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Artigo Tecnologias Limpas

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Estudo da viabilidade técnico econômica para a produção de energia limpa 
através do biogás oriundo de efluente doméstico - Estado da arte. 
 
Aline Maia Dornelas de Oliveira, Edvânia Diniz dos Santos, Marques Teles Ramos 
dos Santos, Matheus Neri Araújo Gonçalves 
 
Resumo 
Esse trabalho busca levantar e sistematizar informações sobre o Biogás proveniente 
do esgoto doméstico para uma melhor compreensão desde sua criação até a sua 
utilidade atualmente. Desde a descoberta dos gases gerados pelas redes 
canalizadoras de esgoto foi possível constatar a presença de gases como metano 
(CH4) e gás carbônico (CO2), onde caso o esgoto doméstico não é tratado é emitido 
uma quantidade maior de gás carbônico (CO2) devido os resíduos serem despejados 
em rios ou lagos causando a fermentação aeróbica. No processo de tratamento 
anaeróbio de esgoto, alguns gases poluentes são gerados, formando o biogás. Nesta 
combinação de gases, acha-se o metano (CH4), que possui grande poder calorífico, 
acrescentando ao biogás um potencial energético capaz de produzir energia elétrica 
como fonte de energia limpa. 
 
Palavras-chave: Esgoto doméstico, Biogás, Energia Limpa, Efeito Estufa; Energia 
elétrica. 
 
