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Caso clinico 1

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ANÁLISES TOXICOLÓGICAS 
 
 
 
CASO CLÍNICO 
 
 
 
Adne Vitória Rocha de Lima -166191184 
Avelina Larissa Araújo Leite - 166191125 
Chaislan Igor da Silva Nascimento - 166191106 
Natália Marques França – 166191091 
Vitória Santos Machado – 166191078 
 
 
 
 
Salvador – BA 
2021 
1. J. F, mulher branca, 20 anos de idade, solteira, moradora de um bairro que não 
dispõe de saneamento básico, procura um PS em função das frequentes dores no corpo, 
náuseas, vômito e inapetência. Relata ter se tido inflamações frequentes na garganta 15 
dias antes da visita ao médico. 
 HISTÓRICO DO PACIENTE: 
Além dos surtos de faringite a paciente relatou ter sentido bastante dores de cabeça, 
calafrios dores musculares e Erupção cutânea (exantemas, pequenas manchas vermelho-
escarlate de textura áspera na pele que apareceram inicialmente no tronco, depois 
tomaram a face, o pescoço). Acrescentou também ter uma má alimentação e histórico de 
carência nutricional quando criança o que propicia a uma baixa no sistema imunológico 
ficando assim vulnerável a vários tipos de infecções. 
 
DISCUSSÃO: 
Com as manifestações declaradas, sugere-se coletas da nasofaringe, com swab, devido a 
infecção persistente e amostra de sangue a fim de investigação correlacionada, o que 
possibilitará confirmação de alguma suspeita clínica. 
De acordo com o quadro patológico supracitado, suspeita-se de Escarlatina. Sendo o 
diagnóstico baseado em observações clínicas que coincidem com os da paciente, e a 
confirmação diagnostica pode ser por pesquisa do estreptococo (utilizando amostra de 
esfregaço coletado por swab da nasofaringe), testes sorológicos, leucograma e antibiograma 
para identificar a sensibilidade a Bacitracina (a qual deve ser positiva para a patologia em 
questão). 
O diagnóstico laboratorial será mediado por esfregaço submetido à coloração de Gram e 
cultura. Colônias beta-hemolíticas em ágar sangue. Quando o isolado é sensível à bacitracina, 
este é identificado como Streptococcus pyogenes. Testes rápidos de ELISA para antígenos 
estreptocóccicos do grupo A em swabs de garganta são disponíveis. Tendo as observações 
clínicas e resultados dos exames, poderá confirmar a presença de Estreptococo beta hemolítico 
do grupo A, ou seja Streptococcus pyogenes, sendo uma de suas características ser: gram-
positivo, catalase-negativo e sensível à bacitracina. O microrganismo é o causador da 
escarlatina, doença que acomete a paciente. 
Para o tratamento, não tem vacina, e é utilizado a penicilina que elimina os estreptococos, 
evita as complicações da fase aguda, previne a febre reumática e diminui a possibilidade de 
aparecimento de glomerulonefrite (lesão renal). Nos doentes alérgicos à penicilina o 
medicamento habitualmente utilizado é a eritromicina. 
 
Após a leitura do caso acima pergunta-se: 
a) Que amostra clínica deve ser coletada para a identificação correta do agente etiológico? 
Amostras da nasofaringe (por swab) e de sangue. 
b) Qual o exame a ser solicitado e como devemos realiza-lo? 
Realização de colorações e cultura, leucograma e antibiograma (sensibilidade à 
bacitracina). Observando os procedimentos determinados por cada laboratório e prospecto de 
cada fabricante. 
c) Quais os meios de cultura ideais para a semeadura e porquê? 
Coloração de Gram, para a identificação de ser positivo ou negativo e ágar sangue para a 
constatação de colônia beta-hemolítica. 
d) Qual a morfologia apresentada desse agente no meio de cultura? 
São cocos, com cerca de 0,5-1 micrómetros, que coram de roxo com a técnica Gram 
(positivos). Têm portanto paredes celulares grossas e uma membrana simples. Eles formam 
linhas ou pares em cultura, são anaeróbios facultativos e catalase-negativos. Em cultura de 
sangue, causam beta-hemolise, ou seja um halo claro à volta das suas colónias de hemólise 
(destruição dos eritrócitos) total. Os Streptococcus pyogenes são imóveis e crescem otimamente 
a 37 °C. São inibidos por altas concentrações de glicose. Ou seja, são Gram Positivo dispostos 
em cadeias ou pares esféricos ou ovóides; Catalase Negativo; Oxidase Negativo; Presença de 
Beta hemólise em cultura de ágar sangue. 
e) Quais as provas bioquímicas que devem ser feitas nesse caso? 
Teste de sensibilidade a bacitracina, teste de PYR, teste de CAMP. 
f) Qual a importância do antibiograma e como devemos processar no laboratório? 
O antibiograma é um exame que tem por finalidade determinar o perfil de resistência e 
sensibilidade de bactérias e fungos frente aos antibióticos. De acordo com o seu resultado, o 
médico pode indicar qual o antibiótico mais indicado para tratar a infecção e evitar surgimento 
de resistência. Para a realização do antibiograma, neste caso, é solicitada a coleta do material 
biológico (sangue, urina, saliva, catarro, fezes), em seguida, as amostras são encaminhadas para 
um laboratório de microbiologia para análise e cultivo em meio de cultura que favorece o 
crescimento bacteriano. Após esse crescimento, o microrganismo é isolado e pode ser 
identificado de duas maneiras: antibiograma por difusão em ágar, na qual, consiste em colocar 
pequenos discos de papel contendo diferentes antibióticos em uma placa com meio de cultura 
próprio para crescimento do agente, após 1 a 2 dias na estufa, observa-se o crescimento ou não 
em volta do disco, na ausência diz-se que o microrganismo é sensível àquele antibiótico, sendo 
considerado o mais indicado para o tratamento da infecção. A outra maneira é através do 
antibiograma baseado em diluição que é feito várias diluições de antibiótico com doses 
diferentes em algum recipiente, na qual são dispostos microrganismos para análise e é 
determinada a Concentração Mínima Inibitória (CMI) do antibiótico. O recipiente sem 
crescimento microbiano corresponde à dose do antibiótico que deve ser utilizada no tratamento, 
já que impediu o desenvolvimento do microrganismo. 
g) Porque essa bactéria causa glomexrulonefrite? 
A glomerulonefrite é uma inflação não infecciosa dos glomérulos dos rins e afetam 
também pequenos vasos sanguíneos dos rins, levando assim a uma rápida incapacidade da 
função renal devido a uma resposta inflamatória após infeção por estreptococos. 
O mecanismo da doença é desconhecido, mas acredita-se que os agentes microbianos se 
ligam à membrana basal glomerular e ativam primariamente a via alternada do complemento 
tanto diretamente quanto por interação com anticorpos circulantes, causando lesão glomerular, 
que pode ser focal ou difusa. Como alternativa, imunocomplexos circulantes podem se 
precipitar na membrana basal glomerular.

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