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Apostila Neuroanatomia

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NEUROANATOMIA
ANAT OMIA DO S IST EM A N ERV OSO , VIAS
NEURONA IS E PL E XOS N ERVO SOS
THAÍS AMBRÓS IO
MEDICINA F AS M
Referência: MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional.
Apostila de resumos em uma linguagem simplificada
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
1 
Sumário 
Neuroanatomia ..................................................................................................................................................................... 2 
Córtex cerebral .............................................................................................................................................................. 2 
Embriologia do SN ......................................................................................................................................................... 6 
Sistema límbico ............................................................................................................................................................. 6 
Diencéfalo ..................................................................................................................................................................... 7 
Núcleos da base ............................................................................................................................................................ 8 
Cerebelo ........................................................................................................................................................................ 8 
Bulbo e tronco encefálico ........................................................................................................................................... 10 
Medula espinal ............................................................................................................................................................ 12 
Núcleos dos nervos cranianos..................................................................................................................................... 14 
Vascularização do SNC ................................................................................................................................................ 16 
Meninges ..................................................................................................................................................................... 17 
Vias aferentes gerais ............................................................................................................................................................ 18 
Vias aferentes especiais ........................................................................................................................................................ 23 
Vias eferentes viscerais ........................................................................................................................................................ 25 
Vias eferentes somáticas ...................................................................................................................................................... 27 
Plexos nervosos ................................................................................................................................................................... 29 
Plexo cervical............................................................................................................................................................... 29 
Plexo lombossacral e coccígeo .................................................................................................................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
2 
Neuroanatomia 
Córtex cerebral 
 
Assimetria/lateralidade cortical (pessoa destra) 
. Especialização hemisférica (“dominância”) 
 - Hemisfério esquerdo: linguagem e raciocínio 
matemático; pensamento lógico. 
 - Hemisfério direito: habilidades artísticas (música ou 
pintura); criatividade. 
Hemisfério Esquerdo 
(funções específicas) 
Hemisfério Direito 
(funções globais) 
Análise de campo 
visual D 
Análise de campo visual E 
Fala, escrita Prosódia 
Identificação de 
pessoas 
Reconhecimento de 
categorias de pessoas 
Identificação de 
objetos e seres vivos 
Reconhecimento de 
categorias de objetos 
Compreensão da 
linguagem 
Compreensão musical 
Leitura Compreensão prosódica 
Relações espaciais 
qualitativas 
Relações espaciais 
quantitativas 
Classificação filogenética 
 
Arquicórtex - Hipocampo: primeira estrutura 
cerebral a surgir; dentro do ventrículo lateral 
. Centro de memória primária (recente) 
. Centro inibidor da raiva; caracteriza personalidades 
emocionais 
Paleocórtex - Unco e giro para-hipocampal 
. Centro da olfação 
. Centro relacionado a padrões de comportamento 
Neocórtex - Restante do córtex cerebral 
 
 
 
 
 
Citoarquitetura 
 
Camadas do isocórtex 
Obs.: quando não possui 06 camadas é chamado de 
halocórtex 
 
I. Lâmina molecular 
II. Lâmina granular externa 
III. Lâmina piramidal externa 
IV. Lâmina granular interna 
V. Lâmina piramidal interna 
VI. Lâmina multiforme (células fusiformes) 
 
I e VI: neurônios de associação 
 (associação sensório motora) 
II e IV: neurônio sensitivo 
 - II: células sensitivas secundárias 
 (associação sensorial) 
 - IV: células sensitivas primárias 
III e V: células motoras 
 - III: associação motora 
 - V: associação motora primária 
 
Obs.: uma célula primária é a mais simples (a que 
sente ou executa), a secundária associa. A célula 
piramidal é motora primária, a granular é sensitiva 
primária. Como estão presentes em duas camadas, 
então o cérebro possui áreas primárias 
(chega/executa informação) e secundárias 
(associação/interpretação). Não há regeneração das 
áreas primárias, mas as áreas secundárias e terciárias 
podem ser recuperadas com fisioterapia, por 
exemplo. 
 
Divisão estrutural 
 
Isocórtex 
. Homotípico: não há predomínio de camadas (área de 
associação) 
. Heterotípico: predomínio da camada granular ou 
agranular/piramidal 
. Neocórtex 
Alocórtex (03 camadas celulares) 
. Hipocampo 
Mesocórtex (intermediário) 
. Unco e giro para-hipocampal (paleocórtex) 
 
Divisão funcional 
 
Classificação 
. Áreas de projeção (áreas primárias): recebem ou 
originam fibras relacionadas diretamente com a 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
3 
sensibilidade e com a motricidade. Sensitivas; 
motoras. 
. Áreas de associação: não se relacionam diretamente 
com a sensibilidade ou com a motricidade. Podem ser: 
 - Áreas secundárias (unimodais): indiretamente 
relacionadas com uma determinada motilidade 
sensorial ou com a motricidade. Conectam-se com as 
áreas primárias de mesma função. Sensitivas; 
motoras. 
 - Áreas terciárias (supramodais): não se ocupam do 
processamento motor ou sensitivo. Atividades 
psíquicas superiores (memória, pensamentos 
abstratos...). Conexões com áreas unimodais ou com 
outras áreas supramodais 
 
Áreas de projeção 
. Sensitivas primárias: 1. Somestésica; 2. Visual; 3. 
Auditiva; 4. Vestibular; 5. Olfatória; 6. Gustativa 
. Motora primária 
Áreas de associação 
. Secundária 
 - Sensitiva secundária: 1. Somestésica secundária; 2. 
Visual secundária; 3. Auditiva secundária 
 - Motora secundária: 1. Motora suplementar; 2. Pré-motora; 3. De Broca 
. Terciária: 1. Pré frontal; 2. Temporoparietal; 3. 
Límbicas 
 
Principais funções do córtex 
. Projeção sensorial e cognição 
. Planejamento e iniciação de movimentos voluntários 
. Processos mentais complexos (pensamento, 
raciocínio...) 
. Compreensão e expressão da linguagem 
. Memória e aprendizado 
. Experiências emocionais e motivacionais. 
 
O que caracteriza os seres humanos? O 
processamento de linguagem, que se deve à 
frontalização do cérebro. Córtex associativo. 
Áreas de Brodmann 
 
. Korbinian Brodmann (1868-1918): neurocirurgião 
alemão 
. 52 áreas, representando a citoarquitetura funcional 
do córtex 
 
Telencéfalo: Compreende as áreas funcionais 
corporais somestésicas. 
Hoje as funções são caracterizadas por tomografias, 
através de glicose e oxigênio. 
 
 
 
 
 
Homúnculos 
. Wilder Penfield (1891-1976): neurocirurgião 
canadense 
 - Identificou as representações corticais do corpo 
 - As regiões maiores (mãos, face) representam a 
maior quantidade de neurônios e sensibilidade. 
 
Área somestésica 1º (3, 1 e 2) 
 
 - Tato epicrítico (descrição, reconhecimento) X Tato 
protopático/grosseiro (textura), pressão, 
temperatura, dor, propriocepção consciente 
(estériognosia) 
Obs.: artrestesia: propriocepção das articulações; 
cinestesia; sensibilidade vibratória 
. Giro pós-central 
 - Fundo do sulco central e giro pós-central 
 - Recebem radiações talâmicas 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
4 
 - Metade oposta do corpo: cada giro recebe 
informações da metade oposta do telencéfalo 
 - A região inferior (motora do corpo) está localizada 
na região cerebral medial 
Lesão: perda sensorial contralateral 
 
Área vestibular 1º 
 
. Área 3A do giro pós-central: percepção da posição da 
cabeça (propiocepção) – orientação espacial do corpo; 
sensibilidade do equilíbrio 
. Área 2V e parte posterior da ínsula: percepção da 
orientação corporal e do ambiente. 
. Giro pós-central (3ª) 
. Lóbulo para-central (2v) 
. Lobo insular/da ínsula 
Lesão/hiperestimulação: causa tontura 
 
Área gustatória 1º 
 
. Opérculo frontal e ínsula (posterior); giro pós-central 
(chegam informações gustatórias de uma parte da 
língua) 
. Epilepsia gustatória 
Lesões: diminuem a gustação na metade oposta da 
língua 
 
Área auditiva 1º (41 e 42) 
 
. Giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) 
. Recebe fibras da radiação acústica, projeção das 
duas cócleas 
. Lesões bilaterais: surdez 
. Lesões unilaterais: pequenos déficits bilaterais 
. Epilepsias auditivas 
 
Corpo geniculado medial Área 
auditiva 
Córtex auditivo 
Toda a via auditiva tem uma representação 
tonotópica (bilateral) da membrana basilar, até a área 
de projeção no córtex auditivo primário (lobo 
temporal). O córtex auditivo possui um mapa de 
representação colunar das frequências sonoras. 
. Córtex auditivo primário (A1): a área de projeção 
primária da audição é ativada por todos os sons. 
. Córtex auditivo secundário (A2): ativado apenas por 
sons da linguagem falada, os fonemas. 
. Áreas de Wernickie: áreas de associação sensorial: 
compreensão das palavras, não só ouvidas, mas lidas. 
 
 
 
Área visual 1º (17) 
 
. Lábio do sulco calcarino (cúneo e giro 
occiptotemporal medial) 
. Recebe fibras da radiação óptica (trato 
geniculocalcarino) 
 - Lábio superior: metade superior da retina 
 - Lábio inferior: metade inferior da retina 
 . Parte posterior do sulco: parte posterior da retina 
 . Parte anterior do sulco: parte anterior da retina 
(vias homolaterais e controlaterais) 
- Retinotopia: localização representada 
. Cegueira parcial ou total 
. Epilepsia visual 
 
Área olfatória 1º 
 
Até aqui, todas as áreas foram de isocórtex 
heterotípico granular, mas a área olfativa é alocórtex, 
pois não possui as seis camadas de células. É a área 
mais comum de ocorrência epiléptica. 
. Parte anterior do unco e giro para-hipocampal 
(córtex piriforme) 
Obs.: epilepsia local causa crises uncinadas (cheiros 
que não existem); Anosmia: lesões completas. 
. Os receptores estão na via olfatória (septo e concha 
nasal superior) 
 
Área motora 1º (4) 
 
Isocórtex heterotípico agranular/piramidal 
. Giro pré-central 
. Controla músculos contralaterais 
Lesões: paralisia (plegia) contralateral; epilepsias 
focais 
 
Áreas de associação secundárias 
 
Gnosia: capacidade de percepção e interpretação das 
informações sensoriais que chegam nas áreas 
sensoriais associativas. 
Agnosia: incapacidade de interpretar sensações 
unimodais específicas 
Praxia: capacidade de executar movimentos 
planejados (intencionais) ou voluntários 
Apraxia: distúbio do controle motor voluntário. Não 
há paralisia muscular, ocorre erros de execução das 
tarefas desejadas ou total incapacidade para realizá-
las. 
 
