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Aspectos Relevantes do Crime e da Pena - ebradi - módulo 5

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Aula I: Sujeitos do crime – I 
 
Caso 01 - Jonas, inconformado com sua demissão, resolve matar seu antigo 
chefe Ricardo. Em um determinado bar da cidade conhece Arnaldo, ao qual 
conta seu plano e solicita auxílio. Após muita conversa Arnaldo decide ajudar, 
emprestando sua arma de fogo à Jonas. Na mesma noite, Jonas mata Ricardo 
utilizando a arma de fogo emprestada por Arnaldo. 
 
Caso 02 - Pedro e seu amigo Ricardo aproveitam determinado feriado para se 
divertir em uma conhecida casa noturna da cidade. Durante a madrugada, Pedro 
inicia uma discussão com Jorge, alegando que este havia flertado com sua 
namorada alguns dias antes. Durante a discussão, Ricardo imobiliza Jorge, 
enquanto Pedro saca uma faca e desfere diversos golpes. A vítima não resiste 
e falece no local dos fatos. 
 
Caso 03 – Nelson possuía o hábito de passear toda manhã com seu cachorro 
em um parque próximo à sua casa. Em uma destas manhãs Nelson se depara 
com Wilson, seu inimigo capital. Tomado pelo ódio, ordena a seu animal de 
estimação que ataque seu inimigo. Em razão do ataque, Wilson falece. 
 
Dentro do tema abordado em aula, indique: 
a) Como podemos conceituar sujeitos do crime e sujeito ativo? 
b) Animais e coisas poderão figurar como sujeito ativo de um crime? Justifique. 
c) Considerando os casos acima apresentados, apresente quais envolvida 
figurarão como sujeito ativo da prática criminosa, especificando a condição de 
cada agente. 
 
RESPOSTA ESPERADA 
a) Como podemos conceituar sujeitos do crime e sujeito ativo? 
Os sujeitos do crime são as pessoas ou entes vinculados à prática e aos efeitos da 
conduta delitiva. Podem ser divididos em sujeito ativo e sujeito passivo. 
De outro lado, sujeito ativo é a pessoa que pratica direta ou indiretamente a conduta 
prevista no tipo penal. Tal conduta pode ser realizada de forma isolada ou em concurso 
de agentes. 
Praticado o crime de forma direta pelo sujeito ativo encontraremos a figura do autor e 
coautor, de outro lado praticado de forma indireta estaremos frente à figura do partícipe 
e o autor mediato. 
b) Animais e coisas poderão figurar como sujeito ativo de um crime? Justifique. 
Não, os animais e coisas nunca serão tidos como sujeitos ativos ou autores de ação 
ante a ausência do elemento vontade. Entretanto, poderão figurar como instrumentos 
do crime. 
c) Considerando os casos acima apresentados, apresente quais envolvida 
figurarão como sujeito ativo da prática criminosa, especificando a condição de 
cada agente. 
Caso 01 – Jonas e Arnaldo serão os sujeitos ativos do crime de homicídio. Jonas, por 
praticar de forma direta a conduta criminosa possuirá a condição de autor. De outro 
lado, Arnaldo, por não realizar diretamente o núcleo do tipo penal, mas possuir o 
propósito de colaborar com a conduta de Jonas, figurará como partícipe. 
Caso 02 – Pedro e Ricardo figurarão como sujeitos ativos do crime de homicídio. Nesta 
hipótese ambos serão coautores do delito, pois os dois praticaram atos de execução 
diversos, que somados produziram o resultado pretendido. 
Caso 03 – Nelson será o sujeito ativo do crime de narrado, funcionando como autor do 
crime. Importante lembrar que o animal figurou como instrumento do crime, e jamais 
poderá ser tido como sujeito ativo da conduta. 
 
Teste de aprendizagem 
 
 
Aula II: Sujeitos do crime – II 
 
Discorra brevemente sobre as teorias que lastreiam a natureza jurídica da pessoa 
jurídica (teoria da ficção jurídica e teoria da realidade). 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Sustenta a teoria da ficção jurídica que a pessoa jurídica não possui 
existência real, não possuindo assim vontade própria. Nesta linha, apenas o 
homem pode ser sujeito de direito, sendo impossível que um ente ficto 
pratique algum crime. 
 
De outro lado, sustenta a teoria da realidade que a pessoa jurídica é um ente 
autônomo e distinto de seus membros, possuidor de vontade própria. 
Portanto, é sujeito de direitos e obrigações, assim como as pessoas físicas. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Considerando a natureza jurídica das pessoas jurídicas, assinale a afirmativa correta: 
 
 
 
Aula III: Sujeitos do crime – III 
 
Analise a notícia abaixo transcrita e responda: 
“Terça-feira, 14 de maio de 2013 - 1ª Turma analisará RE que discute 
criminalização de pessoa jurídica. 
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) irá analisar Recurso 
Extraordinário (RE 548181) no qual se discute um crime ambiental ocorrido no 
Estado do Paraná, supostamente de responsabilidade da Petrobras. A Turma 
deverá analisar questão envolvendo a criminalização de pessoa jurídica. 
A decisão, unânime, foi tomada no exame de um recurso (agravo regimental) 
interposto contra decisão do ministro Menezes Direito (falecido) que, em abril de 
2009, negou seguimento (arquivou) ao RE por entender que seria necessário o 
reexame detalhado e aprofundado de provas, procedimento inviável na sede de 
recurso extraordinário. 
Segundo a atual relatora do processo, ministra Rosa Weber, um duto da 
Petrobras estourou no estado poluindo dois rios e áreas ribeirinhas. Após o 
recebimento da denúncia, foi instaurada ação penal contra a Petrobras, o 
presidente da empresa e o superintendente da unidade da refinaria em 
Araucária, no Paraná. 
Durante a sessão da Primeira Turma desta terça-feira (14), a relatora lembrou 
que a Segunda Turma da Corte concedeu habeas corpus determinando o 
trancamento da ação penal com relação ao presidente da Petrobras, com 
fundamento de que não haveria nexo de causalidade para que o presidente da 
empresa fosse responsabilizado criminalmente. 
O agravo regimental – provido hoje (14) por unanimidade dos votos a fim de que 
o RE seja julgado pela Primeira Turma – foi interposto pelo Ministério Público 
Federal (MPF) contra ato do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao julgar recurso 
de autoria da Petrobras, o STJ determinou o arquivamento da ação penal contra 
o superintendente da empresa, assegurando a ele mesma decisão dada ao 
presidente da empresa, que também teve ação penal arquivada. 
Aquela Corte entendeu também que, uma vez excluída a imputação aos 
dirigentes, a pessoa jurídica não poderia estar sozinha a fim de ser 
responsabilizada no âmbito da ação penal.” 
Fonte: Noticias STF 
 
Qual embasamento teórico permite sustentar a possibilidade da 
responsabilização das pessoas jurídicas por crimes ambientais? 
RESPOSTA ESPERADA 
Sustenta-se que a Constituição Federal admitiu a responsabilização penal 
das pessoas jurídicas nos crimes contra o meio ambiente, contra a ordem 
econômica e financeira e contra a economia popular, nos termos dos artigos 
abaixo transcritos: 
Art. 173, § 5º, CF - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos 
dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, 
sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados 
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular 
Art. 225, § 3º, CF - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio 
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os 
danos causados. 
Restou o legislador ordinário incumbido de estabelecer penas compatíveis 
com a natureza destes entes, sem prejuízo da responsabilidade individual de 
seus dirigentes. 
Assim, com a edição da Lei 9.605/1988 (Lei dos Crimes Ambientais), é 
admitida a de punição da pessoa jurídica por crime contra o meio ambiente. 
Este é o entendimento atualmente prevalente no STJ e STF. 
 
