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REGIÕES ENCEFÁLICAS O encéfalo é protegido pelo crânio e pelas meninges encefálicas TELENCÉFALO (CÉREBRO) O telencéfalo é composto na região cortical pela substancia cinzenta e uma região mais interna de substancia branca com núcleos de substancia cinzenta, mais profundamente Corpo caloso: conecta os hemisférios direito e esquerdo e é constituído por substância branca, axônios que se estendem entre os hemisférios Lobos Lobo frontal: é responsável pelos movimentos (motricidade), pensamento, planejamento, raciocínio, comportamento (emoções), memória e linguagem (expressão) Lobo parietal, é responsável pela sonestesia, ou seja, ele que recebe informações sobre as sensações do corpo e faz o processamento sensorial do organismo, localização espacial, compreende as Roberta Louise Rodrigues relações espaciais como o reconhecimento de formatos, pessoas, objetos e é responsável pela leitura Lobo temporal, é responsável pela linguagem (compreensão), comportamento, memória, audição e habilidades matemáticas; Lobo ociptal, responsável pela visão e o equilíbrio; Lobo insular: se localiza no sulco cerebral lateral, por isso não pode ser visto na superfície do encéfalo Integra algumas informações sensoriais e visceras Sulcos O sulco central divide dois giros: O giro pré-central, também chamado de área motora, ou córtex motor primário ou M1, controla as contrações voluntárias de músculos específicos localizados no lado oposto O giro pós-central, também chamado de área sensorial primária, área sonestesia primaria ou S1, recebem impulsos nervosos de tato, dor, temperatura, propriocepção (posição muscular e articular), prurido e cócegas, nos permitindo localizar exatamente os locais do corpo em que essas sensações se originam. A área de broca: esta localizada no lobo frontal próximo ao sulco cérebro lateral. Os impulsos nervos vão da área da fala de broca para as regiões pré-motoras que coordenam a contração dos músculos necessários para a fala e a contração dos músculos respiratórios, para regular a passagem do fluxo de ar pelas pregam vocais Área de Wernicke, também chamada de "área de fala de Wernicke", também está ligada à fala. Está relacionada ao conhecimento, interpretação e associação de informações, mais especificamente a compreensão da linguagem escrita e falada. – O sulco lateral que delimita o lóbulo parietofrontal do tempotal; Núcleos da base Estão localizados profundamente dentro de cada hemisfério cerebral três núcleos (núcleo da base): blobo pálido, o putame e o núcleo caudado. Sua função é auxiliar o inicio e o termino dos mivimentos, ajudam a regular o tônus muscular, a controlar as contrações subconscientes (automática) dos músculos esqueléticos, como o balanço do braço durante a deambulação Lesão dos núcleos da base resulta em tremor incontrolável, rigidez muscular e movimentos musculares involuntários. DIENCÉFALO Tálamo Consiste em massas pares e ovais de substancia cinzenta, organizadas em núcleos, com tratos de substancia branca intercalados Os núcleos do tálamo transmitem impulsos sensitivos provenientes da medula espinal, tronco encefálico, cerebelo, núcleos da base e de outras partes do telencéfalo ate o córtex cerebral Possui também um papel na manutenção da consciência e na aquisição do conhecimento (cognição) Auxilia na regulação das atividades autônomas Hipotálamo Se localiza abaixo do tálamo e acima da hipófise Controla varias atividades relacionadas a homeostase: Controle do sistema nervoso autônomo: controla e integra as atividades do sistema nervoso autônomo, que regula a contração dos músculos liso e cardíaco e as sensações de muitas glândulas. Ajuda a regular o ritmo cardíaco, o movimento dos alimentos pelo trato gastrintestinal e a contração da bexiga urinaria. Controle da hipófise: controla a liberação de muitos hormônios da hipófise Regula padrões emocionais e comportamentais: juntamente com o sistema límbico o hipotálamo regula os sentimentos de raiva, agressividade, dor e prazer, além dos padrões comportamentais relacionados à excitação sexual Regulação do comer e beber: regula a ingestão de alimentos e contem um centro da sede. Quando certas células do hipotálamo são estimuladas pelo aumento da pressão osmótico do liquido intersticial causam a sensação de sede. O ato de beber, restaura a pressão