INTRODUÇÃO 
Os problemas ambientais causados pela poluição do planeta têm sido cada vez mais 
preocupantes. A industrialização dos serviços e a alta produção de mercadorias fez 
com que cada vez mais ocorresse a emissão de gases poluentes na atmosfera e a 
geração de resíduos que acabam sendo descartados incorretamente. 
Vem sendo despertado o interesse das autoridades e da opinião pública mundial à 
respeito do aumento gradativo da temperatura média da Terra em consequência do 
aumento da concentração de gases de efeito estufa (GEEs). Principalmente o dióxido 
de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) tendo em vista que são 
provenientes na maioria das situações da atividade industrial, agrícola e de 
transportes, e isto em função do uso de combustíveis fósseis. Este aquecimento 
global pode ter consequências sérias para o planeta e para sua população, como, por 
exemplo, mudanças nos padrões climáticos mundiais. 
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), 
adotada durante a Conferência Rio-92, foi um passo importante dado pela 
comunidade internacional para atingir o objetivo de alcançar a estabilização das 
concentrações de GEEs na atmosfera em nível que impeça uma interferência 
antrópica perigosa no sistema climático. Esta Convenção não determina como atingir 
este objetivo, mas estabelece mecanismos que possibilitem negociações em torno 
dos instrumentos necessários para que ele seja alcançado. 
Assim, foi adotado, em dezembro de 1997, o Protocolo de Quioto, que estabelece 
metas de redução de emissão de gases de efeito estufa e mecanismos adicionais de 
implementação para que estas metas sejam atingidas. As metas de redução são 
diferenciadas entre as Partes, em consonância com o "princípio das 
responsabilidades comuns, porém diferenciadas", adotado pela CQNUMC, e deverão 
ser atingidas no período compreendido entre 2008 e 2012 (BRASIL. SENADO 
FEDERAL, 2004, p. 12). 
O Protocolo de Quioto veio com o intuito de buscar uma melhor relação da 
humanidade com o meio ambiente, tentando reduzir o quantitativo de gases na 
atmosfera os quais contribuem para o avanço do efeito estufa no mundo. Foi 
verificado que a temperatura terrestre estava aumentando cada vez mais, e o 
protocolo busca fazer com que os países invistam em fontes energéticas renováveis, 
limitem a emissão de metano, fazendo uso da tecnologia limpa para manter o controle 
e evitar a agressividade abundante contra o meio ambiente. 
Um dos mecanismos propostos é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o 
único que permite a participação de países em desenvolvimento em cooperação com 
países desenvolvidos. O objetivo final da redução das emissões pode ser atingido, 
assim, por meio da implementação de atividades de projetos nos países em 
desenvolvimento que resultem na redução das emissões de GEEs ou no aumento da 
remoção de CO2, mediante investimentos em tecnologias mais eficientes, 
substituição de fontes de energia fósseis por renováveis, racionalização do uso da 
energia, florestamento e reflorestamento, entre outros (LOPES, 2002). 
A partir do momento em que o ser humano passa a investir mais nas fontes 
renováveis cuidando do meio ambiente ao aumentar e preservar as áreas verdes, o 
protocolo garante estabilidade para um futuro de descobertas e investimento em 
alternativas eficientes. Em países populosos e com auto índice de consumo como o 
Brasil são gerados consequentemente resíduos (líquidos e sólidos) em altas 
quantidades, o que resulta na alta emissão de gases. 
Neste sentido, o Protocolo de Quioto surge como uma grande oportunidade, não só 
para que o mundo comece a agir efetivamente em prol do meio ambiente, mas 
também como um meio para que os países em desenvolvimento busquem o 
desenvolvimento sustentável, estimulando a produção de energia limpa para a 
redução das emissões de GEEs e, com base na cooperação internacional com países 
desenvolvidos, beneficiem-se com a transferência de tecnologia e com o comércio de 
carbono. Para o Brasil em especial, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo pode 
ser muito interessante, já que aproveita um grande potencial brasileiro para a 
produção de energia limpa, e possibilita que o país desempenhe papel importante no 
contexto ambiental internacional (VIDAL, 2003). 
Atualmente no Brasil são poucas as redes de esgoto existentes, apesar do avanço no 
saneamento muitas residências ainda utilizam as fossas sépticas como solução para 
os efluentes gerados, entretanto as fossas muitas das vezes são construídas de forma 
incorreta. Além da falta de mais redes de esgoto, menos da metade das redes já 
existentes são levadas para uma ETE (estação de tratamento de esgoto). Ou seja, o 
restante é despejado diretamente na natureza causando diversos problemas 
ambientais, inclusie doenças que afetam diretamente a população. 
Esse artigo tem como viabilidade social, diminuir os danos ambientais reduzindo 
assim também a taxa de doenças causadas pela proliferação desses gases na 
atmosfera. Pensando também no estudo cientifico tem como maximizar o 
conhecimento a respeito de novas alternativas de energias limpas, as quais podem 
funcionar como “válvula de escape” para o futuro do país. 
Tendo como objetivo estudar viabilidade técnico econômica para a produção de 
energia limpa através do biogás oriundo de esgoto doméstico. Propondo demonstrar 
o quanto de energia elétrica pode ser produzida através do Biogás oriundo do esgoto 
doméstico; abordar estudos referentes ao aproveitamento de Biogás como energia 
limpa; analisar dados sobre a redução do efeito estufa com a conversão do esgoto 
doméstico em Biogás; comparar viabilidade de implantação do processo com ou sem 
purificação do biogás. 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Tratamento de esgoto no Brasil 
Infelizmente a maioria das casas no Brasil não possui redes coletoras de esgoto 
apesar do avanço no saneamento sanitário/ambiental. A captação desse esgoto e 
encaminhamento para uma estação de tratamento é o que seria necessário que 
ocorresse em todos os segmentos que geram dejetos, para que esse efluentes voltem 
a ter parâmetros cabíveis para serem lançados novamente nos mananciais e o ciclo 
prossiga de abastecimento de água tratada e coleta da água suja. Porém isso não 
ocorre na maioria dos locais, algumas das vezes que existe a coleta do esgoto, nem 
sempre é levado para tratamento e sim lançado diretamente em rios, lagos, 
mananciais e etc. 
Segundo dados no Brasil, 83,3 % da população são atendidos com fornecimento de 
água tratada e 35 milhões de brasileiros ainda não possuem acesso a este serviço, 
este número demonstra o quanto ainda se deve investir em saneamento em nosso 
país. De acordocom dados fornecidos pelo SNIS 2015 e o Instituto Trata Brasil, para 
cada 100 litros de água tratada, 37% não são consumidas, ou seja, se torna esgoto. 
Com base em dados analisados pelo SNIS no ano de 2016 apenas 45% do esgoto 
gerado no Brasil passa por tratamento. Isso quer dizer que os outros 55% são 
despejados diretamente na natureza, o que corresponde a 5,2 bilhões de metros 
cúbicos por ano ou quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia. Assim 
comprovando que o saneamento tem avançado no país nos últimos anos, mas pouco 
em relação a demanda já existente. 
 