 
Teste de aprendizagem 
 
 
Estação 04: Casuística 
 
Confira o texto extraído do informativo nº 713 do STF (5 a 9 de agosto de 2013), 
e responda à questão abaixo: 
“CRIME AMBIENTAL: ABSOLVIÇÃO DE PESSOA FÍSICA E 
RESPONSABILIDADE PENAL DE PESSOA JURÍDICA. 
É admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, 
ainda que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou 
de direção do órgão responsável pela prática criminosa. Com basenesse 
entendimento, a 1ª Turma, por maioria, conheceu, em parte, de recurso 
extraordinário e, nessa parte, deu-lhe provimento para cassar o acórdão 
recorrido. Neste, a imputação aos dirigentes responsáveis pelas condutas 
incriminadas (Lei 9.605/98, art. 54) teria sido excluída e, por isso, trancada a 
ação penal relativamente à pessoa jurídica. Em preliminar, a Turma, por maioria, 
decidiu não apreciar a prescrição da ação penal, porquanto ausentes elementos 
para sua aferição. Pontuou-se que o presente recurso originara-se de mandado 
de segurança impetrado para trancar ação penal em face de responsabilização, 
por crime ambiental, de pessoa jurídica. Enfatizou-se que a problemática da 
prescrição não estaria em debate, e apenas fora aventada em razão da demora 
no julgamento. Assinalou-se que caberia ao magistrado, nos autos da ação 
penal, pronunciar-se sobre essa questão. Vencidos os Ministros Marco Aurélio e 
Luiz Fux, que reconheciam a prescrição. O Min. Marco Aurélio considerava 
a data do recebimento da denúncia como fator interruptivo da prescrição. 
Destacava que não poderia interpretar a norma de modo a prejudicar aquele a 
quem visaria beneficiar. Consignava que a lei não exigiria a publicação da 
denúncia, apenas o seu recebimento e, quer considerada a data de seu 
recebimento ou de sua devolução ao cartório, a prescrição já teria incidido. RE 
548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, 6.8.2013. (RE-548181)”. 
Discorra sobre o fundamento que possibilita a imputação concomitante de 
responsabilidade criminal à pessoa jurídica e à pessoa física coautora ou 
partícipe do crime. 
 
RESPOSTA ESPERADA 
É necessário pontuar que o reconhecimento da responsabilidade penal da 
pessoa jurídica não afasta, por si só, a responsabilidade da pessoa física 
coautora ou partícipe da conduta criminosa. 
Isto é possível através do denominado sistema paralelo de imputação (teoria 
da dupla imputação), disposto no art. 3º, parágrafo único, da Lei n. 
9.605/1988. 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja 
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu 
órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das 
pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. 
Porém, a condenação da pessoa jurídica não acarretará automaticamente a 
sanção da pessoa física. Será necessário se demonstrar nos autos do 
processo provas robustas acerca da autoria e materialidade, determinando 
quais agentes concorreram para prática da conduta delituosa. 
Deste modo, é plenamente possível o cenário onde a pessoa física reste 
absolvida e, simultaneamente, reste condenada a pessoa jurídica. 
 
Teste de aprendizagem 
 
 
 
 
 
Tema 02: Classificação dos Crimes I 
Aula I: Crimes comuns e próprios 
Xirley, advogada de renome em sua cidade, pediu a sua absolvição criminal alegando 
que, mesmo que tivesse orientado a testemunha a mentir, não poderia ser 
responsabilizada pelo crime de falso testemunho por ser esse crime de mão própria, 
logo, não admitiria coautoria. 
 
Agiu certo a causídica? Fundamente a sua resposta. 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Não, não agiu certo a advogada. 
De acordo com a jurisprudência vigente dos tribunais superiores, apesar da 
impossibilidade de ser coautora em crimes de mão própria, o crime de falso 
testemunho admite a responsabilização na modalidade de participação. 
Veja o julgado abaixo: 
“Sem embargo de o crime de falso testemunho ser próprio ou de mão própria, 
no sentido de ter o autor de praticá-lo pessoalmente, admite-se o concurso 
de pessoas na modalidade participação (induzimento, instigação ou auxílio), 
conduta cometida por Bruno, a qual, desta forma, reveste-se de tipicidade. 
Da leitura do excerto transcrito, verifica-se que o acórdão recorrido se alinha 
ao entendimento assente por esta Corte Superior sobre a matéria, no sentido 
de que apesar do crime de falso testemunho ser de mão própria, pode haver 
a participação do advogado no seu cometimento. “Processo REsp 1072871 
SP 2017/0066804-5 - PublicaçãoDJ 31/05/2017 Relator 
Aponte a única alternativa na qual todas as quatro classificações são apropriadas ao 
delito definido no art. 269, do CP – Deixar o médico de denunciar à autoridade pública 
doença cuja notificação é compulsória. 
 
 
 
Aula II: Crimes instantâneos e permanentes 
Cláudio, policial militar, desconfiou que dentro de uma residência havia tráfico de 
drogas na modalidade ter em depósito. Entretanto, sem conhecer muito bem a 
jurisprudência atual sobre a necessidade de mandado de busca e apreensão, 
deixou de ingressar sem mandado na residência e foi embora. 
Pergunta-se: agiu corretamente o policial por não ter certeza da situação de 
flagrância? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Em recente decisão (28.07.2017), o STJ entendeu que o tráfico de drogas é 
um crime permanente e, portanto, para a busca e apreensão é dispensável o 
mandado emitido pelo juiz. 
Dessa forma, o policial poderia ter ingressado no domicílio em busca de 
drogas sem a necessidade de aguardar o mandado de busca e apreensão, 
diante da natureza permanente do crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei 
1.343/2006). 
Julgado sobre o tema: HC nº 404980 / PR (2017/0150169-8) autuado em 
26/06/2017. RELATOR: Min. FELIX FISCHER - QUINTA TURMA. 
 
 
Com relação aos fatos delituosos e a sua classificação, é INCORRETO afirmar que: 
 
 
 
 
 João entra em uma agência bancária e rouba as armas dos vigias, o 
dinheiro do banco e um automóvel para fugir. 
 
