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Farmacologia: Farmacocinética e Via Oral

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Halanna Kimberly – antes de pensar em falar alguma coisa, lembre que foi 
com o Pandossio e deu um trabalhão! 
Boa prova 
AULA 1 DE FARMACOLOGIA- PANDOSSIO 
REVISÃO FARMACOCINÉTICA 
 O que é farmacologia? 
É a ciência que estuda a interação entre medicamento e organismo. E a partir 
dessa interação, espero poder ter uma alteração fisiológica. Essa alteração 
pode levar a aproximação ou reaproximação da homeostase (equilíbrio). 
O uso do medicamento, em a finalidade de voltar a homeostase do corpo. 
 O que é droga? 
 O que é medicamento? 
Terapêutica= tratamento. 
Podemos chamar uns de fármacos, porque conheço a estrutura química. 
Outros podemos chamar de drogas, porque não necessariamente, conheço a 
estrutura química que esteja fazendo alteração no organismo. 
 O que é farmacocinética? 
Relação com movimento, o que muda da farmacocinética da farmacodinâmica 
é o referencial, a base do estudo. 
 Referencial: 
Farmacocinética: é o organismo 
Farmacodinâmica: é o fármaco/droga/medicamento. 
Para a farmacocinética (organismo) interessa: qual a forma que vou entrar em 
contato com esse medicamento, como administrar o medicamento, qual o 
trajeto percorrido pelo medicamento, como esse medicamento passa pela 
corrente sanguínea, para onde meu corpo vai levar esse medicamento. 
Para a farmacodinâmica (medicamento) interessa: quando eu uso determinado 
medicamento, onde ele vai atuar no meu organismo. Como ele vai atuar e qual 
o mecanismo de ação do mecanismo, a partir do mecanismo qual serão os 
efeitos. 
FARMACOCINÉTICA 
Definição de via de administração: forma como eu entro em contato com o 
medicamento. 
Para farmacologia a principal via de administração é a ORAL. Vantagens: custo 
menor, não precisa de outra pessoa para administrar, via de administração de 
menor possibilidade de intoxicação. Desvantagens: tempo de demora em 
começar a ter efeito, não é indicado para paciente que precise de tratamento 
imediato. 
Dentro da via de administração oral: tem a especificidades do organismo (pH 
de determinadas regiões do organismo, qual a quantidade de concentração de 
ácidos de determinados órgãos, tecidos, sistemas dentro do organismo (via do 
trato digestório). 
ANATOMIA DO TRATO DIGESTÓRIO 
[ ] de pH, no estômago é ácido. E no duodeno é básico. No intestino grosso o 
pH acido, é considerado um pH mais ácido que do estomago. 
Comentário: O fígado é uma glândula que pertence ao Trato Digestório, mas, 
primeiramente, ainda não é, diretamente, importante para o trajeto que a droga 
vai fazer. 
CARACTERÍSTACAS ANATOFISIOLOGICAS QUE PROPRICIAM O USO DE 
MEDICAMENTO POR VIA ORAL 
Absorção do fármaco. 
Antes da absorção eu tenho que dar condição para o fármaco chegar a 
determinado lugar, e ao chegar, aumentar a probabilidade de ser realmente 
absorvido. 
Então uma das ideias é que teríamos especializações de membrana, 
especificidade de membranas no próprio intestino. E principalmente no 
intestino delgado, onde teriam duas áreas, o próprio duodeno e jejuno. 
Entoa quando se utiliza um fármaco, a probabilidade desse fármaco (por via 
oral) e o local onde ele provavelmente dele ser absorvido é no duodeno ou 
jejuno. Simplesmente porque lá tem as vilosidades intestinais ou micro 
vilosidades. 
*CORTES HISTOLOGICOS* 
Não é só o organismo que tem algumas especificidades que favorecem o uso 
da via oral, mas também a droga pode ser pensada para que possa ser usado 
a adm. de via oral. 
A via oral também é a mais vendida. 
O pH dessa substancia pode ser alterado, já que vai passar pelo estomago. Se 
esse medicamento for ácido é provável que ele vá sofrer pouca alteração. Já 
se for um medicamento básico, ele vai reagir como acido do estomago, 
sofrendo a reação acidobásica. E isso pode neutralizar ou diminuir a 
possibilidade dessa substância fazer o efeito que ela tem que fazer no 
organismo. Pensado nisso, a indústria pode alterar o pH de uma determinada 
substancia ou blindar com capsula, resina plástica. Então quando passar pelo 
estomago irá degradar a blindagem, e o fármaco precisa resistir até o duodeno. 
 Presença de carga elétrica: 
Substâncias com presenças de cargas elétricas, aníons/cátions, são substancia 
que geralmente tem dificuldade de serem absorvidas. Se uma molécula estiver 
ligada a outros elementos, provavelmente ela esta isenta de cargas elétrica, e 
isso facilita a absorção. 
Principalmente a característica da minha droga, que facilita o uso ora, (em 
escolher administração oral) é a LIPOSSOLUBILIDADE. Essa lipossolubilidade 
é uma caracterização da droga. 
 O que é LIPOSSOLUBILIDADE? 
Ou lipofilicidade. 
 FILI= AFINIDADE POR 
 LIPOFILICIDADE É TER AFINIDADE POR LIPIDEOS. 
*representação da membrana celular* 
Há apenas dois componentes na membrana celular: lipídeos ou fosfolípideo e 
proteínas (tanto interna quanto externa de membrana). 
Lipídeos ou fosfolípideo (interno e externo= formando a BICAMADA LIPÍDICA). 
Ela permite uma combinação com substancias que tem que atravessar a 
membrana célula. E para haja essa travessia de membrana, tem que ser uma 
substancia obrigatoriamente lipofílica ou lipossolúvel. Quanto mais ela for 
lipofílica, mais facilmente será a chegada dessas substancia para dentro da 
membrana. 
*Saber transportes celulares* 
 São três tipos de transportes: 
1. Passivo: difusão simples, substância pequena, sem carga elétrica e 
muito lipofílica. Sem gaste ou mínimo de energia. 
*lembrar-se da concentração, de um meio que ela esta mais concentrada para 
um meio menos concentrado*. Ex. oxigênio que só tem dois elementos e não 
tem carga elétrica, e é pequena e lipossolúvel. 
2. Difusão Facilitada: ALGUMA COISA FACILITA O TRANSPORTE. 
Preciso de outra substância ou alguma estrutura que facilite o processo de 
passagem através da membrana. 
A droga ou substância entra pela membrana com a ajuda de uma substancia 
carreadora ou carregadora de outra substancia. Que geralmente é uma 
proteína. Ex. glicose-insulina. Ex. transporte através de canais biônicos. 
 Tem em comum: não gasta energia, sempre levam do meio mais [ ] 
para o menos [ ]. 
*TODOS OS CANAIS SÃO PROTEINAS* 
3. Ativo: substância que geralmente não é lipofílica, pode ter carga elétrica 
e é grande. Há gasto de energia. Também há diferença na [ ], onde a 
que tem menos vai para onde tem mais. Ex. bomba de sódio e potássio 
(ATPase). 
EXPLICOU A BOMBA SODIO-POTASSIO TODA 
SUBSTANCIA INERTIDA: NÃO ESPERO EFEITO NOS SAIS, MAS ESPERO 
QUE TENHA UMA FACILIDADE BNAS FASES FARMACOCINÉTICAS. 
 Metabolismo de primeira passagem 
Metabolismo: transformação de uma substancia em outra. 
Porque de1ª passagem: porque provavelmente terá outras. 
O que é cada passagem haverá uma nova transformação que faz com que 
uma substancia x é derivada numa substancia y, que não é aquela que entrei 
em contato. E uma enzima é responsável por essa transformação. 
ONDE TEM ENZIMAS NO CORPO? No organismo todo, porem, onde eu 
espero a 1ª passagem é no fígado (não faz parte do trajeto). 
ETAPAS DA FARMACOCINÉTICA 
No duodeno que acontece a primeira etapa da farmacocinética 
1. ABSORÇÃO: processo de passagem de algum lugar para a corrente 
sanguínea (a absorção acontece independente da via de administração, 
com exceção da via intravenosa e tópica). PRINCIPAL, passar para a 
corrente sanguínea. 
Na altura do duodeno jejuno, já na corrente sanguínea. Com a ajuda do 
sistema porta hepático leva para o fígado (com enzimas metabolizadoras que 
propiciam o metabolismo de 1ª passagem, porque é a 1ª vez que o fármaco 
passa pelo fígado, então por ser a 1ª vez ele pode ser ou não metabolizado). 
Ex.: porque não podemos tomar a substancia Y que já estará metabolizada, e 
que não precise esperar passar pelo fígado e fazer a 1ª passagem, ao invés de 
tomar o X, que passará por todo esse processo? 
Porque talvez possa haver outra enzima para a substancia Y, e ai quando essasubstancia Y passar pelo duodeno, passar pela membrana e cair na circulação 
sanguínea e for à direção do fígado, e ter essa enzima para a substancia Y, a 
substancia pode virar Z. 
PARA SER DISTRIBUIDA, PRECISA ESTAR METABOLIZADA. MAS ALGUNS 
FARMACEUTICOS ENCAIXAM O METABOLISMO DE 1ª PASSAGEM JÁ NA 
DISTRIBUIÇÃO. PORQUE DISTRIBUIR UMA DROGA SIGNIFICA PASSAR 
ESSA DROGA DE UM ÓRGÃO A PARA UM ÓRGÃO B. 
EX.: A DROGA CHEGOU NODUODENO E FOI PARA O FIGADO, ISSO JÁ É 
DISTRIBUIÇÃO. 
NÃO TEM CERTO NEM ERRADO, BASTA SABER ONDE CADA UM SE 
ENCAIXA. 
2. DISTRIBUIÇÃO: quando um fármaco sair de um órgão de alta perfusão 
para órgãos de baixa perfusão. 
Perfusão: sanguínea 
Perfundir: quantidade de sangue que passa de um determinado órgão ou 
tecido. Onde tem muito sangue: intestino, principalmente delgado, jejuno e 
duodeno, coração, fígado, pulmões, rins. O fármaco chega muito rápido por 
esses órgãos na corrente sanguínea. Pouco sangue: músculos em repouso, 
tecido ósseo, tecido adiposo. 
Pacientes obesos: provavelmente o tecido adiposo se torna um deposito de 
fármaco, a dose requerida é maior por conta da grande superfície de tecido 
adiposo desse paciente, e que demora muito mais para movimentar um 
fármaco no organismo. Como chega pouco sangue no tecido adiposo, esse 
movimento no órgão de baixa perfusão é muito mais lento. Quanto mais 
tecido adiposo, mais lenta é a perfusão. 
A distribuição que um fármaco pode ter com proteínas plasmáticas (TA NO 
PLASMA= PARTE LIQUIDA DO SANGUE). O plasma pode ter proteína 
(albumina e alfa-globulina é a que mais tem no plasma) que ajuda na 
distribuição do fármaco. 
(ALBUNIMA= BASICA, MEDICAMENTO ACIDO SE LIGA A ALBUNIMA; ALFA-
GLOBULINA=ÁCIDO, MEDICAMENTO BASICO SE LIGA A ALFA-
GLOBULINA). 
ESSA LIGAÇÃO PODERIA NEUTRALIZAR UM FARMACO (ÁCIDO-BÁSICO), 
SO QUE NÃO ACONTECE PORQUE OS RECEPTORES DAS PROTEINAS 
PLASMATICAS EM GERAL SÃO CHAMADOS DE RECEPTORES 
SILENCIOSOS PORQUE NÃO TEM ATIVAÇÃO/EFEITO SOBRE 
PROTEINAWS PLASMATICAS. 
IMPORTÂNCIA: são elas que facilitam o processo de distribuição. Se não tiver 
uma proteína plasmática, demora muito para chegar à corrente sanguínea, às 
vezes, não chega. 
DUVIDA: meu fármaco esta ligado a uma proteína plasmática, como ele vai 
atuar em, outro tecido? 
 Ele tem, que de alguma forma, se desligar dessa proteína plasmática e 
se ligar ao receptor do outro tecido. AQUI NÃO É RECEPTOR SILENCIOSO, 
JÁ SE ESPERA UMA ATIVIDADE. 
Como saber se o fármaco vai se desligar da proteína plasmática e vai se ligar 
no tecido alvo? 
VAI DEPENDER DA AFINIDADE. Quanto maio for à afinidade de um 
determinado fármaco para um determinado tecido, ou então, mudando 
farmacocinética, quem tem afinidade não é o fármaco, mas o tecido pelo 
fármaco. Quem manda é o tecido. 
Então para o fármaco se desligar da proteína plasmática (quem tem um 
receptor silencioso), O RECEPTOR DO ÓRGÃO ALVO TEM QUE TER UMA 
MAIOR AFINIDADE PELO FARMACO. 
3. METABOLIZAÇÃO: transformação de uma substancia mais lipofílica para 
menos lipofílica independente da via de adm. (transforma uma substancia 
em outra). 
Enquanto o fármaco for muito lipofílica/lipossolúvel, permanecera no 
organismo. 
EXISTEM DOIS TIPOS DE REAÇÃO NO PROCESSO DE METABOLIZAÇÃO 
DESDE A 1ª PASSAGEM 
 
