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Caso Clínico 1 M.A.F, feminino, 26 anos, casada, professora, residente em Vila Velha -ES. Procurou Unidade de Saúde referindo insônia há cerca de 2 meses associada a palpitações e dispneia a esforços antes habituais. Relata ainda perda de peso involuntária no último mês apesar do aumento de apetite, além de nervosismo e incapacidade de concentração. Nega uso de medicações diárias. Nega presença de comorbidades cardíacas, respiratórias e endócrinas. Relata historia familiar de distúrbios tireoidianos. Ao exame físico: Bom estado geral, lúcida e orientada em tempo e espaço, acianótica, anictérica, hidratada, afebril (36,5°C), normotensa (120X60 mmHg). Pele e mucosas normocoradas. À palpação: pele quente e úmida. Sistema respiratório: tórax atípico. Ritmo respiratório eupneico (17 irpm), ausência de tiragens e retrações. Expansibilidade torácica completamente preservada e frêmito toracovocal presente em toda parede torácica. À percussão: som claro pulmonar. À ausculta: murmúrio vesicular fisiológico. Sistema cardiovascular: à ausculta: bulhas cardíacas normofonéticas em 3T, sem sopros com ritmo irregular e FC: 106 bpm. Tireoide: consistência fibroelástica, ausência de nódulos, forma e volume aumentados em 2x devido a presença de bócio difuso e simétrico. Ausculta com presença de sopros e frêmitos. Exame dos olhos: protrusão ocular (exoftalmia). Exames complementares: Guiado pela suspeita de hipertireoidismo, foram solicitados dosagens séricas de TSH, T4 livre, T3 e TRAb. TSH: inferior a 0,04mUI/L (normal: 0,5-5,0 mUI/L); T4 livre: 3,6 ng/dL (normal: 0,9 a 2,0 ng/dL) T3� 484ng/dL; (normal: 70-190ng/dl); TRAb: positivo. Conclusão e discussão: Após resultado dos exames (TSH suprimido, T4 e T3 elevados, além de TRAb positivo) e guiados pela apresentação clínica da paciente, o diagnóstico estabelecido foi de Hipertireoidismo por Doença de Graves. Foi prescrito como tratamento para o caso um betabloqueador (Atenolol 50 mg/dia) e o Antitireoidiano Metimazol (dose de ataque de 40mg/dia por 4 semanas e manutenção de 20 mg/dia). A paciente obteve melhora clínica após inicio do tratamento, sendo mantida em acompanhamento clínico em unidade de saúde. A Doença de Graves é uma doença auto-imune frequente. O diagnóstico precoce diminui o desenvolvimento de complicações e um tratamento adequado providencia um bom controle da doença na maioria das situações. As manifestações da tireotoxicose decorrem da estimulação do metabolismo dos tecidos pelo excesso de hormônios tireoidianos. O paciente é normalmente uma mulher jovem ou de meia-idade, que relata uma história como o do caso clínico apresentado: insônia, cansaço extremo, incapacidade de concentração, nervosismo, sudorese excessiva, alterações do estado emocional, perda ponderal, dentre outros. Ao exame físico é percebido alterações como o estado da pele que se encontra geralmente quente e úmida, além de alterações cardiovasculares como hipertensão sistólica, taquicardia sinusal, presença de B1 hiperfonética, sopro sistólico e eventualmente uma terceira bulha. É notório o bócio, difuso e simétrico à palpação da tireoide, além da oftalmopatia infiltrativa (oftalmopatia de Graves). Questões para orientar a discussão 1. O que é Doença de Graves? 2. Como é feito o diagnóstico de doença de Graves? 3. Quais os possíveis tratamentos diante de um caso de Doença de Graves? 4. Cite os dois efeitos colaterais mais graves que a paciente poderia apresentar nos primeiros seis meses de terapia com a tionamida. 