Diante dessa situação, pergunta-se: ele praticou um único crime? Um crime em 
concurso formal? Ou diversos crimes em concurso material? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
O roubo praticado contra vítimas diferentes em um único contexto configura 
o concurso formal e não crime único, ante a pluralidade de bens jurídicos 
ofendidos. 
Precedentes: 
HC 275122/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA 
TURMA, julgado em 27/06/2014, DJe 04/08/2014; AgRg no AREsp 
389861/MG, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, 
julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014; HC 194624/RJ, Rel. Ministra 
MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), 
SEXTA TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 15/04/2014; HC 282202/SP, 
Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 06/02/2014, DJe 
14/02/2014; HC 213571/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, 
julgado em 22/10/2013, DJe 05/11/2013; REsp 1409943/TO, Rel. Ministro 
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 
28/10/2013; HC 167812/SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, 
SEXTA TURMA, julgado em 21/03/2013, DJe 10/04/2013; HC 297432/SP 
(decisão monocrática), Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, julgado em 
25/06/2014, DJe 01/08/2014; HC 278208/SP (decisão monocrática), Rel. 
Ministra REGINA HELENA COSTA, julgado em 09/06/2014, DJe 11/06/2014; 
REsp 1431246/SP (decisão monocrática), Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, 
julgado em 28/02/2014, DJe 11/03/2014. (VIDE INFORMATIVO DE 
JURISPRUDÊNCIA N. 255). 
Link complementar - Cartilha sobre teses de concurso formal do STJ. 
 
 
 
 No que tange ao tempo do crime, assinale a única alternativa 
CORRETA. 
 
 
 
 
 Maycon entrega para seu irmão Pedro a direção de seu veículo para que 
compre carvão e cerveja, para a festa de seu bairro. 
Maycon tem ciência de que Pedro não possui carteira de habilitação e entrega 
seu veículo mesmo assim. 
Maycon tem certeza de que Pedro é um bom motorista, mesmo sem ter 
habilitação, por isso entrega na certeza de que nenhum mal será causado a 
ninguém. 
Realmente Pedro vai até as comprar e volta ileso, sem danificar o veículo e sem 
machucar nenhum pedestre. 
Diante dessa situação prática, pergunta-se: Houve algum crime? 
RESPOSTA ESPERADA 
Sim, houve crime. 
O crime do art. 310 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) é de 
perigo abstrato. Desta forma, a acusação não precisará comprovardano ou 
perigo concreto. Basta provar que ele efetivamente conduziu veículo 
automotor sem a devida habilitação. 
O STJ sumulou a questão. 
Súmula 575 do STJ: 
"Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de 
veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em 
qualquer das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da 
ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo”. 
 
 O delito de sequestro ou cárcere privado é 
classificado como crime: 
 
 
 
 
 
 Leia o seguinte texto e responda: 
 
Fulano aborda a vítima em seu carro, subtrai seus bens e, após isso, a deixa 
amarrada em uma árvore em local ermo. Fulano foi preso conduzindo o carro da 
vítima e foi denunciado por crime de roubo (art. 157, CP) e sequestro e cárcere 
privado (art. 148, CP). 
 
Pergunta-se: é correta a dupla imputação ou deve ser condenado apenas por 
crime de roubo? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
O crime de roubo é crime complexo, formado pelo crime de furto, ameaça, 
lesão corporal ou constrangimento ilegal. Se houver privação de liberdade 
para o fim da subtração, não há dúvida que o crime será apenas de roubo 
majorado pela restrição de liberdade (art. 157, § 2º, V, CP). Contudo, é da 
jurisprudência que, se houver a privação da liberdade após a subtração, 
como no caso concreto, haverá concurso de crimes entre roubo e sequestro 
e cárcere privado (art. 148). “Se o roubo já se havia consumado, quando o 
agente deu início à execução do crime de cárcere privado, não tendo sido 
este delito meio para a execução do crime patrimonial, nem imprescindível 
para assegurar tal execução, não se tratando, portanto, de exaurimento do 
primeiro crime, ocorre roubo e cárcere privado, isoladamente, em concurso 
material, não havendo que se falar em absorção do segundo pelo primeiro” 
(TJMG – Ap. – Rel. Mercêdo Moreira – j. 18.11.1997 – RTJE 168/390). 
 
 
 
 
Quanto aos crimes progressivos, assinale a alternativa incorreta: 
 
 
 
 Leia o seguinte texto e responda: 
Um homem foi visto por policiais militares em um conhecido ponto de prostituição 
de travestis, recebendo de duas travestis, valores em dinheiro. Os policiais 
abordaram o homem e ele admitiu que recolhia dinheiro porque dava proteção 
às pessoas que se prostituíam naquele quarteirão. Os policiais militares o 
levaram preso e ele foi autuado em flagrante por crime de rufianismo (art. 230, 
CP), pois segundo o delegado ele participava diretamente dos lucros de quem 
se prostituía. 
 
A prisão em flagrante está correta? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Trata-se da velha questão sobre a possibilidade de prisão em flagrante nos 
crimes habituais. Há controvérsia doutrinária a respeito, mas, mesmo os 
autores que admitem a possibilidade de flagrante entendem ser 
imprescindível a demonstração, mediante sindicância, de demonstração da 
habitualidade. No caso concreto, não há demonstração da habitualidade, 
razão pela qual não seria possível a prisão em flagrante. “Ainda que a 
habitualidade venha a ser demonstrada no curso da ação penal, não se 
justifica, sem a sua plena e pronta comprovação, sob qualquer pretexto, a 
detenção de quem quer que seja. O auto de prisão em flagrante, por si só, 
não prova habitualidade do crime de que é acusado o paciente. Logo, sofre 
ele inegável constrangimento ilegal, ferido que foi no seu indeclinável direito 
de liberdade, como cidadão” (TJSP – HC – Rel. Hoeppner Dutra – RJTJSP 
37/241). 
 
 
 São requisitos para o reconhecimento do Crime Habitual: 
 
I - Reiteração de vários fatos. 
II - Identidade ou homogeneidade dos fatos. 
III - Nexo de habitualidade entre os fatos. 
IV - No mínimo a prática de 3(três) fatos no período de 1(um) ano. 
 
Aula III: Crimes unissubjetivos/unissubsistentes e 
plurissubjetivos/plurissubsistentes 
 
Leia o seguinte texto e responda: 
Fulano e Sicrano foram denunciados por crime de associação criminosa (art. 
288, CP), porque teriam, junto com mais cinco pessoas, mantido durante mais 
de um ano uma associação com o propósito de cometer crimes. Diz a denúncia 
que não foi possível a identificação dos demais componentes do grupo, 
conhecidos pelas alcunhas de Litrão, Berda, Zoinho e Cabeção. 
 
É possível que em tal processo, Fulano e Sicrano sejam condenados? 
 
 
RESPOSTA ESPERADA 
O crime de associação criminosa (art. 288, CP) é um delito plurissubjetivo de 
condutas paralelas, que exige o concurso de, no mínimo 3 pessoas. Em 
princípio, parece inviável a condenação de apenas duas pessoas por 
associação criminosa. Contudo, caso esteja devidamente comprovada a 
existência de outras pessoas, componentes da associação, é possível a 
condenação dos dois réus. Nesse sentido já se decidiu: 
“Quadrilha ou bando. Impossibilidade de identificação de algum membro do 
grupo. Circunstância que não impede a caracterização do delito se há certeza 
moral da existência de mais de três agentes participantes da empreitada 
criminosa. Inteligência do art. 288 do CP” (TJSP – 2.ª Câm. Crim. Férias – 
HC 367.064-3/0-00 – Rel. Silva Pinto – j. 28.01.2002 – Revista de Dout. e 
Jurisp. 80/316). 
 