 Tem droga que não passa pela fase 1, faz apenas o metabolismo de 
fase 2, e a partir daqui já é eliminado. 
 Tem droga que passa pela fase 1 e 2 depois são eliminada. 
 Tem droga que não passa nem pela 1 nem pela 2. Do jeito que ela 
passa pelo fígado ou por qualquer outro órgão, já tende a ser eliminada. 
 
 O que determina fase 1 e fase 2 são as enzimas que vão interagir 
com o fármaco para saber se vai fazer a fase1ou a fase 2 . 
 METABÓLITO: produto do metabolismo. E há dois tipos de metabolitos: 
ativos (muito lipofílico) e inativos (pouco ou nada lipofílico). 
 Na fase 1 ira alterar a droga original, formando o metabólito. Sendo 
muito ou pouco lipofílico, obrigatoriamente vai sofre a reação de fase 2. 
 Na fase 2, a única reação que acontece é a conjugação (formação de 
um conjugado, que é a formação de um com o outro). 
Com a conjugação, a substância fica muito grande e não tem mais como 
interagir com nenhum receptor ou nenhuma membrana e causa a eliminação 
do fármaco. 
Quando eu sei que vai fazer fase 1 e 2, se só fase 2, ou se não vai fazer nem 
fase 1 nem 2? 
Vai depender da quantidade de enzimas que metabolizam essa substancia. 
Não estão somente no fígado, mas também nos canais nervosos centrais, nos 
rins, intestinos. Depende de cada enzima, e elas possuem um substrato 
específico, que no caso é o fármaco. As enzimas têm locais de 
ligações/receptores, onde tem a afinidade com o fármaco e se liga a ele. A 
partir dai ter uma alteração de fase 1 ou 2. 
REAÇÕES DE METABOLIZAÇÕES 
 FASE 1: 
 Funcionalização: acrescenta ou retira uma função química da 
substancia; 
 Oxidação: acrescentando, por ex., oxigênio em uma molécula; 
 Redução (por acontecer sem a presença do O2): quando outra 
substancia, que não é o oxigênio, perde o eletro, ela oxida; 
 Hidroxilação (oxigênio ligado ao hidrogênio): acrescentar uma 
hidroxila na substancia; 
 Desalquilação: retira o metil ou etil da molécula; 
 Desaminação: retiro amina da molécula. 
TODOS ESSES SÃO EXEMPLOS 
 FASE 2: SÓ REAÇÃO DE CONJUGAÇÃO. 
Então conjugo o meu fármaco com o composto mais hidrossolúvel. Para ele ser 
eliminado. 
? 47h00min 
 Conjugação com compostos mais hidrossolúveis-transferases: 
 Glicuronil: 
 Acetil: 
 Fosfato 
 Glutamil 
IMPORTANTE PARA ANTIBACTERIANOS NO RN; 
 
4. EXCREÇÃO: eliminação de substancias menos lipofílica e reabsorção 
da mais lipofílica. 
Possuem dois processos importantes: a SECREÇÃO e a REABSORÇÃO. 
 Secretar uma substancia significa: transporta essa substância da 
corrente sanguínea (luz/plasma sanguíneo) para a luz capilar do 
túbulo renal. 
 Reabsorção é do túbulo renal para a corrente sanguínea. 
O que acontece com a substância que foi reabsorvia? 
Ela é redistribuida, remetabolizada, faz a excreção, se ainda for 
lipofílico ele volta para a corrente sanguínea. Isso acontece ate a 
substancia ficar pouco hidrofílica. 
Rins são os principais excretores, mas também podem sair nas fezes alguns 
fármacos, aqueles que são difíceis de digeri. Ex., metais: sódio, potássio. 
ANATOFISIOLOGIA DOS TUBULOS RENAIS 
 
MEIA VIDA PLASMÁTICA 
Tempo que leva para haver redução de metade da concentração de uma 
substancia. É o quanto tem da solução dissolvida no plasma sanguíneo. 
 CONCENTRAÇÃO ≠ DOSE 
 [ ]: massa sobre volume= massa do meu fármaco pelo volume de 
plasma onde ele está. 
 Dose: quando tenho a massa de uma droga distribuída pelo peso do 
paciente. 
Quanto daquela esta disponível por peso do meu paciente. 
 Plasmática: acontece no sangue. Fármaco esta no sangue. 
Porque meia vida e não vida? Porque há redução de metade da [ ] inicial. 
 Meia vida plasmática total: é o somatório das meias-vidas plasmáticas 
de (4-5). 
Ex.: [ ] ou dose 20mg 
-FOCAR NO TEMPO 
20mg-2h->10mg-2h->5mg-2h->2,5mg-2h->1,25mg= 8 horas 
A meia-vida plasmática é mais ou menos 10% da dose inicial 
Quando aproxima do termino a meia-vida deve iniciar uma nova dose, porque 
se esperar zerar pode perder o efeito terapêutico. 
ESTADO DE EQUILIBRIO DA DROGA (STEADY-STATE) 
Você acrescenta o que sobrou no calculo da meia-vida plasmática. 
Acrescentou depois de 8h +20mg, então sobrou 1,25+20mg= 21,5mg, repete o 
calculo e chega a 10%,vc acrescenta mais 20mg,e assim por diante. 
Teoricamente chega, aproximadamente, ao equilíbrio daquela droga, a [ ] 
inicial, você quer manter no seu organismo 20mg e não 1,25mg porque 
provavelmente não faça mais efeito. 
PARA DISCUSSÃO 
A manutenção de um tratamento crônico levaria ao acúmulo (toxicidade) da 
substancia no organismo? Em relação ao exemplo anterior 
 