osmótica normal, removendo a estimulação e aliviando a sede Controla a temperatura corporal: se a temperatura do sangue que flui através do hipotálamo estiver alta ele orienta o sistema nervoso autônomo para estimular atividades que promovam a perda de calor. Se a temperatura estiver abaixo do normal, o hipotálamo gera impulsos que promovam a produção e retenção de calor. Regula os ritmos circadianos e estados de consciência: estabelece padrões de vigilância e sono que ocorrem em um horário circadiano (diário) Subtálamo Epitálamo - Glândula pineal É muito pequena Secreta o hormônio melatonina, por isso faz parte das glândulas endócrinas; A melatonina estimula a sonolência e contribui para o estabelecimento do relógio biológico corporal. TRONCO ENCEFÁLICO É continuo com a medula espinal Localizado entre o diencéfalo e a medula espinal Formação reticular É uma região em que as substancias cinzenta e branca se misturam Recebe esse nome e devido à disposição em forma de rede das substancias Seus neurônios tem funções ascendentes (sensitivas) e descendentes (motoras) A parte ascendente é denominada sistema de ativação reticular (SAR), que consiste em axônios sensitivos que se projetam para o córtex cerebral. Quando estimulado resulta em um estado de vigilância. É ativo durante o despertador do sono e a inativação do SAR produz sono. A parte descendente tem a função de ajudar a regular o tônus muscular (leve grau de contração dos músculos normais em repouso) Mesenséfalo Conecta a ponte ao diencéfalo A parte anterior do mesencéfalo consiste em um par de tratos (é a mesma coisa que nervos) grandes, chamados pedúnculos cerebrais que contem axônios de neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do telencéfalo (cérebro) para a medula espinal, o bulbo e a ponte, bem como axônios de neurônios sensitivos que se estendem do bulbo ao tálamo Os núcleos do mesencéfalo incluem a substância negra Núcleo rubro: tem aparência avermelhada devido ao seu rico suprimento sanguíneo e a um pigmento nos seus corpos celulares dos neurônios que contem ferro Os axônios do cerebelo e do córtex cerebral formam sinapses no núcleo rubro que funcionam juntamente como o cerebelo na coordenação dos movimentos musculares A perda desses neurônios esta associada à doença de Parkinson Outros núcleos estão associados aos nervos cranianos III (oculomotor) e IV (troclear) Os colículos superiores são por onde passam diversos arco reflexos, como os do movimento de acompanhamento e perscrutação dos olhos, o reflexo pupilar (que ajusta o tamanho da pupila), o reflexo de acomodação (que ajusta a forma da lente) e os reflexos que comandam os movimentos dos olhos, da cabeça, e do pescoço, em resposta a estímulos visuais Os colículos inferiores fazem parte da via auditiva, transmitindo os impulsos nervosos dos receptores da audição ate o tálamo. São também os centros de reflexo de sobressalto, movimentos repentinos da cabeça e do corpo que ocorrem quando você é surpreendido por um barulho alto. Ponte Localiza-se acima do bulbo e à frente do cerebelo Consiste em núcleos (corpos de neurônios) e tratos (axônios de neurônios) Alguns núcleos são sítios de transmissão para os movimentos voluntários, que se originam no córtex cerebral, e vão para o cerebelo.Outros ajudam a controlara a respiração. Existem também núcleos associados aos nervos cranianos V (trigêmeo), VI (abducente), VII (facial) e VIII (vestibulococlear) Conecta o encéfalo entre si, por meio de conexões formadas por feixes de axônios Alguns axônios da ponte conectam os lados direito e esquerdo do cerebelo, outros constituem parte dos tratos sensitivos ascendente e dos tratos motores descendentes Bulbo É uma continuação da medula espinal No interior da substancia branca do bulbo estão todos os tratos sensitivos (ascendentes) e motores (descendentes) Contem núcleos onde ocorrem sinapses Núcleos principais são: Centro cardiovascular: regula o ritmo e a força dos batimentos cardíacos e o diâmetro dos vasos sanguíneos Centro respiratório bulbar de ritmicidade: regula o ritmo básico (frequência) da respiração Núcleos associados a sensações de toque, pressão e vibração Núcleos que coordenam reflexos da deglutição, vomito, tosse e espirro Núcleos que recebem a informação sensitiva ou fornecem resposta motora aos nervos: VII (vestibulococlear), IX (glossofaríngeo), X(vago), XI ( acessório) e XII (hipoglosso) Um golpe forte na parte posterior da cabeça ou acima do pescoço possa ser fatal. A lesão ao centro respiratório bulbar é grave e pode levar a morte. Os sintomas de um dano não fatal ao bulbo podem incluir paralisia ou perda da sensibilidade no lado oposto do corpo e irregularidades na respiração ou na frequência cardíaca CEREBELO Localizado atrás do tronco encefálico É dividido em dois hemisférios É constituído pelo córtex cerebeler e substancia branca onde há massas de sustância cinzenta (núcleos do cerebelo) O cerebelo esta conectado ao tronco encefalio por feixe de axônios, denominados penduculos cerebelares O cerebelo compara os movimentos aprendidos, programados pelo córtex, com o que estão realmente ocorrendo Recebe impulsos sensitivos de músculos, tendões, articulações, vestíbulo e visão Auxilia a uniformizar e coordenar as sequencias complexas de contrações dos músculos esqueléticos, regula a postura e o equilíbrio, e é essencial para todas as atividades motoras habilidosas A lesão do cerebelo por trauma ou doença perturba a coordenação muscular ataxial O álcool inibe a atividade cerebelar, por isso indivíduos que consomem álcool em demasia mostram sinais de ataxia Diencéfalo Tálamo Retransmite todos os impulsos sensitivos ao córtex cerebral Fornece percepção crua (grosseira, indefinida) do tato, da pressão, da dor e da temperatura Funciona na cognição e na consciência Hipotálamo Controla e integra as atividades do sistema nervoso autônomo e da hipofise Regula os padrões emocionais e comportamentais, com como os ritimos circadianos Controla a temperatura corporal e regula o comportamento da ingestão de alimento e bebida Auxilia o estado de vigilância e estabelece padrões de sono Glândula pineal Segreta o hormônio melatonina Cerebelo Compara os movimentos pretendidos com o que está realmente ocorrendo, para coordenar os movimentos complexos e habilidosos Regula a postura e o equilibrio Telencéfalo As áreas sensitivas interpretam os impulsos sensitivos, as áreas motoras controlam o movimento muscular e as áreas de associação atuam em processos emocionais e intelectuais Os núcleos da base coordenam os movimentios musculares automáticos e ajudam a regular o tônus muscular O sistema límbico funciona em aspectos emocionais do comportamento relacionado a sobrevivencia NERVOS CRANIANOS 12 pares de nervos cranianos I: sai córtex cerebral (telencéfalo) II: sai núcleo do tálamo (diencéfalo) III-XII: saem núcleos internos do tronco encefálico Nervo V trigêmeo Nervo misto Capta todas as informações de sensibilidade somática e visceral geral da cabeça e comanda músculos da mastigação Origem real: 4 núcleos internamente na ponte, sendo 3 sensitivos e 1 motor: núcleo motor: constituído de neurônios multipolares; controla os músculos mastigadores núcleo trato mesencefálico do trigêmeo: recebe estímulos de propriocepção dos núcleos mastigadores núcleo sensitivo principal do trigêmeo: recebe estímulos de tato protopático (grosseiro), pressão mecânica, temperatura núcleo espinal do nervo trigêmeo; Origem aparente: Emergência craniana Ramo oftálmico: fissura orbital superior Ramo maxilar: forame redondo Rama mandibular: forame oval Inervação Raiz sensitiva - Partem do gânglio trigeminal três nervos: Olfitálmico; Leva informação até o tronco encefálico de sensibilidade geral da cavidade orbital, dura-máter, pele da face e fronte Maxilar; Leva informação até o tronco encefálico de sensibilidade do nariz, seios para nasais, lábio superior e dentes superiores Mandibular; Leva informação até o tronco encefálico de sensibilidade dos dentes inferiores e uma parte do pavilhão auricular Trajeto A informação se origina nas estruturas periféricas da cabeça por esses nervos e se comunicam com outros neurônios do gânglio trigeminal, os quais levam a informação desses nervos ate os núcleos sensitivos do tronco encefálico; Dilatação gânglio trigeminal: possui neurônios responsáveis pela sensibilidade esteroceptiva, ou seja, captam informações sensitivas que vem de estruturas periféricas da cabeça, como dor (nocicepção), temperatura (termocepção), tato (epcrítico e protopático – grosseiro), pressão mecânica, propriocepção, vibração (palestesia) Raiz sensitiva segue a fossa craniana média, sobre porção petrosa forma gânglio terminal, protegido pelas