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Noções de Farmacologia para Técnicos em Enfermagem

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Noções de Farmacologia 
 
 CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - CIEP 
 COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
EMENTA: Conhecer a fonte das drogas; saber a forma de apresentação das mesmas, dosagem e 
super-dosagem; interpretação de prescrição médica; calcular a dosagem prescrita; cuidados de 
administração, considerando efeitos colaterais e reações adversas; distinguir antibióticos, analgésicos e 
antitérmicos, antiinflamatórios, sedativos, etc.; interpretação de bulas; cuidados na administração dos 
medicamentos. 
Conteúdo Programático 
UNIDADE I - Histórico da Farmacologia 
1.1- Conceitos de Farmacologia 
1.2- Legislação e Padronização de Medicamentos 
1.3- A Natureza das Drogas; 
1.4- Sistemas de Medidas 
1.5- Preparações Farmacêuticas 
1.6- Prescrições e Abreviações 
 
UNIDADE II- Administração de Medicamentos 
2.1- Diretrizes para a Administração Segura de Medicamentos 
2.2- Sistemas de Administração de Drogas; 
 
UNIDADE III- Farmacocinética e Farmacodinâmica 
3.1- Relações entre Farmacocinética e Farmacodinâmica; 
3.2- Metabolização ou Biotransformação de Drogas; 
3.3- Biodisponibilidade de Drogas; 
3.4- Noções Gerais de Toxicologia; 
3.4.1- Agente Tóxico, Toxicidade e Intoxicação; 
3.4.2- Destinção entre Efeitos Adversos e não Adversos e Segurança; 
3.4.3- Abuso de Drogas e de Álcool 
 
UNIDADE IV- Conhecendo a Classificação dos Medicamentos e os Cuidados de Enfermagem na 
Administração de Medicamentos 
 
4.1- Classificação dos Medicamentos 
 4.1.1- Antibióticos 
 4.1.2- Antimicóticos 
 4.1.3- Antivirais 
 4.1.4- Antiparasitários 
 4.1.5- Antitérmicos e Analgésicos 
 4.1.6- Antiinflamatório 
4.2- Fitoterapia e Interações entre Medicamentos e Plantas Medicinais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Farmacologia 
 
 
 INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA 
 
 
 
OBJTIVOS PARA O ESTUDANTE 
 
SER CAPAZ DE _____________________________________________________ 
 
1. Mencionar quadro origens de medicamentos e exemplificar cada uma. 
2. Definir os termos especifica 
3. Relacionar as responsabilidades da enfermagem na administração. 
4. Traçar seus próprios objetivos para este curso. 
 
A administração de medicamentos é uma das maiores responsabilidades da enfermagem. 
Como membro da equipe de saúde responsável pelo cuidado ao doente, é muito importante que o 
enfermeiro dedique-se à aquisição de todos os conhecimentos possíveis sobre medicamentos, seu uso ou 
abuso, dosagem correta, métodos de administração, sintomas de superdosagem e reações e reações 
anormais que podem ocorrer no tratamento de vários distúrbios. Evidentemente, este conhecimento é 
indispensável para se oferecer ao paciente o melhor tratamento possível. 
A atitude do enfermeiro ao administrar medicamentos é importante para a sua eficácia. 
Teoricamente, o corpo funciona melhor quando recebe alimentação adequada, repouso, está relaxando e 
quando se encontra livre de tensão emocional excessiva. Entretanto, devido a anormalidades físicas ou 
mentais, algumas vezes é necessário recorrer a medicamentos para se produzir um estado de função 
orgânica próxima do normal.Na melhor das hipóteses, os medicamentos são muletas, e a dependência 
excessiva deles pode ser muito perigosa. Usados de forma inteligente, são umas dádivas e salvam vidas; 
usados de forma imprudente, podem causar danos irreparáveis. O enfermeiro que combina observação 
diligente com integridade moral e bom senso na administração de medicamentos, sem dúvida trará muitas 
contribuições duradouras à sua profissão e aos pacientes seus cuidados. 
A farmacologia sofreu enormes mudanças nas últimas décadas. Muitas substâncias novas 
comercializadas hoje eram totalmente desconhecidas há uma geração, e dificilmente passa-se um dia que a 
literatura receba novas substâncias ou medicamentos e novas técnicas e teorias de administração de 
medicamentos. Os novos avanços são sempre motivo de interesse e curiosidade do estudante, mas é 
apenas empenhando-se na tarefa de obter alicerces firmes em farmacoterapia que o estudante começará a 
apreciar estes novos “milagres da era moderna”. 
As informações apresentadas nesta obra tentam estabelecer os fundamentos para esses 
alicerces firmes, mas, como em toda as outras áreas de enfermagem, a responsabilidade de construir este 
conhecimento é dos próprios estudantes. Uma verdadeira dedicação à profissão apenas coloca o estudante 
no início de um longo caminho - um caminho que, embora seja árduo, promete a recompensa certa de 
novos horizontes e lança nova luz sobre a grande tarefa a ele confiada em todo o seu trabalho a serviço do 
doente. 
 
DEFINIÇOES 
 
Farmacologia: Termo amplo que inclui o estado dos fármacos e suas ações no organismo. 
Farmácia: Arte de preparar, combinar e aviar medicamentos para uso medicinal. 
Toxicologia: Ciência que estuda os venenos: sua detecção e os sintomas, diagnóstico e tratamento de 
condições usadas por eles. 
Biotecnologia: Campo de farmacologia que envolve o uso de células vivas, geralmente culturas 
modificadas de Escherichia coli, para fabricar fármacos. 
Fármaco (droga): Qualquer substância usada como medicamento (p. ex., para diagnosticar, curar, aliviar, 
tratar ou tratar ou evitar doenças). 
Os fármacos incluem; 
Substâncias químicas: Substâncias que podem ser produzidas sinteticamente (p. ex., sulfonamidas, 
aspirina, bicarbonato de sódio). 
Partes ou produtos de vegetais: Fármacos no estado bruto que podem ser obtidos de qualquer parte de 
vários vegetais e usados medicinalmente. Podem-se usar folhas, casca, fruto, raízes, resina e outras partes 
(p. ex., ergot, digital, ópio). 
Produto animais: Os produtos glandulares são os principais medicamentos obtidos atualmente de fontes 
animais (p.ex., hormônio tireóide, insulina). 
 
Noções de Farmacologia 
Algumas substâncias alimentares: Substâncias que em algumas condições servem como alimentos (isto 
é, vitaminas e minerais em vários alimentos). 
Adição: Efeitos combinados de dois fármacos, que é igual à soma dos efeitos de cada fármaco usado 
isoladamente. 
Efeito adverso ou indesejado: Ação diferente do efeito planejado. 
Reação alérgica: Reação indesejada que ocorre após o uso de um fármaco. 
Antagonismo: Efeito combinado de dois fármacos que é menor que o efeito de um deles usados 
isoladamente. 
Depressão: Diminuição da atividade das células causadas pela ação de um fármaco. 
Diagnóstico: Refere-se à arte ou ao ato de determinar a natureza da doença de um paciente. 
Idiossincrasia: Sensibilidade anormal a um fármaco, ou uma reação não planejada. 
Paliativo: Substância ou medida que alivia sintomas. 
Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação de outro fármaco, 
sendo o efeito total maior que a soma dos efeitos de cada um usado isoladamente. 
Profilático: substância ou medida para evitar doenças. 
Efeito colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação do fármaco. 
Estimulação: Aumento da atividade celular produzido por fármacos. 
Sinergismo: Ação conjunta de substâncias na qual seu efeito combinado é mais intenso ou tem maior 
duração que a soma de seus efeitos individuais. 
Terapêutica: Refere-se ao tratamento da doença. 
Tolerância: Resistência crescente aos efeitos habituais de uma dosagem estabelecida de um medicamento 
em virtude do uso contínuo. 
 
LEGISLAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
OBJETIVOS PARA O ESTUDANTE 
 
SER CAPAZ DE ________________________________________________1. Identificar os fármacos de acordo com o programa atual do Controlled Act. 
2. Relacionar os Official Drug Standards (Padrões Oficiais de Fármacos) 
3. Usar o Physicians’ Desk Reference para identificar uma lista selecionada de drogas de acordo com 
os nomes genéricos e comerciais. 
 
 
LESGISLAÇÃO AMERICANA SOBRE DROGAS 
 
A legislação sobre drogas nos Estados Unidos sofreu grandes revisões, como a de 1º de Maio 
de 1971, quando o Controlled Substances Act entrou em vigor. Esta lei determina que toda pessoa que 
fabrique, dispense ou administre qualquer substância controlada sela registrada anualmente no Attorney 
General (ministério da justiça); esta função de registro é responsabilidade do Drug Enforcement 
Administration – DEA (Agência de Repressão a Entorpecentes). 
A legislação e as formas de controle foram revistas para estabelecer cinco listas de substância 
controladas. Os fármacos nas listas originais estão sujeitos à revisão anual baseada em notificação feita 
pelo DEA, e foram feitas muitas alterações nas listas desde que a legislação entrou em vigor. 
As relações completas estão disponíveis nos escritórios distritais do DEA. São apresentados 
aqui apenas alguns exemplos das drogas mais conhecidos em cada lista. 
 
Lista I 
1. A droga ou outra substância com alto potencial de abuso. 
2. A droga ou outra substância não tem nenhum uso medicinal aceito atualmente nos Estados Unidos. 
3. Não há segurança para o uso da droga ou outra substância sob supervisão médica. 
 
Drogas Incluídas: 
1. Opióides: cetobemidona, alilprodina. 
2. Alguns derivados do opióides: heroína. 
3. Alucinógenos: dietilamida do ácido lisérgico (LDS), maconha, mescalina, peiote. 
 
Lista II 
1. A droga ou outra substância com alto potencial de abuso. 
 
Noções de Farmacologia 
2. A droga ou outra substância em uso médico,aceito atualmente nos estados Unidos ou em uso 
médico atualmente com severas restrições. 
3. O abuso da droga ou de outra substância pode causar grave dependência psicológica ou física. 
 
