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MITOCÔNDRIAS -energia para realizar quase todas as suas atividades celulares é obtida de moléculas de ATP ( apesar do espaço insignificante que ocupam, disponibilizam uma grande quantidade de energia que pode ser facilmente utilizada tão logo e onde for necessária ) -energia encontra-se depositada nas ligações químicas entre os fosfatos do ATP - ligações de alta energia - embora possa ser utilizada apenas a que envolve o fosfato terminal -sua hidrólise gera um ADP ( tipo uma bateria descarregada que quando carregada se converte em ATP), um fosfato e energia; -essa organela é quem gera ATP, que captam a energia depositada nas ligações covalentes das moléculas do alimentos e transferem-na ao ADP; formado o atp ,ele sai da organela e se difunde pela célula; - Quando a energia do ATP é removida, o ADP é reconstituído e reingressa nas mitocôndrias para receber uma nova "carga" de energia. -células têm uma enorme quantidade de mitocôndrias; -energia contida nos alimentos provém, em última instância, do sol. Nas plantas, a partir do C02 e da H20, a luz solar dá lugar a uma série de reações que - além de produzir 02 - convertem a energia luminosa em energia química, que fica depositada nas ligações covalentes das moléculas dos vegetais ( fotossíntese ); - Os alimentos entram no organismo pelo sistema digestório, * salvo o 02, que o faz pelo sistema respiratório; Uma vez que a energia foi extraída dos alimentos, ficam como produtos de dejetos C02 e H2O e calor, aos quais devem se somar algumas substâncias nitrogenadas derivadas do catabolismo das proteínas; **Nem toda a energia depositada nas ligações químicas das moléculas alimentícias é transferida para o ATP, pq , parte desta energia se converte em calor durante as sucessivas reações que conduzem a sua formação; - 40% da energia liberada são para atividades proveitosas e 60% se dissipam sob a forma de calor ( devido à degradação dos alimentos de forma gradual, por meio de enzimas que ela mesma sintetiza) -energia das moléculas alimentícias é extraída por meio de oxidações1; ao final das quais o O2 (atm) se une ao H e ao C liberados por essas moléculas e forma H2O e C02, respectivamente; -ocorre de forma gradual, pois se as oxidações não fossem graduais, a energia química se liberaria subitamente e se dissiparia como calor; **uma molécula se oxida não somente quando ganha oxigênio (0), mas também quando perde hidrogênio (H). toda a remoção do e- de qualquer átomo ou molécula constitui uma reação de oxidação; Se o e- removido provier de um átomo de H, o H+ resultante pode permanecer na molécula oxidada (que então fica com uma carga positiva) ou pode ser removido e passar ao meio aquoso; Posteriormente, os e- e os H+ podem voltar a unir-se -para compor novos átomos de H; Toda oxidação de um átomo ou de uma molécula está ligada à redução de outro átomo ou de outra molécula, que então ganham hidrogênio ou e-, ou perdem oxigênio; 1 processo de perda de elétrons por um átomo; -em algumas reações de oxidação e redução durante o processo , intervêm duas moléculas intermediárias importantes: as coenzimas nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD) NAD- na forma oxidada (NAD+); reduzida (NADH); FAD- oxidada (FAD); reduzida (FADH2); -os alimentos são quebrados por diversas enzimas; Estes processos ocorrem de forma tal que as moléculas transformadas por algumas enzimas são modificadas em seguida por outras e assim consecutivamente - forma cadeias metabólicas degradativas que, nas primeiras etapas, são distintas para cada tipo de alimento, mas nas etapas finais confluem em uma via metabólica comum; - cisão enzimática dos alimentos ocorre em três cenários orgânicos: o tubo digestório, o citosol e a mitocôndria; como ocorre? -processo ocorre no interior do tubo digestório (extracelular), por meio de enzimas liberadas por diversas células dele; os açúcares são quebrados em monossacarídeos, princ. glicose, lipídeos ( geralm. triacilgliceróis) quebrados em glicerol e ácidos graxos, e ptns em aminoácidos; -Depois de absorvidas pelo epitélio