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Tic´s II - IMPORTÂNCIA DO REVESTIMENTO MIELÍNICO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
Curso: Medicina
Disciplina/Módulo: SOI II – TIC’s II
THAYS DE TÁRSSIA DA SILVA SOUSA
IMPORTÂNCIA DO REVESTIMENTO MIELÍNICO
Trabalho/Atividade apresentada à disciplina/módulo SOI II – TIC’s II, ministrada pelo Professor(a) Juliana Macedo Magalhaes, como requisito para obtenção de nota. 
TERESINA
FEVEREIRO/2021
IMPORTÂNCIA DO REVESTIMENTO MIELÍNICO
O revestimento mielínico permite com que a condução dos potenciais de ação ao longo do axônio seja mais rápida nessas fibras nervosas que possuem membranas altamente resistentes, desta forma minimiza o vazamento do fluxo corrente para fora da célula. Já os axônios que não possuem mielina apresentam uma baixa resistência a fuga de corrente, tendo em vista que toda a membrana do axônio se comunica com o líquido extracelular e contém canais iônicos pelos quais a corrente pode vazar.
Portanto, os axônios mielinizados restringem as partes da membrana em contato com o líquido extracelular. Esses axônios possuem os nódulos de Ranvier, que são pequenas porções de membrana exposta que se alternam com segmentos mais longos envoltos por múltiplas camadas de membrana (bainha de mielina). A bainha de mielina cria uma barreira de alta resistência que impede o fluxo de íons para fora do citoplasma. Em analogia, podemos dizer que as membranas de mielina se assemelham às capas de plástico que envolvem os fios elétricos, visto que elas ampliam a espessura efetiva da membrana do axônio em até 100 vezes.
O potencial de ação viaja ao longo do axônio da zona de gatilho até o terminal axonal alternando entre os axônios mielinizados e os nódulos de Ranvier. Cada nó possui uma grande concentração de canais de Na+ dependentes de voltagem, que se abrem com a despolarização e permitem a entrada de sódio no axônio. Os íons de sódio que entram em um nódulo reforçam a despolarização e restabelecem a amplitude do potencial de ação quando ele passa de nódulo em nódulo. O salto visível do potencial de ação que ocorre quando ele passa de um nódulo para o outro é chamado de condução saltatória. 
A propriedade dos cabos dos neurônios influencia para que a condução dos axônios mielinizados se torne mais rápidas. Além disso, a abertura lenta dos canais reduz levemente a condução. Em axônios não mielinizados, os canais devem abrir-se sequencialmente em toda a membrana do axônio para manter a amplitude do potencial de ação. Já em neurônios mielinizados, apenas os nódulos necessitam de canais de Na+, devido às propriedades isolantes da bainha de mielina. Assim, quando o potencial de ação passa pelos segmentos mielinizados, a sua condução não é retardada pela abertura de canais. Em resumo, os potenciais de ação percorrem diferentes axônios a velocidades diferentes, dependendo dos dois parâmetros de diâmetro do axônio e mielinização.
Diante de tudo que foi exposto, vale ressaltar que em doenças desmielinizantes, a perda da mielina dos neurônios afeta a sinalização neural, no SNC e SNP a condução dos potenciais de ação é retardada. Além disso, quando a corrente extravasa pelas regiões da membrana que agora estão sem isolamento, entre os nódulos de Ranvier repletos de canais de Na+, a despolarização que chega ao nódulo talvez não esteja mais acima do limiar, e a condução pode falhar. 
A esclerose múltipla é caracterizada por uma variedade de queixas neurológicas, incluindo fadiga, fraqueza muscular, dificuldade ao caminhar e perda de visão. A síndrome de Guillain-Barré, também é caracterizada pela destruição da mielina. Atualmente pode-se tratar alguns dos sintomas, mas não as causas das doenças desmielinizantes, que são principalmente doenças hereditárias ou autoimunes. 
REFERÊNCIA:
GUYTON, Arthur Clifton. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2011.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Artmed editora, 2017.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Artmed Editora, 2016.

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