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Resumo fato típico (teoria do crime) Elementos: 1) Conduta: é a ação ou omissão com dolo ou culpa -> Teoria utilizada: teoria finalista: Condita = ação + vontade; 2) Resultado -> Jurídico: ( Sempre tem que ter resultado jurídico) ➔ Material: é o resultado no plano físico; 3) Nexo de causalidade: é a relação entre a conduta do agente e o resultado obtido. Teoria utilizada em regra( Adotada pelo CP): Teoria da equivalência dos antecedente -> Só é causa se aquela conduta for indispensável ao resultado Teoria utilizada excepcionalmente: Teoria da causalidade adequada -> concausa superveniente relativamente independente que produz, por si só, o resultado( nesse caso o agente não responde pelo resultado, só responderá pelos atos já praticados) 4) Tipicidade: a) Formal: A conduta se adequa ao que a lei criminaliza b) Material: Há uma efetiva lesão ao bem jurídico OBS. A tipicidade formal se subdivide em: a) Imediata: Quando a conduta se enquadra perfeitamente no tipo penal; b) Mediata: Quando a conduta não se enquadra perfeitamente no tipo penal e é necessária a aplicação de norma de extensão. Fato típico doloso (crime doloso) -> HÁ A INTENÇÃO Acontece quando: a) O agente quis o resultado (TEORIA DA VONTADE) b) O agente assume o risco (TEORIA DO CONSENTIMENTO) É imprescindível que haja dolo ou culpa pois a responsabilidade do nosso ordenamento jurídico é subjetiva, ou seja, deriva de dolo ou culpa. Tipos de dolo: 1) Dolo direto: Pode ser de 1º grau( Ocorre quando o agente quer o resultado) ou de 2º grau( quando o agente não quer o resultado mas o aceita como conseqüência necessária da sua conduta); 2) Dolo indireto: Pode ser eventual( Há a consciência de que outros bens jurídicos serão lesados, mas o agente não se importa => Nesse caso, não há vontade de lesar o bem jurídico) ou alternativo( o agente pratica uma conduta visando um resultado ou outro); 3) Dolo específico ( o agente quer praticar uma conduta porque há uma finalidade específica; 4) Dolo geral- por erro sucessivo ou aberratio causa- (o agente alcança o resultado por meio de conduta diversa da pretendida. IMPORTANTE: O QUE DIFERENCIA O DOLO DIRETO DE 2º GRAU DO DOLO EVENTUAL É QUE NO DOLO DIRETO DE 2º GRAU H´UMA CERTEZA DE QUE A CONDUTA NÃO PRETENDIDA OCORRERÁ, ENQUANTO NO DOLO EVENTUAL NÃO HÁ ESSE CERTEZA, O QUE HÁ É UMA PROBABILIDADE. Crime culposo: É aquele que o agente de fato não quis, no entando agiu com imprudência, negligência ou imperícia, causando o resultado. Elementos do crime culposo: 1) Conduta voluntária: o agente quer praticar a conduta, mas não quer atingir o resultado -> a conduta pode ser dirigida a uma atividade lícita ou ilícita; 2) Violação de um dever objetivo de cuidado: imprudência, negligência ou imperícia; 3) Resultado involuntário: Um resultado não pretendido; 4) Nexo causal: Relação entre conduta voluntária e resultado involuntário; 5) Tipicidade: Deve estar previsto como crime -> crime culposo é exceção-> tem que estar presente na tipificação que o crime é admitido na modalidade culposa; 6) Previsibilidade objetiva: Possibilidade do agente(ou outra pessoa) prever o resultado. Tipos de culpa: 1) Quanto a previsibilidade do resultado: 1.1) Culpa consciente: o agente prevê a possibilidade de acontecer o resultado, mas acredita que vai evita-lo, 1.2) Culpa inconsciente: o agente não prevê a possibilidade (não previu, mas essa previsão era possível – chama-se de previsibilidade objetiva). 2) Quanto a vontade de alcançar o resultado: 2.1) Culpa própria: o agente NÃO quer o resultado, mas acaba provocando; 2.2) Culpa imprópria: o agente quer o resultado, mas não do modo como ocorreu; o agente incide em erro ( ex: o agente ver uma sombra na sua casa a noite, pensando ser um bandido, atira, quando ele vai verificar, percebe que ele atirou em seu filho, que havia saído escondido de casa – o agente queria matar o bandido, não o filho). 3) Quanto a natureza da violação do dever objetivo de cuidado: 3.1) Negligência: O agente deixa de tomar os cuidados necessários para que o resultado não ocorra; 3.2) Imprudência: O agente pratica uma atitude temerária, sem prudência; 3.3) Imperícia: O agente pratica conduta mediante desconhecimento de uma regra técnica da profissão. Crimes preterdolosos: O agente tem dolo inicial mas acaba provocando um resultado involuntário. Ex: O agente queria apenas lesionar mas acaba matando. Omissão: 1) Crime omissivo próprio: o agente contraria uma norma mandamental O agente não responderá pelo resultado Não se admite a tentativa Responde pelo comando legal que foi violado 2) Crime omissivo impróprio: o agente deixa de fazer algo que devia e podia O resultado é penalmente relevante, por isso o agente responde pelo resultado Admite tentativa A relação de causalidade é normativa -> o resultado é imputado ao agente em razão do descumprimento da norma Consumação e tentativa: Crime consumado: Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Crime tentado: Quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente. A pena é a mesma do crime tentado com diminuição de 1 a 2 terços.
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