intestinal, estas moléculas ingressam no sangue e por ele chegam às células; -células guardam no citosol parte da glicose e dos ácidos graxos sob a forma de glicogênio e de triacilgliceróis - Para assegurar um abastecimento contínuo de energia; os hepatócitos e as células musculares estriadas podem conter grânulos ou inclusões dessas moléculas para reserva tmb; Os adipócitos servem como depósito para grandes quantidades de triacilgliceróis. -as oxidações e a formação de ATP - ocorrem em dois tempos; no primeiro é gerado C02 (Ciclo de Krebs) e no segundo H2O (Fosforilação oxidativa); -Da energia liberada no ciclo, uma pequena fração é aproveitada para gerar um ATP de forma direta, porém a maior parte é utilizada para reduzir 3 NAD+ que se convertem em outros tantos NADH e 1 FAD, que passa a FADH2; -dps os NADH e os FADH2 são oxidados em outros pontos no começo de uma série de complexos moleculares que são agrupados ( cadeia transportadora de elétrons ou cadeia respiratória), presente na membrana interna da mitocôndria, de modo que os NADH e os FADH2 voltam a se converter em NAD+ e FAD; -Quando ambos são oxidados, a energia depositada em suas moléculas é liberada e transferida ao ADP que se acha nas mitocôndrias, o qual, uma vez que se fosforila, se converte em ATP ( fosforilação oxidativa); ● QUEBRA ÁCIDOS GRAXOS - Beta Oxidação -compreende vários ciclos sucessivos, 7 quando se trata de um ácido graxo de 16 carbonos e 8 naquele de 18 carbonos - -ácido graxo cede uma acetila por ciclo; -cada ciclo produz um NADH e um FADH2; -processo realizado pelas enzimas acil CoA desidrogenase, enoil CoA hidratase, hidroxiacil CoA desidrogenase e 13-cetoacil CoA tiolase; - acetilas formadas juntam à coenzima A (acetil CoA) e entram no ciclo de krebs; -não se degradam no citosol; -ocorre na Matriz mitocondrial, onde tem as enzimas; -Passam para as mitocôndrias, onde uma série de enzimas específicas os desdobra até gerar entre 8 e 9 acetilas cada um ; -no ciclo de krebs, cada: acetil CoA gera um ATP, três NADH e um FADH2, e que a energia contida nos NADH e FADH2 é transferida ao ATP no final da fosforilação oxidativa; - gorduras fornecem mais energia - pela quantidade de NADH e FADH2 suplementares que são gerados durante a b-oxidação dos ácidos graxos, proporcionalmente maior que os produzidos pela glicose durante a glicólise e a descarboxilação oxidativa; ● QUEBRA AMINOÁCIDOS - quando não são usadas para sintetizar proteínas ou outras moléculas e são necessários para gerar energia, convertem-se - por meio de enzimas específicas distintas - alguns em piruvato, outros em acetila, e outros em moléculas intermediárias do ciclo de Krebs; forma-se também amônia. ● PROCESSO DE RESPIRAÇÃO AERÓBICA (ex. glicose) -Conjunto das vias catabólicas, a partir das quais os organismos obtêm energia a partir da oxidação de uma molécula orgânica sendo o aceitador final de elétrons e prótons uma molécula inorgânica externa; - glicose é o substrato mais comum; -oxidam a glicose na presença de oxigênio; C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2 O + energia -cerca de 38 moléculas de ATP por cada molécula de glicose oxidada. -quatro etapas bioquímicas principais: a glicólise, a formação do acetil-CoA (Descarboxilação Oxidativa), o ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico ou dos ácidos tricarboxílicos) e a cadeia transportadora de elétrons onde se dá a fosforilação oxidativa; -O2 serve como aceitador final de elétrons; ❖ Glicólise - oxidação incompleta da glicose em piruvato e ocorre no citosol; -ocorre na presença ou ausência de oxigénio; -Consiste em 10 reações que convertem a molécula de glicose com 6 átomos de carbono (6C) em duas moléculas de piruvato com 3C, com produção de 2 ATPs (1 por cada piruvato) e redução de 2 NAD+ em NADH e H+ (uma parte da energia liberada durante a glicólise não é transferida diretamente ao ATP, mas promove a redução de dois NAD+ (um por cada piruvato) a NADH )); -divida em dois grupos de reações: • fase de ativação, em que é fornecida energia da hidrólise do ATP à glicose para que se torne quimicamente ativa e se dê