 
O que muda de uma para outraé o referencial; 
Quando utilizo determinado fármaco, o que meu organismo faz com o fármaco? 
Quando eu utilizo o fármaco, o que este fármaco faz com meu organismo? 
AULA 2 – FARMACODINÂMICA 
Parte 1 
 Referencial: fármaco/droga/medicamento 
 Alguns parâmetros dos fármacos serão importantes; 
o Ex.: mecanismo de ação: como esse fármaco atua no meu 
organismo 
 Farmacodinâmica: a droga que vai se movimentar; é ela que vai para o 
local de ação; é ela que vai ter ação; 
“O mecanismo de ação de uma determinada droga são, talvez, o principal 
parâmetro da farmacodinâmica”. 
O mecanismo de ação nos ajuda a ter uma visa, na clinica principalmente, de o 
que esperar de um determinado fármaco, como pode esperar o 
desenvolvimento de algum tratamento. 
 A partir dos mecanismos de ação, temos efeitos derivados deles; 
Termos: 
 Efeitos esperados, desejados e principais: 
o Principais é o termo mais utilizado em farmacologia; linguagem 
mais técnica; 
o Efeito principal: é aquele esperado ou desejado; que seja um 
fármaco que trate como efeito principal e se objetiva no 
tratamento; 
 Efeitos não esperados, indesejados e adversos; 
o Efeito adverso: são os efeitos não esperados ou indesejados; 
eles apareceram e de alguma forma tem-se prejuízo (ideia é 
exatamente de prejuízo); colocação ruim; 
CONFUSÃO 
o Efeitos adversos ≠ colaterais 
o Não são sinônimos; 
o Efeito colateral: efeito que está ao lado de outro efeito; 
o O que posso chamar de efeito colateral: aquele que aparece 
conjuntamente aos efeitos principais; 
o Mas não, necessariamente, são adversos; 
o Pode ser adverso ou benéfico; 
Definições importantes 
Droga 
 Potência: quantidade da droga necessária para produzir 50% da 
resposta (efeito) máxima (o) que a droga é capaz de induzir; 
o Usado para comparar compostos dentro das mesmas classes 
de drogas; 
o Nem sempre a droga de maior potencia é escolhida; as vezes, 
uma droga de maior potencia, para produzir a metade do efeito 
máximo pode ser muito intenso; sempre procuramos um com 
menos intensidade, principalmente se for um paciente com 
sintomas leves, crianças; 
 Eficácia: grau de capacidade de droga (do agonista) produzir a resposta 
(efeito) desejada (o); 
Receptor 
 Afinidade: capacidade de um receptor ligar-se/interagir com uma droga. 
Refere-se à força de ligação entre a droga e o receptor. Número de 
receptores ocupados está relacionado com o balanço entre a droga livre 
e ligada. Tem relação com a potência. 
 Atividade intrínseca: capacidade de um receptor ser ativado por uma 
droga após sua ligação/interação. Tem relação com a eficácia. 
PARA DISCUSSÃO 
É possível ter alta afinidade e baixa atividade intrínseca? 
É possível o receptor ter alta afinidade com a droga, mas essa droga quando 
se liga não promove ativação? 
Parte 2 
Classificação com base no mecanismo de ação (substancias exógena) 
 Agonista (Total): drogas que alteram a fisiologia de uma célula por 
ligação com receptores da membrana plasmática ou receptores 
intracelulares; ou onde quer que estejam esses receptores; 
o Substância exógena; nunca endógena; 
o Que promovem alguma atividade 
o É devido à ligação prévia; 
o Agonista deve ser uma droga, minimamente, potente; 
o Potencia também tem definição de ligação; ligação com receptor; 
o Primeiro, tem que ter afinidade com o receptor agonista; 
o Na atividade intrínseca, se eu espero que um agonista promova 
ação celular, altere a função de uma célula, só acontece se ativar 
o receptor; ativando a atividade intrínseca; 
 Agonista (Parcial): Uma droga que não produz o efeito máximo mesmo 
quando todos os receptores estão ocupados; 
o Não produz 100% do efeito. 
Agonista promove resposta; promove efeito; 
 Antagonista: inibem ou bloqueiam respostas causadas pelos agonistas. 
NÃO INDUZEM RESPOSTA CELULAR (EFEITO); 
o Não atribui efeito; 
o O efeito já estava acontecendo, e ele inibe; 
Quando usar a palavra antagonista, junto a ela tem que especificar se é 
competitivo ou não competitivo. 
 Antagonista Competitivo: competem com um agonista ou substancia 
endógena pelos mesmos receptores; altas doses de um agonista 
podem, geralmente, sobrepor-se ao antagonista competitivo; 
o A competição de antagonista competitivo com outra droga ou com 
uma substancia endógena (neurotransmissor, hormônio) é feita 
por receptores. 
o A competição é pela ligação com o receptor; 
o Os receptores tem alta afinidade por antagonista competitivo; 
Porque se eu aumentar a [ ] do agonista, os efeitos do antagonista não 
aparece. 
Sempre quem está em maior concentração ganha os receptores; 
 Antagonista não competitivo: Liga-se a um local diferente do domínio 
de ligação do agonista (MAN – modulador austenítico negativo); 
o Induz uma mudança de conformação (característica física do 
receptor) no receptor, de modo que, o agonista não “reconhece” 
mais o seu local de ligação; 
o Altas doses do agonista não se sobrepõem ao antagonista 
não competitivo nesta situação; 
o Pode induzir uma mudança metabólica intracelular. 
o Alostérico: não vai competir com o agonista ou substancia 
endógena pelo menos local de ligação; Não se liga ao mesmo 
receptor e inibe a ação do outro; 
Locais de ação dos medicamentos 
 Receptores: membrana (proteínas ou lipídeo), citoplasma, núcleo 
celular; 
 Canais iônicos: sítios de ligação (proteínas); 
 Sítios enzimáticos: ativo (competitivo) e inibitório (não competitivo); 
 Consequências do uso crônico: 
o Up-regulation (suprarregulação): aumento do número e atividade 
intrínseca do receptor; antagonistas; 
o Down-regulation (infrarregulação): diminuição; agonista. 
PARA DISCUSSÃO 
É possível classifica uma droga/fármaco/medicamento que atue sobre sítios 
enzimáticos como agonista ou antagonista competitivo/não competitivo; 
Há algum fármaco no caso? 
 
Agentes Quimioterápicos (engloba desde os neoplásicos até os listados 
abaixo); tratamento de doenças infecciosas; 
 Antibióticos: organismo vivo; 
 Antimicrobianos: micróbios; 
 Antibacterianos: bactérias. 
Aula 3 – Antibacterianos 
Tabela 
 Grupo e classe (quando houver do antibacteriano); 
 Nomes dos principais antibacterianos da classe; 
 Classificação (bactericida/bacteriostático); 
 Mecanismo de ação; 
 Bactérias alvo (nomes e coloração Gram, quando houver); 
 Principais indicações clínicas; 
 Principais efeitos adversos; 
 Contraindicações 
 Vias de administração; 
 Estratégias para resistência bacteriana; 
 Esquemas de tratamento (quando houver); 
 Indicações RENAME; 
Grupo: é mais abrangente; que podem ser subdivididos em classes; 
Classe: é uma subclassificação dos grupos. 
Sulfonamidas 
Sulfas são análogos da PABA (ácido Para-amino Benzóico, para as bactérias é 
uma substância endógena), substância essencial para síntese do Ácido Fólico 
bacteriano. 
 São exógenas; 
 As bactérias são capazes de produzir seu próprio ácido fólico; 
 É uma Classe de antibacterianos, com poucos fármacos; 
o Estão isoladas, não tem subdivisão; 
 Também é considerado grupo farmacológico; 
As sulfas competem com o PABA no sítio enzimático para a síntese do Ácido 
Fólico. 
 Durante a síntese do ácido fólico, a Sulfa “entra no lugar” do PABA; 
 
 
 Ácido fólico é um aminoácido, bastante complexo por possuir um anel 
Pteridiníco; 
o Pteridina; 
o PABA; 
o Ácido Glutâmico/Glutamato 
 Como todo aa tem uma porção amina (Pteridina) e uma porção ácido 
carbóxilo (ácido glutâmico); 
 Entre a porção amina e ácido carbóxila tem a porção de PABA, que 
forma o ácido fólico; 
 Quando se utiliza Sulfonamidas, o lugar que está o PABA é inserido a 
sulfa devido a sua semelhança química, interrompendo a divisão celular 
bacteriana; 
 O problema é que quando a sulfa está no lugar do PABA, vai existir um 
bloqueio da síntese de ácido fólico bacteriano; 
 É nesse sentido que a sulfa interrompe o processe de manutenção dainfecção bacteriana; 
 
 Metabolismo do ácido fólico desde sua origem até a incorporação do 
material genético; 
 O PABA é metabolizado em Folato/hidrofolato; 
 Consequentemente em tetra-hidrofolato, que é o ácido fólico; 
 O ácido fólico é incorporado no DNA e RNA bacteriano (1º o DNA e 
depois a transcrição ao RNA); 
“Nosso material genético e o de uma bactéria não é diferente, e é composto 
por aa, além de outras substancias. Um desses aa essenciais para a 
bactéria é o ácido fólico. Sem o ácido fólico, a bactéria não consegue se 
reproduzir, não conseguindo colonizar novas células no hospedeiro”. 
 1ª Enzima diidropteroato sintetase (os humanos não tem), porque 
seu foco é no anel Pteridiníco, que sintetiza em folato; 
 
Cotrimoxazol (Bactrin) – Ação combinada – Sulfa + Trimetoprima; 
 2º Enzima Diidrofolato Redutase (os humanos têm); 
Ação do fármaco 
 Sulfa (Sulfametoxazol é um medicamento, e é um dos principais) 
vai inibir a primeira enzima diidropteroato sintetase; 
o Sulfas, no geral, só inibem a 1ª enzima do processo; as sulfas 
não atuam na 2ª enzima; 
 Enzima Diidrofolato Redutase é inibida por outro fármaco, que é a 
Trimetoprima/trimetropim, que são fármacos de outras classes 
chamadas de pirimidinas (citosina e timina); 
 O sitio enzimático da Diidrofolato Redutase bacteriana tem mais 
afinidade pelo Trimetoprima do que a do ser humano. 
 A Trimetoprima, provavelmente, vai atuar mais na enzima 
bacteriana do que na do ser humano; 
 Ter mais afinidade não significa que não ter 0 de afinidade. É 
possível e acontece da Trimetoprima inibir a Diidrofolato Redutase 
do ser humano; 
Qual é a consequência final da ação do Sulfametoxazol com ou sem a 
Trimetoprima. 
Inibição da síntese do Treta-hidrofolato (ácido fólico); 
Inibição da síntese dos ácidos nucleicos; 
Sem DNA e RNA adequados, a bactéria não consegue se 
multiplicar/reproduzir, não consegue infectar novas células. 
 É possível usar a Sulfametoxazol sem Trimetoprima? 
 Sim, só que a sulfa só atua na 1ª enzima do processo. 
 E a 2ª enzima? 
Por que a associação com a Trimetoprima? 
Porque vai inibir a 2ª enzima, dando fim no processo de infecção. 
Inibir não significa que todas as enzimas de diidropteroato sintetase vão 
estar inibidas. Pode ser que tenha alguma enzima ainda livre que não 
tenha se ligado a Sulfa, e basta algumas enzimas, que não tenha ligação 
com a Sulfa, para darem continuidade no processo, caso o PABA se ligue. 
O mecanismo de ação da Sulfa vai atuar no sitio enzimático ativo ou no 
sitio enzimático inibitório? 
 No sítio ativo vai se ligar o substrato da enzima, o PABA, no lugar do 
PABA usa a Sulfa; 
 Sulfa ocupa o Sítio Ativo. Só que ao se ligar ao sítio ativo não tem 
mais continuidade do processo, a enzima fica inibida e não produz o 
Diidrofolato não consegue mais produzir seu produto. 
Estratégia de resistência bacteriana: alterações no sitio enzimático das 
enzimas envolvidas; 
Sempre olhar o mecanismo de ação. 
 