Drogas Incluídas: 
 
1. Muitos derivados do ópio (p. ex., ópio bruto, morfina, codeína, etilmorfina, hidrocodona, metopon, 
tebaína). 
2. Folhas de coca e derivados, p. ex., cocaína. 
3. Opióides: anileridina, diidrocodeína, difenoxilato, levometofan, meperidina, oxicodona. 
4. Estimulantes: metanfetamina, anfetamina, fenmetrazina, metilfenidato. 
5. Depressores: amorbarbital, secobarbital, pentobarbital. 
 
Lista III 
1. A droga ou outra substância que tem menor potencial para abuso que as drogas das listas I e II. 
2. A droga ou outra substância em uso médico,aceito atualmente nos Estados Unidos. 
3. O abuso da droga ou outra sustância que pode causar moderada ou baixa dependência psicológica. 
 
Drogas Incluídas: 
 
1. Fendimetrazina, metiprilona, nalorfina. 
2. Combinações de amorbarbital ou pentobarbital com outros ingredientes ativos. 
3. Compostos contendo concentrações limitadas de codeína, diidrocodeína, etilmorfina, ópio ou 
morfina com um ou mais ingredientes não-narcóticos ativos em concentrações terapêuticas 
reconhecidas. 
 
Lista IV 
1. A droga ou outra substância tem baixo potencial de abuso em relação às drogas ou outras 
substâncias da lista III. 
2. A droga ou outra substância em uso médico, aceito atualmente nos Estados Unidos. 
3. O abuso da droga ou outra substância pode causar limitada dependência física ou psicológica em 
relação às drogas na lista IV. 
 
Drogas Incluídas: 
 
1. Composto contendo quantidades limitadas de codeína, diidrocodeína, etilmorfina, ópio ou 
difenoxilato em combinação com outros ingredientes ativos não narcóticos. (Em todos os casos a 
concentração permitida destes agentes é menor que a dos compostos incluídos na lista III.) 
2. Preparação de difenoxilato e atropina (p. ex., Lomotil). 
 
FÁRMACOS PADRONIZADOS NA AMÉRICA 
 
The United States Pharmacopoeia/National Formulary (USP). 
Inicialmente dois padrões, a Pharmacopoeia e o national Formulary foram combinados em um 
volume oficial para estabelecer padrões para qualidade e potencia das drogas. Antes dos padrões oficiais, a 
potência das drogas, particularmente de origem vegetal, podia variar da ineficácia até uma dose quase fatal, 
dependendo da qualidade da planta, do solo e das condições de crescimento. A Pharmacopeia inclui uma 
relação de medicamentos aprovados e define-os em relação à origem, química, propriedade física, testes 
para identidade, método de ensaio, armazenamento e dosagem, e fornece orientações para aviamento e 
uso gerais. É revista periodicamente por uma comissão designada para incluir novos medicamentos e 
excluir aqueles fora de uso corrente. 
 
Novas drogas. Em 1965, a American Medicinal Association (AMA) começou a publicar este texto anual, 
que lista as drogas, tenham elas sido ou não aprovadas pelos padrões oficiais, organizados de acordo com 
os empregos terapêuticos dos medicamentos, e as informações baseiam-se na avaliação do Council on 
Drugs. A inclusão não significativa aceitação pela AMA. 
 
Outras fontes de Informação sobre Drogas 
 
 
Noções de Farmacologia 
Physicians’ Desk Reference (PDR). Revisto anualmente e prontamente fornecido a todos os hospitais e 
médicos, esta fonte de referência provavelmente é a mais usada. Não é considerada uma fonte comercial, e 
informa as indicações aceitas, os efeitos colaterais e as doses dos fármacos comercialmente disponíveis. 
 
Drug Information. Esta publicação anual do American Hospital Formulary Servise contém informações 
úteis e atualizadas sobre medicamentos. 
 
FÁRMACOS PADRONIZADOS NA INGLATERRA E CANADÁ 
 
British Pharmacopoeia (BC). Semelhante em contexto a United States Pharmacopoeia/National 
Formulary, esta publicação estabelece os padrões para drogas que são oficiais no Reino Unido e nos seus 
domínios e colônias. É produzida pela British Pharmacopoeia Commission, sob a orientação do General 
Medicinal Council. 
 
British Pharmaceutical Codex (BPC). Texto semelhante à British Pharmacopoeia, é publicado pela 
Pharmaceutical Society of great Britain e fornece informações oficiais sobre drogas e padrões. 
 
Canadian Formulary (CF). Publicado pela Canadian Pharmaceutical Association, este texto é reconhecido 
pelo Canadian Food and Drug Act e contém fórmulas para muitas preparações farmacêuticas canadenses. 
Contém algumas drogas não incluídas na British Pharmacopoeia. 
 
PADRÕES INTERNACIONAIS DE DROGAS 
 
Pharmacopoeia Internatiolalis (IP). Originalmente, a Organização mundial de Saúde era responsável pela 
publicação deste texto em uma tentativa de padronizar drogas para muitos países europeus. A 
nomenclatura das drogas está em latim; todas as doses estão no sistema. 
 
LEGISLAÇÃO CANADENSE SOBRE DROGAS 
 
Canadian Food and Act 
 
A Food and Drug Act, aprovada em 1941, autoriza o Governoin-Council a estabelecer padrões de 
drogas e limitar variações em qualquer alimento ou droga. 
 
Lista A. Contém uma relação de doenças ou distúrbios para os quais não se pode anunciar a cura. Inclui 
doenças como gangrena, influenza e apendicite. 
Lista B. Contém relações de textos de padrões de drogas oficiais, como a United States Pharmacopoeia, a 
British pharmacopoeia e outras publicações canadenses mencionadas antes. 
Lista C. Contém uma relação de drogas derivadas de tecidos animais, como extrato hepático e insulina, ao 
quais se aplicam padrões especiais de qualidade e pureza. 
Lista D. Contém uma relação de drogas obtidas de microorganismos, como antibióticos, e os requisitos 
para sua fabricação. 
Lista E. Contém uma lista de discos ou comprimidos para antibiograma e seus padrões. 
Lista F. A talidomida é a única droga nesta lista atualmente; sua venda é proibida. Também está incluída 
nesta lista uma regulamentação de que, algumas drogas só devem ser dispensadas com receita médica.Lista G. Uma relação de drogas controladas com regras de criação rigorosas é incluída nesta lista. Inclui 
anfetaminas, barbitúricos, benzfetamina, butorfanol, clofentamina, dietilpropion, metanfetamina, 
metaqualona, metilfenidato, pentazocina, fendimetrazina, fentermina e ácido tiobarbitúrico. 
Lista H. Contém uma relação de drogas alucinógenas restritas, proibido qualquer profissional de prescrevê-
las, incluindo LSD, psilocina e harmalina. 
 
Canadian Narcotic Control Act and Regulations 
 
Esta lei define quem pode prescrever um narcótico, como médicos, dentistas e pesquisadores, 
e suas substâncias, e impõe condições ao paciente que recebe uma prescrição de narcótico, exigindo que 
declare todos os narcóticos que recebeu nos últimos 30 anos. 
Além disso, a lei descreve procedimentos para manutenção de registro e dispensação por 
farmacêuticos. Também são descritas as regulamentações hospitalares. 
A metadona é abordada individualmente nesta lei, que estabelece condições para profissionais 
autorizados que prescrevem e dispensam esta droga. 
 
 
Noções de Farmacologia 
NOMES COMERCIAIS 
(MARCA REGISTRADA) 
 
A maioria das farmácias comercializa estas drogas basicamente pelos nomes comercial e 
genérico. Atualmente, há uma grande multiplicidade de nomes comercias pelos quais uma única droga pode 
ser vendida. A prática de usar estes nomes comerciais freqüentemente confunde o enfermeiro e, às vezes, 
até o médico, para não falar da inconveniência para o farmacêutico, que deve ter em estoque quadro ou 
cinco marcas diferentes da mesma droga. 
Há uma tendência de retomar ao uso dos nomes oficiais ou genéricos nas prescrições. Em 
muitos casos esta é uma questão significativa para o custo, sendo o preço da marca registrada comparando 
ao preço significativamente menor da forma genérica da droga. Algumas companhias de seguro pagam 
apenas pela forma genérica de uma droga, ou pagam apenas se o paciente for responsável por um co-
pagamento significativamente maior da prescrição. Muitas farmácias hospitalares fornecem aos serviços de 
enfermagem um formulário que lista os nomes oficiais ou genéricos dos produtos comerciais estocados na 
farmácia. 
 
 
Questões de Revisão_______________________________________________ 
 
1. Por que é necessário haver controle governamentais sobre os narcóticos? 
2. Citar algumas drogas com alto potencial de abuso. 
3. Citar algumas drogas com alto potencial de abuso, mas que são usadas com restrições em 
tratamentos neste país. 
4. Investigar os locais de tratamento para toxicômanos em sua comunidade. 
5. Localizar as fontes de informações sobre tóxicos em sua comunidade, município e estado. 
6. Discutir a diferença entre o nome genérico e o nome de um medicamento. 
 
 
SISTEMA DE MEDIDAS 
 
O sistema de pesos e medidas usado em medicina é o sistema métrico. É essencial que o 
profissional de saúde se familiarize com estes sistemas e seja capaz de usá-lo com precisão. 
 
SISTEMA MÉTRICO 
 
Atualmente a United States Pharmacopeia (Farmacopéia dos Estados Unidos) utiliza exclusivamente 
o sistema métrico. Neste sistema são usados algarismos arábicos e decimais. 
As unidades usadas no sistema métrico são: 
Litro para volume (líquidos): 
Grama para peso (sólidos): 
Metro para extensão (comprimento). 
 