5. Cite possíveis diagnósticos diferenciais para estados de tireotoxicose. Respostas 1. A doença de Graves (ou de Basedow-Graves, ou Bócio Difuso Tóxico – BDT) )é uma doença autoimune que se caracteriza pela presença de hipertireoidismo, bócio, oftalmopatia e, ocasionalmente, dermopatia infiltrativa ou mixedema pré-tibial. É caracterizada pela produção de autoanticorpos que agem contra a glândula tireoide, desencadeando uma hiperatividade com síntese e secreção excessiva de hormônios da mesma. Predomina em mulheres na faixa etária entre 20 a 40 anos. 2. Um valor de TSH reduzido associado a um valor elevado de tiroxina livre (T4 livre) confirmam o diagnóstico clínico de hipertireoidismo. Nos estados mais precoces da doença nos quais a dosagem de T4 livre não confirmar a suspeita clinica, devemos solicitar T3 total ou T3 livre, que se encontram elevados em todos os casos de hipertireoidismo. O anticorpo característico da doença de Graves é o antirreceptor do TSH (TRAb). A pesquisa dessa imunoglobulina não é necessária na maioria dos casos, uma vez que o diagnóstico de doença de Graves baseia-se em achados clínicos clássicos (bócio difuso, hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia) acompanhados de dosagem hormonal. 3. A terapia objetiva a diminuição na formação e secreção do hormônio tireoidiano. Hoje em dia são utilizados três tipos de métodos terapêuticos: Drogas antitireoidianas (tionamidas), radioablação com iodo radioativo (Iodo-131) e Cirurgia. 4. Os efeitos adversos mais graves são a hepatotoxicidade (hepatite medicamentosa) e alterações hematológicas, principalmente a agranulocitose (neutropenia grave, ou seja, <500/mm3). 5. Tireotoxicose é qualquer estado clínico resultante do excesso de hormônios da tireoide nos tecidos. Pode ser causada por uma hiperfunção tireoidiana (Doença de Graves, bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico), ou por síndromes de tireotoxicose associadas à função normal ou diminuída da tireoide, como ocorre na tireotoxicose factícia (uso abusivo de hormônio tireoidiano exógeno, como em substâncias iodadas como xaropes e contrastes radiológicos), nas tireoidites (lesão tecidual libera os hormônios tireoidianos que já estão estocados) e na produção ectópica de hormônios da tireoide. Caso clínico 2. Apresentação do caso clínico: M.H.L.C., ítalo-brasileira, sexo feminino, 51 anos de idade, diretora financeira de uma multinacional do setor de alimentos; apresentou crise de faringite há 3 semanas; atualmente hígida até o aparecimento súbito de fraqueza muscular, fadiga, hipotensão ortostática, perda de peso e náuseas. A paciente procurou o serviço médico e relatou o aparecimento de “manchas escuras no canto da boca e próximo aos mamilos”. Ao exame físico o médico ratificou a presença de pigmentação melânica nas regiões referidas pela paciente. O médico suspeitou de endocrinopatia e solicitou exames completares. Ao avaliar o exame, o profissional percebeu que a paciente apresentava nível sérico de potássio igual a 6,1 mEq/L, concentração plasmática de sódio de 103 mEq/L e ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) sérico igual a 58 pg/mL . Desse modo, o médico confirmou que se trata de um caso de Doença de Addison. Valores de referência Potássio à 3,5 a 5,5 mEq/L Sódio à 135 a 145 mEq/L ACTH sérico à 10 – 50 pg/mL QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO 1. A doença de Addison ou hipoadrenalismo caracteriza-se por prejuízo da função adrenal, isto é uma insuficiência adrenal. Qual a causa primária desta patologia e quais os fatores desencadeantes? 2. Tendo em vista a causa comum da insuficiência adrenal primária, quais são os corticoides cuja produção é deficitária e qual sua respectiva zona histológica de produção na glândula adrenal? 3. Sabe-se que a doença de Addison pode levar o paciente a óbito rapidamente caso o tratamento não seja iniciado imediatamente após o diagnóstico. Isso se deve ao fato de que há déficit na síntese e secreção de aldosterona, bem como de cortisol. Com base nestes achados explique a afirmação inicial e exemplifique o tratamento. 