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Bruna Rodrigues França Professor: Daniel Ricardo Starke Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI DIREITO EMPRESARIAL – PARTE GERAL DIREITO – DIR0353 QUESTÃO 01 (PESO 10,0): Em análise da decisão judicial disponibilizada como anexo a este exercício (excetuadas as legislações desaplicáveis, a exemplo dos mencionados artigos do antigo Código de Processo Civil), bem como das aulas ministradas durante o primeiro bimestre letivo, responda aos seguintes questionamentos: 1 – A título inicial em seu trabalho, faça um breve e sintético resumo fático do caso concreto discutido nos autos, apontando as principais celeumas postas a julgamento. O presente auto n° 611256-1/01 de Embargos Infringentes, da 3ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, em que figuram como Embargante Município de Curitiba e Embargado Building e Profits Auditores e Consultores S/C Ltda. Trata-se de Embargo movido pela Embargante em relação ao voto vencido proferido no acórdão n° 34689 da 2ª Comarca Cível, no qual por maioria dos votos deu provimento á Apelação interposta pela ora embargada, determinando o reenquadramento da tributação do ISS pelo regime anual fixo. O presente recurso versa sobre a possibilidade de a Embargada enquadrar-se dentre as sociedades a quem se permite uma forma privilegiada de recolhimento de ISS, nos moldes do artigo 10 da Lei Complementar Municipal nº 40/2001. Tratas este de uma forma especial de recolhimento do tributo concedida aos profissionais individuais e, por extensão, às sociedades cujos sócios prestem algum dos serviços enumerados, assumindo responsabilidade pessoal. Esta legislação pretende beneficiar os profissionais autônomos, despidos do aparato da organização societária. Para que uma sociedade faça jus ao ISS, é indispensável a presença, do requisito de ser a sociedade civil de trabalho profissional sem cunho empresarial. Observasse no Art. 966 do Código Civil que este não divide a atividade econômica pelos atos em si considerados, mas sim pelo modo em que ela é exercitada. Em princípio a profissão intelectual não é considerada empresarial pois esta não compreender os fatores de produção, porém é preciso um elemento a mais além do estabelecimento, conjunto de bens e atuação organizada ao prestar os serviços parte desta organização se encontra prevista no caput do art 966. Em outras palavras, pode-se afirmar que constitui elemento de empresa o modo de organização da produção ou circulação de bens e/ou serviços e o modo de atuação da sociedade na prática. Pois bem, espoem o relator que houve falha da Embargada em relação a prover sua qualidade de sociedade afastando assim a caracterização como sociedade empresarial. Analisa então o relator, de início observasse pelo nome adotada pela sociedade e pelo objeto definido pelo contrato social da mesma, percebesse que os serviços prestados pelos sócios da Embargada extrapolam os típicos de sua habilitação profissional: são prestados serviços de consultoria e auditoria. O contrato social transparece que os sócios não atuam individualmente, apenas prestando serviços em nome da sociedade, se fosse assim cada profissional teria de auferir sua renda em relação aos atendimentos a seus clientes, no entanto se tem a possibilidade do pagamento mensal por um pró-labore previsto no contrato social. Neste caso temos uma descaracterização está do lucro pessoal de cada integrante. Justifica que o tratamento especial em matéria de ISS é justamente ser pessoal, com responsabilidade individual ainda que o profissional atue representando a sociedades Finaliza o relator, desta feita, presentes remuneração paga pela sociedade a seus sócios, bem como a distribuição de lucros, não há que se falar em vantagem pessoal e, pois, deve a empresa ser tributada em alíquotas sobre o faturamento e não de forma fixa, como pretende a Embargada. 2 – No contexto da fundamentação esboçada na decisão, identifique quais os textos legais utilizados pelo julgador para dizer o direito aplicável ao caso concreto, apontando-os de forma clara em relação ao mérito discutido. O mérito discutido diz respeito a divergência que se restringe ao reconhecimento do caráter empresarial da sociedade Embargada, e a incidência de alíquota fixa para o cálculo do ISS. Como forma de fundamentação o relator se utilizou de artigos do Código Civil para fundamentar a decisão. Pois bem, Observemos que o relator se utiliza do artigo 966 do Código Civil de 2002, para demostrar quais são as características elencadas na legislação para ser considerado um empresário. Deste modo notasse que precisa ter profissionalismo, atividade econômica organizada e circulação de bens ou serviços. No artigo encontrasse também a exceção para a consideração de empresário, sendo assim quem exerce profissão intelectual, literária ou artística não são consideradas, salvo quando o exercício da profissão constitui elemento da empresa. O próprio artigo trás a forma para podermos ter a configuração de empresário nestes casos. Considerando o a apresentação anterior, não poderíamos considerar a embargada como