Estas unidades básicas são sempre multiplicidades e divididas por um múltiplo de 10 para formar todo 
o sistemas. Entretanto, há apenas equivalentes usados em medicina. Estes são; 
 
 Volume peso 
 1.000mL= 1 litro (L) 1.000mg= 1 grama (g) 
 1.000g= 1 quilograma (kg) 
Devemos observar que mililitro (mL) é a unidade correta para medida de líquidos. Entretanto, é 
comum usar o mL alternando com o centímetro cúbico (cc). Na verdade, centímetro é uma medida linear, 
mas o mL e o cc ainda são usados como sinônimos. Portanto, 1.000 cc = 1 litro. 
 
Procedimento para Conversão entre Unidades do Sistema Métrico 
 
1. Para converter miligramas em gramas, mililitros em litros, gramas em quilogramas, dividir por 
1.000. 
2. Para converter litros em mililitros, gramas em miligramas, quilogramas em gramas, multiplicar 
por 100. 
 
 
 
 
Noções de Farmacologia 
 EXEMPLOS 
a. 64 mg = ? g 
1.000mg: 1 g = 64 mg: x g 
 1.000 x = 64 
 x= 64 = 0,064g 
 1.000 
 
b. 325 ml= ? L 
1.000ml : 1 L = 325 : x L 
 1.000 x = 325 
 x= 
1000
325
 = 0,325 L 
 
Observação: Estas regras podem ser empregadas sem usar o método da razão e proporção. Entretanto, o 
uso da proporção serve para esclarecer o raciocínio por trás da multiplicação ou divisão. 
 
c. 3,5 L = mL 
1.000 ml : 1L = x mL : 3,5 L 
 1x= 3.500 
 x= 3.500 mL 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 Transformar no equivalente dentro do sistema métrico: 
 
a) 1.000 mg = ____________________g 
b) 500 mg = ____________________g 
c) 3. 2.000 ml = ____________________L 
d) 1.500 mg = ____________________g 
e) 0,1 L = _____________________mL 
f) 750 mg = _____________________g 
g) 1 kg = _____________________g 
h) 5 L = _____________________mL 
i) 4 mg = _____________________g 
j) 100 g = ____________________kg 
k) 0, 25 = _____________________mL 
l) 0, 006 = ____________________g 
m) 250 mg = _____________________g 
n) 2, 5 L = _____________________mL 
o) 0, 05 g = _____________________mg 
 
 
SISTEMA DE MEDIDAS DOMESTICAS 
 
O Sistema Avoirdupois de medidas domésticas comuns, um sistema mais familiar nos Estados 
Unidos, pode ser comparado ao sistema métrico. As medidas caseiras incluem colheres de chá, de sopa, 
xícaras, quartilhos e quartos. Estas medidas, embora sejam mais familiares, não são tão precisas e devem 
ser atividades na administração de medicamentos. 
 A American Standardes Association determinou que a colher de chá padrão norte-americana 
contém aproxiadamente 5 mL, e esta medida é aceita pela United States Pharmacopeia. 
 
Noções de Farmacologia 
 Medicamentos administrados com colher de chá geralmente não requerem mediadasprecisas, 
por isso é, xaropes para tosse, anti histamícos, vitaminas líquidas. Também deve ser observado que a 
capacidade da colher de chá doméstica pode variar considerar consideralvelmente, em alguns casos de 3,5 
a 5 mL. Doses exatas de medicamentos como cigoxina ou doses para crianças muito pequenas devem ser 
medidas com uma seringa oral, um conta-gotas calibrado ou uma colher de dosagem pediátrica vendida em 
farmácias. Suspensões antibióticas geralmente podem ser administradas utilizando-se a colher de chá. 
Alguns equivalentes aproximados das medidas caseiras são: 
 
 1 colher de chá = 1 onça líquida = 5 mL 
 6 
 1 colherde sopa = 1 onça líquida = 15 mL 
 2 
 
 2 colheres de = 1 onça líquida = 30 mL 
 1 xícara = 8 onças = 240 mL 
 500 mL = quartilho 
 1.000 mL = 1 litro = 1 quarto 
 30 g = 1 onça 
 1 kg = 2,2 libras 
 
EXEMPLOS 
 
a. 45 g = ? onças 
 30 g : 1 onça = 45 g : x onças 
 30 x = 45 x 1 
 x = 45 = 1 1 onça 
 30 2 
 
b. 150 libras = ? kg 
 2,2 1b : 1 kg = 150 1b : x kg 
 2,2 x = 150 x 1 
 x= 150 = 68,2 1b 
 2,2 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
Converter nos equivalentes aproximados em medidas domésticas: 
 
1. 10 mL =___________________ colheres de chá 
2. 2 xícaras = ___________________ onças 
3. 10 1b = ___________________ kg 
4. 60 mL = ___________________onças 
5. 22 libras = ___________________ kg 
6. 3 onças = ____________________g 
7.60 mL = ____________________colheres de chá 
8. 6 colheres de chá = ____________________ onças líquidas 
9. 3 onças = ____________________ colheres de chá 
10. 70 kg = ____________________ 1b 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
 Fazer as conversões abaixo: 
1. 0,5 L = _____________________mL 
 
Noções de Farmacologia 
2. 4 mL = _____________________cc 
3. 1 onça = _____________________ mg 
 2 
4. 0,1 g = ______________________mg 
5.500 mL = ______________________quartilho 
6. 1 onça = ______________________ mL 
 2 
7. 30 1b = _______________________ kg 
8. 30 mL = _______________________ colheres de chá 
9. 1.500 mg = _______________________ g 
10. 2 onças = _______________________ g 
11. 5 colheres de sopa =____________________mL 
12. 5 colheres de sopa = ___________________ onças 
13. 1 grama = ___________________mg 
14. 10 mL = ___________________colheres de chá 
15. 15 mL = ___________________ onça 
16. 2 1 = ___________________ mL 
 2 
17. 30 g = ____________________ onça 
18. 3 kg = ____________________ 1b 
19. 165 1b = ____________________kg 
20. 3 quartilhos = ____________________ quarto 
 
PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS 
OBJETIVOS PARA O ESTUDANTE 
 
SER CAPAZ DE ____________________________________________________ 
 
1. Citar as diversas preparações farmacêuticas. 
2. Distinguir entre um elixir e uma tintura e exemplificar cada um deles. 
3. Discutir a vantagem de se administrar medicamentos sob a forma de cápsula ao invés de 
comprimido. 
4. Distinguir loção de linimento e exemplificar cada um deles. 
 
Devido as varias propriedades das diferentes drogas e aos seus muitos empregos, é necessário ter 
diferentes meios de prepará-las para uso pelo pacientes. Estão relacionadas aqui as preparações 
farmacêuticas mais comuns. 
 
DEFINIÇÕES 
 
Soluções: 
Preparações líquidas aquosas contendo uma ou mais substâncias completamente dissolvidas. Toda 
solução tem duas partes: o soluto ( a substância dissolvida) e o solvente (a substância, geralmente um 
líquido, na qual o soluto é dissolvido). 
Óleos essenciais: Soluções saturadas de óleos voláteis (p. ex., óleo essencial de hortelã de cânfora). 
Xaropes: Soluções aquosas de açúcar. Estes podem ou não conter substâncias medicinais adicionadas. (p. 
ex., xarope simples, xarope de ipeca) 
Espíritos: Soluções alcoólicas de substâncias voláteis. Também são conhecidos como essências de 
hortelã, espírito de cânfora). 
 
Noções de Farmacologia 
Elixires: Soluções contendo álcool, açúcar e água. Podem ou não ser aromáticas, e podem tr não 
medicamentos ativos. Na maioria das vezes são usados como flavorizantes ou solventes (p. ex., elixir de 
hidrato de terpina, elixir de fenobarbital). 
Tinturas: Soluções alcoólicas ou hidroálcoólicas preparadas a partir de fármacos (p. ex., tintura de iodo, 
tintura de digital). 
Extrato Fluido: Extrato líquido alcoólico de um fármaco produzido por percolção, de forma que 1 mL do 
extrato fluido contém 1 g do fármaco. São usados apenas medicamentos vegetais (p. ex., extrato fluido de 
glicirriza). 
Emulsões: Suspensões de glóbulos de gordura em água (oude glóbulos de água em gordura) com um 
agente emulsificador (p. ex., Haley’s MO, Petrogalar). ( O leite homogeneizado também é uma emulsão.) 
Linimento: Mistura de fármacos com óleo, sabão, água ou álcool para aplicação externa com fricção. (p. 
ex., loção de cânfora, linimento de clorofórmio). 
Loções: Preparações aquosas contendo substâncias suspensas para aplicação local, calmante. A maioria é 
aplicada com palmadinhas leves, e não friccionada (p. ex., loção de calamina, Caladryl loção). 
 Pós: Quantidades em dose única de um fármaco ou mistura de fármacos na forma pulverizada embaladas 
individualmente em papelotes (p. ex., pó de Seidlitz). 
Comprimidos: Unidades de dose única confeccionadas comprimidos-se fármacos pulverizados em um 
molde adequado (p. ex., comprimidos de aspirina). Formas especiais de comprimidos incluem comprimidos 
sublinguais (a serem mantidos sob a língua até serem dissolvidos) e comprimidos de revestimento entérico 
(com um revestimento que impede sua absorção até chegarem ao trato intestinal). 
Formas de ação prolongada ou de liberação lenta: Os fármacos ativos são apresentados na forma de 
comprimidos para liberação durante várias horas ou colocados em esferas em uma cápsula. As esferas 
possuem tamanhos variados e desintegram-se durante um período de 8 a 24 horas. As formas de liberação 
lenta não podem ser partidas ou trituradas, pois sua eficácia depende da liberação das várias camadas no 
decorrer do tempo. 
Pílulas: Unidades de dose produzidas por mistura do fármaco pulverizado com um líquido como xarope e 
enroladas em um formato redondo ou oval.São amplamente substituídas pr outras formas da apresentação 
hoje (p. ex., pílulas de Hinkle). 
Cápsulas: Fármacos pulverizados em um recipiente de gelatina. Os líquidos podem ser colocados em 
cápsulas de gelatina elásticas (p. ex., cápsulas de óleo de bacalhau, cápsula de Benardryl.). 
Supositórios: Mistura de fármacos com alguma base firme como manteiga de cacau, que pode então ser 
moldada para introdução em um orifício do corpo. Os supositórios retais, vaginais e uretrais são os tipos 
mais comuns (p ex., supositórios vaginais de Furacin, supositórios de Dulcolax, mas podem ser feitos 
supositórios nasais ou óticos). 
Pomadas: Misturas de fármacos com uma base oleosa externa, geralmente para fricção (p. ex., pomada de 
óxido de zinco, pomada Bem-Gay). 
Géis: Suspensões aquosas de fármacos insolúveis na forma hidratada. O gel de hidróxido de alumínio, 
USP, é um exemplo. 
Aerossóis: Agentes farmacêuticos ativos sem um recipiente pressurizado. 
Trociscos ou pastilhas: Preparações planas, redondas ou retangulares mantidas na boca até se 
dissolverem. 
 