Bactérias alvos 
 
*Em vermelho a principal indicação terapêutica das Sulfas com 
Trimetoprima.* 
 Infecção Urinária Alta: ureteres, rins. Pelve Renal; Difícil de tratar; 
Tratadas com as Sulfas + Trimetoprima; 
 Infecção Urinária Baixa: Uretra, bexiga. Nos casos dos homens, a 
próstata. Uma das escolhas são as sulfas porque não são as únicas. 
Bactérias 
 E. coli, Enterobcter e Proteus sp: são bactérias das fezes, sistema 
digestório que podem estar presentes no intestino; Todas são Gram 
negativas; 
 Haemophilus sp ou Streptococcus pneumoniae são Gram Positivo; 
 Shigella Flexneri: também de fezes/sistema digestório: Gram Negativo; 
 Penumocystis jiroveci (P. carinii): não é bactéria, e sim um fungo. 
o Pneumonia é mais comum por bactérias, mas tem por vírus e 
fungos; 
o Pneumonia por fungos são difíceis de ser tratadas; 
o Em paciente com HIV: medicamento de 1ª escolha são as sulfas; 
Não é utilizada a Sulfametoxazol e sim a Sulfadiazina; 
Fungos também são capazes de produzir Ácido Fólico que é idêntico as 
bactérias; 
 
Efeitos Adversos 
 Hipersensibilidade: reação de alergia grave, intensa; Erupções 
cutâneas até reações graves; 
 Eosinofilia: 
o Filia significa aumento, afinidade + Eosinófilo: célula branca = 
Ativação exagerada das células de defesa; 
o É muito frequente em infecção geral, principalmente, em 
infecções por helmintos; Alguns protozoários e bactérias induzem 
a Eosinofilia; 
o Aqui acontece pelo uso do fármaco, porque as sulfas induzem 
uma reação inflamatória, e é por isso que tem Hipersensibilidade, 
porque algumas pessoas vão apresentar reação inflamatória 
generalizada; Hipersensíveis a esse fármaco; 
 Agranulocitose: 
o Citose: célula + grânulo: células que tem grânulos = células com 
poucos grânulos ou células sem grânulo; 
o Células que tem grânulos: células brancas do sangue; 
o Se eu uso um fármaco, como as sulfas com ou sem 
Trimetoprima, que promove Agranulocitose, ou seja, diminuição 
das células brancas de defesa; 
o Com uso exagerado das Sulfas, quando precisa reagir a uma 
infecção bacteriana, seu corpo não terá células disponíveis. Que 
pode levar a um quadro de Agranulocitose; 
o Agranulocitose é reversível, quando se para de tomar Sulfa. 
Tomar cuidado com o uso crônico; 
o Sulfas não deveria ser administrada por mais de 7 ou 14 dias, 
dependendo do tipo de infecção, individuo. De 7 a 10 dias é o 
ideal; 
 Anemia Hemolítica (aplasia medular): anemia hemolítica é mais 
frequente do que aplasia medular; 
o Hemolítico: hemólise; rompimento das hemácias, levando ao 
extravasamento da hemoglobina; quadro hemorrágico; 
o Um dos efeitos adversos pode ser a Anemia Hemorrágica; 
o A anemia ocorre justamente pelo rompimento das hemácias; 
o Ocorre também quando se faz uma dieta carente de ácido fólico; 
Sempre que indicar as Sulfas, lembre de todo o quadro clínico do 
paciente; 
o Porque escolher sulfa se o paciente já tem anemia? 
 Aplasia Medular – Uso contínuo 
o É outro tipo de anemia; Medular porque as células do sangue 
com hemácia diferente são produzidas na Medula Óssea, aplasia 
medular é o comprometimento da Medula Óssea; 
 Nas aplicações endovenosas – Flebites: 
o Flebite é a inflamação de vasos sanguíneos; 
o Se não a aplicação correta da via EV, pode causar uma reação 
inflamatória; 
o Lentidão da aplicação; 
o Trombo Flebite causa coágulos; pode ter interrupção do fluxo 
sanguíneo; 
Contraindicações 
 Hipersensibilidade às Sulfonamidas em geral: paciente comalergia 
pode esquecer sulfa; 
 Condição clínica – Anemias; 
 Deficiência de Folato (ácido fólico); 
 Gravidez (risco grau C) e lactação; 
 Insuficiência Hepática e Renal; 
 Menores de dois meses de idade; 
 Pacientes leucopênicos (é uma dúvida): diminuição das células 
brancas do sangue; 
 
 
 
RENAME 
 
 Sulfadiazina e Sulfametoxazol são os dois medicamentos mais 
importantes dentro das Sulfonamidas; 
 Sulfadiazina em uso tópico: Sulfadiazina de Prata para queimaduras; 
PARA DISCUSSÃO 
Dado o mecanismo de ação das Sulfonamidas, qual seria a sua classificação 
(agonista, antagonista competitivo/não competitivo)? 
Aula 4 – Antibacterianos Beta Lactâmicos 
Parte 1 
 Temos várias Classes; 
 Grande Grupo de antibacterianos; 
 Também pode ser antibióticos; 
 Chamados de Beta Lactâmicos porque tem um anel químico chamado β-
Lactâmico; 
São inibidores da síntese de parede bacteriana. 
 Constituição da bactéria no geral; 
 Não todas, mas as maiorias das bactérias possuem parede; 
o É interessante que há fármacos que agem nessa parede 
bacteriana; 
o As bactérias que tem parede, quando o fármaco destrói essa 
parede, ficam inviáveis para a bactéria; 
o Temos que utilizar um fármaco que vá destruir essa síntese da 
parede bacteriana; 
 Todos os Betas Lactâmicos são Bactericidas; 
 
Classes Principais 
 Penicilinas Naturais: Penicilinas-G e Penicilinas-V; 
 PenicilinasSemissintéticas: Amoxicilina e Ampicilina; 
 Cefalosporinas: 
o Cefalotina, Cefalexina; 
o Cefuroxima 
o Cefotaxima, Ceftriaxona, Ceftazidima; 
 Carbapenens: Imipenem; 
 Monobactans: Aztreonan. 
Estrutura Quimica 
Todos os Beta Lactamicos, independente da classe, tem em comum é a 
presença do anel β-Lactâmico na estrutura química; 
 Penicilinas Naturais: que são consideradas os primeiros Beta 
Lactamicos; 
o São chamadas de Naturais justamente porque elas são derivadas 
das toxinas de fungos; 
o O fungo do gene Penicillium, dentro das várias substancia que ele 
porduz, vai produzir as substancias da Penicilinas; 
 
 Quando conservamos o anel β-Lactâmico, pode-se ter variações da 
molécula; 
 Essas variações serão importantes, principalmente, para garantir maior 
condição de inibir resistência bacteriana; 
 Hoje temos o uso mais restrito devido à indução de resistência de 
varias bactérias; 
Estrutura base de bactérias 
 Quase todas as bactérias possuem parede celular, com exceção dos 
Mycoplasma. 
 
 Os β-Lactâmico vão atuar na síntese de parede bacteriana, então não 
atuam em sobre infecções induzidas por Mycoplasma; 
 Peptídeo é pré-proteína 
 Parede celular: peptídeo + carboidratos; tanto Gram+, quanto Gram-; 
 
 Quanto mais peptidoglicano a bactéria tiver, mais susceptível ela estará 
à ação desses antibacterianos; 
 β-Lactâmicos vão ter ação predominante em Gram+; 
 Alguns também atuam na Gram- uma vez que possuam peptidoglicano; 
 Gram- tem uma membrana celular externa (camada por membrana 
celular externa de Gram-), já na Gram+ é ausente; 
 
 
Mecanismo de ação dos β-Lactâmicos geral 
 
 Sistema Autolítico: quebra de homeostase bacteriana 
o Inibe indiretamente o sistema de equilíbrio bacteriano; 
o Equilíbrio entre o meio interno e externo da bactéria; 
o Se inibir a síntese de parede bacteriana, elas não irão fazer 
trocas adequadas entre o meio interno com o externo; 
o E com isso, a bactéria acaba morrendo, razão pela qual os β-
Lactâmicos tem ação bactericida; 
 
 
 Existem enzimas que vão propiciar a formação da parede bacteriana, do 
peptidoglicano; 
 Essas enzimas são as transpeptidase, que promovem uma reação entre 
peptídeos para formar uma trama, como se fosse “arame farpado”; 
 As transpeptidase fazem reação de transpeptidação, que vai promover a 
ligação entre peptídeos formando a parede bacteriana; 
 Os β-Lactâmicos vão inibir justamente essas ligações entre os 
peptídeos; Inibição das transpeptidase; Além de inibir os PLP; 
Lembrando que os próprios peptídeos são o substrato natural das 
transpeptidase, então os peptídeos se ligariam aos sítios ativo 
enzimático; 
Já os β-Lactâmicos para inibir as ligações das transpeptidase se ligariam 
no sitio inibitório enzimático das transpeptidase; 
 Antes ou enquanto estiver acontecendo o processo de síntese de 
membrana bacteriana, tem a participação das PBP (ou PLP); 
 As PLP vão catalisaras reações de transpeptidação, inibindo a formação 
de peptidoglicano; 
 Sem as PLP a reação de transpeptidação aconteceria de uma maneira 
muita lenta ou inadequada para replicação bacteriana; O que levaria a 
falhas no processo; Ao inibir as PLP, acabam sendo inativas. 
*A reação de transpeptidação é a formação de uma nova bactéria, é o jeito 
que elas se replicam*. 
 A PAREDE BACTERIANA FICA COMPROMETIDA; 
 A ação fica mais evidente durante o crescimento/replicação bacteriana; 
 E as Gram+ são mais susceptíveis porque apresentam muito 
peptidoglicano na parede celular; 
 Resulto é o extravasamento de substâncias internas da bactéria, para 
fora; 
 DESEQUILIBRIO HIDROELETROLÍTICO; 
 A bactéria perde água, e junto com essa água ela perde substâncias 
importantes para sua sobrevivência (íons, proteínas, açúcares), várias 
substancias que sem elas a bactéria não consegue se manter viva, 
ocorrendo o EFEITO BACTERICIDA; 
Penicilinas Naturais 
 
 Tem como bactéria alvo Gram+ e Gram-; 
 Sistema Respiratório alto e baixo; 
Bactérias 
 Pneumococos: é possível a indução de pneumococo de pneumonia para 
uma infecção respiratória baixa (bronquite, pneumonia) e alta (sinusite, 
rinite); 
 Anaeróbios (não usam O2); 
 Treponema (sífilis): não se cora pela coloração de Gram; 
 Leptospira sp: não se cora pela coloração de Gram; 
 Meningococos: Gram-. 
 Afinidade da enzima pela substância, e não a substância pela enzima; 
 
Quais são as Penicilinas Naturais? 
Seu mecanismo de ação é igual ao do Beta Lactâmicos 
 
 Têm em comum (todos os Beta Lactâmicos), as Penicilinas 
especificamente, tem o anel β-Lactâmicos junto com o radical amino 
penicilina; 
 O que forma a Penicilina Natural ácido-6-aminopenicilânico; 
 As penicilinas G e V tem importância clínica; 
 São usadas em unidades: 1U (unidade) de Penicilina G = 0,6 
microgramas; 1mg PNCG = 1670 U; Dose é de acordo com o peso do 
paciente; 
 A Penicilina G é degrada pela enzima do estômago, a Penicilina V não 
é; 
 Penicilina G é adm., unicamente, pela via Parenteral; EV ou IM; 
 Penicilina V tem pela via oral; 
Existem 3 tipos de Penicilinas G importantes na clínica 
 
 Todas são neutralizadas pelo Ácido Clorídrico (HCI); 
 Penicilinas G: 
o Cristalina: possuem cristais de sódio ou potássio; Na maioria das 
vezes usamos Penicilina Potássica; 
 Pode ser adm. por via IM ou EM; 
 Meia vida de Eliminação: T½ = aproximadamente 4 horas; 
o Procaína: 
 Administração exclusiva por via IM, porque a Procaína 
causa vasoconstrição; 
 T½ = aproximadamente 12 horas; a absorção é difícil; 
o Benzatina 
 Difícil absorção; 
 Adm. por via IM; 
 T½ = mais de 48 horas (chega à 72 horas ou mais); 
 Vantagem Clínica: se eu adm penicilina G cristalina, 
quantas vezes ao dia precisará administrar? 
 