meninges Raiz motora vem direto do tronco (núcleo motor do trigêmeo) e se une ao ramo mandibular; e seguem para os músculos mastigadores Essas extensas áreas do nervo trigêmeo faz com que ele tenha uma importância nos diagnósticos precoce de doenças da face. As dores provenientes dos dentes, seios da face (seios paranasais, frontal, maxilar, da cavidade nasal..) e em estruturas da cabeça geralmente se manifestam de maneira intensa Neuralgias São inflamações no nervo trigêmeo que podem acometer os três ramos ou somente um dos três ramos, mas geralmente afetam o ramo maxilar (ramo médio). Ex: Todos os ramos que se originam do nervo maxilar vão ser afetados por essa inflamação. Ela é caracterizada por dores lancinantes (em pontadas) e intensas, agudas e de duração variável. Podem se manifestar pelo toque, em pontos gatinhos Sem origem conhecida Ramo oftálmico Origem aparente: emerge (sai) do crânio pela fissura orbital superior na cavidade orbitaria 1. Nervo frontal 1.1 Supraorbital (mais lateral): inerva a fronte até próximos dos ossos parietais 1.2 Supratroclear (mais mediano): inerva a fronte até próximo dos ossos parietais 2. Nasociliar : parede medial da cavidade orbital Ramos etmoidais para o seio frontal, esfenoidal e etmoidal Inerva as mucosas dos seios paranasais (frontal, esfenoidal e etmoidal), pele do dorso do nariz externo Termina como nervo infratroclear saindo da cavidade orbital 3. Lacrimal: percorre a parede lateral da cavidade orbital até glândula lacrimal Recebe fibras parassimpáticas do gânglio piterigopalatino que vem através do nervo zigomático do maxilar Inerva a glândula lacrimal – estimulando a secreção O ramo oftálmico inerva toda a cavidade orbital, dura-máter, nariz externo e septo nasal, cavidade nasal, seio paranasal (frontal, esfenoidal e etmoidal), pele do dorso do nariz externo, pálpebra superior e a pele da fronte Ramo maxilar É o segundo nervo Emerge pelo forame redondo até a fossa pterigopalatina, saindo pela fissura pterigomaxilar, saindo pela fissura pterigomaxilar até afossa infratemporal Ramo terminal entra na cavidade orbital pela fissura orbital inferior – infraorbital Nevo zigomático Parede lateral da cavidade, penetra no osso zigomático pelo forma zigomático orbital Ramo co municante: fibras parassimpáticas para glandul lacrimal Zigomático facial (2 e 1): emerge no forame zigomáticofacial inervando a pele sobre o osso zigomático Zigomáticotemporal: emerge no forame zigomaticotemporal inervando a pele sobre o osso temporal do couro cabeludo Nervo ptérigopalatino Da fossa piterigopalatina descem passando o glanglio pterigopalatino Nervo palatino: canal palatino maior – nervopalatino maior e menor Palatino maior: forame palatino maior, trajeto anterior no sulco palatino ate o canino. Inerva mucoperiósteo palatal, glândulas salivares do palato e gengiva lingual ate região canina Palatino menor: forame palatino menor inervam o palato mole Nervos nasais posteriores superiores: parte posterior da cavidade nasal e septonasal. Inervam mucosa ca cavidade nasal e do palato Nasopalatino: desce pelo septo nasal inervando sua mucosa, chega no assoalho da fossa nasal, penetra o canal incisivo e sai no forame incisivo. Inerva o mucoperiosteo palatal, gengiva lingual de canino a canino Alveolar superior posterior Origem do nervo maxilar com trajeto inferior na face posterior da maxila Penetram nos forames alveolares, passam pelo seio maxilar em direção aos dentes Inervam o osso e mucosa do seio maxilar Dentes molares superiores – remos dentais (exceto raiz mesiovestibular do 1 molar superior) Periodonto dos molares – ramos periodontais Gengiva vestibular dos molares – ramo gengival Infraorbital Trajeto horizontal anterior penetrando na cavidade orbital pela fissura orbital inferior – sulco e canal infraorbital Ramos alveolar superior médio e anterior – descem pelo seio maxilar aos dentes Osso e mucosa do seio maxilar Alveolar superior médio (70%) – pré-molares e raiz mesiovestibular do 1 molar superior e periodontos Alveolar superior anterior – caninos e incisivos e periodonto Plexo nervoso dental superior OBS: alveolar superior médio as vezes ausentes (ao posteriores e anteriores suprem os dentes e periodontos desse nervo) Emergem pelo forame infraorbital – pálpebra inferior, asa do nariz externo, lábio superior e gengiva vestibular dos dentes anteriores