade
da administração)
Possibilidade de
rescisão/revogação
Rescisão nas hipóteses
previstas em lei. Cabe
indenização se a causa não
for imputável ao
concessionário
Revogação a qualquer tempo
sem indenização, salvo se
outorgada com prazo ou
condicionada
Revogação a qualquer tempo
sem indenização, salvo se
outorgada com prazo ou
condicionada
Acordo Bilateral Unilateral Unilateral
Custos Onerosa Gratuita ou onerosa Gratuita ou onerosa
Investimento
Elevado nível de investimento Baixo nível de investimento ou
sem investimento
Baixo nível de investimento
Uso do bem
Utilização obrigatória de bem
público, conforme �nalidade
concedida
Utilização facultativa do bem
público
Utilização obrigatória de bem
público conforme �nalidade
permitida
Responsável Pessoas jurídicas ou
consórcios de empresas
Pessoas físicas ou jurídicas Pessoas físicas ou jurídicas
Prazo médio para
obtenção
18 meses 3 meses 3 meses
(Fonte: ICMBio, 2020)
Para avançar nessas questões será necessário
que você se organize enquanto sociedade,
empresa ou microempreendedor e procure os
órgãos responsáveis da sua região. Veremos
como fazer isso a seguir. Prepare-se! No próximo
módulo vamos aprender como colocar o TBC em
ação!
Referências
BARTHOLO, R.; SANSOLO, D. G.; BURSZTYN, I.
(org.). Turismo de base comunitária: diversidade
de olhares e experiências brasileiras. Rio de
Janeiro: letra e imagem, 2009. p. 108-119
COSTA, H. A. Destinos do turismo: percursos para
a sustentabilidade. Rio de Janeiro: FGV, 2013.
FABRINO, N. H.; NASCIMENTO, E. P.; COSTA, H. A.
Turismo de Base Comunitária: Uma Re�exão sobre
seus Conceitos e Práticas. Caderno Virtual de
Turismo, v. 16, n. 3, p. 172-190, 2016.
FAZITO, M.; RODRIGUES, B.; NASCIMENTO, E. P.;
PENA, L.C.S. O papel do turismo no
desenvolvimento humano. PAPERS DO NAEA
(UFPA), v. 372, p. 1-21, 2017.
MCCOOL, Stephen F. The Changing Meanings of
Sustainable Tourism. In Reframing Sustainable
Tourism. Stephen F. McCool; Keith Bosak (orgs).
Reino Unido: Springer, 2016.
SNUC – Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza: Lei nº 9.985, de 18 de
julho de 2000; Decreto nº 4.340, de 22 de agosto
de 2002; Decreto nº 5.746, de 5 de abril de 2006.
Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas:
Decreto nº5.758, de 13 de abril de 2006 /
Ministério do Meio Ambiente. – Brasília:
MMA/SBF, 2011.
ICMBIO, Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade, 2019. Turismo de base
comunitária em unidades de conservação
federais: caderno de experiência. Autores: Ana
Gabriela de Cruz Fontoura (et al.) 1ª ed. Brasília –
DF. Disponível em:
https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/publicacoes-
diversas/turismo_de_base_comunitaria_em_ucs_caderno_de_experiencias.pdf
UNWTO, 2020. “Tourism can be a platform for
overcoming the pandemic by bringing people
together, tourism can promote solidarity and trust”:
UN secretary-general Antonio Guterres. Disponível
em: https://www.unwto.org/news/tourism-can-
promote-solidarity-un-secretary-general-antonio-
guterres
ICMBIO, 2020. Para além das concessões:
perspectivas sobre modelos de parcerias em
parques. Instituto Semeia. Disponível em:
ZAOUAL, Hassan. Do turismo de massa ao turismo situado:
quais as transições? Caderno virtual de turismo, v. 8, n. 2,
2008.
BRASIL. Ministério do Turismo. Segmentação do
Turismo: Marcos Conceituais. Brasília: Ministério
do Turismo, 2006.