 Penicilina V – Pen V – Oral; 
o Administração oral; 
o T½: aproximadamente 6 horas; 
Na clínica, existe associação entre as Penicilinas G, dependendo do que se 
quer. 
 Associação Peni G procaína + Peni G Benzatina; 
o Peni G Procaína: tratamento de ataque (12 iniciais) 
o Peni G Benzatina: tratamento de manutenção (após as 12 
horas); 
 
Quando avaliamos na clínica que eu tenho um paciente que está tendo, 
neste momento, sintomas de uma infecção por bactérias (que podem ser 
alvo da Peni G) precisa-se atuar rapidamente, e quando menor a meia vida 
de eliminação, mais rápida é a atuação do fármaco; VALE PARA TODOS 
OS FARMACOS EM GERAL; 
 A G cristalina atuaria muito rapidamente, o problema é que a queda de 
atuação dela também é rápida; 
 
 Peni G Procaína = tratamento de ataque, porque tem a resposta rápida; 
 Até 6 horas é considerado rápido; 
 Associação entre Procaína e Benzatina: Procaína está para 
responder o ataque de forma rápida, e a Benzatina está para manter 
o efeito; 
Indicações Terapêuticas 
Principais 
 Endocardite: Estreptococos; Gram+; 
 Erisipela: Estreptococos; Gram+; 
 Faringite bacteriana: pus; Pus é resto de bactérias; 
o Estreptococos; Gram+; 
o Pneumococo; Gram+; 
 
 Gonorreia: Gram-; 
 Pneumonia (em associação com aminoglicosideos): 
o Principalmente induzida pelo Pneumococo; 
o Gram-; 
 Sífilis (1ª escolha): Treponema 
 Leptospirose: Leptospira 
São consideradas as melhores drogas contra Streptococcus, Neisseria, 
Treponema, Leptospira, Anaeróbicos da orofaringe e Staphilococcus sp 
(Oxacilina); 
 Penicilina G Procaína: 
o PAC (pneumonias adquiridas na comunidade): não se utiliza 
penicilina G em pneumonias adquiridas no ambiente hospitalar; 
o Infecções na Pele (impetigo, erisipela, celulite); 
o Gonorreia (1ª escolha); 
o Profilaxia de endocardite infecciosa; 
 Penicilina G Benzatina: 
o Sífilis; 
o Profilaxia da febre reumática: 
 Penicilina V 
o Infecções leves de boca e pele; 
o 
A maior segurança é contra infecções estreptocócicas não hospitalares. 
 
Efeitos Adversos 
 Paciente com alergia a Penicilina Natural não poderáusar; 
 Reações de hipersensibilidade podem ser graves; Podem evoluir para 
um choque anafilático (queda abrupta de PA, o paciente pode ficar em 
desequilíbrio hidroeletrolítico; Inflamação generalizada); 
 
 Essa sequencia que não é aleatório, é um sequencia que envolve uma 
gradação cada vez maior de antibacterianos que conseguem resistir ou 
conseguem inibir as betalactamases; 
 Betalactamases são as relações aos Betas Lactâmicos, o principal 
mecanismo de defesa e a principal estratégia de resistência bacteriana 
aos Betas Lactâmicos; 
 A partir das penicilinas naturais os fármacos que foram surgindo após as 
penicilinas naturais os fármacos pensados pela indústria farmacêutica 
foram exatamente no sentido de buscar drogas que pudessem combater 
as Betas Lactâmicos, que pudessem inibir as betalactamases; 
Qual a consequência disso na clínica? 
 Ampliar o espectro de ação dos novos Beta Lactâmicos; 
8:30min 
Parte 2 
Penicilinas Semissintéticas 
 Já foram consideradas drogas de amplo espectro, em comparação com 
as Penicilinas Naturais; 
 Porém, elas são parcialmente inibidoras de Betalactamases; 
 Uma parte derivada da Penicilina natural é posta na molécula de 
Penicilinas Semissintéticas e a outra parte é sintetizada em laboratório, 
justamente na tentativa de combater as Betalactamases; 
 As principais Penicilinas Semissintéticas são Amoxicilina, 
Ampicilina e a Oxacilina; 
o Existem outras; 
 Mecanismo de ação é como qualquer outro Beta Lactâmico, que 
gera a inibição das transpeptidase, levando a inibição da formação 
da parede bacteriana e ativando o sistema Autolítico da bactéria; 
 Na clínica, qual é a aplicação das Penicilinas Semissintéticas: 
o Meningites Bacterianas não adquiridas no ambiente hospitalar; 
 Gram-; 
 Enterobactéria; 
o PAC; 
Qual é a novidade das Penicilinas Semissintéticas? 
 Questão Parcial de serem, parcialmente, inibidores de β-Lactamase; 
 Propõem/justifica um espectro maior de atuação; 
A introdução das Penicilinas Semissintéticas na clínica proporcionou um 
espectro maior, principalmente, contra Gram- como Shigella, Salmonela 
(diarreia) e Hemófilos (pode colonizar tecidos diferentes; problema no trato 
respiratório; pode causar meningite; Sulfa). 
O que é importante perceber para as Penicilinas Semissintéticas é um 
avanço/aumento no espectro de ação envolvendo, principalmente, mais 
bactérias Gram- que as Penicilinas Naturais não eram capazes de atuar; 
Oxacilina, atualmente, tem sido cada vez mais restrita para infecções por 
Estafilococos – lembrando que não dá para usar Penicilina Natural para 
Estafilococos devido à indução de resistência -. 
A Oxacilina foi sintetizada, pelo laboratório, justamente com essa finalidade. 
Por isso, hoje, ela é restrita para o tratamento de infecções por Estafilococos 
Aureus. Já existem cepas de Estafilococos que são resistentes a Oxacilina. 
Sabemos que existe negligencia na prescrição de antibacterianos, para muitos 
casos, eles são indevidamente indicados, o que contribui para a resistência ao 
medicamento. 
 
 Tanto Gram-, quanto Gram+. As Gram+ possuem mais β-Lactase, estão 
mais dispersas e situadas na superfície dos peptidoglicanos, na 
superfície da parede bacteriana voltadas para o meio externo, enquanto 
que para as Gram- temos a presença das β-Lactase na membrana 
externa, no espaço periplasmático e estão em maior número; e isso 
explica porque elas possuem, em número, mais β-Lactase presente na 
sua estrutura do que as Gram+, então elas têm uma localização 
diferente na membrana externa e espaço periplasmático voltadas para o 
interior da bactéria e estão em número maior, menos despesas do que 
as Gram+; 
 Os Betas Lactâmicos são substrato específico das β-Lactamase, ou 
seja, os Betas Lactâmicos ocupam o sítio ativo. 
 As Betas Lactamase quebram o anel Beta Lactâmico, ao ser quebrado, 
o fármaco fica inativo, então qualquer que seja o Beta Lactâmico que 
sofra a ação da Beta Lactamase, vai perder o seu efeito, e eu vou 
acabar tendo uma inativação; 
 São, parcialmente, hidrolisáveis pela Beta Lactamase; quebra pela água; 
Aqui, existem reações químicas bacterianas que origina água como um 
produto. E é a partir dessa água que acontece a hidrólise de alguns 
Betas Lactâmicos; 
 As Penicilinas semissintéticas podem inibir de alguma forma as 
Betas Lactamase, só que essa inibição é parcial – lembrando: a 
inibição é feito pelo sítio inibitório da enzima -. 
 Neste sentido, foi pensando para as Penicilinas Semissintéticas, a 
associação com outros fármacos que seriam, especificamente, 
inibidores de Beta Lactamase. O mais conhecido/principal seja o Ácido 
Clavulânico ou Clavulanato de sódio, Clavulanato de potássio, que 
é um possível inibidor de Beta Lactamase; 
o Indicação clínica: unicamente inibidor de beta Lactamase; 
o Potencializador de Penicilinas Semissintéticas; 
 Possui uma ação antibacteriana, mas isoladamente, é uma ação 
antibacteriana que não é eficaz. Não da para usá-lo só por não ter efeito 
bactericida. Sua participação é importante porque pode inativar 
completamente as betas Lactamase; Ele é um inibidor de Beta 
Lactamase, ocupando o sítio inibitório das betas Lactamase; 
o Ex.: amoxicilina + ácido Clavulânico; 
 
 Nenhum dos inibidores é usado isoladamente 
o Estarão sempre associados a Beta Lactâmicos – Penicilinas 
Semissintéticas; 
 
 Existem associações que não são aleatórias: 
o Ácido Clavulânico apenas a amoxicilina; 
o Sulbactam é possível que na clínica, 90% das vezes, com 
ampicilina. Mas em alguns casos pode ser Sulbactam + 
amoxicilina; 
o Tazobactam é restrito ao uso com piperacilina; 
*as associações específicas para inibir a possibilidade de resistência 
bacteriana* 
o A amoxicilina e a Penicilina Semissintética mais utilizada dentre 
todas. A ampicilina já tem um uso mais restrito. A piperacilina é 
mais restrita ainda, praticamente só indicada para infecções 
hospitalares; 
 Raciocínio Clínico: reservar alguns antibacterianos para aquelas 
infecções que são mais complicadas para serem tratadas, aquelas 
infecções que a tem grande parte das bactérias resistentes à maioria 
dos outros antibacterianos; 
o Se vai usar uma Penicilina Semissintética de uso restrito, também 
vai restringir o inibidor de Beta Lactamase associado a ela; 
*AS BETAS LACTAMASES PODEM SER TANTO CROMOSSÔMICAS 
QUANTO PLASMIDIAIS* 
 As enzimas bacterianas podem ser transmitidas de uma bactéria para a 
outra, a tanto por cromossomos, onde envolve uma reprodução 
assexuada, a própria bactéria da origem a outra bactéria. E também por 
transmissão plasmidial quando, geralmente, a reprodução é sexuada; 
 As características desses inibidores das betas Lactamase agem melhor 
em na Beta Lactamase plasmidial (diversidade maior de genes) do que 
nas cromossômicas; 
 Quem tem afinidade é a enzima pela droga, as Betas Lactamase 
Plasmidiais tem maior afinidade pelos inibidores de beta lactamase do 
que as betas lactamases cromossômicas; 
 Os inibidores de beta lactamases restauram a atividade dos Betas 
Lactâmicos, isso possibilita a atuação dos Betas Lactâmicos sem 
que eles sejam degradados/hidrolisados pelas betas lactamases; 
 Melhora uma atividade contra anaeróbicos; As bactérias 
anaeróbicas às vezes levam infecções muito complicadas para 
serem tratadas. 
 Permitem a ampliação do espectro de ação; 
 Podem se ligar a PBP, o que pode inativar a Penicilina; 
 