e pré- molares Nervo facial (VII par craniano) Nervo misto recebe informações de sensibilidade da cabeça e comanda todos os músculos da face Origem real: sai do núcleo facial próprio, no tronco encefálico, e termina nos músculos da face Origem aparente: no sulco bulbopontino maior Raiz motora (eferente) é exclusiva dos músculos da facie, também chamados de mímicos ou cutâneos, inerva todos os músculos faciais, músculos do couro cabeludo e alguns supra-hioides Músculos mímicos (visceral especial - são aqueles responsáveis pela inervação dos músculos estriados bronquioméricos) Gld. Submandibular, sublingual e lacrial (visceral geral - são aqueles que inervam músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas) Raiz sensitiva e visceral – nervo intermediário Raiz sensitiva (aferente) com fibras secretoras de glândulas da mucosa nasal e palatina Gustação 2/3 anterior língua (núcleo trato solitário) – visceral especial Posterior das fossas nasais e superior do palato mole (núcleo trato espinal do trigêmeo) – visceral geral Pavilhão auditivo e MAE (núcleo trato espinal do trigêmeo) – somático geral VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA Um sexto do débito cardíaco e um quinto do O2 do corporal é destinado ao encéfalo Se o fluxo sanguíneo for interrompido, mesmo que brevemente, pode ocorre perda de consciência A glicose é a principal fonte de energia para as células encefálicas; a mesma não é armazenada no encéfalo o qual necessita de um suprimento sanguíneo continuo. Caso o sangue tiver um baixo nível de glicose pode ocorre confusão mental, tontura, convulsões e perda de consciência A barreira hematoencefálica não impede a passagem de substancias lipossolúveis, como o oxigênio, dióxido de carbono, álcool e a maioria dos anestésicos Os neurônios tem uma demanda muito alta de síntese proteica dai a necessidade de nós termos uma distribuição vascular especial Nosso encéfalo é irrigado por dois sistemas de irrigação: Sistema carotídeo de irrigação (artéria carótida interna) Sistema vertebral de irrigação (veias cerebrais e cerebelares), que drenam o sangue venoso para os seios venosos durais adjacentes Os seios venosos também são importantes nesse processo, pois são eles que retiram os restos metabólicos Sistema carotídeo – A artéria aorta vai dar origem tanto da artéria carótida quanto do artéria vertebral; – A artéria carótida comum se dirige para trás da mandíbula; nesse nível ela bifurcar em: artéria carótida interna e externa – A área de bifurcação da artéria carotídea é muito perigosa, pois costumeiramente encontramos placas de ateroma; – Na base do crânio temos vários ossos, e neles forames, importantes para entrada e saída de nervos, artérias e veias; – O canal carotídeo é a via de entrada da artéria carótida interna; – A artéria carótida interna se divide em duas artérias cerebrais, interna e média ; – O forame magno é a via de entrada da artérias vertebrais; – As duas artérias vertebrais se unem na base do crânio formando a artéria basilar, que se divide em artérias cerebrais posteriores; – O polígono de willis é uma grande anastomose (junção de vasos sanguíneos). – Várias artérias acabam por se juntar, e colaboram para uma melhor vascularização arterial do encéfalo; – Essa anastomose dá oportunidade para desviar o sangue caso ocorra alguma obstrução ou alterações vasculares e ajuda na diminuição da pressão arterial entre os vasos do encéfalo; – Artéria anterior, média e posterior, além da artéria comunicante anterior e posterior, compõem esse polígono; Obs: nossos vasos tem a capacidade de criar outros pequenos vasos (circulação colateral) que ajudam a suprir determinas regiões que podem estar sem o suprimento adequado. – Esse polígono tem bastante variação anatômica, tem gente que não nasce com ele, mas isso não interfere no fluxo sanguíneo; – Há variações anatômicas de pessoas para pessoas, principalmente da comunicante posterior, que pode se ligar diretamente a carótida interna ou a artéria cerebral media; Irrigação Artéria cerebral anterior → faces medial e superior do encéfalo e o polo frontal Artéria cerebral média → face lateral do encéfalo e o polo temporal Artéria cerebral posterior → irrigam a face inferior do encéfalo e o polo occipital Drenagem vonosa – São maiores e mais calibrosas que as artérias – A drenagem venosa é importante