 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a alternativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
Leia o seguinte texto e responda: 
Foi instaurado inquérito policial, em razão de notitia criminis apresentada por 
uma associação intitulada Grupo de Defesa da Moral e dos Bons Costumes, para 
apuração de suposto crime de escrito ou objeto obsceno (art. 234, CP), em razão 
de exposição em que um dos quadros retratava uma pintura de uma mulher nua. 
Segundo a alegação do referido grupo, trata-se de pintura que ofende a moral 
de grupos religiosos, que tentam preservar os valores elementares da família. A 
questão que se apresenta é se para a configuração do referido crime, deve ser 
considerada os valores de um grupo específico ou se devem ser levados em 
conta os valores médios da sociedade? 
RESPOSTA ESPERADA 
O crime previsto no art. 234, CP, é classificado como crime vago, de modo 
que o sujeito passivo não é pessoa determinada. Por tal razão, deve-se levar 
em consideração os valores morais predominantes na sociedade. Se há um 
grupo social com valores específicos, ainda que seja legítima sua existência, 
não é esse grupo que irá nortear a interpretação da lei penal. O fato de aquele 
grupo sentir-se ofendido não é suficiente para a conclusão de que existiu 
crime. Nesse sentido, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça: “A moral 
vigente não se dissocia do costume vigente. assim quando os costumes 
mudam, avançando contra os preconceitos, os conceitos morais também 
mudam. O conceito de obsceno hoje não é mais o mesmo da inspiração do 
legislador do Código Penal em 1940.” (STJ — HC 7809 — Rel. Min. Edson 
Vidigal — j. 24/11/1998) 
 
 
Teste de aprendizagem 
 
São aqueles que não possuem sujeito passivo determinado, sendo este a coletividade, 
sem personalidade jurídica. Guilherme de Souza Nucci descreveu qual crime? 
 
 
 
 
 
 A não comprovação do dolo pela acusação, no 
curso do processo, permite a condenação por crime culposo em todos os casos? 
RESPOSTA ESPERADA 
Não, apenas quando ficar provada a culpa, em suas modalidades 
(imprudência, negligência e imperícia), além da necessidade de previsão da 
modalidade culposa do crime. 
 
EMENTA PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO ESPECIAL. CONTRABANDO DE MATERIAL ELETRÔNICO. 
AUSÊNCIA DE DOLO. ATIPICIDADE DA CONDUTA. TRANCAMENTO DA 
AÇÃO PENAL VIA HABEAS CORPUS. POSSIBILIDADE. AGRAVO NÃO 
PROVIDO. 1. É certo que o dolo opera diretamente no tipo penal, que na 
hodierna estrutura funcionalista da teoria do crime, leva em consideração, 
também, os aspectos formais (conduta, resultado jurídico, nexo de 
causalidade e subsunção legal) e os materiais (imputação objetiva, desvalor 
da conduta e desvalor do resultado). 2. Por força do princípio da 
responsabilidade penal subjetiva ninguém pode ser punido senão a título de 
dolo ou culpa, sob pena de caracterizar a responsabilidadepenal objetiva, 
rechaçada em nosso ordenamento. 3. Segundo a boa doutrina, dolo nada 
mais é do que a consciência (desejo ou aceitação) dos requisitos objetivos 
do tipo penal. Sua ausência descaracteriza o tipo e, por consequência, afasta 
a ocorrência do crime. 3. Inexistindo crime, não há justa causa para a 
deflagração da ação penal, nos termos do art. 397, III, do CPP. 4. O 
trancamento de inquérito policial ou de ação penal em sede de habeas corpus 
é medida excepcional, só admitida quando restar provada, inequivocamente, 
sem a necessidade de exame valorativo do conjunto fático ou probatório, a 
atipicidade da conduta, a ocorrência de causa extintiva da punibilidade, ou, 
ainda, a ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do 
delito. 5. No caso concreto, o Tribunal de piso reconheceu a atipicidade da 
conduta denunciada diante da ausência de dolo, sem a necessidade de um 
maior exame valorativo fático ou probatório, não havendo falar em ilegalidade 
nesta decisão. 5. Agravo regimental não provido. AgRg no REsp 1243193 / 
ES - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. 2011/0037965-7 
Relator(a) Ministro JORGE MUSSI (1138). Órgão Julgador T5 - QUINTA 
TURMA. Data do Julgamento 22/05/2012. Data da Publicação/Fonte DJe 
31/05/2012. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Sobre o tipo dos crimes dolosos de ação, assinale a alternativa incorreta: 
 
 
 
 Com base na jurisprudência de nossos Tribunais 
Superiores, podemos afirmar que o excesso de velocidade somado com a embriaguez 
ao volante, caracterizaria dolo eventual? 
RESPOSTA ESPERADA 
Existe ainda uma divergência entre os Tribunais. No entanto, abaixo um 
julgado que retrata um pouco do entendimento sobre a possiblidade de se 
considerar dolo eventual ou culpa consciente para o crime questionado 
(excesso de velocidade e embriaguez ao volante): 
 
QUINTA TURMA DO STJ. COMPETÊNCIA. JÚRI. ACIDENTE. TRÂNSITO. 
HOMICÍDIO. Trata-se de acidente de trânsito fatal com duas vítimas e quatro 
lesões corporais - segundo consta dos autos, o recorrente, no momento em 
que colidiu com outro veículo, trafegava em alta velocidade e sob a influência 
de álcool. Por esse motivo, foi denunciado pela suposta prática dos delitos 
previstos nos arts. 121, caput, por duas vezes e 129 por quatro vezes, ambos 
do CP, e pronunciado para ser submetido a julgamento no tribunal do júri. 
Ressalta o Min. Relator que o dolo eventual imputado ao recorrente com 
submissão ao júri deu-se pela soma de dois fatores: o suposto estado de 
embriaguez e o excesso de velocidade. Nesses casos, explica, o STJ 
entende que os referidos fatores caracterizariam, em tese, o elemento 
subjetivo do tipo inerente aos crimes de competência do júri popular. 
Ademais, a atribuição de indícios de autoria e da materialidade do delito foi 
fundamentada nas provas dos autos, não sendo possível o reexame em REsp 
(óbice da Súm. n. 7-STJ). Quanto à desclassificação do delito de homicídio 
doloso para o crime previsto no art. 302 do CTB - conforme a alegação da 
defesa, não está provada, nos autos, a ocorrência do elemento subjetivo do 
tipo (dolo) -, segundo o Min. Relator, faz-se necessário aprofundado exame 
probatório para ser reconhecida a culpa consciente ou o dolo eventual, pois 
deve ser feita de acordo com as provas colacionadas. Assim, explica que, 
além da vedação da citada súmula, conforme a jurisprudência, entende-se 
que, de acordo com o princípio do juiz natural, o julgamento sobre a 
ocorrência de dolo eventual ou culpa consciente deve ficar a cargo do tribunal 
do júri, constitucionalmente competente para julgar os crimes dolosos contra 
a vida. Dessa forma, a Turma negou provimento ao recurso, considerando 
que não houve ofensa aos arts. 408 e 74, § 1º, do CPP nem ao art. 302, 
parágrafo único, V, da Lei n. 9.503/1997, diante de indícios suficientes de 
autoria e da materialidade delitiva. Quanto à reavaliação desses elementos, 
isso não seria possível em REsp, pois incide a citada súmula, bem como não 
cabe o exame de dispositivo da CF. Precedentes citados: HC 118.071-MT, 
DJe 1º/2/2011; REsp 912.060-DF, DJe 10/3/2008; HC 26.902-SP, DJ 
16/2/2004; REsp 658.512-GO, DJe 7/4/2008; HC 36.714-SP, DJ 1º/7/2005; 
HC 44.499-RJ, DJ 26/9/2005; HC 91.397-SP, DJe 15/12/2008, e HC 60.942-
GO, DJ 29/10/2007. REsp 1.224.263-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 
12/4/2011. 
 