 
Questões de revisão______________________________________________________ 
 
1. Exemplificar a diferença entre: 
a. Uma cápsula e um comprimido. 
b. Uma cápsula de liberação lenta e um comprimido. 
c. Um elixir e uma tintura. 
 
2. Citar três tipos comuns de supositórios. 
3. Citar cinco preparações farmacêuticas usadas para aplicação local. 
4. Qual a diferença entre uma pomada e uma loção? 
5. Que precauções você considera importantes no uso de agentes para uso externo?Tarefa Especial: Se o curso não incluir aulas de laboratórios, uma vista à farmácia de um hospital para 
observar as várias preparações farmacêuticas completará o aprendizado neste momento. 
 
INTRODUÇÃO À DOSAGEM 
 
Objetivos para o estudante 
 
Noções de Farmacologia 
 
 Ser capaz de _____________________________________________________ 
 
1. Interpretar um pedido de medicamentos ou receitas com 100% de exatidão. 
2. Interpretar uma prescrição escrita com 100% de exatidão. 
3. Usar abreviações aceitas com 100% de exatidão. 
4. Relacionar os fatores que influenciam a dosagem. 
5. Demonstrar habilidade inicial na transcrição de prescrições. 
 
 
Dosagem é a quantidade de medicamentos ou agente prescrito para um determinado paciente 
ou condição. Dose é a porção medida do medicamento tomada de cada vez. Os fatores que influenciam a 
dosagem são os seguintes: 
Idade: A idade de um paciente afetará sua resposta aos medicamentos. As crianças e os idosos 
necessitam de doses menores que a dose habitual do adulto. 
Sexo: O sexo de um paciente algumas vezes afeta a resposta aos medicamentos. As mulheres são 
mais susceptíveis à ação de alguns fármacos e geralmente recebem doses menores. A administração de 
medicamentos a mulheres nas primeiras semanas de gravidez pode causar danos ao feto. Durante o 
terceiro trimestre há a possibilidade de trabalho de parto prematuro causado por fármacos que podem 
estimular as contrações musculares. 
Condições do paciente: São indicados doses menores quando a resistência do paciente está diminuída. 
O comprometimento da função renal e hepática pode causar acúmulo dos em níveis tóxicos. 
Fatores psicológicos: A personalidade de uma pessoa freqüentemente é importante em sua resposta a 
determinados fármacos. 
Fatores ambientais: O ambiente no qual os medicamentos são administrados e a atitude do enfermeiro 
que os administra podem influenciar o efeito dos medicamentos. 
Temperatura: O calor e o frio também afetam a respostas aos medicamentos. Pode ser necessário 
diminuir a dosagem de alguns fármacos durante o período de calor. 
Método de administração: Geralmente, são prescritas doses maiores quando um medicamentos é 
administrada por via oral ou retal, e doses menores quando se usa a via parental. 
Fatores genéticos: A idiossioncrasia a drogas é uma susceptibilidade anormal de alguns indivíduos que 
os faz reagir de forma diferente da maioria das pessoas a um fármaco. Acredita-se que esta intolerância a 
pequenas quantidades de alguns fármacos seja devida a fatores genéticos. 
Peso corporal: A dosagem de alguns fármacos potentes freqüentemente é calculada com base na razão 
entre miligramas do fármaco e quilogramas de peso corporal do paciente.Quanto maior o peso de uma 
pessoa, mais diluída será, e uma menor quantidade irá acumular-se nos tecidos. Por outro lado, menor o 
peso de uma pessoa, maior é o acumulo nos tecidos, e mais potente é o efeito produzido. 
 
PRESCRIÇÃO 
 
A prescrição provavelmente é tão antiga quanto a história escrita da humanidade. A primeira forma 
literária real sobre farmácia foi um papiro, denominado Papiro de Ebers, que incluía métodos para fazer 
desaparecer doenças e também listas de medicamentos e métodos de mistura. 
Uma prescrição é uma ordem escrita por um profissional para ser preparada por um farmacêutico, 
indicando a medicação que o paciente necessita e contendo todas as necessárias para o farmacêutico e o 
paciente (figura 13.1). A prescrição consiste em várias partes: 
 
1. Data, nome e endereço do paciente. 
2. Inscrição, que estabelece o nome e as quantidades os ingredientes. 
3. Subscrição, que fornece orientações para o farmacêutico. 
4. Signatura (Sig), que fornece orientações para o paciente 
5. Assinatura, endereço e número de registro do médico. 
 
Partes de um Pedido ou Receita 
 
Um médico, dentista ou outro profissional qualificado escreve o pedido ou receita para a 
administração de medicamentos. Um enfermeiro que administra medicamentos deve conhecer bem a 
legislação que regulamenta que regulamenta o exercício de as normas da instituição. 
Um pedido ou receita completa de um fármaco contém o nome do fármaco, a dosagem, quando 
deve ser administrado, como deve ser administrado, quantas vezes deve ser administrado, a data do pedido 
ou receita e a assinatura do médico que escreveu. 
 
Noções de Farmacologia 
Os antibióticos e os narcóticos são exemplos dos medicamentos que têm uma norma 
automática de controle. É necessário um novo pedido ou receita para o medicamento seja continuado após 
um período específico estabelecido pela instituição. 
 
ABREVIAÇÕES 
 
Para administrar medicamentos com segurança, é necessário estar completamente 
familiarizado com as abreviações aceitas. A quantidade de um fármaco a ser administrado pode ser escrita 
no sistema métrico ou no sistema farmacêutico. No sistema métrico a quantidade do fármaco é escrita em 
algarismos arábicos e decimais antes da medida métrica. Alguns exemplos são: 100 mg, 2.500 mL, 0,5 g, 2 
L. No sistema farmacêutico são usados tanto algarismos arábico quanto romanos. A medida geralmente é 
escrita antes da quantidade do fármaco a ser administrada, como gr 10, gr ¼, gr IV. A abreviação ss 
freqüentemente é usada para designar ½. 
Quando são usados algarismos romanos, o I é expresso como i. Alguns exemplos são: gr ii, gr 
viiss. 
Há várias formas de escrever pedidos ou receitas de medicamentos utilizando-se algarismos 
romanos. Alguns exemplos são: gr x, gr ix, grxv, gr iss. 
A lista de abreviações apresentada no Quadro 13.1 inclui aquelas encontradas com maior 
freqüência em prescrições e receitas médicas. 
 
QUADRO 13.1 
ABREVIAÇÕES COMUNS EM PRESCRIÇÕES 
ABREVIAÇÃO SIGNIFICADO ABREVIAÇÃO SIGNIFICADO 
aa de cada Ou Ambos os olhos 
ac Antes das refeições Pc Após as refeições 
Ad lib À vontade Q A cada 
Bid Duas vezes ao dia Qd diariamente 
c com Qh A cada hora 
caps Uma cápsula Q2h A cada duas horas 
cc Centímetro cúbico Q3h A cada 3 horas 
CH Comprimido hipodérmico Qiu 4 vezes ao dia 
cp comprimido Qod Em dias alternados 
elix elixir Qs Quantidade suficiente 
et E Rx tomar 
fldxt Extrato fluído 
s 
sem 
g grama SC Por via subcutânea 
gr grão Sig rótulo 
gt Uma gota Sos Quanto necessário 
hs Ao deitar Sp frumenti uísque 
IM Por via intramuscular Ss metade 
IV Por via intravenosa Stat imediatamente 
L litro Tid 3 vezes ao dia 
µg micrograma Tr tintura 
mL mililitro U unidade 
od Uma vez ao dia Vo Por via oral 
od Olho direito Xp Por via oral 
oe Olho esquerdo 
 
 
 Exercícios___________________________________________________ 
 
1. Escrever o significado das seguintes abreviações: 
H _____________________ 
Qd _____________________ 
Ac _____________________ 
Mg _____________________ 
Qid _____________________ 
Hs _____________________ 
 
Noções de Farmacologia 
Stat ____________________ 
Bid ____________________ 
 
2. interpretar as seguintes ordens: 
a. Leite de magnésia 30 mL hs. 
b. Penicilina VK mg ac diaramente. 
c. Tylenol cps ii star e q 4h sos. 
 
3. Diferenciar entre uma ordem de codeína 30 mg q 4h sos e uma ordem de sulfato de codeína 30 mg qid. 
 
4.Escrever as seguintes dosagens utilizando o sistema métrico de medidas e as abreviações aceitas: 
a. Duzentos e cinqüentas miligramas de eritromicina a cada seis horas. 
b. Trinta miligramas de fenobarbital ao deitar. 
c. Cinqüenta miliqramas de demerol por via intramuscular a cada quadro a seis horas quando necessário 
para alívio de dor no local da cirurgia. 
d. Quinze unidades de insulina NPH por via subcutânea toda manhã antes do desjejum. 
e. Quinze mililitros de extrato fluído de cáscara-sagrada ao deitar, quanto necessário. 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
OBJETIVOS PARA O ESTUDANTE 
 
SER CAPAZ DE ________________________________________________________1.Diferenciar efeitos locais de sistêmicos e dar exemplos de cada um. 
2. Relacionar os quatro métodos de administrar de medicamentos. 
3. Definir o termo parental e exemplificar os métodos parentais de administração de fármacos. 
4. Citar as vantagens e desvantagens da administração de medicamentos pela via parental. 
5. Relacionar diretrizes para a administração de medicamentos. 
6. Identificar as causas de erros na administração de medicamentos. 
7. Usar abreviações comuns com 100% de exatidão. 
8. Demonstrar habilidade inicial em despejar medicamentos. 
9. Controlar a velocidade de fluxo das soluções intravenosas. 
 