É IMPORTANTE TER A PENICILINA SEMISSINTÉTICA ASSOCIADA COM 
UM INIBIDOR DE BETA LACTAMASE 
 
 Nomes comerciais, não se fala o nome genérico em aulas para não 
fazer propaganda de laboratório; 
GRANDE PARTE DA RESITENCIA AOS BETAS LACTÂMICOS É POR 
GRAM- 
 
Cefalosporinas 
 São Betas Lactâmicos de LARGO ESPECTRO; 
 Combate mais bactérias que a Penicilina Semissintética; 
 Ação em Gram+/-; 
 Derivada de um fungo: Cephalosporium acremonium (esgoto da 
Sardenha); A partir desse fungo foi possível obter o ácido 7-amino-cefalosporânico 
(7-ACA); 
 
 As Cefalosporinas são subdivididas em gerações; 
 Atualmente temos cinco gerações, que diz respeito não só ao tempo, 
questão cronológica, mas, principalmente, ao espectro de 
ação/possibilidade de tratar; E também combater Beta Lactamase; 
 
 Mecanismo é o mesmo, a inibição de transpeptidases, já não é tão 
importante PLP, porque não é mais Penicilina; 
 Só temos de uso PARENTERAL; 
Espectro de ação 
 
 1ª geração: 
o São ativas contra estreptococos e estafilococos sensíveis à 
Oxacilina; 
o OSSA: SA no final é estafilococos, OS é Oxacilina sensível; 
o Não recomendada para Gram-; 
o Cefazolina: justificativa clínica do uso = prevenção; Intuito de 
prevenir infecção pós-cirúrgica; 
 2ª geração: 
o Inclui Gram-; 
o Bactérias presente no sistema digestório, presente nas fezes; 
o Estafilococos, Estreptococos, Enterobacterias, Hemophilus (pode 
colonizar sistema respiratório), Maroxalla catarrhalis (problemas 
no sistema respiratório); 
o Cefuroxina, Cefactor, Cefoxitina; 
o Ex.: Cirurgia no colón; 
 Diferença da 2ª para a 3ª é a ampliação do espectro de ação; contra 
Gram-; 
 As Cefalosporinas de 3ª geração são mais potentes contra Gram- que 
as de 1ª e 2ª gerações; Incluindo as bactérias resistentes às gerações 
anteriores; 
 Na 3ª tem uma resistência maior em inibir Beta Lactamases; não precisa 
mais de associação com inibidor de Beta Lactamases; 
 Cefalosporinas de 1ª e 2ª geração não atravessa barreira 
hematoencefálica (BHE); 
 
 3ª geração: 
o São mais potentes; Ampliação o espectro; 
o Gram- e Gram+; 
o Estreptococos, incluindo os resistentes a Penicilina; 
o Atividade reduzida a Estafilococos sensíveis ao Oxacilina; 
o NÃO ACONTECE NA 1ª E 2ª GERAÇÃO, A ATIVIDADE 
ANTIPSEUDOMONAS AERUGINOSA; NA 3ª JÁ É 
OBSERVADA; 
o Pseudomona Aeruginosa é indutora de vários tipos de 
infecções entre as Meningites e abscessos cerebrais 
adquiridos no hospital; 
o Primeira vez que temos, entre os Betas Lactâmicos, um 
tratamento de Pseudomona condutora de Meningite; 
o Pseudomona é Gram-, que está muito relacionada a infecções 
hospitalares/assistência à saúde; 
o Abcesso: coleção de bactérias/pus/restos bacterianos e pode ser 
considerável dependendo do tecido onde ela está alojada; 
o Estreptococos, Hemophilus, Pseudomonas, Meningococos – 
Gram negativo –; Pneumococo - Gram+; 
o Pseudomona também induz pneumonias, infecção urinária, intra-
abdominal e endocardites; 
o Apenas Ceftazidima (na 3ª geração) é capaz de tratar 
Pseudomona; 
o Cefotaxina, Ceftriaxona; 
o Ceftriaxona é de 1ª escolha no tratamento de meningites 
comunitárias; e não induzidas por Pseudomona; até realização de 
Antibiograma; 
 Paciente com Sífilis, quando tem alergia a Penicilina, 
usa Ceftriaxona no tratamento; 
 Na Neurosífilis é a Ceftriaxona que é responsável pelo 
tratamento, também porque ela atravessar a BHE; 
 Além disso, também trata Gonorreia, infecções por Shigella 
e Salmonela; São Gram-; 
o Cefotaxina é de 1ª escolha para meningites em neonatos; 
 
 4ª geração: 
o Cefepima é o único representante de 4ª geração importante na 
clínica; 
o Sistema Empírico é que já tem uma preparação para ele por 
experiência; 
o Ex.: neutropenia febril; 
o Apenas EV; 
 5ª geração: 
o MRSA e ORSA: 
 AS no final: estafilococos; 
 R: resistente; 
 M é meticilina e o O é Oxacilina; 
 Não adianta usar Penicilinas; 
 Foram criadas para tratar essas 2 resistências; 
o Mais difíceis de serem tratadas; 
o Meticilina foi uma das 1ª Penicilinas Semissintéticas que 
surgiram; 
 Era bastante restrita para tratar infecções por 
estafilococos; 
 Levou a alta resistência de estafilococos; 
o Ceftarolina e Ceftobiprole; 
 
 Resistencia Cruzada às Cefalosporinas de 1ª geração 
o Ex.: nunca usou Cefalosporinas, e já no 1º uso evoluiu para uma 
resistência; 
o Cepas de bactérias já são resistentes; 
o Pode ter usado uma Cefalosporinas de outra geração e quando 
vai usar de 1ª geração eles não respondem mais; 
 
Desafio principal: quanto mais Betas Lactâmicos são lançados no 
mercado, novas estratégias de resistência bacteriana vão surgindo. 
Principalmente com o uso negligenciado dos antibióticos. 
 Quando ouvir, tal fármaco é uma alternativa para o tratamento de 
alguma coisa ou é uma alternativa em relação a outros fármacos. 
o Fármaco que é uma alternativa nunca vai ser a 1ª escolha, 
sempre 2ª/3ª escolha, para o tratamento de qualquer coisa. 
 
Parte 3 
 Carbapenems: Imipenem; 
 Monobactans: Aztreonan: 
o Não são nefrotóxicos; 
 Efeitos adversos: 
o Flebite e tromboflebite 
 Estratégias de resistência: 
o Presença de ESBL ou ampC. 
Carbapenems 
 Nunca será 1ª escolha entre Beta Lactâmicos 
 Reservados para infecções hospitalares graves por bactérias 
resistentes; 
 Já existem bactérias resistentes; 
 
 Imipenem: 
o Gram+; 
o Associada com Cilastatina; Efeito nefro protetor; atravessam a BHE; 
o Extremamente nefrotóxico; 
 Meropenem: 
o Gram-; 
 Ertapenem; 
o É rápido; Único que pode ser adm. IM e EV; 
o Alternativa de tratamento de Klebisiella Pneumonica produtoras 
de ESBL; bactéria complicada de ser tratada; 
o Gram-; 
 
Vancomicina 
 Tem relação com os Betas Lactâmicos, mas não são; 
 
 VRE/VRSA: 
o SA: resistente a estafilococos; 
o R: resistência; 
o V vancomicina; 
 Gram+; 
 A distribuição, metabolização, excreção, está facilitado; A possibilidade 
de intoxicação com o Teicoplanina é menor do que com vancomicina; 
 Tratamento em longo prazo; 
 Glicopeptídeos; 
 
Polimixina B/E 
 Não é Beta Lactâmicos; 
 Inibidores de síntese de parede e membrana (principalmente externa) 
bacteriana; 
 São bactericidas; 
 Gram-; 
 Lipopeptideos; 
 
 
 
Aula 5 – Antibacterianos Cloranfenicol 
 Antibióticos Bacteriostáticos; 
 É um medicamento 
 Não possui classe, e nem grupo farmacológico; mas estão dentro de 
uma; 
 Ação proteica; 
 Intoxicação pelo sistema Hematopoiético; 
 Interfere com todas as células sanguíneas; 
 
 Dentro dos Anfenicois, só o Cloranfenicol tem importância clínica; 
Histórico 
 A substância foi isolada em 1947 do microrganismo Streptomyces 
venezuelae; 
Mecanismo de ação 
 
 Tradução e transcrição; 
 Ação do Cloranfenicol sobre a Ribozima, ela vai inibir a ação da 
Ribozima, bloqueando a inibição a formação dos peptídeos. 
Inibindo a reação de transpeptidação que seria fundamental para a 
síntese proteica bacteriana; Junção do RNA mensageiro com o 
RNA transportador, então inibindo a formação dos peptídeos, inibi 
a síntese proteica das bactérias; 
 Clamídia, Ricketsias e Micoplasmas são bactérias intracelulares; 
 
 Entre procariotos há 2 unidades, a maior 50S e a menor 30S; 
o S é a unidade ribossômica; 
 Em eucariotos, a maior seria 60S e a menor 40S; 
 Dentro de cada subunidade ou relacionada a cada subunidade vai ter 
sítios de ligação, locais de ligações relacionadas com o mecanismo de 
ação do antibacteriano; 
 Primeira coisa para perceber é qual é a subunidade Ribossômica sobre 
a qual aquele antibacteriano, se for inibidores proteicos, atuam sobre 
qual subunidade, e a partir dai, a segunda coisa é qual é o sítio de 
ligação que o antibacteriano atua na subunidade. 
o Ex.: pode ter vários antibacterianos que inibem síntese proteica 
atuando na mesma subunidade, só que provavelmente eles vão 
atuar em locais diferentes da mesma subunidade; 
 
 Um dos sítios é alvo do Cloranfenicol, chamado Sítio P (Peptidil). 
o No Sítio P, o Substrato Natural (liga-se no sítio ativo) da 
peptidil transferase, fica no lugar dos peptídeos, ocorre uma 
ligação do Cloranfenicol. 
o O Cloranfenicol é inibidor competitivo da enzima Peptidil 
Transferase; 
o Não temos prejuízo significativo ao utilizar Cloranfenicol sobre os 
nossos ribossomos; 
 Nosso processo de sínteseproteica não estaria 
comprometido ao utilizar o inibidor de síntese proteica 
bacteriana; 
 Existe um gene produzido por algumas bactérias, chamado gene CAT 
(gene da Acetil Transferase do Cloranfenicol); 
 Algumas bactérias que são resistentes ao Cloranfenicol produz esse 
gene, e pode afetar a Acetil transferase; 
Estratégias de resistência ao Cloranfenicol 
Qual a consequência da inativação da enzima acetil transferase? Qual a 
consequência de algumas bactérias possuírem esse gene no seu DNA? 
 Vai ocorrer a inativação da enzima, a inativação da acetil transferase, 
que é fundamental para o metabolismo do Cloranfenicol; e ao mesmo tempo, 
vai ter uma impermeabilidade bacteriana ao Cloranfenicol. 
*Para que um fármaco atue sobre a síntese proteica bacteriana, ele tem que 
entrar na bactéria – apesar da bactéria não ter núcleo definido, o material 
genético da bactéria a partir do qual vai acontecer à síntese proteica, ele está 
no interior da bactéria – e atuar no Sítio P da peptidil transferase localizada no 
que ribossomo subunidade 50S*; 
*Se alterar a permeabilidade de entrada do fármaco na bactéria, o fármaco não 
consegue entrar ou então ele vai entrar com muita dificuldade. Mecanismo de 
resistência de algumas bactérias*. 
 