início à sua degradação; • fase de rendimento, em que a oxidação dos compostos orgânicos permite aproveitar energia libertada para a produção de ATP; -as 5 primeiras reações são endoenergéticas (consomem energia); 1. o ATP transfere um grupo fosfato (P) para a glicose 6C, formando a glicose 6-P; 2. a glicose 6-P sofre um rearranjo da molécula, originando o isômero frutose 6-P; 3. outro ATP transfere um P para frutose 6-P originando a frutose 1,6-P (ou frutose difosfato); 4. a molécula de frutose sofre rearranjo molecular (o anel benzeno abre) e a frutose 1,6-P origina duas moléculas diferentes de 3 carbonos – fosfato de diidroxiacetona e gliceraldeído 3P (ou ácido fosfoglicérico); 5. o fosfato de diidroxiacetona sofre um rearranjo estrutural e forma-se o seu isômero, o ácido fosfoglicérico ; gerando 2 moléculas de ácido fosfoglicérico, 2 moléculas NADH + 2 H+ 6. o ácido fosfoglicérico é oxidado, formando o 1,3 – bifosfoglicerato (conversão de um açúcar num ácido) e um NADH + H+ - é nesta reação de fosforilação do substrato com fosfato inorgânico paralelamente com a oxidação e redução do NAD que resulta um ganho energético para a célula; 7. o 1,3 – bifosfoglicerato cede o grupo fosfato a 1 ADP, formando ATP e 3 – fosfoglicerato; 8. o grupo fosfato muda de local ao nível molecular no 3 – fosfoglicerato formando 2 – fosfoglicerato; 9. o 2 – fosfoglicerato perde uma molécula de H2O, formando o fosfoenolpiruvato (PEP); 10. o PEP cede um P ao ADP, formando ATP e piruvato ; gerando 2 moléculas de piruvato, 2 H2O e 4 ATPs ● DESCARBOXILAÇÃO OXIDATIVA -Na presença de oxigênio;o piruvato entra na mitocôndria e por ação de um complexo multienzimático (piruvato desidrogenase2) - presente na matriz mitocondrial ele é oxidado formando um composto de 2 carbonos, o acetato ou acetila, com libertação de energia ( um íon H+ e dois e- ) e CO2; - acetato liga-se a uma coenzima – coenzima A (CoA) – formando o acetil-coenzima A; -a energia liberada na oxidação do piruvato é armazenada na reação de redução do NAD+ a NADH + H+ (um NADH por cada acetila produzida); 2 tipo de enzimas oxidorredutases catalisadoras da transferência de íons hidrogênio e um par de elétrons de um substrato, que é então oxidado, para uma molécula aceitadora, que é então reduzida (normalmente o NAD ou uma coenzima flavínica). As oxidações são graduais e em seu transcurso é liberada energia depositada nas ligações covalentes entre esses átomos, a qual passa ao ATP ● Ciclo de Krebs ou Ciclo Do Ácido Cítrico Ou Dos Ácidos Tricarboxílicos -conjunto de reações que conduz à oxidação completa da glicose; - Ocorre na matriz mitocondrial; -principais reagentes são o acetato na forma de acetil-CoA, água e transportadores de elétrons; -reações são catalisadas por enzimas, se destacam as descarboxilases (catalisadores das descarboxilações3) e as desidrogenases (catalisadores das reações de oxidação-redução que conduzem à formação de NADH); -Cada molécula de glicose conduz à formação de duas moléculas de piruvato, que originam duas moléculas de acetil-CoA, dando início a dois ciclos de Krebs; -no final, por cada glicose, é resultado: 1. 6 moléculas de NADH 2. 2 moléculas de FADH2 3. 2 moléculas de ATP 4. 4 moléculas de CO2 - acetil CoA reage com o oxaloacetato (ácido com 4 carbonos) formando um composto de 6 carbonos, o ácido cítrico (citrato); -As seguintes reações catalisadas por várias enzimas irão continuar a degradação do ácido cítrico até à formação de uma nova molécula de 4 carbonos, o oxaloacetato; -Esta nova molécula de oxaloacetato vai reagir com outro acetil CoA e assim sucessivamente, enquanto houver 02 e acetila disponíveis; -moléculas de C02 formadas durante a descarboxilação oxidativa e o ciclo de Krebs passam ao citosol, deste ao espaço extracelular, e, finalmente, ao sangue, que as transporta aos pulmões para sua eliminação. Os reagentes iniciais e os produtos intermédios e finais permitem a manutenção e continuação do ciclo, com reciclagem de compostos que serão úteis mais tarde no ciclo Os compostos intermediários do ciclo podem ser utilizados como percursores em vias biossintéticas, por