 
 
 
Radiação acústica 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
5 
Áreas sensitiva secundárias 
 
Identificação de objetos 
. Sensação: área primária 
. Interpretação (gnosia): área secundária 
Agnosias: visuais, auditivas e táteis 
. Cegueira verbal 
. Surdez verbal 
. Linguagem escrita ou falada (afasias) 
 
Área somestésia secundária: lóbulo parietal superior 
(Brodmann 5 e parte da 7) 
Área visual secundária: anterior à área primaria e 
lobo temporal – giro occipto temporal medial e lateral 
(Brodmann 18, 19, 20, 21, e 37) 
Obs.: área occiptal exclusivo da visão 
Área auditiva secundária: circunda a área primária 
(Brodmann 22) 
 
Função: áreas gnósicas visual, auditiva e somestésica. 
Nota clínica: cegueira e surdez verbal 
Via ventral: reconhece o que são os objetos 
Acromatopsia (visão sem cor): lesão restrita na região 
medial do lobo occipital; perda da percepção de cores 
sem perder qualquer acuidade (“Um antropólogo em 
marte”). Incapacidade de imaginar e lembrar de cores. 
 
Áreas motoras secundárias 
 
Motoras: 
. Área motora suplementar (6): face medial do giro 
frontal superior 
 - Planejamento de sequência complexa de 
movimentos 
 - Repetição mental 
 - Conexões: corpo estriado; área motora primária 
. Área pré-motora (6): face lateral do giro frontal 
superior/face superolateral do lobo frontal adiante da 
área motora primária 
 - Músculos do tronco e proximais de membros 
 - Projeções para a formação reticular (paresias) 
 - Trato corticorreticulospinal 
 - Projeta-se ao córtex primário e recebe aferencias 
do cerebelo 
 - Ajustes posturais antecipatórios 
 . Áreas da linguagem: destros 96% no hemisfério E e 
sinistros 70% no D; descrição de objetos e corpo 
caloso 
 . Áreas corticais 
 . Áreas subcorticais: pulvinar do tálamo (conexões 
temporoparietais) 
 . Funcionalmente: motora da linguagem (área de 
Broca 44 e 45; percepção da linguagem (área de 
Wernicke 55) 
. Área de Broca (44 e 45): parte triangular e opercular 
do giro frontal superior. Motricidade da linguagem 
falada e escrita. 
Função: áreas de planejamento e execução de atos 
motores 
Nota clínica: lesão da área de Broca causa afasia 
. Campo ocular frontal (8): movimento horizontal 
. Campo ocular occipital (19): movimento vertical 
 
Afasia de Broca (lesões no lado dominante para 
linguagem) 
Não fala fluentemente (telegráfico) 
Dificuldade de transformar ideias/pensamentos em 
uma sequência de sons com significados 
Dificuldade para escrever (agrafia) 
O afásico sente-se muito frustrado ao perceber que 
não está sendo compreendido 
Em lesões do lado não dominante para a linguagem é 
perdida a prosódia (melodia da fala expressão 
emocional da expressãoverbal) 
Afasia de Wernicke (lado dominante para a 
linguagem) 
. Localização: giro temporal superior, giro 
supramarginal e giro angular 
Não compreende a linguagem falada 
Não consegue ler (alexia) 
Escrita incompreensível (agrafia) 
Fala fluente, mas ininteligível. 
 
Áreas terciárias 
 
Alexander Romanovich Luria (1902-1977): 
neuropsicólogo soviético 
. Supramodais 
. Recepção e integração 
. Comportamento 
 
Áreas funcionais terciárias 
. Área pré-frontal: área não motora do lobo frontal 
. Área temporoparietal: lóbulo parietal inferior (39, 
40) 
. Área límbica: giro do cíngulo, para-hipocampal e 
hipocampo 
Função: recebem e integram as informações 
sensoriais já elaboradas pelas áreas secundárias; 
elaboração de estratégias comportamentais. 
 
As áreas associativas multimodais nos dão a 
experiência completa. As funções corticais superiores 
expressam a nossa humanidade: contar uma história, 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
6 
educar ou ser educado, comunicar-se através da 
linguagem. 
 
Córtex associativo parietal 
 
Área temporoparietal 
. Lóbulo parietal inferior 
. Giros supramarginal (40) e angular (39) 
. Margens do sulco temporal superior 
. Parte do lóbulo parietal superior 
Recebe informações auditivas, visuais e somestésicas 
das áreas secundárias 
Centro de integração 
Percepção espacial (pegar um objeto) 
Imagem das partes componentes do corpo 
Síndrome da negligencia ou da inatenção. 
 
Embriologia do SN 
 
O SN se desenvolve da Placa neural (ectoderma 
embrionário na 3º semana) 
Notocorda e mesoderma induzem o ectoderma 
Placa neural: pregas e crista neural 
Tubo neural: SNC 
Crista neural: SNP, meninges, componentes 
esqueléticos e musculares da cabeça. 
Formação do tubo neural na região do 4º ao 5º par de 
somitos 
Fusão da prega nas direções caudal e cranial com 
áreas abertas nas extremidades 
. Neuróporos rostral e caudal, associados às regiões 
cranial e sacral. 
Meningocele, meningomielocele e espinha bífida são 
exemplos de problemas decorrentes do não 
fechamento do tubo ou crista neural próximo ao 
neuróporo caudal. 
O não fechamento ao nível do neuróporo cranial pode 
causar encefalocele occipital, encefalocele facial e 
anencefalia. Dependendo da área afetada, pode haver 
problemas de visão e leitura, por exemplo. 
As células da glia são derivadas do ectoderma. Os 
tumores neurais são derivados dessas células 
(neuriomas) 
Sulco limitante: separa o sensitivo do motor. Dividiu o 
tubo neural em uma placa anterior (motora), a basal, 
e uma posterior (sensitiva). No cérebro, esse sulco é o 
central (divide em pré e pós-central). 
O tubo neural começa a sofrer modificações em sua 
parte cranial, formando vesículas. 
 
Simultaneamente, a crista neural forma os 43 pares 
de nervos (12 cranianos e 31 espinais). 
Na 4º semana, há o prosencéfalo, mesencéfalo e 
rombencéfalo 
Na 5º semana, o prosencéfalo se divide em duas 
vesículas, o telencéfalo e o diencéfalo. O mesencéfalo 
é uma vesícula que se manteve. Já o rombencéfalo se 
subdividiu em metencéfalo e mielencéfalo 
Obs.: estruturas da visão e da hipófise, por exemplo, 
saem do sistema nervoso e vão para a periferia. 
O mielencéfalo, em sua porção caudal, forma a porção 
fechado do bulbo. 
No primeiro ano de vida a ínsula ainda aparece, 
porque o processamento de linguagem ainda está em 
desenvolvimento, deve-se formais mais células da 
glia, então a ínsula se fecha. 
 
Sistema límbico 
 
Componentes: 
Giro do cíngulo: mesocórtex; feixe de fibras: fascículo 
do cíngulo 
Giro para-hipocampal: paleocórtex (alocórtex) 
Hipocampo: arquicórtex (alocórtex): projeta-se para o 
corpo mamilar através do fórnix 
Componentes subcorticais: 
Corpo amigdaloide: fibras eferentes agrupadas 
(estrica terminal) segue a curvatura do núcleo 
caudado e termina no hipotálamo. 
Área septal: localizado anteriormente à comissura 
anterior; núcleos septais; fibras através do feixe 
prosencefálico medial; conexão com o hipotálamo e 
formação reticular. 
Núcleos mamilares: pertencem ao hipotálamo, 
ecebem fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix, 
enviam fibras para os núcleos anteriores do tálamo 
(fascículo mamilo-talâmico) e formação reticular 
(fascículo mamilo-tegumentar). 
Núcleos anteriores do tálamo (tubérculo anterior do 
tálamo): recebem fibras dos núcleos mamilares e 
projetam-se para o giro do cíngulo. 
Núcleos habenulares (epitálamo): recebem fibras 
aferentes pela estria medular e projetam-se para o 
núcleo interpeduncular do mesencéfalo. 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
7 
Circuito de papez 
Conexões intrínsecas 
Hipocampo – fórnix – corpo mamilar – fascículo 
mamilo-talamico – núcleos anteriores do tálamo – 
cápsula interna – giro do cíngulo – giro para-
hipocampal – hipocampo 
 
Corpo amigdaloide área septal 
Diencéfalo 
 
Hipotálamo – Tálamo - Epitálamo – Metatálamo – 
Subtálamo 
 
. Substância cinzenta; agrupado de neurônios. 
. Grande massa constituída 70% de tálamo 
Formação do terceiro ventrículo: paredes do tálamo, 
hipotálamo e epitálamo. Seu teto é formado pelo 
fórnice e o assoalho pelo mesencéfalo. 
. Formado pela glândula pineal e as habênulas (duas 
regiões laterais que formam melatonina). 
Vista posterior do tronco: tálamo, epitálamo e 
metatálamo (corpo geniculado medial – via auditiva - 
e lateral – continuação do trato óptico). 
Hipotálamo: constituído pelo quiasma óptico, corpos 
mamilares, região do infundíbulo e túber cinéreo. 
Epitálamo: restrito à glândula pineal. 
Subtálamo: próximo aos núcleos da base. O núcleo 
subtalâmico é responsável pela regulação de 
movimentos automáticos. 
Há uma ligação do mesencéfalo, epitálamo e núcleos 
da base (corpo amigdaloide). 
 