A segurança é o objetivo mais importante na administração de medicamentos. A seguir são 
apresentadas diretrizes a serem seguidas quando se deseja uma administração segura de medicamentos. 
 
DIRETRIZES PARA A ADMINISTRAÇÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS 
 
1. Conhecer as normas do hospital ou estabelecimento. 
2. Administrar apenas aqueles medicamentos que constam na prescrição assinada pelo médico. 
3. Consultar o enfermeiro-chefe ou médico quando tiver dúvida a respeito de qualquer medicação. 
4. Certificar-se de que os dados no registro de medicamentos ou no fichário Kardex correspondem 
exatamente ao rótulo do medicamento do paciente. 
5. Solicitar sempre a outra, pessoa, como por exemplo: o enfermeiro-chefe ou farmacêutico, para conferir 
os cálculos. 
6. Não conversar durante a administração da medicação, a não ser para pedir ajuda. Lembre-se de que a 
atenção é o aspecto mais importante da segurança. 
 
 
Seis Itens Certos para a Correta Administração de Medicamentos 
1. Paciente certo 
2. Horário e freqüência de administração certos 
3. Dose certa 
4. Via de administração certa 
5. Medicamento certo 
6. Documentação certa 
7. Manter o armário ou carrinho de medicamentos sempre trancado quando não estiver sendo usado. 
8. Não fornecer a chave do armário ou carrinho de medicamentos a pessoa não autorizada. 
 
 
 
Noções de Farmacologia 
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
Os métodos de administração dos medicamentos modificam seus efeitos no organismo. Algumas 
drogas só podem ser administradas por um método, enquanto outras podem ser administradas de varias 
formas, dependendo da preparação usada e da razão pela qual o medicamento é administrado. De modo 
geral, dois tipos de administração de drogas nos interessam: local (que visa um efeito limitado ao local da 
aplicação) sistêmica (que visa um efeito geral no qual a droga é absorvida pelo sangue e transportada para 
um ou mais tecidos do corpo). 
Os sistemas de administração de drogas são denominados formas de dosagem. As indústrias 
farmacêuticas embalam os medicamentos de forma a manter a estabilidade química e, algumas vezes, a 
biodisponibilidade. 
Os sistemas de administração também podem realizar funções muito especiais para algumas drogas 
em algumas populações de paciente. Enfermos com vômito, epilepsia, asma ou dor necessitam de alívio 
rápido. A administração nasal ou pulmonar por inaladores pode permitir que se alcancem rápidos níveis de 
sanguíneos do fármaco. Alternativamente, se for difícil a adesão para vias de administração complicadas, 
pode ser melhor usar sistemas de ação relativamente longa como transdérmicos, orais de liberação lenta e 
injetáveis de liberação prolongada. 
Novos sistemas de administração de administração que estão sendo desenvolvidos incluem os 
bioadesivos que permitem a localização em mucosas como via administração, bem como transportadores 
de fármacos que impedem sua remoção pelo fígado, baço, pulmão e osso. 
 
Administração para Efeitos locais 
 
O efeito local é obtido quando o fármaco é aplicado na área imediata. Ocasionalmente, pode absorção 
indesejada no local da aplicação, resultado em um efeito indesejado ou tóxico. 
O ácido bórico, o salicilato de metila e o hexaclorofeno mostraram exercer efeitos prejudicais 
sistêmicos, particularmente quando aplicados a grandes superfícies ou em regiões sem pele. 
 
Aplicação na Pele. A pele intacta, excerto a pele de recém-nascido, geralmente é impermeável à maioria 
das substâncias. Pomadas contendo antiinflamatórios ou antibióticos são úteis por seus efeitos locais. 
Deve-se ter cuidado para não aplicar substâncias tópicas a áreas sem o conhecimento do médico, pois 
pode haver absorção indesejada. 
 
Aplicação na Mucosa. A aplicação de medicamentos nas várias mucosas do corpo pode ser feita visando 
efeitos locais ou sistêmicos. As mucosas da boca, olho, nariz, vagina e reto são constantemente banhados 
por soluções aquosas e geralmente são permeáveis que a pele. 
 
Supositórios. Os supositórios podem ser introduzidos no reto para causar efeitos locais, como o Dulcolax, 
por sua ação local para promover um efeito laxante, ou na forma de bases solúveis, para atingir um afeito 
sistêmico (isto é, antieméticos, substâncias analgegésicas, ou medicamentos como aspirina, por seu efeito 
antipirético). Os supositórios vaginais geralmente 
são usado para tratamento de infecção locais, embora possa haver alguma absorção sistêmicos. 
 
Enemas. Os enemas usados mais comumente para promover efeitos laxantes; alguns enemas de retenção 
de base oleosa podem conter fármacos que visão efeitos sistêmicos. 
 
Soluções Nasais: Essas soluções podem ser usadas para tratamento de distúrbios sistêmicos, como 
asma, ou para exercer um efeito local na diminuição da congestão nasal. Deve-se ter cuidado para que as 
vias nasais estejam livres de exsudato antes de se administrar uma solução nasal, e a extremidade do 
frasco deve ser protegida de contaminação. As válvulas dos sprays nasais devem ser limpas após cada 
uso. 
 
Soluções Oftálmicas. Deve-se ter cuidado para evitar contaminação das soluções oftálmicas. O frasco 
conta-gotas ou a extremidade do tubo de pomada nunca devem tocar as membranas oculares. Estas 
preparações geralmente têm data de validade para garantir sua esterilidade; esta data deve ser conferida 
antes do uso. 
 
Soluções Otológicas. Não é necessário usar técnica absolutamente estéril para administrar soluções 
otológicas. Com o paciente deitado, deve-se primeiro puxar delicadamente a orelha para retificar o canal 
auditivo e então instalar as gotas otológicas neste canal. O paciente deve permanecer em decúbito por 
alguns minutos após instalação das gotas, a fim de segurar seu efeito. 
 
Noções de Farmacologia 
 
Administração para Efeitos Sistêmicos 
 
Para se alcançar os efeitos sistêmicos de um medicamento, ele deve primeiro ser absorvido para o 
sangue e transportado para o tecido ou para o órgão em que atua. Para produzir estes efeitos, os fármacos 
podem ser administrado por via oral, sublingual, reta, parental, por inalação ou em, alguns casos, até 
mesmo topicamente. 
 
Administração Oral. Embora seja o método mais popular do ponto de vista de aceitabilidade e 
conveniência do paciente, a administração oral tem a desvantagem de ter início de ação mais lento que a 
administração parental. Este método não deve ser usado se for desejado um efeito muito rápido. Alguns 
fármacos, como via oral, a insulina, não são eficazes quando administrados por via oral, por que são 
destruídos pelas enzimas no trato gastrointestinal. 
Os fármacos administrados por via oral podem estar sob a forma de comprimidos, cápsulas ou líquidos. 
O sabor é um fator importante do ponto de vista do paciente. O sabor desagradável de muitos 
medicamentos pode ser disfarçado com grandes volumes de líquidos, como sucos de frutas ou bebidas 
efervescentes, ou em xaropes ou emulsões. Os Líquidos de sabor desagradável devem ser administrados 
frios, freqüentemente com gelo, e seguidos por um gole de água. 
O alimento retarda ou reduz a absorção de muitos fármacos, incluindo a aspirina e algumas formas de 
penicilina. Outros medicamentos São melhor absorvidos e menos irritantespara o estômago quando 
tomados juntos com alimento. Os exemplos de medicamentos que devem ser ingeridos com alimentos são 
produtos que contêm ferro e algumas formas de eritromicina. 
A absorção pode ser reduzida se alguns medicamentos forem administrados com determinados 
alimentos Por exemplo, por um período a tetraciclina foi administrada com leite para reduzir a irritação 
gástrica. Mais tarde, constatou-se que a tetraciclina era seriamente utilizada e tornava-se muito menos 
eficaz devido aos suplementos de cálcio, magnésio e minerais que se ligavam à tetraciclina, reduzindo 
assim a quantidade do medicamento disponível no organismo. 
Ao tomar medicamentos orais o paciente deve ser aconselhado a: 
 
1. Ler todas as instruções, advertências e interações sobre o fármaco, que geral encontram-se 
claramente impressas nas preparações vendidas sem receita médica. As preparações vendidas sem receita 
médica são drogas também e não devem ser ignoradas como causa de possíveis efeitos colaterais com 
drogas prescritas. 
2. Tomar os medicamentos em geral com um corpo cheio de água para permitir que a droga seja 
dissolvida e comece a agir mais rápido. 
3. Medicamentos nunca devem ser combinados com álcool. Alguns xaropes para tosse contêm álcool 
em quantidades suficiente para ser notada. 
4. Não misturar medicamentos a bebidas quentes. A temperatura quente pode destruir alguns 
fármacos e o ácido tânico presente no chá quente pode reduzir a absorção de alguns medicamentos. 
5. Não misturar medicamentos a alimentos, excerto se especificamente prescrito. 
6. Suplemente de vitaminas e minerais possuem substâncias que podem interferir na absorção de 
fármacos. Estes devem ser observados como medicamentos usados sem prescrição. 
 