exemplo, o oxaloacetato e o α-cetoglutarato irão formar aminoácidos, respetivamente o aspartato e o glutamato 3 uma reação química na qual um grupo carboxilo é eliminado de um composto na forma de dióxido de carbono; *O α-cetoglutarato é convertido em glutamato e este em glutamina, a biossíntese de aminoácidos utiliza intermediários do ciclo, o α-cetoglutarato é convertido em glutamato, através de uma reação de aminação redutora NAD+ OU NADP+, catalisada pela glutamato- desidrogenase 2,8; *a metionina, a isoleucina, a treonina e a valina são degradadas produzindo succinil-CoA, através de reações de transaminação e descarboxilação; ubiquinona - também conhecido como Coenzima Q-10 na sua forma reduzida; forma inativa; ubiquinol - forma ativa ● Cadeia respiratória ou transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa -As moléculas de NADH e FADH2 resultantes do ciclo, são oxidadas nas reações finais da respiração celular, e os elétrons e prótons são captados pelo oxigênio, aceitador final; 1. os elétrons passam por uma série de proteínas transportadoras de elétrons – cadeia respiratória – que se encontram na membrana interna da mitocôndria; 2. o fluxo de elétrons ao longo da cadeia respiratória provoca o transporte ativo de prótons ao longo da cadeia através da membrana interna da mitocôndria; 3. os prótons regressam à matriz mitocondrial por difusão – quimioosmose – e, simultaneamente, o ADP sofre uma fosforilação oxidativa formando ATP. -A cadeia transportadora de elétrons contém 3 grandes complexos protéicos ( transportadores de elétrons pequenos) na membrana interna da mitocôndria: o citocromo c - uma pequena proteína; a ubiquinona (Q) - um componente não protéico; 1. O NADH e H+ cede elétrons à ubiquinona (Q) numa reação catalisada pela enzima NADH-Q reductase (NADH desidrogenase (I)); 2. a citocromo redutase ( b-c1 (III) ) transfere os elétrons da ubiquinona para o citocromo c; 3. do citocromo c os elétrons passam para o oxigênio numareação catalisada pela citocromo oxidase (IV); formam-se 3 ATPs, por cada par de elétrons transportados na cadeia respiratória provenientes de NADH e H+ até ao aceitador final, o oxigênio -Durante o transporte de elétrons os H+ são transportados contra gradiente de concentração através da membrana interna da mitocôndria do interior para o exterior, o espaço intermembranar; O aumento de concentração de H+ no espaço intermembranar irá promover a difusão dos prótons de volta ao interior da mitocôndria, através de canais proteicos específicos, as sintetases de ATP, promovendo a fosforilação do ADP em ATP; na ATP Sintase - A passagem de prótons promove a rotação do anel do rotor; Energia mecânica é convertida em energia de ligações química; -à medida que a energia fornecida pelos e- é utilizada para transferir os H+ para o espaço intermembranoso, ela é absorvida pelos próprios H+, que a retêm como energia protonicomotora. - energia necessária para a síntese de ATP é proveniente da energia protonicomotora contida nos H+, que a vão perdendo à medida que regressam para a matriz mitocondrial. -ATP sintase se comporta como uma turbina que converte um tipo de energia (a protonicomotora, derivada do gradiente eletroquímico dos H+) em outra mais proveitosa para a célula, a energia química depositada entre o segundo e o terceiro fosfato de ATP; - ATP sai para o citosol por um contratransportador passivo, localizado na membrana mitocondrial interna, a ATP-ADP translocase. Por cada ATP que a atravessa, entra um ADP na matriz mitocondrial. -ATP sintase pode se chamar ATPase, pois é capaz de hidrolisar ATP (a ADP e P) e com a energia liberada bombear H+ para o espaço intermembranoso através da porção F0; -recebe o nome de ATP sintase porque, na matriz mitocondrial, o quociente ATP/ADP normalmente é inferior a unidade, o que leva à síntese e não à hidrólise do ATP; succinato desidrogenase (II) - e- depois de perder uma parte substancial de sua energia, abandonam a cadeia-respiratória e regressam à matriz mitocondrial. Combinam-se com os H+ vindos do espaço intermembranoso e com o 02 proveniente da atmosfera, dá