Hipotálamo 
 
Conjunto de núcleos de alta especialização, cada 
subnúcleo desempenha uma função. 
Dividido em 03 regiões: 
Hipotálamo lateral (Zona pré-óptica e supra-óptica) 
Hipotálamo antero-lateral (tuberal) 
Região do túber cinéreo 
Hipotálamo posterior (mamilar) 
Núcleos dorso mediais 
Obs.: A região límbica do hipotálamo forma os corpos 
mamilares (núcleos do sistema límbico) 
Regulação simpática e parassimpática 
Centro regulador das áreas corticais (que geram 
emoções) 
. Regulação do sistema límbico, das vias aferentes 
(sensorial) e eferentes (motor) 
. Centro inibidor da raiva 
. Controle neuro hormonal, pré-ganglionar autônomo 
e atividade límbica. 
Ex.: relação hormonal que altera o humor, libera 
gastrina, endorfinas, TPM, aumento da pressão intra-
ocular... 
. A regulação dos hormônios da neuro e adeno 
hipófise é feita pelo sistema porta-hipofisário. 
Ex.: manda informação para a glândula liberar 
hormônio, não o produz. Fatores liberadores 
hormonais. 
Nucleo paraventricular: eixo hipotálamo hipofisário, 
começa nos núcleos paraventriculares e estimula a 
adeno hipófise. 
Obs.: é na adeno hipófise que pode haver 
adenocarcinomas, visto que a neuro hipófise não 
produz hormônios, apenas o armazena (como a 
vasopressina – antidiurético - e a ocitocina – atua na 
parede do útero, ejaculação, próstata, glândula 
mamária → note a relação do hormônio com a 
incidência de câncer). 
. Centro da sede: osmorreceptores medem a 
osmolalidade de sódio no sangue 
. Termorregulação: a meningite pode levar a um 
quadro de hipertemia por desregulação hipotalâmica. 
Vale ressaltar que recém-nascido demora alguns 
meses para desenvolver esse mecanismo. 
- No frio, há aumento do TSH, o que aumenta o 
metabolismo e a fome. 
. Regulação da fome e da saciedade 
- Núcleos ventro mediais do hipotálamo: região lateral(saciedade), a lesão causa hiperfagia ou a perda do 
apetite. 
- Hormônio: leptina 
- Alterações desses núcleos hipotalâmicos podem 
ocasionar fatores psicológicos, desencadeando 
distúrbios alimentares (conflito do eu com o 
hipotálamo), como a anorexia, bulimia e obesidade. 
Obs.: anfetamina para emagrecimento pode causar 
várias alterações. 
. Centro inibidor da raiva (mais instintivo), assim como 
o hipocampo (mais consciente) 
Em geral, o hipotálamo é somatizador de todas as 
doenças psíquicas. 
Ex.: síndrome do pânico. 
Obs.: drogas a base de anfetaminas causam lesões 
hipotalâmicas. 
. Regulação da pressão arterial: justifica a hipertensão 
por estresse (tratamento com ansiolíticos). 
 
Tálamo 
 
Transmissor de informações sensitivas, motoras e 
emocionais (límbicas) do/para o meio externo. Apenas 
a olfação não passa pelo tálamo. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
8 
Obs.: um AVC na região talâmica → Síndrome 
talâmica: alterações motoras, sensitivas e emocionais 
(paralisia, perda sensorial e descontrole 
comportamental). 
Metatálamo 
Corpo geniculado lateral: visão; as informações vão 
para o folículo superior e para os lábios do sulco 
calcarino até o córtex visual. 
Corpo geniculado medial: faz parte da via auditiva. 
Epitálamo 
 
. Glândula pineal: produção de melatonina: regula 
circos circadianos (associado ao claro e escuro; 
envelhecimento celular). 
- Determina o tempo/intervalo de ação dos 
hormônios 
- Os fotorreceptores da retina também produzem 
melatonina 
Obs.: pinealoma ou pinealoblastoma: tumor que 
causa envelhecimento e puberdade precoce, 
alterações oculares e hormonais. 
- Hormônio utilizado para dormir; ideia de diminuição 
do envelhecimento celular. 
 
Núcleos da base 
 
Núcleo caudado, putame, globo pálido, claustro e 
corpo amigdaloide visíveis macroscopicamente. 
Accumbens e núcleo basilar são microscópicos. 
Putame + globo pálido = núcleo lentiforme; + núcleo 
caudado = corpo estriado 
Corpo estriado: neoestriado (caudado + putame); 
paleoestriado (globo pálido) 
Funcionalmente, o subtálamo é um núcleo da base 
com substancia negra (dopamina). 
A cápsula interna separa o tálamo e o núcleo caudado 
do núcleo lentiforme. 
A interrupção de substancia negra e núcleos 
subtalâmicos podem causar doenças como o 
Parkinson e Hemibalismo, respectivamente. Há, 
também, síndromes piramidais. 
Corpo estriado: planejamento de movimentos 
Claustro: não se sabe a função. 
Corpo amigdaloide: grande integrante do sistema 
límbico, associado ao comportamento sexual e 
agressividade. 
Núcleo basal de Meynert: microscópico; grupo de 
neurônios colinérgicos responsáveis pela doença de 
Alzheimer. 
 
 
 
 
Cerebelo 
 
Funções básicas 
1. Modular e regular a função motora: 
coordenação motora; equilíbrio; postura; 
tônus muscular e planejamento do 
movimento seguinte. 
2. Aprendizagem e memória motora 
3. Lesão: dificuldade na atividade motora (NÃO 
uma paralisia). Problemas de coordenação → 
ataxia; problemas de manutenção da postura 
e do equilíbrio e problemas de força/tônus 
muscular. 
Obs.: involuntário e automático é diferente de 
inconsciente 
 
Modulação motora pelo cerebelo 
 
 
O cerebelo participa do movimento, mas apenas 
depois do movimento ter iniciado. Além disso, não 
reflete ações contra lateralmente, como o cérebro. 
Desse modo, uma lesão do lado direito afetará o 
mesmo lado do indivíduo. 
No córtex motor há a intenção de movimento, que 
passa pelos núcleos da ponte para chegar ao cerebelo. 
Informações dos movimentos que são realizados 
chegam ao cerebelo. Se houver discrepância entre a 
intenção de movimento e o que está sendo realizado, 
ele consegue corrigir. Por isso, nós conseguimos fazer 
movimentos coordenados. Assim, um bebe aprende a 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
9 
andar, por tentativa e erro. Uma vez que houve o 
feedback, o córtex e os músculos são informados. 
As informações são devolvidas através do tálamo e 
enviadas pelos núcleos pontinos. 
 
Localização 
Na fossa posterior do crânio, que é formada por parte 
do osso occipital e parte do osso temporal. Quando as 
meninges estão colocadas, há duas pregas de dura-
máter, que formam uma estrutura chamada tenda ou 
tentório, que separa o cerebelo do telencéfalo (lobo 
occipital). A foice do cerebelo divide os hemisférios 
cerebelares, também é uma prega. 
 
Relações topográficas 
O cerebelo (posterior) se liga ao tronco encefálico 
através do pedúnculo cerebelar (faz a conexão com o 
sistema nervoso). Há 03 pedúnculos: superior, médio 
e inferior. 
No meio há um espaço, o quarto ventrículo. 
O pedúnculo cerebelar médio é o maior dos três e faz 
conexão direto com a ponte. O superior vai em 
direção ao núcleo rubro do mesencéfalo. O inferior vai 
em direção a parte inferior da oliva dói bulbo. 
 
Divisão do cerebelo 
 
Divisão anatômica 
. Verme: estrutura central do cerebelo que une os dois 
hemisféricos (D e E) 
. Há sulcos ou fissuras, entre eles há folhas. 
 
Divisão ontogenética 
Baseada no desenvolvimento do ser humano: lobos, 
lóbulos e fissuras. 
Corte sagital mediano do verme 
Obs.: lóbulo é uma subdivisão do lobo. 
 
 
 
 
Lobo anterior: coordenação motora grossa, 
principalmente na parte proximal dos membros. 
Lobo posterior: coordenação motora fina 
Flóculo nodular: equilíbrio e postura 
A fissura horizontal separa o anterior do posterior 
 
Divisão filogenética 
Desenvolvimento do cerebelo desde os seres mais 
simples até os mais complexos. 
. Arquicerebelo ou cerebelo vestibular: ciclóstomos → 
animais com necessidade de se manter em equilíbrio 
no meio líquido – movimentos circulatórios simples. 
- Vestibulocerebelo (lobo flocunodular): informação 
do sistema vestibular para o cerebelo sobre o 
posicionamento do corpo com relação a gravidade; 
equilíbrio e postura; deslocamento linear e angular 
(movimento ocular) 
. Paleocerebelo ou cerebelo espinal: peixes com lobo 
posterior para movimentos grosseiros. 
- Espinocerebelo (lobo anterior): coordenação motora 
grosseira. 
. Neocerebelo ou cerebelo cortical: mamíferos 
- Cerebrocerebelo: equilíbrio postural e movimentos 
oculares. 
 
Divisão funcional e configuração interna 
Núcleos do cerebelo 
. Núcleo denteado: relacionados com os hemisférios 
laterais 
. Núcleo interpósito: emboliforme + globosos: 
relacionados com o paraverme 
. Núcleo fastígeo: relacionados com o verme 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
10 
Os núcleos são intermediários entre uma aferencia e 
uma eferencia. 
 
Lesões cerebelares 
. Ataxia troncular: base alargada. Falta de 
coordenação motora 
- Vestibulo-cerebelo (arqui) afetado na zona medial, 
floculo nódulo 
. Ataxia: marcha instável, cambaleante e oscilante, 
erros de execução motora, incapacidade de controlar 
a força. 
- Espino-cerebelo (paleo), zona intermédia, correção 
do movimento em execução. 
. Ataxia: diminuição do tônus muscular, distúrbios de 
planejamento motor (tremor de intenção e dismetria) 
- Cérebro-cerebelo (neo), zona lateral, coordenação 
de movimento planejado. 
 
Lesões do verme: perda de equilíbrio com aumento 
da base de apoio e alterações de marcha. 
Lesões do hemisfério cerebelar: perda de 
coordenação motora do mesmo lado lesado. 
 
Bulbo e tronco encefálico 
 
- Tronco encefálico: mesencéfalo, atrás dos corpos 
mamilares, ponte e bulbo. 
- Nervos cranianos. 
Obs.: o corpo mamilar pertenceao diencéfalo, 
portanto não faz parte do tronco. 
 