Teste de aprendizagem 
A vista do ordenamento jurídico-penal brasileiro, e de acordo com a teoria finalista da 
ação, há crime doloso: (Glossário para a questão: Responsabilidade objetiva ("strict 
liability"), negligência ("negligence") e negligência dolosa ("gross negligence"). 
 
 
 
 Aula III: Culpa 
Vânia, enfermeira, deixou uma paciente sem assistência porque estava terminando 
grave discussão contra o seu marido pelo telefone. Tal omissão acabou por gerar a 
morte da vítima que não recebeu socorro médico em tempo hábil. Diante de tal situação, 
poder-se-ia imputar para Vânia algum crime? 
RESPOSTA ESPERADA 
Sim, Vânia praticou o crime de homicídio. Como não desejava a morte da 
paciente, não há que se falar em dolo. Porém, com a sua atitude, foi 
negligente (omissa) isso caracteriza crime culposo. Assim, deve ser imputado 
a ela o crime de homicídio culposo. Veja o julgado abaixo sobre o tema: 
 
“QUINTA TURMA DO STJ. HOMICÍDIO CULPOSO. IMPRUDÊNCIA 
MÉDICA. A primeira recorrente, médica obstetra, foi denunciada como 
incursa no art. 121, §§ 3º e 4º, do CP, porque, durante seu plantão, demorou 
duas horas para atender parto de emergência e, durante o procedimento, 
abandonou a mãe da vítima para atender o celular, imprudência que 
ocasionou uma anorexia neonatal grave (falta de oxigênio no cérebro) do 
recém-nascido. O segundo recorrente, médico pediatra, foi denunciado como 
incurso no art. 135, parágrafo único, in fini, do CP, por não tomar as devidas 
providências para socorrer o recém-nascido durante o seu plantão, negando-
se a encaminhá-lo à UTI, o que resultou na morte da criança. A Min. Relatora 
entendeu que o homicídio culposo se caracteriza com a imprudência, 
negligência ou imperícia do agente, modalidades da culpa que não se 
confundem com a inobservância de regra técnica de profissão, que é causa 
de aumento que denota maior reprovabilidade da conduta. Sendo assim, o 
julgador não pode se utilizar da mesma circunstância fática de condenar a 
recorrente por homicídio culposo por imprudência pela ausência do plantão 
e reconhecer esse mesmo fato na causa do aumento pela violação da regra 
técnica da profissão; bem como quanto ao recorrente, condená-lo por 
homicídio culposo por negligência no atendimento médico à falta de 
necessário acompanhamento a vítima e utilizar o mesmo fundamento para 
reconhecer a inobservância da regra técnica da profissão, sob pena de 
incorrer em vedado bis in idem. Pois, o réu em nosso sistema processual, 
defende-se da imputação fática, e não da imputatio libelli. Com esse 
entendimento, a Turma, ao prosseguir o julgamento, deu provimento ao 
primeiro recurso para excluir da condenação o aumento de pena pela 
inobservância da regra técnica da profissão e negou provimento ao segundo 
recurso. Concedeu, outrossim, habeas corpus de ofício ao segundo 
recorrente para, reconhecendo o bis in idem, também afastar de sua 
condenação a causa de aumento de pena prevista no § 4º do art. 121 do CP. 
REsp 606.170-SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 25/10/2005.”. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Sobre o tipo dos crimes culposos, assinale a alternativa correta: 
 
 
 
Aula IV: Questões sobre a culpa 
 
 
Gabriela, conduzindo o seu veículo automotor durante a madrugada, é 
surpreendida com um pedestre atravessando a via pública fora da faixa de 
pedestres e o atropelamento mostra-se inevitável. Diante desse problema 
prático, questiona-se: 
 
Poderia Gabriela alegar, em sua defesa, o princípio da confiança para afastar a 
culpa pelo atropelamento? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Sim, é possível alegar a violação do princípio da confiança pela vítima. Tal 
tese já éadmitida no Brasil desde o início da década de 90, como 
demonstrado abaixo em julgado 
 
Ementa: DELITO DE TRÂNSITO - INSUFICIÊNCIA DE PROVA - 
INEXISTÊNCIA DE PERÍCIA E DE TESTEMUNHAS - VERSÃO EXCLUSIVA 
DO RÉU. 1. NÃO HAVENDO PROVAS, TESTEMUNHAIS OU PERICIAIS, DE 
QUE O RÉU AGIU COM NEGLIGÊNCIA, DEVE SER DADO CRÉDITO À SUA 
VERSÃO SOBRE O COMPORTAMENTO IMPRUDENTE DA VÍTIMA. 2. NO 
TRÂNSITO VIGORA O PRINCÍPIO DA CONFIANÇA RECÍPROCA. 
SOMENTE PESSOA COM DILIGÊNCIA ACIMA DO COMUM, DA QUAL NÃO 
CUIDA O DIREITO, SERIA CAPAZ DE PREVER QUE UM PEDESTRE, EM 
LOCAL MAL ILUMINADO, DURANTE INTENSO FLUXO DE VEÍCULOS, 
TENTARIA CRUZAR A PISTA CORRENDO. TJ-DF - APELAÇÃO CRIMINAL 
APR 131659519938070000 DF 0013165-95.1993.807.0000 (TJ-DF) Data de 
publicação: 24/11/1993 
 
 
Teste de aprendizagem 
 
O peculato culposo 
 
 
 
 
 
 TEMA 5: PENA 
Aula I: Conceito e finalidades 
Paulo envolve-se em acidente de trânsito, dando causa, por imprudência, à morte de 
sua esposa. Invocando as finalidades da pena, quais argumentos poderiam ser 
utilizados para pleitear a aplicação do perdão judicial, previsto no §5º, do artigo 121 do 
Código Penal? (Art. 121, § 5º, do CP - “Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá 
deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de 
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária”. 
RESPOSTA ESPERADA 
Seria possível alegar que as finalidades retributiva e preventiva da pena já 
teriam sido alcançadas em decorrência do próprio fato. Com efeito, a morte 
de um ente próximo já funciona como castigo pelo fato praticado (retribuição) 
e demonstra à sociedade a importância de dirigir prudentemente, evitando-
se novos delitos (prevenção). 
 