lugar à formação de H20; - necessários 4 e- e 4 H+ para cada 02 para que se produzam 2 moléculas de H20; - H20 passa da mitocôndria ao citosol, onde pode ficar retida ou sair para o espaço extracelular; NADH citosólico não pode ingressar na mitocôndria, pois sua membrana interna lhe é impermeável; por isso gera menor rendimento; entram na mitocôndria somente seus e- e H+; possível graças a certas moléculas citosólicas que atuam como "lançadeiras". Assim, uma lançadeira, depois de captar os e- e um H+ do NADH (mais outro H+ do meio), os conduz à mitocôndria, onde os transfere a outra molécula; depois retoma sem eles ao citosol e, por isso, fica disponível para uma nova operação. ex. o glicerol 3-fosfato - formado no citosol após a redução da diidroxiacetona 3-fosfato; entra no espaço-intermembranoso e se coloca em contato com a membrana mitocondrial interna, mais precisamente com o FAD, ao qual cede os dois e- e os dois H+, quer dizer, a molécula de hidrogênio (H2 ), formando FADH2, que cede seus e- à ubiquinona; ex. malato-aspartato - os dois e- e o H+ do NADH citosólico (mais outro H+ do meio) se reduzem a um oxaloacetato, que se converte em malato; e ingressa na matriz mitocondrial e se reoxida como oxaloacetato; H2 saído do malato é usado para reduzir um NAD+ a NADH (o H+ que sobra passa ao meio); oxaloacetato mitocondrial, uma vez que não pode atravessar a membrana interna da mitocôndria, para passar ao citosol transforma-se em aspartato que a atravessa. No citosol, o aspartato se reconverte em oxaloacetato, o que encerra o ciclo; ácido láctico = lactato -Complexo I: NADH desidrogenase - a cada 2 elétrons bombeia 4 H+ ; - Complexo II: Succinato de desidrogenase – Recebe elétrons de FADH; -Ubiquinona: transportador móvel; - Complexo III: Citocromo b-c1- a cada 2 elétrons bombeia 4 H+; -Citocromo C: transportador móvel; -Complexo IV: Citocromo oxidase a cada 2 elétrons bombeia 1H+; -Oxigênio recebe 4 elétrons formando 2H2O; ❖ Descrição Geral Da Organela -encontradas em todos os tipos celulares; -fornecem a estrutura sobre ,a qual se assentam inúmeras moléculas que participam nas reações que transferem a energia depositada nos alimentos para uma molécula extraordinariamente versátil como é o ATP; -cilíndricas, embora sofram mudanças sutis de forma, derivadas de sua atividade; -número varia segundo o tipo celular; ex. células hepáticas, podem ser encontradas entre 1.000 e 2.000; - situadas nas regiões das células onde a demanda de energia é maior; (se deslocam de um lado para outro do citoplasma até as zonas necessitadas ·de energia, por meio dos microtúbulos e ptns motoras ) -alguns tipos celulares, como os espermatozóides, os adipócitos e as células musculares estriadas, as mitocôndrias se acham imobilizadas em lugares fixos; -têm duas membranas - uma interna e outra externa - que dão lugar a dois compartimentos, o espaço intermembrana e a matriz mitocondrial; ● Matriz - contém numerosas moléculas, entre elas: 1. O complexo enzimático piruvato desidrogenase, responsável pela descarboxilação oxidativa; 2. enzimas envolvidas na b-oxidação dos ácidos graxo; 3. As enzimas responsáveis pelo ciclo de Krebs, exceto a succinato desidrogenase; 4. A coenzima A (CoA), a coenzima NAD+, ADP, fosfato, 02 etc. 5. Grânulos de diferentes tamanhos, compostos principalmente por Ca2; 6. Várias cópias de um DNA circular; 7. 13 tipos de RNAm, sintetizados a partir de outros tantos genes desse DNA; 8. 2 tipos de RNAr, que formam ribossomas parecidos com os citosólicos; 9. 