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) 
As ETEs fazem parte do sistema de saneamento como unidades operacionais tendo 
como objetivo receber águas residuais provida de residências e/ou indústrias e 
devolve-la após tratada a corpos d’água como lagos e rios tornando os impactos 
ambientais e sanitários consideravelmente inferiores em relação aos impactos 
gerados se fossem lançados sem o devido tratamento. Esse tratamento é feito a 
partir da utilização de processos físicos, químicos e biológicos. 
Segundo SALAMA, 2017 durante o processo de tratamento há a separação da parte 
sólida dissolvida na água, resultando em efluentes de três tipos: gasosos, líquidos e 
sólidos úmidos (lodo). 
Este processo de tratamento é longo e detalhado, dividido em várias etapas, sendo 
algumas delas; gradeamento, desarenação, decantador primário peneira rotativa, 
digestão anaeróbica, adensamento do lodo entre outras, são elas que tornam possível 
o lançamento deste efluente a natureza novamente. 
 
Impacto ambiental produzido pelo esgoto doméstico não tratado 
A maioria dos esgotos domésticos quando não são lançados em fossas secas, que 
na maioria das vezes são construídas de forma incorreta degradando o solo e 
possíveis lenções freáticos se ali houver, são direcionados a locais indevidos como 
em ruas, locais abertos proliferando mosquitos incluindo o a Aedes Egípcio causador 
da dengue, ou em rios, lagos e mares os poluindo e causando a morte dos seres vivos 
que ali habitam. 
Segundo uma pesquisa feita pela ONG SOS Mata Atlântica (2014), apenas 11% dos 
rios mapeados foram considerados de boa qualidade, 49% dos rios são considerados 
em estado regular, no entanto, 35% estão em estado ruim e 5% em estado crítico. A 
partir desses dados fica notório a necessidade de mais projetos e aplicações de 
investimentos públicos em prol de construções de tratamentos de esgotos no intuito 
de diminuir os impactos ambientais gerados pelo esgoto doméstico não tratado. 
 
Energia Limpa 
Quando tratamos de energia limpa nos referimos a produção de energia a qual não 
emite poluentes na atmosfera e que apresenta impacto ambiental mínimo, na maioria 
das vezes apenas no local de instalação. 
 Conforme Gomes et al. (2017, Vol. 3, N. 07) o que tem incentivado o desenvolvimento 
de pesquisas relacionadas à conscientização da utilização de dejetos gerados, 
principalmente, por ETEs e por aterros sanitários, tem sido a preocupação com os 
impactos ambientais provenientes do descarte incorreto de resíduos e emissão de 
poluentes na atmosfera, além do interesse na utilização de energia limpa e renovável 
que vem crescendo. A iniciativa de produzir energia a partir de resíduos resulta na 
redução dos problemas ambientais já existentes, redução de custos relacionados a 
processos industriais ou etapas do tratamento de esgoto e maximização da eficiência 
energética. 
São diversos os benefícios gerados através da produção de energia limpam 
principalmente quando se trata de energia produzida através do biogás oriundo de 
esgotos domésticos que na maioria das vezes não possui destinação correta. 
 
Biodigestores 
Os Biodigestores são compartimentos fechados onde são depositadas matérias 
orgânicas provenientes dos resíduos da produção vegetal, animal, industrial ou a 
partir de atividades humanas como o esgoto doméstico que é o enfoque deste 
trabalho. Dentro dele ocorre a decomposição do mesmo, produzindo biogás e 
biofertilizante. 
Digestão anaeróbica é o nome dado ao processo que ocorre dentro do biodigestor, 
realizada através de bactérias anaeróbicas. 
São diversos tipos de biodigestores existentes, cada um com diferentes 
especificações quanto ao seu processo, que varia a depender do material utilizado, 
condições do local, entre outros fatores. 
Para Paula Caixeta (2017) a produção de biogás é proveniente da criação de um meio 
propício para que as bactérias metanogênicas atuem sobre a matéria orgânica e 
produzam esse combustível a partir de uma rota biológica definida. Esse ambiente 
favorável à produção do biogás refere-se às condições químicas e físicas necessárias 
ao desenvolvimento dessas bactérias dentro do biodigestor, as quais são 
determinadas em certas faixas de temperatura, pH e relação carbono/nitrogênio (C/N) 
da biomassa. 
O biodigestor é constituído por um reservatório que armazena a biomassa por um 
determinado tempo, e por uma câmara (gasômetro) que armazena o biogás 
produzido. O biogás fica retido na parte livre do biodigestor e em seguida pode ser 
canalizado para ser utilizado em diversas aplicações, como processos de 
aquecimento, resfriamento, ou na geração de energia elétrica. 
 
