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QUEIXA CRIME.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JÚRI DA COMARCA DE CAMPOS DE JORDÃO.
Autos de Inquérito Policial nº: XXX
Nome completo: XXX, nacionalidade: XXX, estado civil: XXX, profissão: XXX, RG: XXX, CPF: sob nº XXX, residente e domiciliado à Rua: XXX, nº: XXX, bairro: XXX, CEP: XXX, por seu advogado e procurador com poderes especiais (instrumento em anexo), nos termos do artigo 31, do Código de Processo Penal, vem respeitosamente perante a presença de vossa Excelência, propor:
QUEIXA – CRIME SUBSIDIÁRIA 
Em face de MARCELO JÚNIOR, nacionalidade: XXX, estado civil: XXX, profissão: XXX, RG: XXX, CPF: sob nº XXX, residente e domiciliado à Rua: XXX, nº: XXX, bairro: XXX, CEP: XXX, com fundamentos nos artigos: artigo 5, inciso LIX, da constituição federal, artigo 100, parágrafo 3º, do Código Penal: nos termos do artigo 41 do Código de Processo Penal, baseadas nas provas colhidas no inquérito policial, ante a inércia do Ministério Público em propor ação penal, pelos seguintes motivos:
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Consta dos autos que, no dia 21 de agosto de 2011, nesta cidade e comarca de Campo do Jordão, Marcelo Júnior, nesta cidade e comarca de Campos do Jordão, Marcelo Júnior, já qualificado, agindo consciente e voluntariamente, efetuou disparos de arma de fogo, em direção à Bruna, sua namorada, os quais ocasionaram a morte da vítima na mesma data e local conforme descrito em laudo pericial.
Verte dos autos de inquérito policial, ainda, que a vítima e o querelado se encontravam em férias, nesta comarca, e que diversas testemunhas presenciaram o momento em que o querelado mirou a arma em direção à vítima, em meio a uma brincadeira, ato contínuo, efetuou disparos que foram causadores da morte de Bruna.
Cabe ressaltar que, há muito, findou-se o prazo legal previsto no artigo 46, do Código de Processo Penal para o oferecimento da denúncia por parte do Ministério Público, que se quedou inerte desde 04 de fevereiro de 2015. Assim, em cumprimento ao que lhe é facultado pelo disposto nos artigos 29 e 46, do Código de Processo Penal, o querelante, parte legítima, vem propor Ação Penal Privada Subsidiária da Pública, a fim de ver o querelado processado pelo crime de homicídio, conforme os fundamentos abaixo.
Depreende-se da investigação que o querelado praticou a conduta tipificada no artigo 121, caput do código penal, porque conscientemente e voluntariamente praticou disparos de arma de fogo assumindo o risco de causar a morte da vítima.
Em que pese a alegada brincadeira, o querelado assumiu o risco de causar o resultado morte, porque não agiu com a cautela esperada, ao não verificar se a arma estava desmuniciada. Asim ao praticar os atos nestas circunstâncias assumir o risco do resultado, devendo incidir nas penas do artigo 121 do código penal.
DO PEDIDO
Pelo exposto, requer-se, após a manifestação do Ministério Público, nos termos do artigo 29, do Código de Processo Penal, seja recebida e autuada esta queixa-crime e citado o querelado para que compareça perante este r. Juízo e responda aos termos da presente ação penal sob pena de revelia, para que ao final seja pronunciado e, após plenário do júri, condenado pelo crime previsto no artigo 121 caput do Código Penal.
Igualmente, requer-se a intimação das testemunhas do rol abaixo para depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as penas da lei, bem como fixado o valor mínimo de indenização nos termos do art. 387 do Código do Processo Penal.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Rio de Janeiro, 12 de abril de 2021.
Allan Lima da Fonseca
OAB/RJ 220.335-E

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