 
Teste de aprendizagem 
Selecione a assertiva CORETA quanto às finalidades da pena: 
 
 
Aula II: Espécies de penas 
Questões Dissertativas 
 
Fernando, reincidente pela prática de furto, é condenado pelo crime de receptação. O 
juiz nega a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos sob o 
argumento de que “o acusado é reincidente”. Há, de fato, óbice legal à substituição? 
 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Estabelece o artigo 44, caput, do Código Penal, que as penas restritivas de 
direitos substituem as privativas de liberdade, quando: a) aplicada pena 
privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido 
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; b) o réu não for reincidente em crime 
doloso; c) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias 
indicarem que essa substituição seja suficiente. 
 
Contudo, o § 3o do referido artigo prevê que se o condenado for reincidente, 
o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação 
anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se 
tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
 
Portanto, não se tratando de reincidência específica, é possível a 
substituição. Para não concedê-la, deveria o juiz fundamentar concretamente 
por que a medida não é socialmente recomendável. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Selecione a assertiva CORRETA: 
 
 
Aula III: Regimes fechado, semiaberto e aberto 
Josué foi condenado em primeira instância pela prática de receptação (art. 180, 
caput, do CP). A pena aplicada foi de 01 (um) ano de reclusão, bem como 10 
(dez) dias-multa, já que não havia circunstâncias judiciais e legais 
desabonadoras. Todavia, o juiz fixou o regime inicial fechado de cumprimento de 
pena, sob o argumento de que a receptação “fomenta a prática de inúmeros 
outros delitos patrimoniais”. 
Como advogado de Josué, quais argumentos você utilizaria em defesa de seu 
cliente no tocante ao regime inicial aplicado? 
RESPOSTA ESPERADA 
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivo 
hábil para a fixação de regime mais gravoso do que o permitido segundo a 
pena aplicada. 
 
O fato de a receptação fomentar a prática de outros crimes patrimoniais é um 
argumento genérico, já considerado pelo legislador na etapa da 
individualização legislativa da pena (ver súmulas 718 e 719 do STF, e ainda 
súmula 440 do STJ). 
 
 
Teste de aprendizagem 
 
De acordo com a Lei de Execução Penal, somente se admitirá o recolhimento do 
beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: 
 
I - condenado maior de 60 anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
 
Estão CORRETAS: 
 
 
 
 
 
 
Aula IV: Progressão de regime 
Marcos, preso em regime fechado, preenche o lapso temporal para progredir ao 
regime semiaberto. Na qualidade de advogado do sentenciado, você apresenta 
pedido de progressão ao juiz da execução, contendo o atestado de bom 
comportamento carcerário. O magistrado prolata a seguinte decisão: “Vistos. 
Para aferição do requisito subjetivo, prudente a realização de exame 
criminológico. Providencie-se o necessário e, com a vinda do respectivo laudo, 
tornem conclusos”. 
O que poderia ser alegado contra essa decisão? 
RESPOSTA ESPERADA 
Com o advento da Lei 10.792/2003, o exame criminológico deixou de ser 
obrigatório, podendo ser solicitado excepcionalmente, desde que em decisão 
fundamentada. Nesse sentido a súmula vinculante 26 do STF (“Para efeito 
de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou 
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º 
da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o 
condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do 
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a 
realização de exame criminológico”)(grifei) e a súmula 439 do STJ (“admite-
se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em 
decisão motivada”)(grifei). 
 
No mesmo sentido: 
 
“HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME. 
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 439/STJ. REQUISITO SUBJETIVO. AUSÊNCIA 
DE MOTIVAÇÃO. 1. A Lei n. 10.792/2003 deu nova redação ao art. 112 da 
Lei n. 7.210/1984, para suprimir a realização de exame criminológico como 
expediente obrigatório para a progressão de regime. 2. ‘Admite-se o exame 
criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada’ 
(Súmula 439/STJ). 3. No caso, o Tribunal de origem ao revogar a progressão 
de regime não logrou fundamentar a necessidade do referido exame, 
deixando de invocar elementos concretos dos autos que podem afastar a 
decisão do magistrado, levando em conta apenas a gravidade do delito 
praticado e a longa pena a cumprir, desconsiderando, ainda, a boa conduta 
carcerária da paciente. 4. Ordem concedida para restabelecer a decisão de 
primeiro grau que deferiu à paciente a progressão para o regime semiaberto” 
(TJSP, HC 398237 / SP, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, 6ª 
T., j. 06/06/2017, v.u.). 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
 
Tema 06: Direitos do preso 
Aula I: Autorizações de saída nos regimes fechado e semiaberto 
 
Considere os seguintes casos: 
 
(I) Comparecimento a velório em razão do falecimento do genitor de um preso. 
(II) Saída temporária para fins de frequência a curso profissionalizante. 
 
A quem deve ser dirigido o requerimento de saída em cada um desses casos? 
Ao Juiz da Execução Criminal ou ao diretor do estabelecimento prisional? 
RESPOSTA ESPERADA 
(I) Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e 
os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento 
em razão do falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, 
ascendente, descendente ou irmão. A permissão de saída será concedida 
pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso (esfera 
administrativa)(art. 120, p. único, da LEP). 
 
(II) Os condenados que cumprem pena em regime semiaberto poderão obterautorização para saída temporária do estabelecimento para frequência a 
curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou 
superior, na Comarca do Juízo da Execução. A autorização será concedida 
por ato motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a 
administração penitenciária e dependerá da satisfação dos seguintes 
requisitos (art. 66, IV, “e”, e art. 123 da LEP). 
 
Teste de aprendizagem 
No tocante às autorizações de saída, marque a assertiva INCORRETA: 
 
 
 
Aula II: Trabalho e remição 
Questões Dissertativas 
Ao reconhecer a prática de falta grave, o Juiz da Execução decreta a perda da 
totalidade dos dias remidos do sentenciado. 
 
Está correta a sanção aplicada? Justifique. 
 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Não. Estabelece o art. 127 da Lei de Execução Penal, com redação dada 
pela Lei 12.433/2011, que “em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 
1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, 
recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar”. 
 
Outrossim, conforme recente decisão do STJ: 
 
“A quantidade dos dias remidos perdidos em razão do cometimento de falta 
grave deve ser fundamentada. Por isso, o juiz não pode simplesmente 
declarar a perda do máximo de 1/3 sem especificar as circunstâncias que o 
levaram a decidir daquela forma (STJ, HC 338.188/SP, Rel. Min. Reynaldo 
Soares da Fonseca, 5ª T., j. 02/06/2016). 
 