Biogás 
As pessoas com o passar do tempo vem consumindo cada vez mais, e 
consequentemente o aumento de resíduos vem crescendo. Quando não tratado e 
descartado da melhor forma possível, os resíduos acabam prejudicando o meio 
ambiente e até mesmo a saúde dos próprios seres humanos. Os gases em contato 
com a atmosfera, contribuírem consideravelmente para o efeito estufa. Animais 
surgem nesses locais onde há falta de tratamento, o que acarreta numa série de 
doenças como dengue, malária, febre amarela (transmitidas por insetos), peste 
bulbônica, desinteria (transmitidas por ratos), além de leptospirose (transmitida pelos 
ratos e também pelos urubus). Uma possível saída para o país diante das situações 
que o mau tratamento do lixo apresenta e diante do cenário atual de muita 
concentração nas hidrelétricas como fonte para a matriz energética é o investimento 
no biogás. 
Segundo CLASSEN; LIER; STAMRS (1999) em 1667 ouve a descoberta do gás dos 
pântanos, mais conhecido como biogás. Mas só Alessandro Volta em 1776 descobriu 
que havia presença do metano no gás dos pântanos. Em 1884, Louis Pasteur, ao 
apresentar os trabalhos do seu aluno à Academia das Ciências, considerou que esta 
fermentação podia constituir uma fonte de aquecimento e iluminação. 
Foi de extrema importância o surgimento de estudos voltados ao biogás que partiram 
daquela época e vem ganhando mais força nos dias atuais. O biogás surgiu como 
uma alternativa renovável sendo uma possível solução do problema que já vem sendo 
falado a bastante tempo, o efeito estufa. Diante do alto volume de metano e entre 
outros gases que são encontrados na atmosfera oriundos de resíduos (matéria 
orgânica) que surgem em dentrimento da ação humana. 
Os primeiros países a utilizarem o processo de biodigestão de forma mais intensa e 
com finalidade energética foram a Índia e a China (décadas de 50 e 60), sendo que 
esses países e outros, geralmente do terceiro mundo, desenvolveram seus próprios 
modelos de biodigestores (NOGUEIRA, 1986). 
Partindo do princípio que é algo de fácil entendimento para as tecnologias já 
existentes, o biogá vem ganhando mais espaço a cada dia. Suas propriedades 
químicas são a níveis de domínio do conhecimento técnico da maioria dos países, 
como já estudado a fundo, ele nada mais é que a mistura de se dá diante da 
fermentação anaeróbica de materiais orgânicos encontrados por todo lado, como: 
efluentes industriais, resíduos vegetais, resíduos animais e até mesmo no lodo de 
esgoto doméstico. 
 A composição típica do biogás é cerca de 60% de metano, 35% de dióxido de 
carbono e 5% de uma mistura de hidrogênio, nitrogênio, amônia, ácido sulfídrico, 
monóxidode carbono, aminas voláteis e oxigênio (WEREKO-BROBBY; HAGEN, 
2000). Dependendo da eficiência do processo, influenciado por fatores como carga 
orgânica, pressão e temperatura durante a fermentação, o biogás pode conter entre 
40% e 80% de metano. 
Ou seja, diante da quantidade de resíduos sólidos e líquidos encontrados no Brasil 
por ano, a energia através do biogás é uma ótima opção, até porquê diante da 
tecnologia existente no território brasileiro, essa opção seria de grande importância 
para a matriz energética do país. 
 