Procedimento para Despejar e Administrar Medicamentos Orais 
 
1. Lavar as mãos. 
2. Identificar o paciente conferido seu bracelete de identificação. Caso não haja bracelete, e exista 
qualquer dúvida quanto ao paciente ser capaz de informar corretamente seu nome, peça a um membro de 
confiança da equipe que identifique o paciente. 
3. Comprar o rótulo da droga com o registro de medicamentos ou fichário Kardex ao retirar o recipiente de 
seu local, antes de despejar e antes de recolocar o recipiente de seu local. 
4. Colocar pílulas, comprimidos e cápsulas na tampa do frasco antes de colocar no copo-medida. Evitar 
tocá-los com os dedos. 
5. Ao despejar líquidos, evitar o lado do rótulo. Limpar o gargalo do frasco com toalha de papel ou lenço 
de papel úmido antes de recolocar a tampa. 
6. Segurar o corpo-medida ou proveta graduada ao nível dos olhos e colocar o polegar sobre o vidro no 
volume desejado. 
7. Ao administrar mais de um medicamento a um paciente, deve ser usada a seguinte ordem: administrar 
comprimidos e cápsulas seguidos por água, ou outro líquido; depois administrar líquidos diluídos com água, 
quando necessário. Medicamentos para tosse são administrados não diluídos e não são seguidos por 
líquidos. Comprimidos sublinguais e bucais são administrados por último. 
 
Noções de Farmacologia 
8. Permanecer com o paciente até que toda a medicação tenha sido deglutida. 
9. Só anotar no Kardex ou no prontuário após administrar a medicação. 
10. Relatar e anotar a medicação prescrita, mas não administrada. 
 
Geralmente é feito um cartão semelhante ao ilustrado na figura 14.1 para cada medicamento que o 
paciente recebe. Cada hospital tem seu próprio formulário, com adaptações. Muitos hospitais e unidades de 
internação transcrevem as receitas para um Kardex. 
Muitos fármacos comumente usados são encontrados em embalagens com dose unitária. Uma 
embalagem de dose unitária contém a quantidade de medicamento para uma única dose na forma 
apropriada para administração pela via prescrita. Comprimidos, cápsulas e líquidos podem ser preparados 
em embalagem com dose unitária. Todas as embalagens com dose unitária são identificadas com o nome 
genérico, nome comercial, precauções, data de validade, se apropriada, e instruções para armazenamento. 
A embalagem das drogas concorre para a segurança da medicação porque não é necessário calcular 
dosagens. Embalagens em tiras facilitam a contagem dos narcóticos, porque todas as dosagens na tira são 
numeradas. Este tipo de embalagem também impede a contaminação causada pela colocação dos 
comprimidos nas mãos durante a contagem. 
 Medicamentos líquidos podem ser medidos em uma proveta graduada ou copo-medida, dependendo do 
volume desejado e da precisão necessária (Figura 14.2). Volumes mito pequenos ou exatos não devem ser 
medidos em copos - medidas. Deve-se usar uma seringa para medida de volumes menores que 5 mL. 
 
 
 
 
NOME Jane Kingsley 
QUARTO 338-1 
MEDICAÇÃO Gantrisin 
PRONTUÁRIO 6004871 
DOSE 0,5 grams 
HORÁRIO 9-1 – 5 - 9 
 
 Administração Sublingual. O procedimento para administrar medicamentos sublinguais é o mesmo que 
para administração oral. Entretanto, o medicamento não é deglutido; é colocado sob a língua do paciente, 
onde deve ser mantido até se dissolver ou ser absorvido. O numero de medicamentos que podem ser 
administrados dessa forma é limitado. 
 
Administração Parental. O termo parental refere-se a todas as formas de administração de medicamentos 
com uma agulha. Embora este seja indubitavelmente o método mais eficiente de administração de 
medicamentos, porque evita todas as variáveis de absorção tópica e gastrointestinal, também pode ser mais 
arriscado. Os efeitos indesejados podem ser rápidos e até mesmo fatais. 
Sempre que a pele se rompe, é possível o desenvolvimento de infecções: assim, deve ser usada 
técnica asséptica rigorosa. As injeções podem causar lesão de nervos se posicionadas incorretamente, e a 
perfuração acidental de vasos sanguíneos pode causar formação de hematoma ou a introdução incorreta de 
uma droga para uso diretamente em um vão sanguíneo. 
Os medicamentos para uso injetável são fornecidos na forma de ampolas ou fracos, conforme ilustrado 
na Figura 14.1. As ampolas são destinadas para uso único, e a parte não usada deve ser desprezada. Os 
frascos com tampa de borracha são usados tanto para dose unitária quanto para múltiplas doses. Deve-se 
ler o rótulo cuidadosamente, verificando-se a concentração da droga e o uso pretendido do frasco 
específico. Se houver qualquer sinal de precipitação, mudança de cor ou turvação no frasco, este deve ser 
desprezado. 
Algumas drogas para uso parental são fornecidas ampola na forma de pó, que deve ser diluído pelo 
enfermeiro antes da administração. As introduções para reconstituição estão incluídas na bula, 
recomendado diluição com solução fisiológica estéril ou água destilada, e devem ser seguidas 
rigorosamente. 
Existem seringas descartáveis para qualquer medicamento a ser administrado por via subcutânea, 
intramuscular e intravenosa (Figura 14.4) Algumas das vantagens das seringas descartáveis são: 
 
1. Esterilidade assegurada. 
2. Precisão. 
3. Menor traumatismo dos tecidos causados por agulhas rombas. 
4. Imediatamente disponíveis. 
 
 
Noções de Farmacologia 
Estas doses unitárias de seringas descartáveis são as mais convenientes, mas também as formas mais 
dispendiosas de medicações parentais. 
 
Injeção Intradérmica. Esta forma de injeção é usada exclusivamente para teste cutâneo. A agulha é 
introduzida em um ângulo quase paralelo à superfície cutânea. Quando corretamente posicionada, surgirá 
uma pequena bolha na superfície cutânea no local onde o material intradérmico é depositado. Geralmente 
se escolhe a superfície interna do braço ou parte posterior para o teste cutâneo (Figura 14.5A). 
 
Injeção Subcutânea. Na injeção subcutânea, a solução é depositada sob a pele no tecido adiposo ou 
conjuntivo imediatamente sob a derme. Geralmente se usa uma agulha calibre 25, com um comprimento de 
3/8 a 5/8 de polegada (10 a 15 mm), dependendoda espessura de tecido subcutâneo do paciente. 
Geralmente è usado um ângulo de 45 graus, embora com uma agulha curta possa ser usado um ângulo de 
90 graus também Após limpeza cuidadosa com álcool ou outro desinfetante, a pele geralmente é 
suavemente beliscada e separada do músculo. A pele é solta antes da injeção do medicamento. Antes da 
injeção, a agulha é aspirada para certificar-se de que não houver perfuração de um vaso sanguíneo, e 
então o material é injetado. Geralmente as quantidades injetadas por via subcutânea são menores que 2 
mL. 
 
Injeção Intramuscular. Para injeção intramuscular (IM) é usada uma agulha de 1 a 3 polegadas (25 a 75 
mm). O calibre da agulha geralmente baseia-se na viscosidade do material injetado. Amiúde se uma agulha 
de calibre 20 a 25 para injeções de penicilina, mas é escolhido um calibre menor para soluções de outros 
fármacos. 
Há vários locais que podem ser usados para injeções intramusculares, incluindo o músculo deltóide no 
braço, o vasto lateral na face lateral da coxa e o glúteo máximo nas nádegas. Deve ser feito um rodízio dos 
locais se for prescrita administração intramuscular repetida de medicamentos. 
Ao se administrar injeções intramuscular a crianças, é escolhida uma agulha mais curta. Em lactantes 
freqüentemente é usada uma agulha de 3/8 d polegada (10 mm). O músculo vasto lateral na face ântero-
lateral da coxa é o local preferido para lactantes e crianças pequenas, porque os músculos glúteos não 
estão bem desenvolvidos. A agulha é introduzida em posição ântero-posterior após o músculo ser 
firmemente apreendido e a criança firmemente contida. 
Deve-se ter cuidado de aspirar a seringa antes de injetar o medicamento. 
 
Administração Intravenosa. A via intravenosa (IV) é usada quando se deseja o início mais rápido de ação 
do fármaco. A medicação é injetada diretamente de uma ampola especial para uso IV ou diluída em um 
frasco de líquidos para administração mais gradual. Pode ser usada qualquer veia superficial, ou pode-se 
fazer uma dissecção para utilizar a veia subclávia ou veias mais profundas dos membros. 
Assim como em muitos casos o efeito pretendido do fármaco ocorre em poucos segundos, os efeitos 
indesejados podem ocorrer com a mesma rapidez. Por essa razão, freqüentemente é necessário 
supervisão direta de um médico. 
A via IV pode ser usada quando os fármacos são irritantes demais para serem injetados por via 
subcutânea ou intramuscular, porque a túnica íntima dos vasos sanguíneos costuma ser bastante resistente 
ao efeito destes agentes. Deve-se ter cuidado para evitar o extravasamento destes agentes; pode haver 
necrose local. 
A via IV também é usada para administrar líquidos, eletrólitos, dextrose ou outros açúcares, e 
proteínas. Deve-se ter cuidado para evitar incompatibilidades ao se misturar fármacos em várias soluções 
IV. Se houver turvação, alteração da cor ou precipitados quanto um fármaco é misturado, a solução não 
deve ser usada. 
A velocidade de fluxo da solução IV é monitorizada mantendo-se o número adequado de gotas por 
minuto. O número de gotas por minuto varia com o calibre do equipo intravenoso usado e deve ser 
cuidadosamente verificado pelo enfermeiro em cada caso. As calibrações podem variar de 10 a 60 
gotas/mL. 
 
 
Controle da Velocidade de Soluções Intravenosas. Os frascos de soluções intravenosas são apresentados 
em embalagens de 250, 500e 1.000 mL. A prescrição pode determinar uma solução específica a ser 
administrada a intervalos específicos (p. ex., 150 mL por hora durante 8 horas) ou uma quantidade 
específica pode ser administrada continuamente (p. ex., mL durante um período de 6 horas). Em qualquer 
caso o número apropriado de gotas por minuto é de determinado pela regulagem do equipo intravenoso 
específico usado. 
 