4. No caso clínico foi analisada a elevação dos níveis séricos de potássio, que caracteriza a hipercalemia. Em decorrência disso é possível observar certa “toxicidade cardíaca”, isto é, efeitos da doença de Addison sobre o sistema cardiovascular, como a situação pode ser explicada? 5. Ao exame físico o médico observou na paciente a pigmentação melânica na comissura labial e na região circunjacente aos mamilos. Justifique a presençadeste importante achado clínico, nos pacientes com doença de Addison. Respostas 1. A doença de Addison decorre de uma lesão do córtex da adrenal, com a progressiva destruição das células do córtex. Os fatores que desencadeiam a lesão são relacionados ao componente autoimune, ativado em resposta ao agravamento de infecções virais, quadros de tuberculose ou trombose suprarrenal. É uma doença de prevalência baixa e atinge principalmente mulheres, após os 50 anos de idade. No caso a paciente possui rotina de trabalho extenuante, fator ambiental que condiciona estresse físico, bem como apresentou faringite, previamente ao desenvolvimento da doença. 2. A causa comum, isto é, o dano às células corticais da suprarrenal ocasiona a deficiência de aldosterona, um mineralocorticoide sintetizado na zona glomerulosa do córtex da adrenal; e a deficiência de cortisol, principal glicocorticoide humano, produzido na zona fasciculada do córtex da adrenal. Além disso, há em menor grau um déficit na síntese de androgênios, cuja repercussão sistêmica é atenuada. 3. A aldosterona age nos túbulos contorcidos distais dos rins, promovendo a reabsorção de água e sódio e a excreção de potássio, influenciando os níveis de pressão arterial. Com a deficiência de aldosterona ocorre o aumento da excreção renal de sódio e água, o qual ocasiona desidratação extrema levando o indivíduo ao choque hipovolêmico, podendo evoluir a óbito em poucos dias. Além disso, a secreção de potássio é diminuída gerando um quadro de hipercalemia. No que tange aos níveis deficitários de cortisol, sua ausência em longo prazo provoca dificuldade de mobilizar qualquer reserva energética nos períodos entre as refeições, tal fator representa falta do controle glicêmico. Ademais, os baixos níveis de cortisol deprimem o sistema imunológico do paciente, tornando-o suscetível a infecções e potencializando infecções de caráter mais brando, a exemplo de resfriados e gripes comuns. O tratamento da doença de Addison é realizado com doses diárias de mineralocorticoides (aldosterona) e glicocorticoides (cortisol/hidrocortisona/fludrocortisona), para promover a reposição hormonal. 4. A deficiência de aldosterona leva à perda renal de sódio e ao acúmulo de potássio, com isso os níveis séricos de potássio interferem de modo negativo na despolarização das células cardíacas, o que dificulta a formação do potencial de ação das células do miocárdio, podendo levar o paciente à insuficiência cardíaca. 5. A pigmentação melânica é um importante indicativo da doença de Addison e ocorre devido à deficiência da glândula em produzir cortisol, que induz a estimulação do eixo hipotálamo-hipofisário e, por conseguinte, promove o aumento dos níveis de CRH (hormônio liberador de corticotropina) e ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). O ACTH é sintetizado por meio da síntese proteica natural, logo em sua formação há presença de um pré-prohormônio. Assim, no pré-prohormônio do ACTH está presente a proteína betalipotrofina, a qual age como melanócito estimulante e aumenta a produção de melanina, gerando a hiperpigmentação tecidual. Ressalta-se que a pigmentação melânica na doença de Addison não é homogênea, pois ocorre principalmente nos tecidos mais finos, a exemplo de mucosas e regiões adjacentes. Caso 3. Apresentação do caso clínico de hipotireoidismo Questões para orientar a discussão 1. A maioria dos casos de Hipotireoidismo Congênito apresenta sinais e sintomas inespecíficos, de modo que 95% das crianças são assintomáticas ao nascimento. O que justifica essa manifestação tardia de características típicas dessa doença? 