 
Figura 1 - Biodigestor destinado ao tratamento de esgoto. Fonte: Sanear Brasil 
 
 
Emissão dos Gases incentivadores do efeito estufa 
Os gases presentes na atmosfera podem contribuir de forma direta ou indireta para o 
efeito estufa. Efeitos diretos ocorrem quando o próprio gás absorve radiação. Já os 
efeitos indiretos ocorrem quando reações químicas produzem outros gases de efeito 
estufa, quando determinado gás influencia o tempo de vida de outros gases ou 
quando afeta os processos atmosféricos que alteram o equilíbrio radioativo da terra 
(USEPA, 2009). 
O efeito estufa se dá pela concentração de gases provenientes de ações antrópicas 
que perturbam no balaço natural dos gases, geralmente são elas: tratamento e 
disposição de resíduos, queima de combustíveis fósseis em indústrias, veículos e em 
usinas termoelétricas. 
No atual caso, é analisada a emissão a partir do tratamento do esgoto onde visa 
remover os poluentes afim de adequar o líquido a qualidade exigida por legislação, 
qualidade a qual se relaciona com a eficiência do processo utilizado. No Brasil, as 
metodologias mais utilizadas são: sistemas sépticos, reatores anaeróbicos e lagoas 
anaeróbicas, além do uso de corpos hídricos como destinação final do líquido tratado. 
No processo de tratamento do esgoto, são emitidos principalmente: dióxido de 
carbono, metano e óxido nitroso. 
A origem da emissão do CO2 (dióxido de carbono) se dá baseada na demanda 
energética de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), onde ocorre a queima 
no processo de tratamento do efluente, porém, a emissão é considerada biogênica, 
não alterando no balanço dos gases e não contribuindo para o efeito estufa. O CH4 
(metano) é proveniente dos tratamentos anaeróbicos, onde a matéria orgânica é 
submetida, são eles: hidrólise, acidogênese, acetogênese e metanogênese. A 
produção de CO2 e CH4 ocorre por meio da clivagem do acetato. Já no caso N2O 
(óxido nitroso), as emissões podem acontecer de forma direta (nas ETE’S) ou de 
forma indireta (águas residuárias lançadas nos corpos d’água), onde a maior emissão 
de nitrogênio no setor de esgotos ocorre pela nitrificação (via aeróbia) e 
desnitrificação (via anóxica) em estuários e rios. 
 
Viabilidade econômica da implantação de ambos os processos (com e sem 
purificação) 
Nos últimos anos, a utilização de tratamento anaeróbio de esgotos domésticos tem-
se mostrado economicamente viável no Brasil. Para tanto, tem sido adotada essa 
tecnologia como instrumento para promoção da universalização do saneamento, 
apesar de grande parte da população ainda não dispor deste serviço. Segundo o 
Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS) (MINISTÉRIO DAS 
CIDADES, 2014), apenas 56,3% dos municípios avaliados possuem rede coletora de 
esgoto e apenas 69,4% do esgoto coletado é tratado. 
Além de uma altenativa de direcionamento do efluente doméstico, o biogás porduzido 
pelos biodigestores possibilitam a extração de subprotudos como a produção de 
energia elétrica. As empresas que utilizam o biogás proveniente do esgotamento 
sanitário podem adotar o sistema de cogeração de energia com utilização dos gases 
de exaustão para aquecimento dos digestores e do secador de lodo, aumentando a 
eficiência do processo com concomitante redução de custos de instalação e 
possibilidade de comercialização do excedente de eletricidade (CENBIO, 2001). 
O biogás que é produzidos pelas empresas possuem um grande teor ácido que pode 
acabar corroendo e danificando as tubulações e maquinário. Sendo asssim alguns 
processos de purificação são utilizados para diminuir essa acideza. Entretanto, 
segundo Gomes et al. (2017) quando comparados o potencial energico produzido por 
um biogás natural e um purificado fica evidente que o purificado perde a produção 
energetica, principalmente pela deficiencia na combustão do gás, mas a queima do 
biogás sem a purificação pode acarretar em serios prejuizos ao sistema de produção 
de energia elétrica. 
Quando comparados com relação ao custo de implantação e operação de duas 
plantas semelhantes, mas uma utilizando processos de purificação e a outra não, 
percebesse que a purificação do biogás eleva os custos por possuir uma maior 
complexidade de execução e monitoramento durante os processos. Gomes et al. 
(2017) apresenta uma planta com custo de operação de US$ 4.058.00,00 utilizando 
os processos de purificação, e outra com custo de US$ 2.179.710,00 sem os 
processos de purificação, o que representa um aumento de 46%. Mesmo assim os 
processos de purificação são necessários para evitar a corrozão do sistema e trazer 
prejuizos futuros. 
 