 EXEMPLO 
 
Noções de Farmacologia 
 
A prescrição determina a administração de 1. 000 mL de solução de dextrose a 5% em um período de 8 
horas. O equipo está regulado de tal forma que 15 gotas = 1 mL. Qual deve ser a velocidade de fluxo em 
gotas por minuto? 
 Primeiro: Determinar o número de mililitros por hora. 
 1.000 mL = 125 mL /h 
 8h 
 Segundo: Determinar o número de mililitros por minuto. 
 125 mL/h = 2,1 (ou 2 mL/min) 
 60 (min/h) 
 Terceiro: Converter os mililitros por minuto nas gotas necessárias. 
 
 1 mL = 15 gotas 
 Portanto, 2 mL = 30 gotas por minuto. 
 
EXEMPLO 
Quanto tempo será necessário para administrar 250 mL de uma solução IV que está fluindo na velocidade 
de 30 gotas por minuto? Este equipo está regulado para 60 gotas/mL. 
Primeiro 
Primeiro : Converter gotas em mililitros. Se 60 gotas = 1 mL, 30 gotas = 0,5 mL/ min. 
Segundo: Determinar quantos minutos serão necessários para que esta quantidade de líquidos seja 
absorvida. 
 250 mL= 500 min 
 0,5 mL/min 
Terceiro: Converter minutos em horas. 
 500 min = 8,3 h 
 60 min/h 
Injeção Intra-arterial. Em casos especiais, mais especificamente na administração de agentes 
antineoplásicos, o fármaco é injetado diretamente em uma artéria que segue para o tecido ou órgão 
afetado. É usado um equipo especial para este fim. A forma intra-arterial pode administrar altas doses se 
um fármaco a uma área registrada do corpo, eliminando assim alguns dos efeitos colaterais sistêmicos do 
agente. Atualmente, os pacientes podem receber alta com medicações intra- arteriais preparadas para auto-
aplicação durante longos períodos. 
 
 
 
Questões de Revisão ___________________________________________________ 
 
1. Discutir os métodos usados para aplicar medicação às mucosas nasais, orofaringe, olhos, vias urinárias e 
vagina. 
2. Citar os métodos usados para administrar fármacos com obtenção de sistêmicos. 
3. Definir o termo parental. 
4. Que vantagem a administração oral de fármacos tem sobre a administração parental? 
5. Citar um exemplo de cada um dos seguintes métodos de injeção: 
6. Quais são alguns hábitos que você deve desenvolver para administrar medicações com segurança? 
7. Discutir o procedimento correto para despejar e medir 15 mL de leite de magnésia, utilizando um frasco 
que contém 230 mL do medicamento. 
8. Sem o uso de referência, preparar uma lista de abreviações comuns usadas em ordem de medicamentos. 
Outras oportunidades de aprendizado: 
 
1. Se o curso de farmacologia não se correlacionar com o curso básico de enfermagem, recomenda-se que 
seja oferecido o equipamento para despejar as várias formas de medicamentos orais para exame. 
2. Praticar a transcrição por vários métodos. 
 
O Corpo: O Cenário dos Fármacos 
 
Quando uma variedade de drogas, dos mais diversos grupos de fármacos, é administrada, deve-se 
considerar que esses, quando associados, podem não somente trazer benefícios para o cliente, mas que 
também podem complicar ainda mais a sua condição clinica, variando de um simples efeito colateral, até 
uma complicada e perigosa reação adversa, sendo ambas as complicações possíveis de gerar inúmeras 
alterações de ordem orgânica ou psíquica, que podem passar de uma simples alteração de comportamento 
 
Noções de Farmacologia 
ou de um determinado parâmetro vital, até a perda de consciência, ou colapso circulatório grave, podendo 
inclusive, levar o cliente à morte. 
Atualmente pode-se observar que os profissionais de enfermagem estão mais preparados para 
reconhecer os efeitos secundários dos fármacos que estão relacionados à atividades orgânicas específicas, 
como por exemplo, funções cardiovascular, respiratória, renal etc. No entanto, esses profissionais 
apresentam ainda, uma grande dificuldade em correlacionaras alterações de ordem psíquica ou emocional 
que afetam comumente o humor ou a libido, conseqüentes da administração de alguns fármacos, como por 
exemplo a lidocaína, que dentre outros efeitos secundários, pode possibilitar o surgimento de confusão 
mental. 
Cabe o enfermeiro conhecer bem o corpo que está submetendo à administração do fármaco não de 
maneira isolada, e sim procurando estabelecer conexões possíveis entre os diferentes aparelhos ou 
sistemas orgânicos e as drogas que lhes são administradas. Antes mesmo de conhecer os diversos grupos 
de fármacos, o enfermeiro deve considerar que o corpo do cliente é um organismo que se comunica, que 
não é um mero receptor de fármacos, e que por isso para toda ação, este estará reagindo com uma reação 
específica, e muitas das vezes simbólica. 
Quando um determinado fármaco é administrado, seu efeito, por menos sistêmico e seletivo que 
possa ser, pode provocar alterações no funcionamento de outras estruturas orgânicas, ou ainda, alterar 
completamente o comportamento ou a qualidade de vida dos clientes. 
Pode-se tomar como exemplo a utilização de fármacos como diuréticos ou os anticonstipantes, que 
muitas vezes são prescritos pelo médico e aprazados pelos enfermeiros, em horários completamente 
inadequados, como à noite, o que certamente comprometeria o sono do cliente, que teria que despertar 
várias vezes para atender suas necessidades, prejudicando, dessa forma, a necessidade de sono e 
repouso da recuperação para a saúde. 
Este capítulo tem como objetivo espertar nos enfermeiros a sensibilidade de compreender o corpo, 
considerando a mente, os órgãos e os seus sentidos como um elemento ímpar, indivisível e capaz de reagir 
das mais variadas formas às estimulações que recebe a todo instante, provenientes do meio que cerca, ou 
nesse caso, estimulações oriundas da presença do fármaco no organismo. 
 
Princípios da Administração de Medicamentos 
 
Ao falar sobre administração de drogas, torna-se imprescindível, assim como em relação o corpo, 
tecer algumas considerações básicas sobre a ciência que se preocupa em estudar os fármacos, a 
Farmacologia. 
Como docentes de Fundamento de Enfermagem, hoje, Semiotécnica de Enfermagem, os autores têm 
verificado o quanto é difícil trabalhar com os acadêmicos de Enfermagem do curso de graduação, quando o 
assunto é administração de medicamentos. Nesse momento, torna-se evidente o despreparo dos alunos 
para a realização de tal procedimento, talvez, pelo o fato de não terem aproveitado melhor os conteúdos 
referentes aos princípios da administração de medicamentos, quando cursaram a disciplina de 
farmacologia. 
Nos dias atuais, o surgimento de novos fármacos no mercado nacionais faz com que os enfermeiros 
mantenham-se sempre atualizados sobre as atividades farmacológicas, mas para que isso seja mais 
especial, faz-se necessário que o enfermeiro tenha noções básicas de farmacologia. 
A farmacologia é a ciência que estuda os efeitos das drogas no organismo, desde a sua 
administração, através de uma das vias de aceso ao organismo, até o seu metabolismo e eliminação. Dessa 
forma, é de fundamental importância para o enfermeiro ter conhecimentos sobre o assunto, pois da mesma 
forma que quem prescrever as drogas precisa conhecer as suas diversas vias de administração, efeitos 
terapêuticos, doses terapêuticas, efeitos colaterais, reações adversas, além de conhecer as sus vias de 
eliminação; o responsável pela administração, também deve ter esse conhecimento. 
A farmacodinâmica é uma parte da farmacologia que se preocupa em estudar todo o percurso que a 
droga administrada faz no organismo até que seja eliminada. É muito importante que o enfermeiro saiba, 
por exemplo, qual a via de administração ou qual a via de eliminação de uma determinada droga, ou ainda, 
conhecer em que área do organismo ela será metabolizada, bem como indicar qual o seu sítio de ação, 
suas indicações e contra-indicações, bem como determinar quais os principais efeitos que elas podem 
provocar no organismo. 
 A administração de drogas em unidades de terapia intensiva dá-se de maneira diferenciada das 
demais unidades. Nesses setores, as drogas são administradas em associação, cabendo na maioria das 
vezes ao enfermeiro estabelecer quais os horários em que as possibilidades e interações medicamentosas 
que podem apresentar. 
Dessa forma, caberá ao profissional procurar conhecer cada vez mais a farmacodinâmica das drogas 
comumente utilizadas por ele nas unidades de terapia intensiva, procurando inclusive, orientar os seus 
técnicos ou auxiliares sobre os principais cuidados ao administrar uma determinada droga. 
 