Espectro de ação 
 
 
Aeróbicos 
 Estreptococos pneumoniae: Gram+; 
 N. gonorrhoeae e meningitidis (Meningococos): Gram-; 
 Hemophilus influenzae, Moraxella, E. coli, Salmonela e Shigella: Gram-; 
Mycoplasma 
 Mico: fungo 
 Não tem parede celular; 
 Beta Lactâmicos não agem; 
 
 Palmitato: associado ao ácido/sal palmítico, suas funções estão 
relacionadas com a facilidade da manutenção com o acontecimento com 
as etapas farmacocinéticas, principalmente, absorção; está relacionado 
com o Cloranfenicol; 
 Succinato: ácido succínico; 
 Tifo febre tifoide e paratifoide vem da Salmonela; 
 
 
Toxicidade 
 
↑Pode atravessar a barreira placentária, alterar a síntese proteica da mãe e 
feto, pode ser excretado no leite. O RN não metabolizar essas substâncias; 
Aula 6 – Antibacteriano Tetraciclinas 
 Antibióticos Bacteriostáticos; 
 Ação proteica; 
 Naturais e Semissintéticas; 
 Tetraciclinas são menos toxicas que o Cloranfenicol; 
 
 Doxiciclina é mais utilizada na clínica; 
 
 Ribossomo bacteriano; 
o Subunidade maior 50S e menor 30S; 
 Existe um acoplamento/ligação entre o RNA transportador e o RNA 
mensageiro; 
 Esse acoplamento se da, especificamente, na subunidade do ribossomo 
30S; especificamente é um lugar onde vai ter a chegada/acepção dos 
aa, onde vai começar a leitura da fita de RNA mensageiro que contem 
os aa, esses aa são provenientes do RNA transportador. Processo 
subsequente em tradução de proteínas; 
 Esse ponto de ligação entre o RNA transportador e o RNA mensageiro é 
chamado de Sítio A (aminoacil); 
 Aminoacil é o ponto/molécula relacionado com essa recepção dos aa; 
 E é exatamente nesse ponto que a Tetraciclina vai se ligar; 
 E ao se ligar ao Sítio A, vai inibir a possibilidade de leitura dos aa; 
 Tanto o transporte quanto a sua leitura estarão inibidos e no geral, 
temos a inibição da síntese proteica pelas tetraciclinas; 
 
 Aquilo que for igual entre os diferentes fármacos antibacterianos, 
coloque na tabela com a mesma cor; 
 
 
 
 Gene TET: atuação sobre as tetraciclinas; é a translocação de alguns 
genes das bactérias, e que essa translocação é considerada mutação 
cromossômica, entre 10 e 11; 
 Bomba de Efluxo leva o fármaco que já estaria na passagem através da 
membrana para fora da célula. 
 
 Tetraciclinas interferem na ligação do cálcio em ossos e dentes; 
 
 Componente estratégico: tratamento de algumas patologias; 
 Tetraciclinas são Lipofílicas; 
 Componente básico (SUS) e estratégico (mais utilizado para tratamento 
de patologias mais especificas); 
Porque que não usamos tetraciclinas hidrofílicas, e qual seria a importância 
clinica para hidrofílicas (se prescrita), já que ela atravessaria a membrana 
celular com mais dificuldade do que as lipofílicas? 
 
 
 
 
 
Aula 7 – Antibacteriano Aminoglicosídios 
 
 Inibidores de síntese proteica; 
 Aminociclitóis; 
 Agrupamento amina envolve a presença do nitrogênio; 
 Atua na subunidade 30S, a mesma das tetraciclinas; 
 Não há ação em bactérias Anaeróbicas; 
 Em comparação com o Cloranfenicol e Tetraciclinas o espectro de 
ação dos Aminoglicosídios é mais reduzido; 
 Fármacos mais importantes; 
o O 1ª que surgiu foi a Estreptomicina; ainda é importante, mas 
seu uso está cada vez mais restrito; Tratamento de tuberculose; 
 
 Os aminoglicosídeos atravessam a parede celular de uma forma mais 
quanto menor for à parede bacteriana; Por isso tem-se uma 
predominância maior por Gram-; 
 São muito polares; 
 Possui transporte ativo dependente de O2; 
o Por isso não atuam em anaeróbicos, porque os anaeróbicos 
não dependem de O2 para sobreviver; 
 O que impulsiona o transporte ativo da molécula é a presença do O2, 
por isso que somente bactérias aeróbicas podem transportar o 
aminoglicosídeos para dentro da sua própria estrutura, atravessando a 
membrana; 
 Já dentro da bactéria, o aminoglicosídeo vai interferir, diretamente, no 
processo de transcrição na síntese proteica; 
 O mecanismo envolve: 
o Inibição da síntese proteica; 
o Acoplamento entre RNA mensageiro e transportador; 
o Acontece a ruptura da membrana levando ao extravasamento do 
conteúdo intracelular da bactéria; 
 A partir do momento que tem essa interferência no processo de síntese 
proteica, vai haver uma ruptura da membrana, e é por isso que os 
Aminoglicosídeos tem efeito BACTERICIDA; 
 
Bolinha vermelha representa o Aminoglicosídeo 
 A, B e C é dividido para percebemos esses momentos onde vai 
haver a atuação dos aminoglicosídeos; 
 Na letra A, a atuação dos aminoglicosídeos é bloqueando o início da 
síntese de proteica; No processo de Transcrição a o acoplamento do 
RNA mensageiro à molécula do RNA transportador, para começar a 
ter a tradução das proteínas, é nesse momento que os 
aminoglicosídeos vão atuar; 
 Na letra B, já no processo de tradução, estimulando a terminação 
prematura da proteína; 
 Na letra C, os aminoglicosídeos vão inibir a incorporação dos aa 
corretos; Gerando os aa incorretos que não pode ser capaz de 
continuar o processo; 
 
 
 Espectro de ação mais restrito; 
 Maioria é Gram-; 
 
 Beta Lactâmicos atuam, preferencialmente, sobre Gram+; 
 Aminoglicosídeos atuam, preferencialmente, nas Gram-; 
 A associação amplia o espectro de ação; Cobrir a maior parte das 
bactérias; 
 Vancomicina atua sobre Gram+; 
 Via de adm: IM/IV; oral; 
 Indicação clínica importante para tratamento de queimados 
(infecções secundárias); 
 
 Existem vários mecanismos de resistência bacteriana; 
 Várias cepas já estão sendo resistentes aos Aminoglicosídeos; 
 Seu espectro está cada vez mais diminuído para o uso de 
Aminoglicosídeos; 
 
 Nenhum Aminoglicosídeo é utilizado por Via Oral devido ao fato de 
serem altamente polares, têm esses resíduos de Amina com polaridade 
positiva, isso dificulta muito a absorção pelo TGI; 
 Ligação proteica: transportam o Aminoglicosídeos pela corrente 
sanguínea; 
 
 Dose dependente, quanto mais aumenta a dose do antibacteriano, maior 
o risco de Ototoxicidade; 
 Qualquer substância anticolinérgica é antagonista competitivo; 
o Aminoglicosídeos inibem a liberação de acetilcolina na plana 
motora, o que acabar não tendo contração muscular; Vai 
prejudicar o processo; 
 
 Gentamicina – componente básico 
 Amicacina – componente estratégico (restrito para determinados tipos 
de infecção) – injetável; 
 Estreptomicina 
 
Aula 8 – Antibacteriano Macrolídeos 
 
 Atuação sobre a inibição da síntese proteica; 
 Aqueles com hipersensibilidade aos Betas Lactâmicos, a Eritromicina foi 
introduzida para esses pacientes; Anel Lactônico; 
 Claritromicina e Azitromicina; 
o Azitromicina, de acordo com a OMS, é recomendada para o 
tratamento de ulceras; 
 
 
 Subunidade 30S e 50S do ribossomo; 
 Ex.: Acontece o processo de Translocação, é quando acontece a ligação 
entre o RNA transportador e o RNA mensageiro para que haja a leitura 
dos códons de aa. É exatamente nessa translocação que ocorre a 
inibição pelos Macrolídeos, então inibe síntese proteica, na 
subunidade 50S, impedindo, especificamente, o processo de 
Translocação; 
 Atuam muito próximo do sitio de ligação do Cloranfenicol, pode haver 
competição do Macrolídeo com o Cloranfenicol; 
 Associação entre Macrolídeo e Cloranfenicol não é adequada; seu sítio 
de ação é na subunidade 50S; Pode haver interferência nos seus 
mecanismos de ação; 
 
 
Azitromicina está só como exemplo; 
 Espectro de Ação mais amplo; 
 Tanto por Gram -, quanto por Gram+; 
 Bactérias que são parasitas obrigatórios – bactérias intracelulares 
obrigatórios, tem que penetrar em uma célula para se desenvolver -; 
 A partir de Estafilococos é Gram+; 
 A partir de Bordetella é Gram-; 
Qual é a justificativa clínica para a escolha da Azitromicina para o 
tratamento da COVID? 
Justamente devido a elevada lipofilia da Azitromicina, ela foi escolhida 
para a COVID porque – quanto mais elevada for à lipofilia de um fármaco, 
mais rapidamente ele vai ser absorvido e também bastante rápido sua 
distribuição no organismo; 
 
 Para o tratamento de uma doença respiratório, quanto mais rápido o 
fármaco atingir o órgão alvo, no caso os pulmões, mais rapidamente o 
paciente teria uma melhora clínica; Isso explica a escolha da 
Azitromicina; 
 Essa escolha não é baseada em evidencias; não a evidencia que a 
Azitromicina seja eficaz para o COVID; 
 A Azitromicina potencializa a prolongação do intervalo QT, que faz parte 
das onde cardíacas, pode levar a uma taquicardia; se for um paciente 
mais propício a alterações cardíacas, ele pode morrer; 
 
 
 Via oral; IV; 
 
 
 
 
 
