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Fichamento Psicodiagnóstico Interventivo Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo Confronto de Paradigmas

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Bibliografia: Barbieri, V. Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo: Confronto de Paradigmas. In: Psicologia Teoria e Pesquisa. Ribeirão Preto, Jul-Set, 2010, vol 26, n.3, p.505-513
Fichamento n°4
O artigo lido se refere a um estudo que buscou identificar as diferenças e as semelhanças entre o Psicodiagnóstico Tradicional e o Psicodiagnóstico Interventivo, além de terem realizado uma exposição dos paradigmas quantitativos e qualitativos, que compõe os dois processos, procurando analisar sua epistemologia e metodologia. A autora buscou então, analisar se o Psicodiagnóstico Interventivo se compromete com os fundamentos científicos que a Psicologia como ciência se propõe a ter.
Para a autora os paradigmas são intervenções que incluem lei, teoria, aplicação e instrumentos de pesquisa. No que diz respeito ao paradigma quantitativo podemos dizer que este coletava e assimilava dados imutáveis, tendo por objetivo realizar uma generalização. Conceitos como a fidedignidade, validade e significância estatística são utilizados para se verificar o grau de certeza. Já o paradigma qualitativo diz respeito a compreensão dos fenômenos através da observação, descrição e comparação, levando em conta um aspecto subjetivo. A metodologia da pesquisa quantitativa deve seguir passos estabelecidos desde as hipóteses até as conclusões. 
A diferença da pesquisa qualitativa se dá por essa não ter procedimentos padronizados, onde o início da investigação não é considerado decisivo; outra diferença é que essa pesquisa busca compreender um fenômeno ao invés de controlá-lo. É possível observar que a Psicologia Acadêmica possui maior interesse em abordagens de cunho quantitativas, pois consideram que os números são mais concretos que palavras e que os testes são mais verdadeiros que entrevistas.
Barbieri define o Psicodiagnóstico Tradicional como um processo que possui tempo limitado, que emprega técnicas psicológicas que buscam a compreensão de problemas, avaliação, classificação e previsão do trajeto do caso. Normalmente possui as seguintes etapas: entrevista inicial, aplicação de testes, entrevista devolutiva e, se houver necessidade, há um encaminhamento para continuação de atendimento. É um processo que tem como objetivo realizar um diagnóstico, por conta disso a autora acha que intervenções terapêuticas nesse modelo são perigosas, podendo ter prejuízos no vínculo com o psicólogo e até mesmo podendo ocasionar o abandono do atendimento.
O Psicodiagnóstico Interventivo se caracteriza por ser um processo que busca compreender além do problema relatado, através de instrumentos e técnicas psicológicas, como a entrevista clínica. Barbieri define que o objetivo desse processo é esclarecer os significados e origens dos problemas relatados pelo cliente, através da validação da dinâmica emocional do cliente e sua família. Diferentemente do Psicodiagnóstico Tradicional, esse processo não se organiza a partir de passos a serem seguidos, mas sim de eixos estruturantes que são compartilhados com o Psicodiagnóstico Compreensivo. 
São os eixos estruturantes as seguintes coisas: objetivo de elucidar o significado latente e as origens das perturbações; ênfase na dinâmica emocional inconsciente do paciente e de sua família; consideração de conjunto para o material clínico; busca de compreensão globalizada do paciente; seleção de aspectos centrais e nodais para a compreensão dos focos de angústia, das fantasias e mecanismos de defesa; predomínio do julgamento clínico, implicando no uso dos recursos mentais do psicólogo para avaliar a importância e o significado dos dados; subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico: ao invés de existir um procedimento uniforme, a estruturação do psicodiagnóstico depende do tipo de pensamento clínico utilizado pelo profissional; prevalência de métodos e técnicas de exames fundamentados na associação livre, como entrevista clínica, observação, testes psicológicos utilizados como formas de entrevistas, cujos resultados são avaliados por meio da livre inspeção.Na adoção desses eixos é possível compreender o sujeito em sua singularidade, situação perfeita para a implementações de intervenções. 
As devolutivas que ocorrem no processo do Psicodiagnóstico Interventivo são capazes de transformar o vínculo psicólogo-paciente, cominando no desenvolvimento do sujeito.Nas considerações finais do artigo, a autora ressalta que apesar do Psicodiagnóstico Interventivo ser um método mais recente que o Tradicional, ainda há uma necessidade de maiores estudos e aprofundamentos acerca das bases epistemológicas e metodológicas dos processos. Já que para a Barbieri (2010), essa ideia remete ao questionamento primário citado no início do artigo, até que ponto a prática do Psicodiagnóstico Interventivo comprometeria a consideração da Psicologia como ciência.

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