Funções 
- Constitui a base anatômica e funcional de reflexos 
importantes associados ao controle da função 
respiratória, cardiovascular e da consciência. 
. Se a comunicação entre o tronco e o cérebro for 
cortada, há coma permanente, afinal há neurônios 
responsáveis pelo ciclo sono-vigília. 
- Recebe informações sensitivas e executa controle 
motor por meio de núcleos dos nervos cranianos III a 
XII. 
- Contém vias ascendentes e descendentes (formadas 
por fibras) que interligam medula espinal, córtex 
cerebral e cerebelo. 
Obs.: Os nervos cranianos I (bulbo olfatório) e II 
(quiasma óptico) não fazem parte do tronco. 
 
Generalidades 
- Estrutura medula espinal/tronco encefálico 
- Substancia cinzenta homóloga a da medula espinal 
- Substancia cinzenta própria do tronco (não 
encontrada na medula) 
- Formação reticular (mistura de corpos de neurônios 
e fibras) 
Dentro do tronco há os núcleos dos nervos cranianos, 
já na medula tem os núcleos dos nervos espinais. 
Estrutura do bulbo 
Fatores que modificam a estrutura do bulbo em 
comparação com a medula 
- Núcleos próprio do bulbo (limitam medula/bulbo) 
- Decussação das pirâmides (motora) 
- Decussação dos lemniscos mediais (sensitiva) 
- Abertura do quarto ventrículo 
Substancia cinzenta do bulbo 
- Substancia cinzenta homóloga a da medula espinal 
(núcleos de nervos cranianos) 
- Substancia cinzenta própria (núcleos próprios do 
bulbo) 
 
Núcleos do nervo craniano 
. Núcleo ambíguo (IX, X, XI) 
. Núcleo do nervo hipoglosso (XII) 
. Núcleo posterior do nervo vago (X) 
. Núcleos vestibulares (VIII) 
. Núcleos do trato solitário (VII, IX, X) 
. Núcleo espinal do nervo trigêmeo (V) 
. Núcleo salivatório inferior (IX) 
 
Corte transversal do bulbo 
Ao nível caudal é possível ver os fascículos, a 
decussação das pirâmides. Ainda não há abertura para 
o quarto ventrículo, significa que eu estou saindo da 
medula. 
No nível médio já é possível observar os núcleos. No 
nível rostral o quarto ventrículo já aparece. 
Substancia branca do bulbo 
- Fibras transversais, como as que formam as 
decussações. 
. Fibras arqueadas internas 
- Fibras longitudinais 
. Vias ascendentes 
 . Fascículo grácil e cuneiforme; lemnisco medial; 
tratos espinotalamicos (lemnisco espinal); tratos 
espinocerebelares; pedúnculo cerebelar inferior. 
. Vias descendentes e vias de associação 
 . Trato corticoespinal (“piramidal”) e corticonuclear; 
tratos “extrapiramidais”; trato espinal do nervo 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
11 
trigêmeo; trato solitário; fascículo longitudinal medial 
(conecta nervos cranianos, principalmente que 
inervam os mm dos olhos e pescoço, para que haja 
uma coordenação – “lesão dos olhos de boneca”). 
Ex.: ingestão de substancia tóxica: você quer que o 
corpo interprete como veneno. A informação do 
estomago vai chegar na formação reticular, ativando o 
reflexo do vomito. 
Formação reticular do bulbo 
. Centro respiratório 
. Centro vasomotor 
. Centro do vomito 
 
Ponte 
Com parte basilar mais anterior e o tegmento 
posterior. Entre essas partes há um conjunto de fibras 
que deixa a região mais escura, o lemnisco medial, 
que iniciou no bulbo. Junto dele está o corpo 
trapezoide. São referências para divisão das partes 
anterior e posterior. 
Parte basilar da ponte 
- Fibras longitudinais: cortico espinais e cortico 
nucleares. 
- Fibras transversais: saem da ponte e entram no 
cerebelo; ponte cerebelares. 
- Núcleos da ponte 
Tegmento da ponte (fibras subindo para o tálamo) 
. Lemnisco lateral, da via auditiva, formada pelo corpo 
trapezoide. É o único que não chega no tálamo, chega 
no pedúnculo que faz parte da via auditiva. 
- Núcleos do V, VI, VII, VIII 
- Núcleos do nervo vestibulococlear: na transição 
bulbo pontina. 
- Núcleos salivatórios superior e lacrimal 
- Fibras longitudinais 
→ Via auditiva: lemnisco lateral, colículo superior e 
corpo trapezoide. 
Estrutura do mesencéfalo 
Teto do mesencéfalo (posterior) (“do aqueduto para 
trás”) 
. Colículos superiores, inferiores e área pré-tetal 
(reflexo pupilar direto e indireto – transição entre 
mesencéfalo e diencéfalo). 
- As fibras que estão na frente descem e as que estão 
atrás sobem. 
Obs.: Parkinson: falta de dopamina atuando nos 
núcleos da base. 
 
Pedúnculo cerebral (anterior) 
- Base (pilar do cérebro) 
. Trato corticospinal 
. Trato corticopontino 
. Trato corticonuclear 
- Substancia negra 
- Tegmento do mesencéfalo: substancia cinzenta 
homóloga (núcleos do III, IV, V) 
→ Substancia cinzenta: periepitálamo, controla a 
entrada de dor na medula. 
→ Substancia branca 
- Fibras descendentes (maioria no pilar do cérebro) 
- Fibras ascendentes (tegmento) 
- Fibras de associação (fascículo longitudinal medial) 
Formação reticular e estruturas relacionadas 
- Coluna de substancia cinzenta e branca percorrendo 
toda a extensão do tronco encefálico. 
- Continua rostralmente no diencéfalo e caudalmente 
na medula espinal. 
- Porção rostral + núcleos diencefálicos – manutenção 
do estado de alerta e consciência. 
- Porção caudal + núcleos dos nervos cranianos e 
medula – controle de funções motoras, reflexos e 
funções autônomas. 
 
Sistemas modulatórios de projeção difusa 
Diversos sistemas de NT possuem projeções difusas: 
Ach, dopamina, noradrenalina, 5HT e histamina. 
. Porções rostrais: partes rostrais. 
. Porções caudais: partes caudais. 
Os NT apresentam dois tipos gerais de função: efeitos 
excitatórios ou inibitórios pós-sinápticos; 
neuromodulação (podem facilitar ou inibir 
propriedades de sinalização de neurônios). 
Um mesmo NT pode ter efeitos diferentes em 
sinapses distintas. Dependendo da região encefálica a 
ser modulada: nível de consciência, ciclo circadiano, 
estado emocional... 
Estado normal de alerta não depende de um único 
sistema de projeção, requer funcionamento 
coordenado de vários. 
Sistema colinérgico no SNC 
➔ Região pontomesencefálica e base do 
telencéfalo: geralmente excitatório (atenção, 
memória e aprendizado); bloqueio central 
(delírio, déficits de memória); Alzheimer 
(danos no sistema colinérgico da base do 
telencéfalo) 
Dopamina 
Parte anterior do mesencéfalo – área do tegmento 
. Mesoestriatal: Parkinson 
. Mesolímbico: esquizofrenia 
. Mesocortical: déficits cognitivos e hipocinesia no mal 
de Parkinson. 
Noradrenalina/Adrenalina 
Locus ceruleus (ponte) e área tegmentar lateral (ponte 
e bulbo). 
Projeções difusas para todo o telencéfalo. 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
12 
Atenção seletiva, alerta, ciclo sono-vigília, humor, 
atividade simpática. 
Déficit de atenção: agonistas noradrenérgicos 
NA e 5HT: desordens de humor: depressão, mania. 
Desordens de ansiedade: TOC. 
Serotonina 
Núcleos da rafe: rostral projeta para todo o 
prosencéfalo, caudal para cerebelo, bulbo e medula. 
Ciclo sono-vigília, comportamentos motivacionais, 
afetivos, sexuais e emocionais. 
Depressão, ansiedade, TOC, comportamento 
agressivo, distúrbios alimentares. 
Histamina 
Núcleo tuberomamilar do hipotálamo 
Funções: ciclo sono-vigília (com 5HT e NA) 
Anti-histaminicos e sonolência: bloqueio de 
receptores histamínicos no SNC. 
 
Medula espinal 
 
Forma: cilíndrica, com mais ou menos 1 cm de 
diâmetro. 
Localização: 2/3 superiores do canal vertebral no 
adulto 
Comprimento: aproximadamente 45 cm no adulto 
Limites 
Superior: aproximadamente no mesmo plano 
horizontal do forame magno. 
Inferior: mesmo plano horizontal de LII no adulto. 
Obs.: LII refere-se a vértebra; L2refere-se ao 
segmento medular. 
- Canal central da medula: preenchido por líquor. 
O impulso nervoso gerado no lado esquerdo percorre 
uma fibra nervosa, penetra no gânglio pelas radículas 
posteriores e chegam ao corno posterior da medula, 
onde cruza na comissura branca da medula espinal, 
subindo pela substancia branca do lado direito, indo 
até o tálamo e depois ao giro pós central. Nesse 
ponto, acontece o reconhecimento da lesão (local e 
intensidade). A medula, portanto, serve como um 
meio de passagem para a sensibilidade. 
- Tratos aferentes: fibras nervosas na substancia 
branca que conduzem os impulsos sensitivos ao 
tálamo e giro pós central (associa-se ao pré central, 
que é motor). Daí, sai uma informação (lado direito), 
que passa pela decussação das pirâmides, corno 
anterior da medula, onde estão os corpos dos 
neurônios motores, que terminam na placa motora, 
acontecendo o movimento no sentido de afastar o 
membro do agente agressor. 
Obs.: interneuronio conecta o neurônio sensitivo com 
o motor. É acionado em circunstancias, por exemplo, 
de queimadura, quando a resposta precisa ser rápida 
(arcorreflexo). Pode ser testado no reflexo patelar, 
entre outros. 
 