para levar o sangue para o coração, tirar o sangue venoso, todos os metabolitos, excessos de íons, de CO2, de lactato; – Veia pequenas coletam o sangue venoso, e vão trazendo para veias maiores; – As paredes das veias encefálicas são muito finas – A circulação venosa é muito mais lenta. – As veias drenam para os seios da dura-máter, que são dobras da dura-máter no crânio, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, as quais recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. Sistema venoso superficial é constituído por veias que drenam o córtex e a substância branca subjacente, anastomosam-se amplamente na superficie do cérebro, onde formam as veias cerebrais superficiais, que desembocam nos seios da dura-máter. As veias cerebrais superficiais superiores provêm da face medial e da metade superior da face dorsolateral de cada hemisfério, desembocando no seio sagital superior. As veias cerebrais superficiais inferiores provêmda metade interior da face dorsolateral de cada hemisfério e de sua face inferior, terminando nos seios da base (petroso superior e cavernoso) e no seio transverso. O sistema venoso superficial e o sistema venoso profundo são unidos por numerosas anastomoses. – Seios venosos Seios da abóbada seio sagital superior - ímpar e mediano; termina próximo à protuberância occipital interna, na chamada confluência dos seios, formada pela confluência dos seios sagital superior, reto e occipital e pelo início dos seios transversos esquerdo e direito seio sagital inferior - situa-se na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto seio reto - Recebe, em sua extremidade anterior, o seio sagital inferior e a veia cerebral magna, terminando na confluência dos seios; seio transverso - é par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser denominado seio sigmoide; seio sigmoide - em forma de S, é uma continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. O seio sigmoide drena a quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana; seio occipital - muito pequeno e irregular. Os seios venosos da base a) seio cavernoso - é uma cavidade bastante grande e irregular, situada de cada lado do corpo do esfenoide e da sela tórcica. Ele drena os seios paranasais e da região da hipofise; Drena através dos seios petroso superior e petroso inferior, além de comunicar-se com o seio cavernoso do lado oposto, através do seio intercavernoso. b) seios intercavernosos - unem os dois seios cavernosos; c) seio esfenoparietal - percorre a face interior da pequena asa do esfenoide e desemboca no seio cavernoso; d) seio petroso superior - dispõe-se de cada lado, ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na porção petrosa do osso temporal. Drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmoide, terminando próximo à continuação deste com a veia jugular interna. e) seio petroso inferior - percorre o sulco petroso inferior, onde termina lançando-se na veia jugular interna; – Os Seios petrosos, drenam parte do sistema cerebelar f) plexo basilar - ímpar, ocupa a porção basilar do occipital. Comunica-se com os seios petroso inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do forame occipital e, através deste, ao plexo venoso vertebral interno. Sistema Glinfático – O encéfalo não tem drenagem linfática, com os outros órgãos, ele tem o sistema glinfático, é mediado pelas células da glia: astrócitos e células ependimárias – Os astrócitos, fazem uma espécie de rede nos os vasos sanguíneos; – O astrócito, tem uma importância no equilíbrio iônico, metabólico, coleta os excessos dos neurotransmissores e faz parte da barreira hematoencefálica; – O astrócito tem a responsabilidade de coletar, através da barreira hematocefálica (controla a passagem de substância) as substancias vindas do sangue – O astrócito auxilia na drenagem venosa; ele retira o metabolito e leva para o espaço meníngeo que é levado para a drenagem venosa através dos seios – Células da leptomeninge ou células leptomeningiais são células ependimárias modificadas, responsáveis pela produção e renovação do LCR; – Nessa região meningial vamos ter algumas estruturas chamadas de granulações aracnoides, onde se formam uma espécie de balsa na tentativa de trocar liquido com a região dos seios venosos; HOMÚNCULO Mapa motor somatotópico: É o mapeamento de todas as regiões – Quanto