uma sociedade empresarial por se tratar de uma profissão de aspecto intelectual, entretanto analisando os demais aspectos da embargada notamos apesar de termos atividade intelectual sendo exercida pelos sócios, a organização da sociedade entra de acordo com as colocações do artigo acima mencionado. Neste sentindo o relator expõem que após análise do artigo 966 do Código Civil de 2002 a Embargada se qualifica como uma sociedade empresarial por obter todas as caraterísticas expostas no artigo. Como forma de fundamentação das suas argumentações o relator se utilizado de sumulas para poder justificar sua decisão, onde podemos encontrar a menção ao artigo 1.052 do Código Civil. Neste artigo temos algumas regras referentes as sociedades limitadas, no seu texto observamos que ele elenca a forma de responsabilidade de cada socio. Há também então a forma com que eles respondem perante a questões jurídicas sendo assim cada socio irá responder solidariamente pela integralização do capital social. Nos seus parágrafos encontramos outras orientações referente a sociedade e seus sócios. 3 – Na qualidade de aplicador da ciência jurídica e diante da análise de todos os argumentos apresentados pelas partes, indique eventuais fatos (a exemplo de provas ou providências que poderiam ser tomadas pelas partes) que poderiam modificar a decisão vergastada, indicando os pontos que julgar pertinentes. EMBARGOS INFRINGENTES Nº 611256-2/01 – 4ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA, FALÊNCIAS E CONSCORDATAS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA EMBARGANTE: MUNICÍPIO DE CURITIBA EMBARGADA: BUILDING E PROFITS AUDITORES E CONSULTORES S/C LTDA Não há de se falar sobre desenquadramento no sistema fixo de tributação ISS (Imposto Sobre Serviço) da então embargada por razões desta ser uma sociedade simples, nos termos apresentados a seguir: O artigo 966 do código civil de 2002, elenca quais são as características que devemos considerar para se configurar a visão do empresário no mesmo artigo em seu parágrafo único também se efetiva a exceção da imagem do empresário. Neste sentido se considerarmos então a atividade exercida pelos sócios desta sociedade temos então profissionais intelectuais e como o texto do parágrafo único do artigo 966 há a desclassificação de empresário. Analisando qualquer configuração de sociedade empresarial ou simples, verificamos que todos os sócios devem ter profissionalismo, atividade econômica organizada e circulação de serviço. No entendo devemos estar cientes que em qualquer configuração de sociedade ou empresa deve-se ter profissionais qualificado que tenham compromisso com sua sociedadee clientes, também devesse ter a atividade econômica organizada por haver então despesas mensais tais como pagamento de funcionários, pagamento de aluguel entre outras despesas, como qualquer sociedade. Nessa mesma análise temos que considerar a circulação de serviços, pois qualquer sociedade precisa configurar sua renda de alguma maneira. Em conformidade com os argumentos apresentados acima temos o caput do artigo 981 do código civil de 2002, de maneira a afirmar o disposto acima. Em seu texto observamos que traz a intenção de celebrar-se um contrato de sociedade entre pessoas, afirma-se então a recíproca obrigação em contribuir com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha dos resultados. Disposto no artigo 982 do mesmo código, encontrasse em seu texto considerações em relação ao objeto do exercício da atividade do empresário, em seu texto há expressamente considerado que salvo as exceções já encontradas na lei, devesse considerar sociedade empresarial aquele que tem o objeto de exercício as atividades consideradas próprias de empresário sujeito assim há registro conforme o artigo 967 deste código. Sendo assim devemos considerar que as demais são sociedades simples. Neste exemplo verificamos a atividade exercida pela sociedade, ocorre que não há nenhuma intenção por parte dos sócios assumir qualquer atividade que se enquadre como objeto de atividade própria de empresário. Todos os sócios respondem solidariamente e ilimitadamente pelas obrigações sociais, encontra-se tal afirmação no caput do artigo 990 do código civil de 2002. Seguindo o mesmo pensamento podemos analisar da mesma forma a relação contratual de serviço do contratante com o contratado, neste caso não temos a contratação apenas de um socio específico, mas sim contratamos a empresa como um todo cada socio com sua respectiva atribuição. A embargante afirma que a embargada assume responsabilidades que não competem as atribuições de contadores, tais como a auditoria e consultoria por constar no nome empresarial da embargada, entretanto de acordo com o artigo 3 da Resolução CFC nº 560/83 itens 33 e 34 que afirma as responsabilidades dos contadores. Na mesma resolução de acordo com o artigo 2 também é de responsabilidade do contator a consultoria interna ou externa. Deste modo peço que seja reconsiderado o desenquadramento no sistema fixo de tributação o ISS. E que a mesma volte para a situação anterior.
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