BRASIL, ICMBio/IBAMA. Interpretação ambiental
nas unidades de conservação
federais/organizadores Antônio Cesar Caetano [et
al.]; colaboradores Bruno Cezar Vilas Boas
Bimbato [et al.]. – [S.l.]: ICMBio, 2018. Disponível
em https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/publicacoes-
diversas/interpretacao_ambiental_nas_unidades_de_conservacao_federais.pdf
SOUZA, T. V. S. B.; SIMÕES, H. B.; Contribuições do
Turismo em Unidades de Conservação Federais
para a Economia Brasileira - Efeitos dos Gastos
dos Visitantes em 2018: Sumário Executivo.
ICMBio. Brasília, 2019. Disponível
em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/publicacoes-
diversas/contribuies_Economicas_do_Turismo__�nal__web.pdf 
Além desses, que são os principais
marcos internacionais sobre o meio
ambiente nas últimas décadas,
podemos ainda destacar no Brasil
momentos importantes da política
ambiental nacional e da conquista por
direitos dos povos tradicionais, entre
eles: a criação do Ministério do Meio
Ambiente, em 1992, do Instituto Chico
Mendes de Conservação da
Biodiversidade, o ICMBio, em 2007, do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis, o
IBAMA, criado em 1989 e da Fundação
Nacional do Índio, a FUNAI, criada em
1967. Outro marco importante foi a
promulgação do Decreto nº 6.040 de 07
de fevereiro de 2007 que instituiu a
Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais (PNPCT).
Para a Lei Geral do Turismo (Lei Nº
11.771, de 17 de setembro de 2008),
considera-se turismo as atividades
realizadas por pessoas físicas durante
viagens e estadas em lugares diferentes
do seu entorno habitual, por um período
inferior a 1 (um) ano, com �nalidade de
lazer, negócios ou outras.
A cadeia produtiva do turismo, portanto é
ampla e dá suporte ao produto turístico que
será ofertado. De acordo com o Ministério
do Turismo, podemos entender esse
produto como “o conjunto de atrativos,
equipamentos e serviços turísticos
acrescidos de facilidades, localizados em
um ou mais municípios, ofertado de forma
organizada por um determinado preço”
(BRASIL, MTUR, 2007, p. 17).
TURISMO
Atividade na qual uma pessoa ou um
grupo de pessoas se desloca para fora
de seu entorno habitual em busca de
práticas de lazer, realização de
negócios, encontro com familiares ou
outras motivações.
Você também pode estar se
perguntando: onde está nessa lista o
Turismo de Base Comunitária?
Do outro lado do mercado está a
demanda turística. Os turistas possuem
características e interesses diferentes.
Logo, precisamos entender os per�s de
demanda para que consigamos fazer a
conexão com o produto ofertado e
assim fazer com que a experiência seja
a melhor possível para os dois lados.

Somente em 2018, a contribuição total
dos gastos dos visitantes na economia
nacional resultou em:
Cerca de 90 mil empregos;
R$ 2,7 bilhões em renda;
R$ 3,8 bilhões em valor agregado
ao PIB;
R$ 10,4 bilhões em vendas;
R$ 740 milhões em vendas diretas
do setor de hospedagem;
R$ 531 milhões do setor de
alimentação.
Diante disso e das inúmeras alternativas
que o conjunto de recursos naturais do país
proporciona, direcionar sua iniciativa de TBC
para ser uma oferta ecoturística é uma
ótima ideia para impulsionar seu negócio,
valorizar sua comunidade e proteger o meio
ambiente em que você vive.
De acordo com o decreto nº 9.763, de 11
de abril de 2019 :
O Turismo de Base Comunitária é um
modelo de gestão da visitação
protagonizado pela comunidade, que
gera benefícios coletivos, promove a
vivência intercultural, a qualidade de
vida, a valorização da história e da
cultura dessas populações e a
utilização sustentável para �ns
recreativos e educativos, dos recursos
da Unidade de Conservação.
1
Ao fortalecer essa rede de
solidariedade, você poderá contribuir
diretamente para a criação de uma
alternativa de renda justa para sua
comunidade, ao mesmo tempo em que
o respeito ao ambiente em que você vive
será apreendido por mais pessoas já
que “o contato direto dos visitantes
tanto com o meio natural como cultural
é uma das características mais próprias
do turismo de base comunitária”
(SANSOLO; BURSZTYN, 2009, p. 155).
Por essa razão é comum que iniciativas
de TBC estejam inseridas ou próximas
às Unidades de Conservação - UCs, as
quais demandam uma atenção especial
no seu manejo. Vamos falar sobre elas a
seguir.