Estrutura geral da medula espinal 
- Seu calibre não é uniforme 
- Partes: 
. Parte superior (C1-C4): origem dos quatro primeiros 
pares de nervos espinais cervicais. Apresentam 
relação de formação do plexo cervical → nervos 
destinados a inervação do pescoço. 
. Intumescencia cervical (C5-T1) – inervação dos 
MMSS. Origem das raízes que formam o plexo 
braquial. 
Obs.: na região de C3, C4 e C5, há origem do nervo 
frênico (plexo cervical), que inerva o diafragma. 
. Parte torácica (T2-T11): não há formação de plexos, 
apenas dos nervos intercostais. 
. Intumescencia lombossacral (T12-L5) – inervação dos 
MMII. Origem do plexo lombossacral. 
. Cone medular (S1-CO1) – inervação dos MMII. Gera 
raízes que formam o plexo coccígeo 
. Filamento terminal: liga o cone medular com a 
primeira vértebra coccígea. Mecanismo estabilizador 
distal da medula. 
- A superfície da medula apresenta sulcos 
longitudinais: 
. Fissura mediana anterior: artéria e veia espinal 
anterior 
. Sulco mediano posterior: veia espinal posterior. 
. Sulco Antero-lateral: emergem as radículas da raiz 
anterior. (motora) 
. Sulco postero-lateral: radículas da raiz posterior 
(sensitiva) 
. Sulco intermédio posterior: depressão que delimita 
os fascículos grácil e cuneiformes. Presente apenas 
nos segmentos cervicais e torácicos superiores da 
medula. 
 
Segmentos medulares 
Nos sulcos anterolaterais e posterolaterais estão as 
radículas da raiz anterior e posterior, 
respectivamente. 
Na raiz posterior há uma dilatação, o gânglio sensitivo 
do nervo espinal, em função da característica do 
neurônio sensitivo, que é pseudounipolar. 
Há 31 segmentos medulares (33 vértebras) onde se 
originam os 31 pares de nervos espinais: 8 cervicais, 
12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Afinal, 
a medula foi formada pelo princípio da metameria. O 
C1 fica entre o occipital e o atlas. A teoria, segundo 
Darwin, é de que evoluímos, sendo os dois últimos 
pares destinados a inervação da cauda já não 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
13 
existente. Desse modo, o CO2 e CO3 regrediram, 
formando o filamento terminal. 
O primeiro par cervical emerge entre o occipital e o 
atlas. Então, na região cervical os nervos emergem em 
um ponto superior a vértebra. 
 
Crescimento da medula espinal 
Até o quarto mês de vida intra-uterina, a ME e a 
coluna vertebral crescem na mesma proporção. Após 
esse período há uma importante desproporção de 
crescimento. A coluna cresce mais rápido. O cone 
medular do recém-nascido está no mesmo plano 
horizontal de LIV, enquanto no adulto está em LII, por 
isso é perigoso fazer punção. 
Cauda equina: conjunto de raízes nervosas sacrais, 
coccígeas, trilombares que se formam devido ao 
crescimento desproporcional entre a coluna vertebral 
e a medula espinal. Forma o plexo lombossacral. 
 
Topografia vertebromedular 
- T1-T10: adiciona-se 2 ao número do processo 
espinhoso (PE), obtém-se o número do segmento 
medular. 
Ex.: PE de TI = SM T3 
- PE das vértebras TXI e TXII: segmentos medulares 
lombares. Importante, porque a fratura de uma 
vértebra torácica pode repercutir em uma lesão do 
segmento lombar. 
- PE da LI: segmentos medulares sacrais. 
 
Estudo seccional da medula espinal 
Superficial – substancia branca: tecido nervoso 
formado de neuroglia e fibras predominantemente 
mielínicas (responsável pela coloração branca). 
→ Estrutura da medula espinal: 
-- Trato: feixe de fibras nervosas com quase a mesma 
origem, função e destino. Podem ser mielínicas ou 
amielínicas. Na denominação de um trato, usam-se 
dois nomes, o primeiro indicando a origem e o 
segundo a terminação das fibras. 
-- Fascículo: trato mais compacto 
-- Lemnisco: emprego para alguns feixes de fibras 
nervosas em forma de fita. 
-- Funículo: cordão que contem vários tratos ou 
fascículos. 
Vias aferentes 
- Funículo anterior: entre os sulcos anterolaterais. 
Trato espinotalamico anterior (pressão e tato 
protopático) 
- Funículo lateral: trato espinotalamico lateral 
(neoespinotalamica – dor e temperatura); tratos 
espinocerebelares anterior e posterior. 
- Funículo posterior: entre os sulcos posterolaterais. 
Fascículo grácil (conduz impulsos proprioceptivos da 
porção inferior do tronco pelos nervos inferiores) e 
cuneiforme (encontrados apenas nos segmentos 
cervicais da medula e nos primeiros segmentos 
torácicos) - (propriocepção consciente, tato epicrítico 
e sensibilidade vibratória) 
Vias eferentes 
- Funículo anterior: trato corticospinal anterior, trato 
tetospinal, trato vestibulospinal, trato reticulospinal 
medial (pontorreticulospinal). 
- Funículo lateral: trato corticospinal lateral, trato 
rubrospinal, trato reticulospinal lateral 
(bulborreticulospinal) 
 
Profundo – substancia cinzenta: tecido nervoso 
constituído de neuroglia, corpos de neurônios e fibras 
(axônios) predominantemente amielínicas. Há 
processamento de informações, como o arcorreflexo. 
Apresenta projeções posteriores e anteriores, que 
formam colunas. 
- Cornos/colunas anteriores 
- Cornos posteriores 
- Substancia cinzenta intermédia (média) 
. Central 
. Laterais: cornos laterais → medula torácica e parte 
da medula lombar (corpos de neurônios relacionados 
ao SNA simpático). Os corpos dos neurônios do SNA 
parassimpático estão na medula sacral. 
- Canal central da medula 
Laminas de Rexed: divisão citoarquitetonica da 
substancia cinzenta. 
- Laminas de I-IV estão relacionadas com a 
sensibilidade exterosensitiva (dor, pressão, 
temperatura e tato. 
- Laminas V e VI: sensibilidade proprioceptiva 
- Lamina IX: motricidade (corpos dos neurônios 
motores) 
 
Envoltórios da medula e espaços meníngeos 
Envolta por membranas fibrosas, as meninges: 
- Espaço epidural ou extradural ou peridural: tecido 
adiposo e plexo nervoso (anestesia epidural) 
Dura-máter 
Mais externa, formada por fibras colágenas, espessa e 
resistente, envolve toda a medula. Cranialmente, a 
dura mater espinal continua com a encefálica. 
- Espaço subdural: líquido cerebrospinal (pequena 
quantidade – evitar aderência das paredes) 
Aracnoide 
Entre a dura e a pia-máter. Emaranhado de trabéculas 
- Espaço subaracnóideo: líquido cerebrospinal 
(grande quantidade – anestesia raquidiana) 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
14 
Pia-máter 
Mais delicada e interna, está aderida ao SNC 
Obs.: os ligamentosdenticulados são extensões 
laterais da pia mater que atuam no mecanismo de 
estabilização da medula e são referências para 
cirurgia; fundem-se com as outras duas meninges. 
Há septos leptomeningeos 
 
Anestesia peridural 
Aplicada no espaço peridural, entre o osso e a dura-
máter. A agulha vai atravessar a pele, tecido 
subcutâneo, ligamento supraespinal, ligamento 
interespinal e ligamento amarelo. 
 
Anestesia raquidiana 
A agulha vai atravessar a pele, tecido subcutâneo, 
ligamento supraespinal, ligamento interespinal, 
ligamento amarelo, dura-máter e aracnóide. 
 
Lesões medulares 
Afecção neurológica que acomete a medula, levando 
a alterações de sensibilidade, motricidade e do SNA. 
➔ Lesões traumáticas (Traumatismos 
raquiomedulares – TRM) 
37% de acidentes automobilísticos; 27% por 
atos de violência; 21% quedas; 7% esportes 
recreativos; etc. 
➔ Mecanismos de traumas (fratura, luxação, 
compressão) 
- Flexão, compressão, hiperextensão, flexão 
com rotação, chicote. 
- Incidencia: 81% homens e 18% mulheres; 56% entre 
16 e 30 anos; 53% solteiros. 
Classificação 
- Nível neurológico da lesão 
. Superior a T1 = TETRA 
. INFERIOR A TI = PARA 
Obs.: plegia: perda total de movimentação voluntária; 
paresia: perda parcial da movimentação voluntária. 
- Lesão completa ou incompleta 
- Mecanismos de lesão 
Síndrome de Brown-Sequard 
- Hemissecção medular: geralmente por arma de fogo 
- Sinais ipsilaterais: perda de sensibilidade no 
dermátomo correspondente ao nível da lesão; 
diminuição dos reflexos, ausência de reflexos 
superficiais, clônus, babinski positivo, perda 
proprioceptiva, cinestesia e percepção vibratória 
(coluna sacral) 
- Sinais contra laterais: perda da sensibilidade 
dolorosa e térmica. 
 
 
Núcleos dos nervos cranianos 
 
Responsáveis por inervar estruturas que só tem na 
cabeça; ramos dos sentidos. 
Inervam mm. que tem origem embriológica diferentes 
dos mm. do restante do corpo. Por exemplo, os mm. 
do pescoço para baixo se formam a partir dos 
miótomos dos somitos, já os mm. da cabeça são 
formados a partir dos arcos faríngeos/branquicos do 
embrião. Os núcleos da cabeça são os 
branquioméricos. 
Componentes funcionais 
➔ Eferentes (fibras motoras) 
- Somáticos (mm. miotomicos): mm. do olho e da 
língua (são exceções). 
- Viscerais 
. Gerais (m. liso, m. cardíaco, glândulas) 
. Especiais (mm. branquioméricos) 
➔ Aferentes (fibras sensitivas) 
- Somáticos 
. Gerais (exterocepção – sensibilidade captada na 
parede do corpo, propriocepção) 
. Especiais (visão, audição, equilíbrio) 
- Viscerais 
. Gerais (dor, fome, sede, saciedade...) 
. Especiais (gustação, olfação) 
Obs.: quanto mais próximo do sulco limitante → 
visceral; vice versa. 
 
Disposição dos núcleos em coluna 
- Quarto ventrículo: colículo facial, eminência 
vestibular, trígono do nervo vago, trígono do 
hipoglosso. Em seu assoalho há o sulco 
mediano/limitante, com fascículos grácil e 
cuneiforme. Há uma eminência medial de cada lado, 
onde estão os núcleos motores. Na área vestibular há 
eminência lateral, onde estão os núcleos sensitivos. 
- Tronco encefálico: seu interior possui duas colunas, 
uma com núcleos sensitivos e outra com motores; 
assim os NNC estão dispostos. 
 