 
Teste de aprendizagem 
No tocante à remição, marque a assertiva CORRETA: 
 
 
 
 
Aula III: Execução provisória da pena 
Imagine que um cidadão foi condenado em primeiro grau às penas de 6 anos, 3 meses 
e 18 dias de reclusão, no regime inicial semiaberto e multa pela prática de peculato. O 
juiz sentenciante deferiu o direito de recorrer em liberdade. Por meio do julgamento de 
Apelação, o Tribunal de origem deu parcial provimento ao recurso do paciente para 
reconhecer a atenuante da confissão espontânea, redimensionando a reprimenda 
imposta para 5 anos de reclusão e, de ofício, reduziu a pena de multa, mas determinou 
a expedição de mandado de prisão para execução provisória da pena. Como advogado 
do Réu, ao impetrar habeas corpus, qual seria a argumentação a ser utilizada? 
RESPOSTA ESPERADA 
A defesa deve sustentar que o Supremo Tribunal Federal, no recente 
julgamento das ADCs 43, 44 e 54, sedimentou o entendimento no sentido da 
impossibilidade do início da execução da pena antes do trânsito em julgado 
da condenação. 
 
Teste de aprendizagem 
Qual das seguintes assertivas a seguir é CORRETA: 
 
 
Aula IV: Detração 
 
José, acusado da prática de roubo, permanece preso cautelarmente durante 1 
ano. Ao final, vem a ser absolvido por falta de provas. Contudo, em outro 
processo, no qual se apura a prática de furto, José é condenado. 
 
De acordo com a jurisprudência majoritária, é possível que o tempo de prisão 
cautelar no primeiro processo seja utilizado no segundo, para fins de detração? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
A jurisprudência majoritária admite a detração em relação a fato diverso 
daquele que deu azo à prisão processual. Todavia, isso somente é possível 
em relação a delitos anteriores à segregação provisória, de modo a se evitar 
a criação de um crédito contra a Justiça Criminal. Nesse sentido: STJ, HC 
276287 / RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, 6ª T., j. 15/10/2015, v.u. Seguindo essa 
lógica, se o furto foi anterior à prisão cautelar pelo roubo, é possível a 
detração. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Marque a assertiva correta no tocante à detração: 
 
 
 
 
 
Tema 7: Aspectos da Execução Penal 
Aula I: Visita íntima e cumprimento de pena em domicílio 
Questões Dissertativas 
 
Josué foi condenado pela prática de tráfico internacional de entorpecentes e cumpre 
pena em estabelecimento penal federal. Ocorre que, há dois meses, teve seu direito de 
visita íntima suspenso por tempo indeterminado. O diretor do estabelecimento prisional 
aplicou a suspensão como sanção disciplinar alegando que o apenado faltou com o 
dever de urbanidade. Como advogado de defesa, indique os argumentos para 
fundamentação de recurso. 
RESPOSTA ESPERADA 
O advogado deverá apresentar Incidente de Excesso de Execução (arts. 185 
e 186 da LEP), vez que, nos termos do art. 4ª da Portaria nº 1.190/2008 do 
Ministério da Justiça, que regulamenta a visita íntima no interior das 
penitenciárias federais, a visita íntima poderá ser restringida, por tempo 
determinado quando: do cometimento de falta disciplinar de natureza grave, 
apurada mediante processo administrativo disciplinar, que ensejar 
isolamento celular; de ato do cônjuge ou companheiro(a) que causar 
problemas à administração do estabelecimento de ordem moral ou risco para 
a segurança ou disciplina; da solicitação do preso; a título de sanção 
disciplinar, independentemente da natureza da falta, nos casos em que a 
infração estiver relacionada com o seu exercício. 
 
Desta forma, como a mencionada Portaria não prevê a suspensão por prazo 
indeterminado, nem que a justificativa de falta de urbanidade enquadra-se 
como falta grave (previstas no art. 50 da LEP), nem está relacionada ao 
exercício do direito à visita íntima, a decisão do Diretor vai além do previsto 
nas normas legais, ensejando excesso de execução. 
 
Teste de aprendizagem 
 
Com relação ao direito de visita a adolescente em cumprimento de medida 
socioeducativa de internação, a Lei nº 12.594/2012 dispõe que: 
 
 
 
Aula II: Regime Disciplinar Diferenciado 
Há mais de 30 dias, Laudicéia está submetida a regime disciplinar diferenciado sob a 
alegação de que seria responsável pela elaboração de plano de fuga e rebelião ocorrida 
no estabelecimento prisional em que cumpre pena. O procedimento foi determinado pelo 
Diretor do Presídio, em caráter excepcional, considerando que a apenada colocou em 
risco a vida de agentes penitenciários, motivo considerado suficiente para justificar a 
medida independentemente de manifestação judicial. Como advogado da condenada, 
apresente a medida judicial cabível. 
 
 
RESPOSTA ESPERADA 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE X. 
 
 
Execução n.º xxxx.xxxx.xxxx.xxxx 
 
 
LAUDICÉIA, qualificada nos autos, presa e recolhida na Penitenciária X, em 
regime fechado, por seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, com fundamento no art. 185 e 186 da Lei de Execução 
Penal, suscitar INCIDENTE DE DESVIO DE EXECUÇÃO, nos seguintes 
termos: 
 
1. A requerente está submetida a regime disciplinar diferenciado sob a 
alegação de que seria responsável pela elaboração de plano de fuga e 
rebelião ocorrida no estabelecimento prisional em que cumpre pena. 
 
2. O procedimento foi determinado pelo Diretor do Presídio, em caráter 
excepcional, considerando que a apenada colocou em risco a vida de 
agentes penitenciários, motivo considerado suficiente para justificar a medida 
independentemente de manifestação judicial. 
 
2. Por outro lado, está sofrendo ameaças de agressão física por outros 
presos, em razão de sua condenação por delito contra a liberdade sexual, 
situação que é pública e notória nos presídios brasileiros. 
 
3. Entretanto, nos termos do caput art. 54 da LEP, a inclusão no regime 
disciplinar diferenciado não pode ser determinada pelo Diretor do Presídio, 
pois depende de prévio e fundamento despacho do juiz competente. 
 
4. Desta forma, a decisão do Diretor vai além do previsto nas normas legais, 
na medida em que até poderia, em caráter excepcional, decretar o isolamento 
preventivo da presa pelo prazo de até dez dias (art. 60 da LEP); mas, deveria 
apresentar requerimento circunstanciado ao juiz competente solicitando a 
inclusão da presa no regime disciplinar diferenciado (§ 1º do art. 54 da LEP) 
e, somente após autorização judicial, em regra, precedida de manifestação 
do Ministério Público e da defesa (§ 2º do art. 54 da LEP), incluir a presa no 
RDD. 
 
Ante o exposto, suscita o presente incidente para que os desviosde 
execução sejam corrigidos, apurando-se o alegado pelo peticionário e 
tomando-se as providências para sua transferência a estabelecimento que 
lhe possa assegurar o cumprimento da pena nos termos previstos em lei. 
 