Noções de Farmacologia 
Um outro ponto muito importante na farmacologia é a apresentação das drogas ou fármacos. 
Encontra-se hoje no mercado uma infinidade de apresentações de drogas, que muitas vezes, acabam 
confundindo o profissional no momento de sua administração. Em algumas situações, é comum que 
algumas drogas sejam administradas no organismo, utilizando-se determinadas apresentações que não são 
compatíveis com as vias utilizadas. 
Um exemplo disso é a freqüência com que se administra, por exemplo, a nifedipina, uma droga anti-
hipertensiva, que caracteristicamente apresenta uma certa labilidade quando em contato com o suco 
gástrico, o que justifica a apresentação na forma de cápsula, e que freqüentemente é perfurada, para que 
seu conteúdo seja diretamente administrado pela sonda gástrica, acarretando certamente, um mau 
aproveitamento do efeito terapêutico. Embora seja uma falha muito grave, essa prática é muito comum. 
 Um outro problema não tão raro de acontecer é a administração de drogas erradas, em clientes 
errados, pelas vias erradas e em horários errados. Esse engano pode, dependendo da droga, da via 
administrada ou da condição de base do cliente, acarretar sérias complicações orgânicas e funcionais para 
o indivíduo. 
Para tentar minimizar a ocorrência desse problema, é importante estar atento aos chamados “5 
acertos” de Wanda Horta, referentes à administração de drogas pelas diversas vias. Deve-se sempre 
procurar administrar a droga certa, no horário certo, na dosagem certa, pela via certa e no cliente certo. 
Para que todos esses acertos sejam efetuados, principalmente quando a prática acontece em 
unidades de terapia intensiva, em que o número de fármacos utilizados é consideravelmente maior do que 
em unidades de cuidados básicos, torna-se necessário que toda a atenção do enfermeiro esteja voltada 
para a separação, manipulação e administração do fármaco, evitando-se nesses momentos, que sua 
atenção seja desviada para outras situações. 
Além de tudo, vale ressaltar que uma perfeita caligrafia do médico no momento da prescrição seja 
respeitada, caso contrário, o enfermeiro deve certificar-se junto ao médico sobre o nome a droga que foi 
prescrita, procurando, sempre que houver dúvidas sobre o fármaco, a dose ou a sua via de administração, 
questionar o médico e confirmar tais prescrições. As falhas desses profissionais também não são raras, e 
cabe ao enfermeiro estar atento a esses possíveis acontecimentos. 
 
 
Definição de termos 
 
 
Droga: é quaisquer substâncias químicas, simples ou compostas, de múltiplas origens que é utilizada com 
varias finalidades, e quando administrada em organismos vivos, é capaz de provocar alterações somática 
ou funcionais. 
Medicamentos ou fármacos: É sinônimo de drogas, que quando administrado no organismo vivo é capaz 
de produzir efeito terapêutico. 
Tóxico: drogas que ao serem administradas no organismo vivo são capazes de produzir efeitos nocivos. 
Efeito terapêutico de um fármaco: está relacionado ao efeito benéfico ao organismo esperado quando da 
administração do fármaco. Como exemplo, o efeito terapêutico de um fármaco antitérmico é a diminuição da 
temperatura, ou seja, o efeito esperado após aadministração desse tipo de fármaco no organismo. 
Dose terapêutica: é a quantidade mínima de um fármaco que, quando administrada ao organismo, é capaz 
de desenvolver o seu efeito terapêutico. Um exemplo de dose terapêutica seria a dose dose100 mg de AAS 
diariamente para atuar no organismo como antiagregante plaquetário. 
Efeito colateral: é o efeito freqüentemente encontrado na administração dos fármacos, principalmente 
aqueles de atividade seletiva, e corresponde a um efeito que se percebe paralelamente ao sistema onde se 
desejava alcançar o efeito terapêutico, ou em outro sistema do organismo. 
Esse tipo de efeito é rotineiramente esperado, porém, não é desejado. Normalmente não traz maiores 
prejuízos ao orgasmo. Um exemplo muito freqüente de efeito colateral é a tosse provocada pela a 
administração de alguns inibidores da ECA, como o Captopril. 
Efeito adverso: é o efeito que se faz presente, geralmente de maneira nociva e incômoda, ao se 
administrar um fármaco. É também conhecido como reação adversa. É um tipo de efeito menos freqüente 
que o feito colateral, e diferentemente desse, a sua ocorrência não é esperada e nem tão pouco desejada. 
Reação alérgica: é um tipo de reação, algumas vezes esperada pela própria natureza do fármaco, que está 
intimamente relacionada com a sensibilidade alérgica de cada indivíduo. Essa reação pode variar, 
dependendo da sensibilidade alérgica de cada indivíduo, desde uma simples reação local, caracterizada por 
vermelhidão (rubor), coceira intensa (prurido) e edema, até mesmo quadros alérgicos mais graves como os 
casos de anafilaxia, podendo inclusive levar o indivíduo à morte em poucos instantes. 
As reações do tipo anafiláticas geralmente ocorrem em função de hipersensibilidade do organismo ao 
fármaco, e manifesta-se sintomatologicamente por um grave estado de inadequação circulatória (choque), 
que é precedido por cianose de extremidades, dispnéia súbita, edema generalizado, mais comum na face e 
 
Noções de Farmacologia 
glote, e colapso circulatório. Por ser caracteristicamente de instalação súbita, faz-se necessário que o 
cliente seja monitorizado antes, durante e algum tempo após a administração de fármacos em indivíduos 
com histórico de hipersensibilidade tópica. 
Efeito idiossincrásico: também conhecido como idiossincrasia, é a manifestação de um efeito contrário ao 
efeito terapêutico. Acontece quando um fármaco é administrado e o efeito que se apresenta é 
completamente contrário ao efeito que se deseja obter. Um tipo de idiossincrasia muito comumente 
observado acontece com a administração de sedativos, principalmente os benzodiazepínicos, em particular 
o diazepam, que quando administrado, em vez de sedar o indivíduo, induzindo o mesmo ao sono, acaba 
fazendo com que ele fique mais excitado ainda. 
Agonista e antagonista - agonista são um fármaco ou hormônio que, ocupando receptores celulares 
específicos, produz um efeito biológico. Já o antangonista, é toda substância, incluindo os fármacos, que se 
opõem à estimulação de um sistema biológico efetua-dor. Quando um fármaco ocupa os mesmo receptores 
do agonista específico, fica caracterizado antagonismo competitivo ou farmacológico. Por exemplo, a 
diminuição da freqüência cardíaca induzida por catecolaminas pelo propranolol. 
O antagonismo fisiológico ocorre quando outro sistema efetor e outros receptores são ativados: por 
exemplo, a adrenalina opondo-se ao broncoespasmo induzindo pela histamina. 
 
A fármacocinética: o Organismo Agindo sobre o Fármaco 
 
Todo fármaco administrado pela via oral é absorvido pelo organismo através do trato gastrintestinal e 
através da circulação porta vai inicialmente para o fígado onde é submetido ao sistema enzimático de 
biotransformação e degradação. Dependendo de sua estrutura química, pode ser completamente 
metabolizado e inativado, não atingindo níveis na circulação sistêmica na sua forma ativa. Essa degradação 
é denominada de metabolismo de primeira passagem, ou hepático inicial. 
Dessa forma, um fármaco que é administrado pela via sublingual ou endovenosa não sofre esse 
mesmo efeito. Isso proporciona uma concentração maior do fármaco na circulação sistemática, com doses 
reduzidas dele. Por esse motivo, as doses de um mesmo fármaco que sofrem importante efeito de primeira 
passagem são bastante superiores à dose parental, na qual a biodisponibilidade é total. O termo 
“biodisponibilidade” é utilizado para definir a quantidade intacta do fármaco que atinge a circulação 
sangüínea para um efeito biológico. 
É exatamente a biodisponibilidade que determina se um fármaco poderá ser administrado por uma via 
ou outra, no que se refere ao seu aproveitamento peloorganismo. Assim, um fármaco pode ser muito bem 
absorvido pelo trato gastrintestinal quando administrado pela via oral, e completamente destruído pelo 
fígado, sem possuir nenhuma biodisponibilidade, devendo apenas ser utilizado pela via parental, como, por 
exemplo, a lidocaína no combate à arritmia cardíaca. Alguns fármacos não são absorvidos, logo não 
possuem nenhuma biodisponibilidade. 
 
Distribuição 
 
Após a administração parental ou oral do fármaco e sua presença no sangue, ele se liga em graus 
variável às proteínas plasmáticas, particularmente à albumina. Uma fração livre e se distribui por todo o 
organismo. 
A ligação do fármaco às proteínas plasmáticas é fundamental para ele não seja rapidamente 
eliminado, o que possibilita que permaneça por um período maior no organismo, desempenhando o seu 
efeito terapêutico, equilibrando-se com a fração livre, que é continuamente metabolizada e/ ou excreta pelo 
organismo, através da urina ou bile. A distribuição de um fármaco no organismo contribui sobremaneira na 
determinação do esquema de dosagem e esquema terapêutico com que ele será administrado, uma vez 
que permite ao profissional, conhecer o tempo médico que seja o fármaco poderá totalmente eliminado. 
Quando um fármaco é administrado pela via endovenosa, o tempo necessário para que 50% da 
concentração inicial dele se distribuam pelo organismo chama-se meia-vida plasmática alfa de um fármaco. 
E a meia-vida plasmática beta, ou de eliminação, corresponde ao tempo necessário para que a 
concentração plasmática estável de um fármaco diminua em 50% devido a sua eliminação do organismo. A 
meia-vida plasmática depende basicamente da biodisponibilidade do fármaco. 
Já a vida média do fármaco é o tempo médio de duração do efeito ou da própria substância no 
organismo. 
 
Excreção 
 
 Na fase de excreção, uma grande parcela dos medicamentos administrados é degradada no 
organismo, sendo o fígado o principal responsável por esse fenômeno. A biotransformação hepática pode 
ser estimulada ou inibida por diferentes substâncias químicas ou medicamentos, como o fenobarbital, 
 
Noções de Farmacologia 
anticoncepcionais orais e a rifampicina. A insuficiência hepática, por exemplo, só é capaz de reduzir 
consideravelmente o metabolismo de fármaco quando ocorre em grau bastante elevado. 
 A biotranformação hepática muda completamente a estrutura química das diferentes substâncias, 
facilitando sobremaneira a sua excreção do organismo. Os rins são os principais responsáveis por essa 
excreção, tanto de metabólicos como de fármacos ativos. Níveis consideráveis dessas substâncias podem 
ser encontrados na saliva, suor, fezes e leite materno. 
 Esse conhecimento é de grande importância, pois, se, por exemplo, uma mulher estiver amamentando, 
deverá interromper o alimento caso tenha necessidade de utilizar um fármaco que é excretado em grande 
quantidade no leite materno, podendo proporcionar efeitos indesejáveis para o organismo do recém-
nascido. 
 O clearance renal de uma determinada droga ou fármaco é um exame que determina a capacidade do 
sistema renal de eliminar a droga ou fármaco em um intervalo de tempo. Esse exame

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