Conexões dos núcleos dos nn. Cranianos 
Conexões suprassegmentares 
- Núcleos sensitivos → tálamo → Córtex cerebral 
. Lemnisco trigeminal (núcleos trigeminais) 
. Lemnisco lateral (núcleos cocleares) 
. Fibras vestibulotalamicas 
. Fibras solitariotalamicas (o núcleo do trato solitá- 
Rio é aferente visceral). 
Conexões reflexas 
Núcleos sensitivos → núcleos motores 
- Formação reticular; fascículo longitudinal medial 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
15 
Uma lesão nos núcleos motores pode resultar em 
paralisias. 
Os nervos cranianos são numerados no sentido 
rostro-caudal 
 
 
Pares cranianos 
. I, II, VIII: aferencias especiais. 
. III, IV, VI: controlam movimentos oculares, reflexos 
fotomotores e de acomodação. 
. XI, XII: são motores puros. 
. V, VII, IX, X: são mistos. 
. III, VII, IX, X: contém fibras parassimpáticas 
 
Nervo trigêmeo (V) 
Todas as suas fibras estão conectadas no núcleo 
motor (inerva os mm da mastigação – temporal, 
masseter, pterigóideo lateral, medial e tensor do véu 
palatino - e tensor do tímpano, miloioideo e digástrico 
– ventre anterior) e nos sensitivos (espinal, principal e 
mesencefálico) 
- Nervo oftálmico (V1): fissura orbital superior; 
cavidade orbital 
- Nervo maxilar (V2): forame redondo; fossa 
pterigopalatina 
- Nervo mandibular (V3): forame oval; fossa 
infratemporal; apresenta fibras motoras, diferente 
dos outros dois que só tem fibras sensitivas. 
. Reflexo mandibular ou mentual: percussão do 
queixo; reflexo que mantém a boca fechada 
. Reflexo corneopalpebral: piscar; m orbicular do olho 
(nervo facial) 
 
Nervo facial (VII) 
Inerva as estruturas que se originam segundo o arco 
faríngeo. 
Seus núcleos estão principalmente na região da 
ponte. 
- Núcleo salivatório superior/lacrimal: inerva glândulas 
submandibular e sublingual; glândula lacrimal, 
inervação de glândulas nasais, glândulas palatinas. 
- Núcleo do nervo facial: núcleo motor propriamente 
dito. 
. No assoalho do quarto ventrículo há o colículo facial 
. Inerva todos os mm das expressão facial; ventre 
posterior do digástrico, estiloioideo... 
Obs.: sensibilidade geral dos dois terços anteriores da 
língua é responsabilidade do n trigêmeo. 
Sai entre o processo mastóide e estilóide, inervando o 
digastrico posterior até chegar aos núcleos da face. 
Lesões podem causar paralisia periférica ou central. 
- Lesão do núcleo do nervo facial: paralisia periférica 
do mesmo lado do núcleo. 
- Paralisia central: metade inferior da face paralisada 
do lado oposto do núcleo. 
 
Nervo glossofaríngeo (IX) 
O núcleo ambíguo serve tanto para o nervo 
glossofaríngeo (IX); vago (X) e acessório (XI): núcleo de 
onde saem os neurônios que vão para os mm da 
faringe e laringe. 
O glossofaríngeo inerva apenas um, o m 
estilofaringeo e o terço posterior da língua. 
- Traz sensibilidade para a parede da orofaringe, 
principalmente, tuba auditiva. 
Obs.: para inervação de vísceras sempre há um 
gânglio no meio do caminho, para inervação de 
músculos não. 
- Inervação do glomo e seio carótico 
- Para chegar na parótida, ele se une a um ramo do 
trigêmeo (V3) 
- Reflexo de Aschner: com o abaixado de língua é 
estimulado o terço posterior da língua e o reflexo do 
vomito é acionado, verificando o funcionamento do 
glossofaríngeo. 
 
Nervo vago (X) 
Núcleo dorsal: inerva vísceras torácicas e abdominais. 
Inerva os mm da faringe, laringe e véu palatino 
(exceto o estilofaringeo e o tensor) 
Traz gustação na epiglote 
Quimio e barorreceptores na aorta, junto do 
glossofaríngeo. 
- Laringofaringe e mucosa da laringe 
- Dura-máter 
Obs.: há cefaléia de origem vagal e de origem 
trigeminal 
Lesão do nervo vago do lado E: o palato mole cai e a 
úvula é deslocada para o lado oposto (“sinal da 
cortina”) 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
16 
Nervo acessório 
Origem no núcleo ambíguo, dentro do crânio e no 
núcleo do nervo acessório, dentro da medula espinal. 
Do núcleo ambíguo saem fibras, as raízes craniais do 
acessório, saem do cranio pelo forame jugular e se 
une ao vago. 
Fibras entram pelo forame magno e saem pelo forame 
jugular, inervando o esternocleidomastoideo e o 
trapézio. É testado o movimento de girar a cabeça do 
lado oposto ou de levantar o braço. 
 
Note que o glossofaríngeo, o vago e o acessório 
passam pelo foramejugular, junto da veia jugular. Se 
houver um tumor na região jugular, há sintomas 
relacionados aos três nervos: 
. Rouquidão – vago 
. Sinal da cortina – vago 
. Alteração na pressão sanguínea – glossofaríngeo e 
vago 
. Paresia do esternocleidomastoideo – acessório 
 
Nervo hipoglosso 
Sai por trás da oliva e pelo crânio no canal do nervo 
hipoglosso (osso occipital acima dos côndilos 
occipitais). 
No quarto ventrículo há o trígono do nervo 
hipoglosso, onde há seu núcleo. 
- Inerva os mm da língua: genioglosso, hioglosso, 
estiloglosso e intrínsecos. 
A inervação feita pelo núcleo recebe impulso do lado 
oposto do córtex, válido apenas para esse nervo. 
O teste do nervo é feito pelo movimento de protrusão 
da língua (ela sempre vai para o lado que vai para a 
lesão, se ela for no núcleo). 
 
Vascularização do SNC 
 
Metabolismo: O2 e glicose 
Parada da circulação: 5-10 s → perda da consciência. 
 3-5 min → necrose 
- Hierarquia das lesões: 
. Neocórtex – paleocórtex – arquicórtex – sistema 
suprassegmentar – sistema segmentar. 
. Última área → centro respiratório 
- Lesões vasculares: grandes danos ao SNC 
- Paredes finas (propensa a hemorragias). 
- Túnica interna mais espessa com mais fibras elásticas 
(proteção contra onda sistólica) 
- Espaços perivasculares repletos de LCS 
- Tortuosidade das artérias ao penetrarem no crânio. 
 
 
 
Irrigação do encéfalo 
➔ Aa. Carótidas internas 
Ramo da a corótida comum 
Palpável na região anterolateral do pescoço 
Não emite ramos no pescoço 
Penetra no crânio pelo canal carótico 
Atravessa o seio cavernoso (sifão carótico) 
Perfura a dura máter e se bifurca: 
Aa. Cerebrais anterior e média, a. oftálmica, 
a. comunicante posterior e a. corioidea 
anterior. 
➔ Aa. Vertebrais 
Origem nas AA. Subclávias 
Ascendem pelos forames transversários. 
Atravessam o forame magno 
Sulco bulbopontino – unem-se e formam a a. 
basilar 
Ascendem pelo sulco basilar na ponte, 
emitem ramos e se bifurca em AA. Cerebrais 
posteriores. 
Ramos: a. espinal anterior, AA. Cerebelares 
inferiores posteriores (AA. Espinais 
posteriores – origem em 75% dos casos) 
➔ A. Basilar 
Ramos: AA. Da ponte, AA. Cerebelares 
inferiores anteriores (AA. Do labirinto – 
origem em 80% dos casos), AA. Cerebelares 
superiores. 
Bifurcação: AA. Cerebrais posteriores. 
 
Círculo arterial do cérebro (Polígono de Willis) 
Localização: base do cérebro ao redor da base do 
diencéfalo; 
Une o sistema carótico interno ao vertebrobasilar; 
A Comunicante anterior une as duas AA cerebrais 
anteriores; 
Aa comunicantes posteriores unem cada a carótida 
interna com uma a cerebral posterior. 
 
Aa cerebrais anteriores 
Localização: face medial dos hemisférios cerebrais 
. Fissura longitudinal do cérebro 
. Curva-se ao redor do corpo caloso. 
Irrigação: 
. Face medial dos lobos frontal e parietal 
. Porção superior da face superolateral dos lobos 
frontal e parietal 
. Porção medial da face inferior do lobo frontal 
Aa cerebrais médias 
Localização: face superolateral dos hemisférios 
cerebrais 
. Sulco lateral do cérebro 
Irrigação: 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
17 
. Porção lateral da face inferior do lobo frontal 
. Face superolateral dos lobos frontal, parietal e 
temporal 
. Lobo insular 
Aa cerebrais posteriores 
Localização: contorna o pedúnculo cerebral em 
direção ao lobo occipital. 
Irrigação: lobo occipital e face inferiore do lobo 
temporal 
 
AVC 
Microaneurismas e hemorragia subaracnoidea 
. Fraqueza ou adormecimento súbito em apenas um 
lado do corpo; 
Dificuldade para falar ou compreender; 
Dificuldade para deglutir, andar ou enxergar; 
Tontura, perda da força muscular, cefaleia intensa; 
Perda da coordenação motora. 
Obs.: Um hematoma epidural é geralmente 
proveniente do rompimento de artérias, enquanto o 
hematoma subdural é proveniente do rompimento de 
veias. 
 
Drenagem venosa do encéfalo 
As veias drenam para os seios da dura-máter e destes 
para as VV jugulares internas. Possuem parede mais 
fina em relação a de outras veias. 
Fatores que auxiliam na circulação venosa: aspiração 
da cavidade torácica na inspiração, força da gravidade 
e pulsação das AA. 
Veias do cérebro 
➔ Sistema venoso superficial 
Drena o córtex e a substancia branca 
adjacente através das VV cerebrais 
superiores, VV cerebrais inferiores e veia 
cerebral superficial média (v anastomótica 
superior e v anastomótica inferior) 
As VV superiores drenam para o seio sagital 
superiores e as VV inferiores para os seios da 
base do crânio. 
➔ Sistema venoso profundo 
A principal veia é a cerebral magna ou veia de 
Galeno, formada pela confluência das VV 
cerebrais internas e drena para o seio reto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meninges 
 
Pregas da dura-máter: foice do cérebro, foice do 
cerebelo, tentório do cerebelo e diafragma da sela. 
Seios da dura-máter: cavernoso, intercavernosos 
anterior e posterior, plexo basilar, petrosos superior e 
inferior, sagitais superior e inferior, esfenoparietal, 
reto, occipital, confluência dos seios, transverso e 
sigmoideo formando a v jugular interna. 
 