 
 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
Local e Data 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
Teste de aprendizagem 
Com relação ao Regime Disciplinar Diferenciado, instituído pela Lei 10.792/2003, 
assinale a alternativa CORRETA: 
 
 
 
Aula III: Desvio e Excesso de Execução 
Questões Dissertativas 
 
Leopoldina foi surpreendida utilizando aparelho telefônico dentro do estabelecimento 
prisional em que cumpre pena em regime fechado. Em razão disso, o Diretor do Presídio 
determinou seu isolamento por prazo indeterminado, como sanção pelo cometimento 
de falta grave. Como advogado da condenada, indique os argumentos para 
fundamentação de recurso. 
RESPOSTA ESPERADA 
O advogado deverá apresentar Incidente de Excesso de Execução (arts. 185 
e 186 da LEP), vez que, nos termos do inciso VII do art. 50 da LEP, realmente 
comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que “tiver em 
sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que 
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo)”; 
entretanto, consoante previsto no art. 58 da LEP, o isolamento não pode 
exceder 30 dias, devendo ser sempre comunicado ao juiz da execução. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Sabendo que a execução penal tem por objetivo a eficácia da sentença condenatória, 
estando cercada por uma série de garantias ao condenado, é CORRETO afirmar que: 
 
 
Aula IV: Monitoração Eletrônica 
Foi concedido a Otávio o benefício de saída temporária no regime semiaberto. 
Entretanto, o Juiz determinou a fiscalização por meio de monitoração eletrônica. Ocorre 
que o condenado não respondeu aos contatos do servidor responsável pelo 
monitoramento e danificou o dispositivo eletrônico. O juiz da execução determinou a 
revogação da saída temporária e a regressão para o regime fechado. Como advogado 
responsável pelo caso, indique a medida e o argumento cabíveis. 
RESPOSTA ESPERADA 
O advogado deverá apresentar Incidente de Excesso de Execução (arts. 185 
e 186 da LEP), vez que, o Magistrado aplicou dupla punição ao condenado 
ao revogar a saída temporária e regredir o regime para o fechado. 
 
Teste de aprendizagem 
 
Introduzido pela Lei nº 12.258/2010, o monitoramento eletrônico instituiu-se como uma 
forma de vigilância indireta do condenado. De acordo com a Lei de Execução Penal, 
analise os itens a seguir: 
 
I - o Juiz poderá determinar o monitoramento eletrônico quando autorizar a saída 
temporária em regime semiaberto ou quando determinar a prisão domiciliar; 
II - definida a fiscalização por meio da monitoração eletrônica, é dever do condenado 
receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, assim como 
responder aos seus contatos e cumprir suas orientações; 
III - a violação comprovada dos deveres do condenado decorrentes da monitoração 
eletrônica acarretará necessariamente a regressão do regime de cumprimento de pena; 
IV - a monitoração eletrônica poderá ser revogada quando se tornar desnecessária ou 
inadequada ou se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito 
durante a sua vigência ou cometer falta grave; 
V - O juiz poderá determinar o monitoramento eletrônico no caso de concessão de 
livramento condicional ou suspensão condicional da pena, bem como se aplicar penal a 
ser cumprida nos regimes aberto ou semiaberto, ou conceder progressão para tais 
regimes. 
Considerando as disposições da LEP, está CORRETO apenas o que se afirma em: 
 
 
Tema 08: Penas Restritivas de Direitos 
Aula I: Conceito e Requisitos 
Admite-se a execução provisória de pena restritiva? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Não se admite a execução provisória de pena restritiva, pois o art. 147 da 
LEP demanda o trânsito, senão vejamos: 
Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o 
Juiz da execução, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, 
promoverá a execução, podendo, para tanto, requisitar, quando necessário, 
a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a particulares. 
No mesmo sentido, oportuno colacionar o entendimento jurisprudencial: 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENA RESTRITIVA DE DIREITOS, ANTES 
DO TRÂNSITO EM JULGADO. ART. 147 DA LEP. IMPOSSIBILIDADE. WRIT 
NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. Segundo a 
jurisprudência da Quinta Turma desta Corte, não há falar em execução 
provisória de pena restritiva de direitos, antes do trânsito em julgado da 
sentença condenatória, tendo em vista que encontra-se em pleno vigor o art. 
147 da LEP. (STJ, HC 389.676/SC, rel. Ribeiro Dantas, 04/04/2017). 
 
 
 
São requisitos para a substituição por restritiva de direitos, exceto: 
 
 
Aula II: Prestação de Serviços à Comunidade 
Dimitrius Fraga foi condenado às penas de 3 de meses de detenção, em regime 
aberto, e declarado como incurso no art. 129, § 9º, do Código Penal, substituída 
por prestação de serviços à comunidade, em igual prazo, porquanto teria 
ofendido a integridade física de sua ex- amasia, Karine Barbacoa, mediante 
socos e empurrões. 
 
Considerando que a sentença publicada na data de ontem, como agiria na 
qualidade de advogado de Dimitrius? 
RESPOSTA ESPERADA 
O advogado deve interpor recurso de apelação e requerer a alteração da 
espécie de pena substitutiva para uma das modalidades previstas nos incisos 
III, V ou VI do art. 44, do Código Penal, visto não ser possível a prestação de 
serviços para penas inferiores a 6 meses, tampouco pagamento isolado (de 
multa, prestação pecuniária ou perda de bens) em casos de violência 
doméstica. 
 
 
Teste de aprendizagem 
Quanto a prestação de serviços à comunidade é correto dizer: 
 
Aula III: Perda de Bens e Valores e Prestação Pecuniária 
 
Por qual razão se diz que a prestação pecuniária possui autêntica natureza 
despenalizadora? 
RESPOSTA ESPERADA 
Se fala em autêntica natureza despenalizadora, em razão do nítido cunho de 
antecipação civil – o que vem a ser reforçado pela parte final do artigo, no 
qual está expressamente previsto que o valor pago será deduzido do 
montante de eventual condenação em ação de reparação civil –, se assim 
efetuada em favor da vítima/dependentes, justamente por se equiparar ao 
prejuízo por estas experimentado, representando, em última análise, tão 
somente o mero ressarcimento/reparação, pelo sentenciado, daquilo o que 
tenha ocasionado. 
 
 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a alternativa correta: 
 
 
Aula IV: Interdição de Direitos e Limitação de Final de Semana 
 
 
 Em que difere a limitação de final de semana da 
denominada prisão albergue domiciliar? 
 
RESPOSTA ESPERADA 
Enquanto a limitação de final de semana é pena alternativa, a prisão albergue 
domiciliar é hipótese restrita aos sentenciados a pena privativa de liberdade 
em regime aberto quando em determinadas situações*. Entretanto, 
atualmente há uma banalização dessa modalidade de prisão, inicialmente, 
pela falta de casa do albergado (assim sendo conferida para todos os 
sentenciados em regime aberto) e, agora, acentuada pela falta de vagas no 
semiaberto. 
 
Vide art. 117 LEP: 
 
“Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em 
residência particular quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante.” 
 
 
Teste de aprendizagem 
Assinale a alternativa correta:

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