22 tipos de RNAt para os 20 aminoácidos; ● Membrana Interna - desenvolve pregueamentos para a matriz que dão lugar às cristas mitocondriais (objetivo de aumentar a superfície da membrana); -número e a forma das cristas variam nos distintos tipos celulares; -alto grau de especialização e as duas faces de sua dupla camada lipídica exibem uma acentuada assimetria; -nela se localizam : 1. Um conjunto de moléculas que compõem a cadeia transportadora de elétrons; Existem inúmeras cópias destes conjuntos no plano da dupla camada lipídica. Cada um é composto de quatro complexos protéicos grandes, chamados NADH desidrogenase (I), succinato desidrogenase (II), b-c1 (III) e citocromo oxidase (IV), entre os quais se encontram dois transportadores de elétrons pequenos, ubiquinona e citocromo c; succinato desidrogenase é uma das enzimas do ciclo de Krebs e funciona associada a outra proteína da membrana mitocondrial interna, a coenzima FAD citocromo c não é uma proteína intrínseca desta membrana e sim uma proteína periférica que aponta para o espaço intermembrana ubiquinona é uma molécula não-protéica que pode se alojar na zona apolar da dupla camada lipídica graças a sua cadeia de 10 isoprenos, que é hidrófoba 2. ATP sintase - complexo protéico localizado nas imediações da cadeia transportadora de elétrons ; tem dois setores, um transmembrana (porção F0), que tem um túnel para a passagem de H+, e outro orientado para a matriz mitocondrial(porção F), que catalisa a formação de ATP a partir do ADP e fosfato, ou seja, é o responsável pelas fosforilações às quais se refere a expressão "fosforilação oxidativa"; 3. Um fosfolipídio duplo ( difosfatidilglicerol ou cardiolipina ) - que impede a passagem de qualquer soluto através da dupla camada lipídica, exceto 02, C02, H20, NH3 e ácidos graxos; 4. Diversos canais iônicos que permitem a passagem seletiva de íons e moléculas do espaço intermembranoso para a matriz mitocondrial e em sentido inverso; ● Membrana Externa - permeável a todos os solutos existentes no citosol, porém não é permeável às macromoléculas; (porque a sua dupla camada lipídica possui numerosas proteínas transmembrana de passagem múltipla chamadas porinas, que formam canais aquosos pelos quais passam livremente íons e moléculas de até 5 kDa; Nas porinas, os segmentos protéicos que cruzam a dupla camada lipídica exibem uma estrutura em folha dobrada b; ● Espaço intermembranoso - por conta da presença das porinas na membrana externa, o conteúdo de solutos no espaço intermembranoso é semelhante ao do citosol, embora tenham alguns elementos próprios e uma elevada concentração de H +; ❖ Funções -formar ATP; -Às acetilas geradas a partir dos piruvatos devem se somar os derivados da b oxidação dos ácidos graxos e do metabolismo de alguns aminoácidos; - Remoção de Ca + do citosol - função está a cargo do RE; mas quando a concentração do Ca2+ aumenta no citosol a níveis perigosos para a célula, entra em ação uma Ca2 + -ATPase localizada na membrana interna das mitocôndrias que, ao bombear o Ca2+ para a matriz mitocondrial, o retira do citosol; -Síntese de aminoácidos - A partir de determinadas moléculas intermediárias do ciclo de Krebs, nas mitocôndrias dos hepatócitos ocorrem algumas etapas metabólicas que levam à síntese de vários aminoácidos; -Síntese de esteróides - Em algumas células do córtex das supra-renais, dos ovários e dos testículos, a mitocôndria participa da síntese de diversos esteróides (função esteroidogênica) colesterol - captado pelas células é transportado para a mitocôndria, onde uma enzima, localizada na membrana mitocondrial interna, converte-o em pregnenolona. Esta sai da mitocôndria e entra no RE, onde continua seu metabolismo mediante diversas enzimas que atuam sequencialmente. caso do córtex das supra-renais - dão lugar à desoxicorticosterona, ao desoxicortisol e ao andrógeno androstenodiona; Os dois primeiros esteróides, depois de abandonar o RE, regressam à mitocôndria, onde a 11b-hidroxilase converte a desoxicorticosterona em corticosterona e o desoxicortisol em cortisol; Estes glicocorticóides são produzidos nas células da zona fasciculada do córtex das supra-renais. Posteriormente, no citoplasma das células da zona glomerular, por ação da 18-hidroxilase e da 18-hidroxiesteróide oxidase, a corticosterona se converte no mineralocorticóide aldosterona; maior parte das etapas metabólicas mencionadas são oxidações e, em seu transcurso, uma família de citocromos presentes na mitocôndria - os citocromos P450 - atuam como receptores de e-; -Morte celular - participação na morte celular programada; ❖ Piruvato nas células Musculares -quando ultrapassam um determinado nível de atividade, esgotam o 02 