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Programa Nacional de Imunizações no Brasil

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VACINAÇÃO
Saúde Coletiva – 2019.1
PNI – Programa Nacional de Imunizações
Criado em 18 de setembro de 1973
O que foi alcançado pelo Brasil, em imunizações, está muito além do que foi conseguido por qualquer outro país de dimensões continentais e de tão grande diversidade socioeconômica.
O PNI do Brasil é uma referência internacional de política pública de saúde. 
O país já erradicou, por meio da vacinação, doenças de alcance mundial como a varíola e a poliomielite (paralisia infantil). 
A população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Desde as primeiras vacinações, em 1804, o Brasil acumulou quase 200 anos de imunizações — sendo que nos últimos 30 anos, com a criação do PNI, desenvolveu ações planejadas e sistematizadas. Estratégias diversas, campanhas, varreduras, rotina e bloqueios erradicaram a febre amarela urbana em 1942, a varíola em 1973 e a poliomielite em 1989, controlaram o sarampo, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental, a coqueluche.
Hoje, os quase 180 milhões de cidadãos brasileiros convivem num panorama de saúde pública de reduzida ocorrência de óbitos por doenças imunopreveníveis.
O País investiu recursos vultosos na adequação de sua Rede de Frio, na vigilância de eventos adversos pós-vacinais, na universalidade de atendimento, nos seus sistemas de informação, descentralizou as ações e garantiu capacitação e atualização técnico-gerencial para seus gestores em todos os âmbitos. 
As campanhas nacionais de vacinação, voltadas em cada ocasião para diferentes faixas etárias, proporcionaram o crescimento da conscientização social a respeito da cultura em saúde.
O Brasil conta atualmente com mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. Entre eles estão 27 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas, todos distribuídos gratuitamente com materiais seguros e de qualidade. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). 
Produtos Colocados à Disposição na Rotina da Rede Pública
A. Postos de Vacinação – 14 tipos de vacinas e dois tipos de soros heterólogos
B. Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries) – 13 tipos de vacinas e quatro tipos de imunoglobulinas
C. Salas de Vacina de Unidades Hospitalares e
Pronto-Atendimentos – 14 tipos de soros heterólogos
Produção de Vacinas no Brasil
O uso de vacinas é um dos principais mecanismos das políticas de saúde pública para o combate às doenças infecciosas. 
O número de vacinas desenvolvidas nos últimos 40 anos é superior ao número de novas vacinas que foram obtidas nos 164 anos passados entre a descoberta da primeira vacina, em 1796, por Jenner, e a década de 1960.
FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2014/06/82736-o-raio-x-das-vacinas.shtml
Tipos de Vacina
ATENUADA : São vacinas produzidas por cultivo e purificação de microorganismos adaptados ou estruturados para eliminar sua patogenicidade, ou seja, a sua capacidade de causar a doença, mantendo, porém, suas características de imunogenicidade.
Ex.: Vacina contra sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite oral (tipo Sabin), febre amarela e BCG
CONJUGADA : São vacinas produzidas a partir de tecnologias de ponta, que utilizam frações de microorganismos purificadas (polissacarídeos, por exemplo) e conjugadas, por meio de ligação química, com proteínas, de forma a potencializar a resposta imune, principalmente em crianças de baixa idade.
Ex.: Vacina pneumocócica 10 e meningocócica C.
COMBINADA: Resultam da combinação de vacinas na agregação de dois ou mais microorganismos atenuados, inativados ou antígenos purificados combinados no processo de fabricação ou imediatamente antes da administração. Visa prevenir várias doenças ou prevenir uma doença causada por vários sorotipos do mesmo microorganismo. 
Ex.: Vacina tríplice bacteriana – DTP (difteria, coqueluche e tétano), a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a vacina tetravalente DTP + Hib (difteria, coqueluche, tétano e Haemophilus influenzae tipo b).
INATIVADA : São vacinas produzidas a partir de microorganismos mortos, utilizados de forma integral ou parcial (frações da superfície do microorganismo), para induzir a resposta imunológica. 
Ex.: Vacinas contra a poliomielite inativada (tipo Salk), influenza, difteria, tétano,
coqueluche e raiva.
RECOMBINANTE : São vacinas produzidas a partir de microorganismo geneticamente modificado, que utilizam um fragmento de DNA derivado de um microorganismo que codifica uma proteína protetora.
Ex.: Vacina contra a hepatite B.
O mercado de vacinas
Nos dias de hoje, o mercado internacional de vacinas é caracterizado pelo domínio de poucos produtores, que podem ser divididos em três principais grupos:
Produtores multinacionais do setor privado em países industrializados, usualmente pertencentes a grandes companhias farmacêuticas, com alta taxa de inovação em produtos;
Produtores do setor público em países industrializados, que produzem normalmente para uso doméstico, com capacidade para a produção de vacinas tradicionais e acesso à produção de novos produtos, por meio de licença;
Produtores de países em desenvolvimento com produção significativa em vacinas tradicionais e potencial acesso às novas tecnologias por meio de acordos de transferência de tecnologia. Esses produtores são usualmente ligados ao governo.
Produtores de vacinas no Brasil
Bio-Manguinhos/Fiocruz
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, Unidade Técnica da Fiocruz
Criado em 1976, com o desmembramento de setores do Instituto Oswaldo Cruz que, até então, eram os responsáveis pela produção de vacinas e soros.
A erradicação da varíola e o controle da febre amarela contaram com vacinas produzidas no Instituto Oswaldo Cruz – IOC
A força atual de Bio-Manguinhos provém de seu porte industrial e de seu vínculo direto com o Ministério da Saúde.
Instituto Butantan
O Instituto Butantan foi fundado por Vital Brazil, em fevereiro de 1901, para a produção do soro antipestoso, no combate à epidemia de peste bubônica que surgia no Porto de Santos. 
Produzem soros antivenenos com especificidade para serpentes da América do Sul. 
Produz ainda soro antilonomia (uma lagarta que produz um veneno fatal), antiveneno de abelha e soro antibotulínico.
Na área de vacinas, atualmente Bio-Manguinhos está envolvido na produção de:
Vacina contra a febre amarela
Vacina contra o sarampo
Vacina contra NEISSERIA MENINGITIDIS sorogrupos A e C
Vacina oral contra a poliomielite
Vacina conjugada contra HAEMOPHILUS INFLUENZAE tipo b
Vacina Tetravalente DTP+Hib (difteria, coqueluche, tétano e HAEMOPHILUS INFLUENZAE tipo b)
Na área de vacinas, o Instituto Butantan está envolvido com a produção de:
Anatoxinas tetânica e diftérica
Vacina contra a coqueluche
Vacina tríplice bacteriana DTP
Vacina contra a influenza
Vacina contra a hepatite B
Vacina contra a raiva humana
Vacina BCG
Componentes:
III Semestre do curso de Farmácia
Andressa Nobre
Arthur Richard
Carolina Queiroz
Êmile Batista
Melissa Fontes
Vitória Cordeiro
Referência
MINISTÉRIO DA SAÚDE – Secretária de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Imunizações. Brasília: Distrito Federal, 2003.

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