maior a representatividade no mapa, mais complexo será a movimentação dele. Se ocorrer um AVE na artéria cerebral media as sequelas serão predominantemente na face e no membro superior Se ocorrer um AVE isquêmico na artéria cerebral anterior as sequelas serão predominantemente no membro inferior – Geralmente em traumas é que há perda de massa encefálica e a regeneração é muito difícil; – Área de Brocá: área do planejamento da palavra. – O hipocampo está relacionado a memoria e emoções VIAS DESCENDENTES Trajeto do trato corticoespinal Tem origem no giro pré-central – córtex motor Desce a capsula interna Base do pedúnculo cerebral - mesencéfalo Base da ponte Pirâmide bulbar onde ocorre a decussasão das pirâmides, 75-95% dessas fibras cruzam para o outro lado, elas recebem o nome de trato corticoespinal lateral. Enquanto que 10-25% das fibras que permanecem do mesmo lado recebem o nome de trato corticoespinal anterior O trato corticoespinal lateral desce a medula no funículo lateral ate um seguimento da medula onde ele encontra um segundo neurônio (neurônio motor inferior ) no corno anterior, na substancia cinzenta. A função do corticoespinal lateral é a motricidade voluntária da musculatura distal O corticoespinal anterior desce a medula no funículo anterior e decussa no seguimento da medula onde ele encontra um segundo neurônio (neurônio motor inferior ) no corno anterior, na substancia cinzenta A função do corticoespinal anterior é a motricidade voluntaria da musculatura axial e proximal dos membros superiores Todas as vias motoras somáticas que controlam o movimento partem dos neurônios motores inferiores Os neurônios motores inferiores recebem suas instruções a partir de outros neurônios, no encéfalo e na medula espinal Os axônios dos neurônios motores inferiores estendem-se do tronco encefélico e da medula espinal pra estimular os músculos esqueléticos respectivamente na cabeça e no corpo Os interneuronios locais e os neurônios motores inferiores recebem a informação de neurônios motores superiores, planejem, iniciam e direcionam as sequencias de movimentos voluntários Os interneurônios locais ajudam a coordenar a atividade rítmica em grupos musculares específicos, como alternância de flexão e extensão dos membros durante a caminhada. Os núcleos da base comunicam-se com as áreas motoras do córtex cerebral, o tálamo e a substancia cinzenta. Essas conexões ajudam a iniciar e terminar os movimentos, suprirem movimentos indesejados e estabelecerem um nível normal de tônus muscular Os neurônios conectam o cerebelo com as áreas motoras do córtex cerebral e com o tronco encefálico. O cerebelo coordena os movimentos corporais e auxilia a manter postura e equilíbrio normais AVC HEMORRAGICO O acidente vascular cerebral hemorrágico é o rompimento de um vaso sanguíneo Quando a lesão ocorre do lado direito do cérebro o deficite motor ocorre do lado esquerdo e vice vessa – Um aneurisma é uma má formação arterial, que por algum motivo, a parede da artéria é mais fina. Logo, o sangue pode empurrar essa parede até ela virar um “saco”, pode ser que nada aconteça, mas há fatores de risco que podem estourar esse “saco” causando uma hemorragia – AVC hemorrágico; Causas: Tabagismo Consumo de álcool Taxa de colesterol alta Sedentarismo Hipertensão arterial Diabetes Obesidade Estresse Sintomas: Fraqueza Hemiparesia Alterações visuais Disfagia Disartria Cefaleia Equipe de reabilitação: Fonoaudiólogo (sequelas na fala) Fisioterapia (sequelas na motricidade de corpo) Enfermagem Terapia ocupacional (sequelas na motricidade fina da mão) Psicoterapia Serviço social AVC ISQUEMICO Conhecido popularmente como derrame cerebral O acidente vascular cerebral isquêmico é a obstrução de uma artéria no cérebro, que ocorre quando falta sangue em uma artéria do cérebro causando isquemia Quando a lesão ocorre do lado direito do cérebro o deficte motor ocorre do lado esquedo e vice vessa – Quando temos uma bifurcação arterial temos um fluxo turbulento, isso favorece a formação da placade ateroma, formação patológica composta de macrófagos, células musculares lisas, gordura e tecidos fibrosos... – A placa de ateroma é mais comum em regiões de fluxo turbulento; – pedaços dessa placa de ateroma pode se destacar e ir para regiões de artérias menos calibrosas, podendo causar uma isquemia – AVE isquêmico; Causas: Tabagismo Taxa de colesterol e triglicerídeos altos Sedentarismo Hipertensão arterial Arritmias cardíacas Diabetes Sintomas: Fraqueza Hemiparesia Alterações visuais Disfagia Disartria Ataxia de marcha Tratamento: tratamento alteplase (antitrombótico) Teste do SAMU Sorisso: peça para a pessoa sorrir e repare se a boca fica torta Abraço: peça uma abraço e verifique se a pessoa consegue levantar os dois braços Musica: atente para a voz embolada ou arrastada Urgência: se identificar um ou mais sinais, ligue para 192 e solicite um atendimento de urgência NEUROPLASTICIDADE É a capacidade de adaptação do sistema nervos as mudanças nas condições do ambiente, que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos A plasticidade é um mecanismo intrínseco e que ocorre o tempo inteiro Flexibilidade e maleabilidade dos neurônios e circuitos neurais para alterar esses circuitos de uma forma estruturalmente ou funcionalmente, em resposta a uma experiência É a capacidade do sistema nervoso em modificar sua organização, a partir de numerosas e complexas etapas tempo-dependentes que ocorrem desde o nível molecular, sináptico, eletrofísico e estrutural É a capacidade das células nervosas em formar conexões novas e/ou tentar refazer conexões perdidas A neuroplasticidade é um conceito amplo que se estende desde respostas a lesões traumáticas destrutivas ate sutis alterações resultantes de processos de aprendizado e memoria. É uma característica marcante e constante da função neural e varia de acordo com a idade. Plasticidade dendritica Em adultos, a plasticidade estrutural que se pode observar nos dendritos, restringi-se as espinhas dendríticas e não aos troncos dendriticos Plasticidade somática É a possibilidade de alteração da capacidade proliferativa ou da morte de uma população de neurônios, em resposta a interferências do mundo exterior Entretanto tanto o controle da proliferação como o da morte celular, ambos exercidos durante o desenvolvimento embrionário, tem um forte componente genético e estão submetidos a influencias apenas do microambiente neural O mundo exterior não interfere sobre esses mecanismos Entretanto pesquisas recentes reúnem evidencias de que algumas populações neuronais tem capacidade proliferativa (células tronco) e são capazes de se proliferar e diferenciar-se em diferentes tipos celulares, sejam gliócitos ou neurônios. Esse fenômeno já foi mostrado em epitélios sensoriais, como o olfativo, auditivo e atolítico, além de regiões situadas em torno dos ventrículos laterais, que geram neurônios para o hipocampo e outras regiões encefálicas, como hipotálamo, retina, substancia negra e amígdala Plasticidade axônica Princípios da neuro plasticidade: Use ou perca: os circuitos neurais que não participam ativamente do desempanho da tarefa por um longo período de tempo começam a se degradar AVE – paralisia facial Use e melhore: o treinamento que conduz uma função cerebral especifica pode levar a um aprimoramento dessa função Especificidade: a natureza da experiência de treinamento determina a natureza da plasticidade Repetição importa: a indução da plasticidade requer repetição suficiente; a repetição de um comportamento recém aprendido ou reaprendido pode ser necessário para induzir mudanças neurais duradouras intensidade importa: a indução de plasticidade requer intensidade de treinamento suficiente Tempo importa: diferentes formas de plasticidade ocorrem em momentos diferentes durante o treinamento; Se a terapia promove a reestruturação neural, deve funcionar a qualquer momento, mas pode haver janela de tempo em que seja particularmente eficas no direcionamento da plasticidade reativa induzida pela lesão Pacientes na fase aguda e na aguda precose do AVE a neuroplasticidade é aumentada Relevância: a experiência de treinamento deve ser suficientemente relevante para induzir a plasticidade Relevância gera motivação Idade: a plasticidade induzida pelo treinamento ocorre mais rapidamente nos cérebros mais jovens Transferência: a plasticidade em reposta a uma experiência de treinamento pode melhorar a aquisição de comportamentos semelhante EX: subir um estep e subir uma escada Interferência: plasticidade dentro de um determinado circuito neural impede a impede a indução de outro; isso por sua vez pode prejudicar o aprendizado
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