atmosférico que lhes chega pelas hemácias; situação normal. Diante da falta de 02 , o piruvato, em lugar de se converter no grupo acetila da Acetil CoA) transforma-se em lactato. - processo metabólico conhecido como fermentação láctica; -o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa não acontece aqui; -O lactato produzido nas células musculares passa ao sangue e chega ao fígado. Nos hepatócitos - via piruvato - o lactato se converte em glicose, que utilizará a célula muscular se continuar demandando energia; ❖ Nas mitocôndrias das células da gordura parda4, a energia gerada pelas oxidações se dissipa na forma de calor -nas células adipócitas de gordura marrom ou parda, as mitocôndrias são incapazes de transferir a energia protonicomotora ao ATP; -Na membrana interna destas mitocôndrias existe um transportador de H+ chamado termogenina, o qual, por não ter a porção F1 - quer dizer, a função enzimática da ATP sintase -, permite o retorno dos H+ à matriz mitocondrial sem que sua energia seja aproveitada para formar ATP. Como consequência, a energia protonicomotora, pela reação dos H+ com os e- e o 02 atmosférico durante a formação de H20 , se dissipa como calor; gordura parda é um tecido que os recém-nascidos possuem na região interescapular. Se a criança nascer em um meio muito frio , os ácidos graxos dos triacilgliceróis depositados nas células de gordura parda degradam-se e geram calor no lugar de ATP >> pode ser vital no momento do nascimento, ao permitir uma rápida adaptação dos recém-nascidos às baixas temperaturas ❖ Reprodução Das Mitocôndrias -ocorre pela divisão de mitocôndrias preexistentes, para a qual previamente duplicam o seu tamanho (fissão binária); -divisão das mitocôndrias ocorre durante todo o ciclo celular, tanto na interfase como na mitose; -nem todas as mitocôndrias se multiplicam e, por isso, algumas devem se dividir, repetidas vezes, no curso de um mesmo ciclo para compensar a falta de divisão por parte de outra; -gênese de novas mitocôndrias exige que seja duplicada a área de sua membrana interna e de sua membrana externa, e para isso devem se somar novos fosfolipídios às suas duplas camadas lipídicas. Da mesma forma como ocorre em outras membranas das células, os fosfolipídios são fornecidos pela membrana do RE, onde são produzidos; -Para extraí-los do RE, a mitocôndria recorre a proteínas citosólicas intercambiadoras, que os subtraem da membrana do retículo e os descarregam na monocamada citosólica da membrana mitocondrial externa; - Uma parte dos fosfolipídios passa a monocamada oposta graças a movimentos de flip-flop; -o transpasse de fosfolipídios da membrana externa para a membrana interna ocorre mediante pontos de contato criado entre ambas as membranas para esta finalidade; -Alguns glicerofosfolipídios que chegam à membrana mitocondrial interna sofrem modificações; ex. se unem de dois a dois e formam difosfatidilglicerol; 4 gordura marrom, ou tecido adiposo marrom, é um tipo especial de gordura corporal que é ativada quando você fica com frio. Sob baixas temperaturas, a gordura marrom queima calorias para gerar calor, em um processo chamado de termogênese. ❖ Estrutura - maior parte das proteínas da mitocôndria provém do citosol, e outras poucas são produzidas no território da própria organela (Matriz), que conta com os recursos para elaborá-las; -possui várias unidades idênticas de um DNA circular, a partir do qual são transcritos os genes de 13 RNAm (base para a síntese de outras tantas proteínas), de 22 tipos de RNAt e de dois tipos de RNAr (um correspondente à subunidade maior dos ribossomas mitocondriais e outro à subunidade menor); encontram-se na matriz mitocondrial; as dos DNA circulares estão aderidas à membrana interna da organela; -Com os aminoácidos chegados do citosol, nos ribossomas mitocondriais sãosintetizadas as seguintes 13 proteínas: 7 subunidades do complexo NADH desidrogenase, 1 do complexo b-c 1 , 3 do complexo citocromo oxidase e 2 subunidades da ATP sintase; -DNA mitocondrial apresenta as seguintes particularidades que o diferenciam do DNA nuclear : l) É circular e não possui histonas. 