Trajeto do sangue nos seios venosos 
 
Espaço subaracnoideo 
- Compreendido entre a pia-máter e aracnoide 
- Contém líquido cerebrospinal (LCS ou líquor) 
- Em certos pontos as leptomeniges se distanciam, 
formando espaços chamados cisternas. 
(cisterna magna cerebelobulbar posterior) 
 
Circulação do líquor 
- Ventrículos laterais 
. Forame interventricular 
- Terceiro ventrículo 
. Aqueduto do mesencéfalo 
- Quarto ventrículo 
. Aberturas laterais e mediana 
- Espaço subaracnoideo 
Fisiologia do líquor 
- Produzido pelos plexos corioide dos ventrículos 
laterais, tecido cerebral e epitélio ependimal. 
- Volume aproximado de 150 mL no neuro eixo. 
- Produzido a uma velocidade de 0,3 mL/mi ou 14 – 36 
mL/hora. 
Plexo corioideo 
O líquido é secretado pelas células ependimais da 
parede ventricular e dos plexos corioideos. 
Obs.: hidrocefalia 
 
Granulações aracnoideas 
- Invaginação da aracnoide no interior dos seios 
venosos 
- Localizadas principalmente no seio sagital superior. 
 
Leptomeninge: pia máter e aracnoide máter 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
18 
Vascularização da medula espinal 
- A medula é irrigada pelas artérias espinais anterior e 
posteriores e pelas artérias radiculares; 
- A artéria espinal anterior é formada por ramos das 
duas artérias vertebrais; 
- Cada artéria espinal posterior é ramos da artéria 
vertebral correspondente (direta ou indiretamente) 
Artérias radiculares: ramos espinais das AA do 
pescoço e tronco (AA cervicais ascendentes, 
intercostais, lombares e sacrais). 
- Anteriores: anastomose com a artéria espinal 
anterior. 
- Posteriores: anastomoses com as artérias espinais 
posteriores 
 
Barreiras encefálicas 
- Dispositivos que impedem ou dificultam a passagem 
de substancias para o tecido nervoso/LCS 
- Barreira hematoencefálica 
Sangue – tecido nervoso 
- Barreira hematoliquórica 
Sangue – líquor 
Nem sempre impedem totalmente a passagem de 
substancias. São seletivas e impedem a passagem de 
agentes tóxicos e NT para o SNC (venenos, toxinas, 
bilirrubina, adrenalina...). 
Astrócitos e pericitos atuam no desenvolvimento e 
manutenção da barreira. 
Endotélio dos capilares encefálicos: 
Células endoteliais unidas por junções oclusivas; 
Ausência de fenestrações; 
Raras vesículas pinocitóticas. 
Variação de permeabilidade 
Mais permeável no feto e em RN 
Fluxo sanguíneo e necessidades metabólicas 
Órgãos circunventricularesapresentam ausência de 
barreira. 
Ex.: glândula pineal, área postrema, eminência 
mediana, neuro-hipófise, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vias aferentes gerais 
Compreendem receptor, trajeto periférico, trajeto 
central (incluindo 3º e 4º neurônios) e área de 
projeção cortical. 
 
Receptores: Posição anatômica 
- Exteroceptores: superficiais; captam informações do 
meio externo (pele) 
- Proprioceptores: profundos; captam informações do 
corpo (ossos, articulações e músculos) 
- Interoceptores: viscerais. 
 
 
 
 
 
Receptores: Fisiologia 
- Mecanorreceptores; 
- Termorreceptores; 
- Nocirreceptores; (dor) 
- Quimiorreceptores. 
Obs.: Pacini→ pressão, posição de articulação sinovial 
e reflexo neurotendíneo de Golgi. 
 
Ectoderma 
Mesoderma 
Endoderma 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
19 
DOR →exteroceptiva, proprioceptiva e visceral 
Nas vísceras há apenas receptores amielinizados, por 
isso a dor é difusa, mas existem os mielinizados. 
Em uma via cortiço-espinal, por exemplo, a velocidade 
de condução do impulso nervoso por fibras 
mielinizadas é de 700m/s, já que os axônios motores 
apresentam diâmetro grande e uma bainha extensa. 
Desse modo, quanto maior o diâmetro e quanto 
maior a espessura, maior a velocidade de condução 
do impulso nervoso. Por isso, fibras nervosas livres e 
nociceptivas amielinizadas são as que apresentam 
menor velocidade de impulso nervoso. 
Dor aguda: 20m/s 
Dor difusa: 5m/s 
 
Propriocepção 
- Consciente: estímulos aferentes que chegam ao 
córtex cerebral. 
. Sensibilidade cinética: cinestesia, capacidade de 
perceber o movimento articular. 
. Sensibilidade postural: artresia (sensibilidade 
articular), capacidade de perceber a posição estática 
da articulação. 
. Sensibilidade cinético-postural: movimento e 
postura. Estereognosia: sensibilidade espacial. 
- Inconsciente: estímulos aferentes que chegam ao 
córtex cerebelar. 
 
→Fuso muscular 
- Percebe as alterações de comprimento muscular 
(alongamento), regulando tônus (insconsciente) e 
força (consciente) 
- Velocidade do alongamento eleva o disparo das 
fibras Ia (terminações anulospirais do saco e cadeia 
nuclear) 
- A manutenção do alongamento eleva o disparo das 
fibras II (terminações em buque da cadeia e saco 
nuclear). 
Lembre: neurônio motor alfa inerva as fibras 
musculares extrafusais e o gama inerva as intrafusais. 
O cerebelo recebe informações para fazer a regulação 
do tônus agindo em nível de neurônio gama. 
Musculatura lisa não apresenta fuso muscular. 
→Fuso neuromuscular 
- Promove inibição recíproca; 
- Importante no controle da propriocepção consciente 
(Fibras Ia) 
- Atua também no controle da propriocepção 
inconsciente (Fibras Ia e II) 
 
 
 
 
Órgãos neurotendíneos 
(órgãos tendinosos de golgi – OTG) 
- Limiar de disparo baixo para a contração e alto para 
alongamento muscular; 
- Promove inibição autogênica; 
- Percebe tensão muscular exercida sobre os tendões; 
- Importante para o controle da propriocepção 
inconsciente e consciente (Ib). 
 
Fibras nervosas 
Classificação geral das fibras aferentes periféricas 
(sensitivas): 
- Fibras A mielinizadas 
. A alfa: 60-120m/s 
. A beta: 40-70m/s 
. A gama: 10-50m/s 
. A delta: 6-30m/s 
- Fibras C amielinizadas 
. 0,5-2m/s 
Tipo de axônio e sensibilidade 
. Tipo Ia: A alfa (aferencia primaria do fuso); 
. Tipo Ib: A alfa (aferencia do OTG) 
. Tipo II: A beta e gama: aferência secundária do fuso, 
tato e pressão 
. Tipo III: A delta: temperatura e dor aguda 
. Tipo IV: fibra do tipo C: dor crônica e prurido. 
As mais rápidas são as do fuso muscular, depois as do 
OTG, tato, temperatura, dor aguda e crônica. 
 
Resumindo... 
Grupo I: proprioceptiva 
Grupo II: exteroceptiva 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
20 
Grupo III: dor aguda e temperatura 
Grupo IV: dor difusa; crônica. 
 
Lâminas espinais de Rexed 
 
 
I e II: estímulos nociceptivos 
III e IV: propriocepção e tato epicrítico 
V: estímulos nocivos e de órgãos 
VI: propriocepção 
VII: núcleo torácico posterior (de Clarke) para 
propriocepção inconsciente. 
- Laminas da dor: I, II e V 
- De 10 laminas, 7 são de sensibilidade 
 
VIAS CONSCIENTES 
- Sistema coluna dorsal lemnisco medial: via de 
propriocepção consciente, tato epicrítico e 
sensibilidade vibratória. 
- Sistema anterolateral: via de dor aguda e 
temperatura (neoespinotalamica); via de pressão e 
tato protopático; via de dor crônica 
(paleoespinotalamica). 
As vias da coluna posterior são proprioceptivas, então 
se sofrer uma transecção posterior da coluna torácica, 
por exemplo, o paciente perde a propriocepção 
consciente, o tato epicrítico e a sensibilidade 
protopática. Uma hemissecção parcial da coluna 
espinal provoca perda da sensação de tato, pressão, 
temperatura e dor. 
 
VIA DO FASCICULO GRÁCIL E CUNEIFORME 
- Tato discriminativo, vibração e propriocepção 
consciente 
. Tato (Ruffini e Meissner), propriocepção (FNM e 
OTG) e vibração (Pacini); 
. Neurônio de primeira ordem: gânglios sensitivos dos 
nervos espinais; 
. Neurônio de segunda ordem: núcleo grácil ou 
cuneiforme do bulbo 
. Neurônio de terceira ordem: tálamo – núcleo VPL 
(contralateral) → áreas 3, 1, 2. 
. MMII (fascículo grácil); MMSS (fascículo cuneiforme). 
 
 
O trajeto da via: 
A via passa pelo primeiro neurônio, que é o gânglio, 
depois passa pela medula espinal sem fazer sinapse, a 
sinapse será feita no tubérculo grácil ou no 
cuneiforme. A região do umbigo para baixo (MMII) faz 
sinapse no tubérculo grácil, já a região dos MMSS faz 
no cuneiforme. 
Toda sensibilidade proprioceptiva cruza no lemnisco 
medial, depois passa pelo terceiro neurônio da via, no 
tálamo, o VPL (ventral póstero-lateral), então termina 
no giro pós-central. 
- É uma via bulbar, não medular. 
- Pessoas que sofrem lesões bulbares perdem a 
propriocepção consciente. 
- Lembre que tudo isso, só é válido do pescoço para 
baixo, a cabeça entra na via trigeminal. 
 
