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ANEMIAS HEMOLÍTICAS Nas anemias hemolíticas, os eritrócitos apresentam um período de vida mais curto, portanto a sua quantidade na circulação é reduzida. A menor taxa de eritrócitos resulta em diminuição do oxigênio disponível, que pode causar hipóxia, que por sua vez estimula a liberação de eritropoietina no rim. ANEMIAS HEMOLÍTICAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS A eritropoietina estimula a medula óssea a compensar, por meio da produção de novos eritrócitos e da liberação de alguns deles para dentro da circulação, um tanto prematuramente, na forma de reticulócitos. ANEMIAS HEMOLÍTICAS Se a destruição eritrocitária persistir, a hemoglobina é quebrada de modo excessivo, aproximadamente 80% são convertidos em bilirrubina, sendo excretado pela bile. Nas anemia hemolíticas, a contagem de reticulócitos é elevada, a bilirrubina é aumentada e o suprimento de haptoglobina (proteína de ligação para hemoglobina livre) é esgotada à medida que mais hemoglobina é liberada. Sendo assim, há diminuição dos níveis de haptoglobina plasmática. ANEMIAS HEMOLÍTICAS O mecanismo de destruição eritrocitária varia, mas todos os tipos de anemia hemolítica compartilham determinadas características laboratoriais: - Contagem de reticulócitos elevada; - Bilirrubina aumentada; - Haptoglobina (proteína de ligação para hemoglobina) é esgotada a medida que mais hemoglobina é liberada. Como resultado, o nível de haptoglobina plasmática torna-se baixo. ANEMIAS HEMOLÍTICAS ANEMIA FALCIFORME A anemia falciforme é uma anemia hemolítica grave que resulta da herança do gene da hemoglobina falciforme (HbS) ), que causa um efeito na molécula de hemoglobina. A HbS adquire forma semelhante a um cristal quando exposta à baixa tensão de oxigênio. NEMIA FALCIFORME ANEMIA FALCIFORME O nível de oxigênio no sangue pode ser baixo o suficiente para causar essa alteração; consequentemente, o eritrócito que contém a HbS perde seu formato de disco redondo, flexível e bicôncavo, e se torna desidratado, tenso e com formato de foice. ANEMIA FALCIFORME Os eritrócitos longos e rígidos podem aderir ao endotélio de pequenos vasos; quando se aderem entre si, o fluxo sanguíneo para uma região ou um órgão pode ficar reduzido. Se resultar em isquemia ou infarto, o cliente pode apresentar dor, edema e febre. ANEMIA FALCIFORME Se o eritrócito for exposto novamente a quantidades adequadas de oxigênio antes que a membrana se torne muito rígida, pode ser revertido até o formato normal. Por esse motivo as crises falciformes são intermitentes. O frio pode agravar o processo de formação falciforme, tendo em vista que a vasoconstrição reduz a velocidade do fluxo sanguíneo. ANEMIA FALCIFORME O gene HbS é hereditário em pessoas de ascendência africana e, em menor extensão, pessoas do Oriente médio, da área do Mediterrâneo e tribos de aborígenes na Índia. ANEMIA FALCIFORME Manifestações Clínicas: “Os sintomas de anemia falciforme variam e são apenas de forma baseados na quantidade de HbS. Os sintomas e as complicações resultam de hemólise crônica ou trombose. As hemácias falciformes são facilmente lisadas e, portanto, apresentam um período de vida muito curto, de 10 a 20 dias.” (Franco, Lohman, Silberstein et al., 1998) ANEMIA FALCIFORME A anemia crônica está associada à taquicardia, sopros cardíacos e, com frequência, aumento do tamanho do coração (cardiomegalia). Podem ocorrer arritmias e insuficiência cardíaca em adultos. ANEMIA FALCIFORME Crise Falciforme Crise vasoclusiva aguda, muito dolorosa, que resulta do aprisionamento de eritrócitos e leucócitos na microcirculação, que causa hipóxia tecidual, inflamação e necrose em virtude do fluxo sanguíneo inadequado pra uma região específica de tecido ou órgão. Quando a perfusão é retomada, são liberadas substâncias oxidativas que lesionam o vaso, por sua vez o endotélio se torna disfuncional e ocorre vasculopatia. ANEMIA FALCIFORME Avaliação e achados diagnósticos O cliente com anemia falciforme apresenta hematócrito baixo e células falciformes ao esfregaço. Normalmente são diagnosticados na infância, tendo em vista que se tornam anêmicos quando crianças e começam a apresentar crises falciformes com 1 a 2 anos de idade. A expectativa de vida média gira em torno de 50 anos. ANEMIA FALCIFORME Manejo Clínico O tratamento da anemia falciforme é o foco de pesquisas contínuas. Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. - Transplante de células tronco; - Terapia transfusional; - Terapia de suporte. ANEMIA FALCIFORME Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor. ANEMIA FALCIFORME Avaliação - Paciente deve indicar fatores que precipitaram crises anteriores e as medidas adotadas para prevenir e tratar as crises; - Monitorar níveis de dor com base na escala de intensidade da dor (qualidade, frequência, fatores agravantes); ANEMIA FALCIFORME Avaliação - Avaliação dos sistemas cardiopulmonares (saturação de oxigênio, sinais de insuficiência cardíaca); - Desidratação; - Avaliação neurológica para identificar possíveis sinais de hipóxia cerebral; - Processos infecciosos. TALASSEMIA As talassemias são um grupo de anemias hereditárias caracterizadas por hipocromia (diminuição anormal no conteúdo da hemoglobina dos eritrócitos), microcitose (eritrócitos menores que o normal) extrema, destruição de elementos sanguíneos (hemólise) e graus variáveis de anemia. TALASSEMIA A talassemia ocorre em todo o mundo, mas a mais alta prevalência é observada em pessoas de ascendência Mediterrânea, Africana e do sudeste Asiático. TALASSEMIA As talassemias são associadas à síndrome defeituosa da hemoglobina; a produção de uma ou mais cadeias de globulina na molécula de hemoglobina diminui. Quando isso ocorre, o desequilíbrio da configuração da hemoglobina causa rigidez dos eritrócitos e destruição prematura. Referência Bibliográfica MELTZER; S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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