2) Tem uma única origem de replicação, na qual uma das cadeias-filhas começa a ser sintetizada antes da outra e o faz a partir de um ponto diferente do empregado pela segunda.; 3) É muito pequeno, pois possui 37 genes somente. 4) Conta com uma quantidade pequena de sequências não-gênicas, isto é, que não se transcrevem, e que às vezes são muito curtas. 5) Gera 22 tipos de RNAt, em lugar dos 31 que transcrevem o DNA do núcleo. 6) Os dois tipos de RNAr (12S e 16S) que codificam dão lugar a ribossomas com um coeficiente de sedimentação de 55S, inferior ao dos ribossomas das células procariontes (70S) e do citosol (80S). 7) Em seu código genético existem 4 códons cujas instruções diferem das de seus pares do DNA nuclear; Trata-se dos códons AGA, AGG, AUA e UGA. No DNA nuclear, os dois primeiros correspondem ao aminoácido arginina, enquanto no DNA mitocondrial se comportam como códons de terminação. No DNA nuclear, o códon AUA determina a isoleucina, e no DNA mitocondrial, a metionina. No DNA nuclear o códon UGA é um códon de terminação e no DNA mitocondrial determina o triptofano. 8) São transcritas suas duas cadeias. Os genes dos 2 RNAr, de 14 RNAt e de 12 RNAm se localizam em uma das cadeias do DNA mitocondrial, enquanto os genes restantes correspondentes a 8 RNAt e a 1 RNAm se localizam na outra cadeia; 9) As moléculas de RNA que transcrevem o DNA se processam enquanto se sintetizam; processamento corresponde à remoção de partes dos RNA; 10) a mitocôndria possui várias cópias do mesmo DNA e não duas como o DNA nuclear; as mitocôndrias de qualquer indivíduo são de origem materna, pois todas são provenientes dos ovócitos; ● Síntese Das Proteínas Mitocondriais - proteínas que fabrica são muito poucas, 13 no total - por isso, a maior parte das que necessita para sua reprodução deve ser importada do citosol; -necessária uma perfeita coordenação entre as atividades dos genomas mitocondrial e nuclear, a fim de que todos os componentes da mitocôndria sejam produzidos nas proporções adequadas; -são sintetizadas em ribossomas citosólicos livres ex. enzimas do complexo piruvato desidrogenase, as responsáveis pelo ciclo de Krebs e pela b -oxidação dos ácidos graxos, muitas das proteínas que participam da fosforilação oxidativa, os canais iônicos e as permeases da membrana mitocondrial interna, a DNA polimerase, a RNA polimerase, as proteínas dos ribossomas mitocondriais etc. -as proteínas mitocondriais produzidas no citosol se associam a chaperonas da família hsp70 >> mantêm desdobradas as proteínas até que cheguem à mitocôndria, a cujo corpo não poderiam se incorporar se chegassem pregueadas; -Quando uma delas entra em contato com a membrana mitocondrial externa, se desprende das chaperonas hsp70 citosólicas, atravessa ambas as membranas e se associa a chaperona ligadas à membrana mitocondrial interna. Estas chaperonas, que também pertencem à família hsp70, atraem a proteína para o interior da mitocôndria por um mecanismo que consome ATP; Uma vez na matriz mitocondrial, a proteína se dobra sem ajuda ou com assistência de uma chaperona da família hsp60; -As proteínas se incorporam à mitocôndria por meio dos translócons TOM e TIM, presentes nas membranas mitocondriais externa e interna, respectivamente; para que as proteínas possam ingressar é necessário que ambos os translócons estejam juntos e suas luzes alinhadas, o que obriga as membranas externa e interna a se aproximarem mutuamente; -Todas as proteínas importadas do citosol incluem na sua extremidade amina um peptídeo sinalizador (peptídeo sinal) que as conduz até a mitocôndria e que é reconhecido por um receptor específico associado ao translócon externo; ex.. Se o destino da proteína for a matriz mitocondrial, apenas atravessa os translócons, perde o peptídeo sinalizador, e se libera em seu interior (o peptídeo sinalizador é cindido por uma protease da matriz); ex. as ptns destinadas às membranas externa e interna possuem sinais adicionais, distintos entre si, que retêm ambos os tipos de proteínas nas membranas correspondentes;
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