VIA NEOESPINOTALÂMICA 
→DOR AGUDA E TEMPERATURA 
- Terminações nervosas livres 
- Noci, termo e quimiorreceptores 
- Neurônios de primeira ordem: gânglios sensitivos 
dos nervos espinais 
- Neurônio de segunda ordem: coluna posterior da 
medula (I, II ou V) 
- Neurônio de terceira ordem: tálamo – núcleo VPL 
(contralateral) → áreas 3, 1, 2. 
A dor aguda é uma dor localizada. 
O trajeto da via:(trato espinotalâmicolateral) 
A via passa pelo primeiro neurônio, que é o gânglio 
espinal, depois vai para o segundo neurônio (lâmina I 
de Rexed), na coluna posterior da medula espinal. Em 
seguida, o impulso cruza no lemnisco espinal (na 
comissura branca), vai para o tálamo, no terceiro 
neurônio (NVPL) e chega ao giro pós-central. 
- Lembre que há uma região no cérebro para cada um 
dor receptores (superficiais e profundos). Uma lesão 
cortical superficial, por exemplo, resulta na perda da 
sensibilidade cutânea, enquanto uma lesão profunda 
provoca perda da propriocepção. 
 
→ PRESSÃO E TATO PROTOPÁTICO 
- Trato espinotalâmico anterior 
- Meissner, Ruffini e terminações ao redor de folículos 
pilosos 
- Neurônio de primeira ordem: gânglios sensitivos dos 
nervos espinais 
- Segunda ordem (lâminas II e III): coluna posterior da 
medula 
. Cruza no lemnisco espinal 
- Terceira ordem: tálamo- núcleo VPL (contralateral). 
 
receptores 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
21 
VIA DE DOR CRONICA (via da temperaturae dor 
difusa) 
- Terminações nervosas livres: térmica, química ou 
mecânicas nocivas. 
. Lembre-se de que não apresentam mielina 
- Fibra C (a mais lenta de todas 0,5-2m/s) 
- Coluna posterior (V-VIII): interneurônios 
- Cruza o funículo lateral do mesmo lado ou do lado 
oposto 
- Dividida em três vias: 
. Paleoespinotalâmico (espinolímbico) 
 . Tálamo – córtex anterior do cíngulo e posterior da 
ínsula 
. Espinorreticular 
 . Formação reticular 
. Espinomesencefálico 
 . Colículo superior (reflexo lacrimal) e substancia 
cinzenta periaquedutal 
Considerações prévias: 
- O NT da dor é a substancia P (pain), produzido pela 
coluna posterior da ME (lâminas V-VIII). Em uma 
anestesia é utilizada uma droga (morfínica) 
competitiva com a substancia P. 
- Quando eu tomo um analgésico ele pode agir na 
terminação nervosa (não esteroides), no trajeto 
periférico (esteroides, corticoides), no nível medular 
ou a nível encefálico (opiáceos). 
- O nosso corpo produz morfinas (endorfinas), pessoas 
mais sensíveis a dor produzem menos endorfinas. O 
cortisol bloqueia as endorfinas, por isso o período da 
noite costuma ser o de maior dor para o paciente. 
- A dor crônica dói mais, porque vai para os dois lados 
do cérebro ao mesmo tempo. 
O trajeto da via: 
A via passa pelo primeiro neurônio, que é o gânglio 
espinal. Na coluna posterior da medula pode fazer 
sinapse com um segundo neurônio (lâmina V). Sem 
cruzar, eu sinto a dor do mesmo lado da lesão. 
Ou na coluna posterior da medula pode continuar e 
cruzar o lemnisco espinal, chegando até o terceiro e 
quarto neurônio na formação reticular (mesencefálica 
e pontinha, respectivamente), nos tratos 
espinomesencefálico e espinorreticular. O quinto 
neurônio está no hipotálamo (regulação do SN 
autônomo), depois vai para o tálamo, onde está o 
sexto neurônio, nos núcleos intralaminares. 
Finalmente chega ao giro pós-central, ínsula e giro do 
cíngulo. 
 
 
 
 
 
Considerações finais: 
1º: célula do gânglio da raiz dorsal: transmissor do 
impulso nervoso do receptor para do segundo 
neurônio. 
2º: lâminas V, VI, VII e VIII: produzir substancia P e 
transmitir o impulso para o terceiro neurônio. 
3º: núcleo dorsal da rafe na ponte (núcleo magno da 
rafe) 
4º: substancia cinzenta periaquedutal 
Daí vai para o hipotálamo → tálamo → córtex 
- O 3º e 4º formam uma classe de 20 NT já 
conhecidos, denominados encefalinas ou endorfinas, 
servem para amenizar/modular a dor, pois competem 
com a substancia P. 
- A função da formação reticular é modular as vias. 
5º: hipotálamo: relações emocionais, por isso dor 
pode gerar febre, dentre outros fatores. 
6º: núcleos intralaminares do tálamo: transmissão 
para o giro pós-central. 
- Sem o giro pós-central, giro do cíngulo e lobo da 
ínsula é possível sentir dor, pois ela se torna 
consciente (interpretação e localização) já a nível 
talâmico. É uma dor mais forte, pois é pura, já que 
inibe a formação reticular descendente com a 
produção de endorfina. 
- O princípio da anestesia geral é deprimir o córtex 
cerebral, cingulado e insular, acabando com a 
consciência da dor. 
- Há pessoas com analgesia congênita da dor, por 
ausência congênita da substancia P. 
 
Lesões medulares 
Hemissecção em T8 do lado esquerdo: perda de 
sensibilidade do lado oposto da lesão e perda de 
movimentos do mesmo lado, já que não há 
propriocepção consciente. 
Tumor no canal central da medula: acomete os 
lemniscos na comissura branca; alteração bilateral da 
perda de sensibilidade e motora. 
 
VIAS TRIGEMINOTALÂMICAS 
- Via exteroceptiva; 
- Neurônio I: gânglio trigeminal; 
- Neurônios II: 
. Núcleo principal/sensitivo (tato discriminativo) 
. Núcleo espinal (temperatura e dor) 
. Ambos (tato protopático e pressão) 
. Lemnisco trigeminal (posterior – homolateral e 
cruzado) e anterior (cruzado). 
- Neurônios III: tálamo – núcleo VPM 
- Lembre que há três núcleos na ponte: o espinal do 
trigêmeo, principal e mesencefálico. 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
22 
O trajeto da via: 
O primeiro neurônio é o gânglio trigeminal, que 
transmite o impulso para o segundo. Pode ser o 
núcleo principal, espinal ou ambos. Depois, há um 
cruzamento no lemnisco trigeminal, chegando ao 
terceiro neurônio no tálamo, no núcleo ventral 
póstero medial, então para o giro pós-central. (trato 
espinotalamico ou trato neoespinotalamico). 
Quando se trata de dor o segundo neurônio é a 
lamina I, II e V, depois o núcleo espinal do trigêmeo. 
Quando se trata de tato epicrítico, o segundo 
neurônio é o sensorial principal. 
Coluna aferente somática geral 
- Tato: núcleo principal do n trigêmeo (ponto) 
- Dor e temperatura: núcleo espinal do n trigêmeo 
(ponte e medula espinal) 
- Núcleo mesencefálico do trigêmeo: propriocepção 
da cabeça 
Obs.: a única região da cabeça não inervada pelo 
trigêmeo é o terço posterior da língua, que é pelo 
glossofaríngeo. 
Obs.: é comum os seus ramos serem comprometidos 
por uma doença da raiz sensitiva chamada herpes 
zoster 
 
VIAS SENSITIVAS VISCERAIS 
- Dor (isquemia, lesão química, espasmo muscular e 
distensão) e de estiramento. 
- Neurônio I: gânglio sensitivo do n espinal 
- Neurônio II: coluna posterior. Tratos 
espinotalamicos. 
- Neurônio III: tálamo – núcleo VPL. Giro pós-central. 
- Estão associadas aos dermátomos, promovendo uma 
relação somatovisceral. Uma dor na face medial da 
coxa, por exemplo, pode indicar apendicite. 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão dos tratos ascendentes 
- Trato espinotalamico lateral: perda da sensibilidade 
dolorosa e térmica contralateral abaixo da lesão. 
- Trato espinotalamico anterior: perda do trato 
protopático e pressão contralateral abaixo da lesão. 
- Fascículos grácil e cuneiforme: perda de tato 
epicrítico, sensibilidade vibratória e propriocepção 
ipsolateral abaixo da lesão. 
 
VIAS INCONSCIENTES (aferentes do cerebelo) 
 
VIA ESPINOCEREBELAR POSTERIOR 
 
VIA CUNEOCEREBELAR 
 
VIA ESPINOCEREBELAR ANTERIOR 
 
O primeiro neurônio é o gânglio espinal; o segundo 
pode ser o núcleo torácico, núcleo da coluna posterior 
e núcleo cuneiforme acessório do bulbo. O torácico e 
o cuneiforme acessório formam a via que vai direto 
para o cerebelo. O núcleo da coluna posterior cruza o 
lemnisco espinal e vai para o lado oposto do cerebelo. 
A propriocepção inconsciente, como a dor crônica, é 
bilateral. 
- A regulação do tônus muscular a perna E é 
controlada pelo hemisfério E e D do cerebelo. 
- Trato espinocerebelar anterior: ipsilateral. 
- Trato espinocerebelar posterior: contralateral. 
- Origem no FNM e OTG: espinocerebelar posterior e 
cuneocerebelar 
- Origem em interneuronios: espinocerebelar anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Thaís H. Ambrósio T XIV 
 
 
23 
Vias aferentes especiais 
VIA AUDITIVA 
O receptor da audição é a célula ciliada interna (órgão 
de Corti), os axônios da célula formam as radículas do 
n coclear, fazendo sinapse no primeiro neurônio, o 
gânglio espiral da cóclea, localizado no VIII par (n 
vestibulococlear). Daí, a sinapse é feita no segundo 
neurônio, os núcleos cocleares (na área vestibular), 
então a informação cruza no lemnisco lateral, 
chegando ao terceiro neurônio, o colículo inferior. 
Através do braço do colículo inferior segue ao quarto 
neurônio, o corpo geniculado medial (metatálamo), 
indo para a área auditiva primária (41) no giro 
temporal transverso anterior. 
- Lembre que as células ciliadas internas são 
responsáveis pelo processamento auditivo. 
Descreva o trajeto percorrido pelo som desde

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