2. Qual a provável causa do Hipotireoidismo Congênito? Cite, no mínimo, 1 exemplo. RN, sexo feminino, com 11 dias de vida, hígida até apresentar icterícia, letargia e hérnia umbilical. Os pais do recém-nascido levaram-no ao médico e relataram que a criança estava com a pele seca e áspera, estava pálida e com constipação intestinal. Ao realizar o exame físico, o médico ratificou a presença da hérnia umbilical e constatou que a pele da criança apresentava um padrão de cutis marmorata, e que as fontanelas anterior e posterior estavam amplas. O médico suspeitou de Hipotireoidismo congênito e solicitou o Teste do Pézinho e uma análise laboratorial dos níveis de TSH. Após analisar os resultados, o primeiro exame mostrou-se positivo para Hipotireoidismo Congênito, o qual foi confirmado pelo segundo exame, que apresentou altos níveis de TSH. 3. Sabe-se que, se não for tratada adequadamente e na idade correta, o Hipotireoidismo Congênito pode acarretar diversas consequências para o desenvolvimento sadio da criança, entre elas o retardo na maturação óssea. Qual a explicação fisiológica que justifica esse malefício? 4. Considerando o diagnóstico relatado, o que justifica os altos níveis de hormônio tireotrófico (TSH) identificados no exame requisitado pelo médico? 5. Sabendo que a doença relatada influencia diretamente a atividade da glândula tireoide, qual o tratamento que deve ser adotado para ser usado na criança? Justifique sua resposta. E qual é a forma de administração mais adequada do medicamento utilizado? Respostas da discussão do caso de hipotireoidismo 1. Essa ausência ou reduzida aparência dos sintomas no início da vida podem ser justificadas pela passagem transplacentária de hormônio tireoidiano materno, o que supre temporariamente a falta dessa substância (decorrente de defeitos congênitos na glândula paratireoide) no organismo, de modo a “camuflar” as consequências que esse defeito acarreta no organismo da criança. 2. Considerando os altos níveis de TSH, detectados no exame requisitado pelo médico, conclui-se que se trata de um Hipotireoidismo Primário, e, já que ocorre em um recém-nascido, é chamado de Hipotireoidismo Congênito. A maioria dos casos (85%) dessa anomalia é decorrente de disgenesias tireoidianas, entre elas a ectopia, atireose e/ou hipoplasia da glândula. 3. As células parafoliculares (ou células C), presentes na glândula tireoide, produzem calcitonina, hormônio que antagoniza a ação do paratormônio, por meio da inibição da atividade dos osteoclastos quando o cálcio plasmático está elevado, de forma a impedir a reabsorção óssea. Uma vez que a provável causa do caso em questão é alguma disgenesia tireoidiana (defeitos durante a formação embriológica), o desenvolvimento das células parafoliculares é prejudicado, causando a inibição apenas parcial da atividade dos osteoclastos. Isso resulta na reabsorção óssea de forma desregulada, causando um consequente retardo na maturação dos ossos da criança afetada. 4. No Hipotireoidismo Primário, ocorre uma disfunção na tireóide, que não responde à presença de TSH, o qual é sintetizado continuamente pela Hipófise, em uma tentativa de estimular a atividade dessa glândula. Então, uma vez que o estímulo não acontece, o TSH acumula-se no organismo. 