 
Metodologia 
O estudo será do tipo comparativo, feito por intermédio de revisão de literatura, com 
abordagem qualitativa, através de uma revisão sistematizada nas bases de dados: 
SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Google Acadêmico, além de outras 
publicações eletrônicas de respaldo em território nacional encontrados no Domínio 
Público, cuja trajetória metodológica se apoia nas leituras exploratórias e seletivas 
desse material. Para seleção foi respeitado os critérios de inclusão, fazendo parte da 
pesquisa apenas artigos científicos nacionais e internacionais publicados entre os 
anos 2000 e 2020. 
 
Resultados e Discussões 
 
Segundo Billota (2016), foi possível concluir que a energia proveniente do metano 
gerado na estação corresponde (ETE Santa Quitéria) a aproximadamente 59% do 
consumo médio mensal da unidade durante o levantamento de 8 meses, ficou 
perceptível que esse valor representa uma redução significativa na demanda externa 
de energia elétrica para o funcionamento das instalações da ETE Santa Quitéria, 
resultando em benefício econômico direto para a companhia de saneamento. 
No Brasil ainda há uma grande porcentagem da população que não tem acesso ao 
tratamento adequado do esgoto, sendo que a maioria do encaminhamento desses 
esgotos são os corpos d’água, muitas das vezes ainda na forma bruta, ou seja, sem 
nenhum tipo de tratamento visando diminuir os impactos ambientais. 
De acordo com o Balanço Nacional Energético (BEN 2004), o Brasil detém apenas 
de 1,21 a 1,30% do total de produção de energia a partir do biogás. 
Quando comparado com os países europeus, o Brasil fica demasiadamente para trás, 
quando na Europa se tem modelos de apoios para a produção doméstica de biogás, 
visando os pequenos consumos. 
No gráfico abaixo, pode-se observar a grande evolução que a Europa teve em relação 
aos demais continentes, tendo em vista em comparação principalmente com a 
América do Sul. 
 
 
 
Figura 2 - Evolução da capacidade instalada global da planta de biogás elétrica. Fonte: Elsevier 
 
 
Existem alguns diferentes modos para que possa tratar o esgoto, e transforma-lo em 
energia através do biogás, dentre esses modos temos, a lagoa anaeróbia, a fossa 
séptica, os reatores anaeróbios e os digestores anaeróbios de lodo, o qual é 
proveniente do sistema de lodos ativados. 
Os processos que foram citados, são os que causam mais emissões do gás metano, 
isso possivelmente devido a condição de anaerobiose. 
Porém nas lagoas, o metano é produzido em menor quantidade, quando comparado 
as fossas sépticas, isso porque ocorre o processo de decantação no efluente tratado 
na fossa. 
Apesar de ter diversas vantagens em relação a diferentes métodos tradicionaisde 
produção de energia, a produção a partir do biogás, mais especificamente no modelo 
anaeróbio, possui em uma das suas desvantagens o processo lento, com isso terá 
que aumentar o volume do digestor e o custo consequentemente também irá 
aumentar. 
Porém com o desenvolvimento da tecnologia, pode-se aprimorar esse método de 
produção, fazendo assim reduzir as desvantagens. 
 
Considerações finais 
Foi possível perceber a carência relacionada à falta de saneamento básico no Brasil. 
Entretanto esse cenário é mais visível em populações mais carente, principalmente 
as que reside em comunidades e zonas rurais, sofrendo diretamente com a falta de 
esgotamento sanitário. Conforme dados apresentados apenas uma porcentagem de 
45% da população possui o benefício de serem contemplados com rede coletora de 
esgoto e tratamento do mesmo. Por isso os órgãos governamentais necessitam uma 
demanda maior de atenção a esse cenário e investir mais em saneamento, pois além 
de ocasionar doenças a população a rede de saúde ainda não é suficiente para dar 
conta da demanda e consequentemente gera sofrimento na população. 
https://www.sciencedirect.com/topics/engineering/biogas
Podemos observar que a utilização do biogás não se deve manter o foco apenas em 
interesses econômicos. Na sua utilização como fonte de energia elétrica nos motores 
de combustão ou fazer a sua queima evita a emissão e a proliferação de gás metano 
para a atmosfera, gás esse que contribui com grandes taxas para o efeito estufa. 
Infelizmente não é o que ocorre, pois a instalação e a compra dos equipamentos para 
que essa captação acontece tem um valor elevado fazendo assim a perde de 
interesse politica. 
 
 
REFERÊNCIAS 
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https://www.scielo.br/pdf/esa/v21n2/1809-4457-esa-
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