1
Para auxiliar no ordenamento do avanço
urbano e preservar áreas naturais, foi
promulgada a lei nº 9.985/2000 que
instituiu o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, o SNUC.
Esse instrumento serve como principalmarco regulatório voltado à gestão e ao
uso sustentável das áreas protegidas
brasileiras. Para iniciar seu projeto de
TBC, você deve saber se ele se localiza
em uma UC e quais são as regras
especí�cas para a prática de atividades
nela. Pode ser que haja leis estaduais e
municipais que também incidam sobre
seu território e, portanto, você deve
procurar os órgãos responsáveis da sua
região para esclarecer seus direitos,
deveres e restrições quanto ao uso da
área.
O conjunto das UCs de Proteção Integral é
composto por: Estação Ecológica; Reserva
Biológica; Parque Nacional; Monumento
Natural; e Refúgio de Vida Silvestre. Já as
Unidades de Uso Sustentável contemplam:
Área de Proteção Ambiental; Área de
Relevante Interesse Ecológico; Floresta
Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de
Fauna; Reserva de Desenvolvimento
Sustentável; e Reserva Particular do
Patrimônio Natural (SNUC, 2011).
Concessão (com base na Lei n.º
8.987/1965 e no Art. 14-C da Lei n.º
11.516/2007, incluído pela Lei n.º
13.668/2018)
Art. 14C - Poderão ser
concedidos serviços, áreas ou
instalações de unidades de
conservação federais para a
exploração de atividades de
visitação voltadas à educação
ambiental, à preservação e
conservação do meio ambiente,
ao turismo ecológico, à
interpretação ambiental e à
recreação em contato com a
natureza, precedidos ou não da
execução de obras de
infraestrutura, mediante
procedimento licitatório regido
pela Lei nº 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995.
(BRASIL, Lei nº13668/2018)
Autorização (com base no Decreto
n.º 4.340/2002, Art. 25, inciso I e
Art.26)
Art. 25. É passível de
autorização a exploração de
produtos, subprodutos ou
serviços inerentes às unidades
de conservação, de acordo com
os objetivos de cada categoria
de unidade.
Parágrafo único. Para os �ns
deste Decreto, entende-se por
produtos, subprodutos ou
serviços inerentes à unidade de
conservação:
I - aqueles destinados a dar
suporte físico e logístico à sua
administração e à
implementação das atividades
de uso comum do público, tais
como visitação, recreação e
turismo;
(BRASIL, Decreto nº 4340/2002)
Permissão (com base na Lei n.º
9.636/1998 e no Decreto n.º 3.725/
2001)
Art. 22. A utilização, a título
precário, de áreas de domínio
da União para a realização de
eventos de curta duração, de
natureza recreativa, esportiva,
cultural, religiosa ou
educacional, poderá ser
autorizada, na forma do
regulamento, sob o regime de
permissão de uso, em ato do
Secretário do Patrimônio da
União, publicado no Diário
O�cial da União.
(BRASIL, Lei nº9.636/1998)
É importante acompanhar as atualizações
dos decretos e normativas que podem
afetar sua oferta. Por exemplo, em 2018, foi
instaurada a Lei Federal nº 13.668 que
modi�cou alguns pontos da gestão dos
recursos naturais por parte do Ibama e do
ICMBio, acrescentando artigos de interesse
direto do mercado turístico em UCs.
Somado a esses instrumentos existem
portarias e outras instruções normativas
que regulamentam alguns serviços em
UCs, como o transporte de passageiros
(774/2019) e transporte aquaviário de
passageiros (770/2019),
comercialização de alimentos
(771/2019), locação de equipamentos
(772/2019), condução de visitantes
(769/2019) ou regulamentam a
realização de atividades especí�cas,
como eventos (IN 5/2019), mergulho (IN
3/2020), pesca esportiva (91/2020) e a
observação de pássaros (IN 14/2018).
Acompanhe os sítios eletrônicos dos
órgãos estaduais e federais
competentes como o Ministério do Meio
Ambiente, o IBAMA e o ICMBio para
veri�car as atualizações sobre as regras
de manejo em UCs e da legislação
pertinente.

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