5. O composto hormonal de escolha para o tratamento é a LT4 (Levotiroxina), uma vez que a maior parte do hormonio tireoidiano do Sistema Nervoso Central provém da conversão local de T4 em T3. Além disso, a forma de administração mais adequada é por meio da via oral, na forma de comprimidos de LT4, uma vez que não existe aprovação de medicamentos líquidos desse hormônio. Caso 4. Apresentação do caso clínico J.S.A, sexo feminino, 19 anos, solteira, estudante, natural e procedente de Sobral-CE, apresenta-se na Santa Casa com queixas de cefaléia, palpitações e sudorese. Paciente relata que tais sintomas surgiram há dois meses e desde então acontecem duas vezes por semana, duram em média 20 minutos e não são associados a nenhum fator desencadeante. Relata que já retirou um hemangioblastoma localizado no sistema nervoso central e que sua mãe faleceu devido a complicações de um hemangioblastoma tambémlocalizado no sistema nervoso central. Nega diabetes mellitus e nega hipertensão arterial sistêmica. Ao exame físico, paciente encontra-se em regular estado geral, lúcida, orientada em tempo e espaço, afebril, acianótica, anictérica, hidratada, taquipneica (freqüência respiratória = 24irm), taquicárdica (105bpm) e hipertensa (160 x 95 mmHg). Aparelho respiratório com murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. Paciente sem presença de sopros. A tireóide estava normopalpável. Durante a investigação com exames complementares, as metanefrinas livres plasmáticas (MLP) estão 6 vezes o limite superior de normalidade, TSH e T4 livre dentro da normalidade. QUESTÕES PARA ORIENTAR A DISCUSSÃO 1. Qual o possível diagnóstico? Justifique a resposta. 2. Quais outros exames devem ser solicitados? 3. Quais seriam os possíveis diagnósticos diferenciais para este caso? 4. Qual o tratamento de escolha para esse caso? 5. Qual o prognóstico de um paciente com feocromocitoma? Respostas 1. Feocromocitoma. A paciente apresente os três sintomas (cefaléia, sudorese e palpitações) mais frequentes dos pacientes com feocromocitoma, além de no exame físico apresentar uma pressão arterial elevada, que é algo também freqüente nesses pacientes, pois os feocromotiomas são tumores de células cromafins da medula adrenal que produzem, metabolizam e secretam catecolaminas. Por fim, as metanefrinas livres plasmáticas estão elevadas (seis vezes o limite superior de normalidade). 2. Como a paciente já tem metanefrinas livras plasmáticas (MLP) seis vezes acima do limite superior de normalidade, já se tem o diagnósico bioquímico para feocromocitoma ou paraganglioma (seria necessário o valor estar quatro vezes mais elevado), sendo importante agora a solicitação de um exame de imagem, de preferência uma ressonância magnética de abdome total. Além disso, a paciente apresenta um histórico pessoal e familiar de hemangioblastoma, além do feocromocitoma, ambos os achados são indicativos de uma doença chamada de doença de Von Hippel-Lindau, que é um distúrbio autossômico dominante, sendo assim seria muito importante uma avaliação fundoscópica em busca de um hemangioblastoma retiniano, pois é um achado bastante comum nessa doença. 3. Há várias situações que se assemelham ao quadro clínico de feocromocitoma, algumas delas são: hipertensão essencial hiperadrenérgica, hiperventilação, síndrome de abstinência alcoólica, ataques de pânico, tireotoxicose, uso de substâncias (como cacaína, crack, inibidores da MAO, clozapina, antidepressivos tricíclicos, catecolaminas e substâncias catecolamina-símiles). 4. O tratamento consiste na retirada cirúrgica do tumor após a estabilização pré-operatória do paciente, por meio de um controle clínico adequado da pressão arterial e dos sintomas cardiovasculares. 5. Após a retirada do tumor, 75% dos pacientes tornam-se normotensos. A recidiva do feocromocitoma ocorre em 5 a 10% dos pacientes que são considerados curados pela cirurgia. Desta forma, como prevenção, recomenda-se dosar catecolaminas e/ou metabólitos urinários, uma vez por ano, durante pelo menos 5 anos após a cirurgia. Caso seja um tumor benigno, a taxa de sobrevida em 5 anos é de 97% e se for maligno é de 23 a 44%.
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