 
Aula 9 – Antibacteriano Fluorquinolonas 
 
 Não inibem síntese proteica; 
 Classe isolada; presença de Flúor na molécula dos antibacterianos; 
 Atuação sobre as enzimas Quinolonas; 
 Ácido Nalidíxico, 1ª da quinolona; não tinha flúor na sua composição; 
 Passou a ter Flúor na 2ª geração; posição do carbono 6; 
 Anel quinolônico; 
 Flúor facilita à penetração do antibacteriano na bactéria, principalmente, 
a passagem através da membrana bacteriana; 
 Podem ser subdividida em gerações, já temos até a 4ª geração; 
 Terminação FLOXACINA; 
 Espectro de ação é a diferença das gerações 
1ª geração - 
 Ácido Nalidíxico 
2ª geração – Gram- e Gram+ 
 Ciprofloxacina 
 Ofloxacina; 
 Norfoxacina; 
 Pefloxacina; 
3ª geração 
 Levofloxacina 
4ª geração 
 Moxifloxacina; 
 
 Quinolonas atuam diretamente no DNA bacteriano; 
 São bactericidas; 
 Essas duas enzimas serve para a organização do DNA em dupla fita. E 
a partir dessa dupla fita temos a possibilidade de replicação bacteriana; 
 Se essas enzimas não conseguirem atuar, não consegue ter a 
duplicação adequada do DNA bacteriano. O resultado disso é que 
no cromossomo bacteriano – no cromossomo temos os genes – se 
esse DNA não conseguir ser organizado por essas enzimas, eu não 
tenho a replicação adequada bacteriana; 
 Mecanismo de ação: 
o Vão inibir tanto a topoisomerase 2, quanto a topoisomerase 
4; 
 
 É bastante amplo; 
 Gram + e Gram-; 
 Alguns Estafilococos já tem resistência às Quinolonas; 
 Quinolonas não deveriam ser de 1ª escolha para tratar essas 
bactérias; 
 
 Prostatite demora mais de 7 dias para tratar por ser um tecido muito 
difícil de atingir; 
 
 Via oral é a principal; IV; 
 Atravessam a BHE, mas com baixa concentração; 
 
 
 
 1º: alteração no sítio enzimático de forma geral, tanto alteração no sitio 
ativo, quanto no inibitório; essas mutações diminuem a possibilidade das 
Quinolonas se ligarem ao DNA-girase; Mutação cromossômica; 
 2º: bombeia de dentro para fora; diminui a permeabilidade de o fármaco 
entrar na bactéria; 
 3º: Mutação no Plasmídeo; 
 
 
 
Aula 10 – Antimicobacterianos 
Parte 1 
São aeróbios; 
Tuberculose 
 
 Exames: 
o Raio-X de pulmão; 
o Teste rápido de tuberculina; 
 
 Principal droga usada para o tratamento de tuberculose; 
 Via Oral 
 
 Micobactéria: produz ácido micólico; 
 
 O tratamento para tuberculose é feito por vários fármacos 
associados, não existe tratamento de tuberculose feito por apenas 
um fármaco; 
 
 O que faz a RNA-polimerase: a partir da fita de DNA, vai 
polimerizar/produzir uma fita de RNA, a partir da fita molde de DNA, vai 
ter uma fita de RNA. 
 Atua na enzima que auxilia na RNA-polimerase; 
 Ação bactericida; 
 Atuação em enzima, e não em ribossomo; 
 Pode ter mutações nos sítios ativos e inibitório da RNS-polimerase; 
 Outro mecanismo é a alteração na enoil-redutase – que é fundamental 
para produção de ácido micólico – quando se forma menos ácido 
micólico que o normal, vai precisar menos da enoil-redutase. Então por 
uma inibição de síntese proteica, algumas bactérias com o mecanismo 
de resistência acabam produzindo menos enzimas, menos enoil-
redutase, dificultando a atuação da Isoniazida; 
 
 
 
 Inibidor da incorporação do ácido à parede micobacteriana; 
 
 Tuberculose pulmonar é a mais comum; 
 Estreptomicina também é um fármaco utilizado no tratamento da 
tuberculose. Tem uma atuação bem especifica no tratamento da 
tuberculose. 
 
 Pirazinamida: igual da Isoniazida; 
o Inibição da enoil-redutase; 
 Etionamida: não é de 1ª escolha; 
 
 O que é preconizada na OMS; 
 No mundo inteiro, o tratamento da tuberculose é unificado; 
 
Fármacos envolvidos nas fases: 
 R: Rifampicina; 
 H: Isoniazida; 
 Z: Pirazinamida; 
 E: Etambutol; 
1 comprimido diário; 
1º esquema: recebe pelo SUS; 
o Tratamento básico é subdividido em 2 fases: 
 1ª fase intensiva: 4 medicamentos – COXCIP-4 
 Dura 2 meses; 
 2ª fase de manutenção: 2 medicamentos 
 Dura 4 meses; 
 Rifampicina e Isoniazida (já existe os 2 em um 
comprimido); 
 Sai o Pirazinamida (tratamento de ataque para 
Micobactéria) e Etambutol (potencializa a ação da 
Isoniazida); 
 
 A diferença para o tratamento da Meningite Tuberculosa é o tempo de 
duração; 
 A fase intensiva dura 2 meses; 
 A fase de manutenção dura 7 meses; 
o Porque o tempo de tratamento na fase de manutenção é mais 
prolongado? 
 
 
 
 
 As reações adversas aparecem todos no começo do tratamento; 
 Sempre promover adesão; 
 Quando o paciente vai retirar os medicamentos, ele precisa fazer o 
teste para acompanhar se está sendo eficaz o esquema básico, 
porque se não estiver, vai ter que passar para o esquema de 
multirresistência; 
 
Preciso saber 
 Tempo: está subdivididas em 3 fases: 1 ano e 6 meses; 
o 1ª fase intensiva: 2 meses; 
o 2ª fase intensiva: 4 meses; 
o 3ª fase de manutenção: 12 meses; 
 Os medicamentos utilizados: 
o Não tem mais Isoniazida e Rifampicina; porque já pode já ter 
havido resistência aos 2 medicamentos; 
o Entra a Estreptomicina: inibidor de síntese proteica que vai 
ajuda a Levofloxacina; 
o Levofloxacina: inibir a replicação do DNA em dupla fita, inibindo 
a replicação bacteriana; 
o Pirazinamida; manteve; 
o Terizidona: mecanismo da Isoniazida; 
o Etambutol: usado justamente para quem tem resistência a 
Isoniazida; 
 S, E, L, Z e T; 
o S5: estreptomicina utilizada apenas em 5 dias, na 1ª fase; 
o S3: estreptomicina utilizada apenas em 3 dias, na 2ª fase; 
o Os outros fármacos utilizam normalmente na 1ª e 2ª fase; 
o Fase de manutenção mantem só: Etambutol, Levofloxacina e 
Terizidona; 
Parte 2 
Hanseníase - Lebra 
 
 Sintomas 
o Indivíduo com hanseníase as micobactérias colonizam os 
receptores sensoriais envolvidos,inicialmente com sensações 
térmicas, mas também os nociceptores (captação e estímulos 
dolorosos); 
 Diagnósticos específicos 
o São baseadas no numero de lesões; localização; 
o Lepra Tuberculóide: até 5 lesões 
o Lepra Lepromatosa: mais de 5 lesões; 
o O tipo direciona o esquema de tratamento; 
o Lepra Dimorfa: quando se tem dúvida de qual é a Lepra; quase 
não usada; 
 
Medicamentos 
Quanto menos utilizar medicamentos, melhor vai ser o tratamento; 
Via Oral 
 
 Principal medicamento para a Lebra 
 Síntese de folato; 
 
 
 Rifampicina também é importante no tratamento: inibição da replicação 
bacteriana; 
 
 Metemoglobinemia: é uma condição com potencial de risco de vida, na 
qual ocorre uma diminuição da capacidade de transporte de oxigênio da 
hemoglobina circulante devido à conversão de algumas ou de todas as 
espécies de ferro do estado ferroso [Fe2+] reduzido para o estado 
férrico [Fe3+] oxidado. 
 
 Vantagem: atividade anti-inflamatória; 
 
 
 
Como seguir os esquemas 
 O Brasil é o 2º pais com maior número de casos de Hanseníase no 
mundo; 
 
 Pode ser qualquer corticoide, a prednisona é só um exemplo; 
Pode acontecer em pacientes que tem hanseníase, e também tem lesão de 
alguns nervos, dependendo do período/tempo que a pessoa demora para 
procurar ajuda clínica para fazer o tratamento da hanseníase. Ela pode 
desenvolver lesões em nervos (não se regenera) e essas lesões pode ficar 
marcadas por boa parte da vida ou até mesmo o resto da vida. O que é 
preconizado para que tenha uma amenização desse problema é o uso de 
corticoides ou de um fármaco chamado Talidomida, e esse uso é, justamente, 
uma imunossupressão/imuno modulação, tenta ativar o sistema imunológico 
para que haja uma resposta melhor, quando tem comprometimento de nervo. 
Esses comprometimentos podem acontecer devido a uma resposta 
imunológica intensa. Então a função do corticoide ou da Talidomida é diminuir 
essa resposta tão intensa imunológica. É possível utilizar corticoides nas 
Meningites; 
 
 A dose mensal é tomada na frente do profissional que estiver com esse 
paciente; 
 A dose mensal é supervisionada para garantir que o paciente está 
fazendo o tratamento; 
 O risco de ter resistência a Dapsona é grande se não tomar a 
medicamentação de forma errada; 
 Existe uma alternativa para pacientes resistentes a Dapsona: 
o Tem a possibilidade de manter a Rifampicina e acrescentar 2 
medicamentos que não estão no processo terapêutico, 
associando Ofloxacina e a Minociclina. 
o Vai inibir a duplicação do DNA e inibir a síntese proteica da 
Micobactéria; sem risco de indução de resistência bacteriana; 
o 
 
 
 
 
Aula 11 – Antivirais 
Retrovirais – HIV/AIDS 
 Retrovírus são da família Retroviridae; 
 Entrada do HIV na célula é pelo receptor CD4; 
 Construído por uma grande família de vírus do tipo RNA; 
 Complexo mecanismo para sua replicação celular; 
 Possuem uma enzima, que outras famílias não possuem que é a 
Transcriptase Reversa, chamada de DNA polimerase RNA 
dependente; 
o Vai transformar o RNA em uma molécula de DNA; 
o Polimeriza/cria uma molécula de DNA a partir da fita molde de 
RNA; 
 Existem vários tipos de retrovírus que tem como Hospedeiros: 
o Células do corpo humano; Lentivírus (reprodução que pode ser 
bem lenta, HIV1 e HIV2); Oncovírus (HTLV); 
 
 
 Grupo: antivirais; 
 Tratamento de HIV/AIDS; 
 Enzima mais importante é a Transcriptase Reversa; 
Mecanismo de ação 
Inibidores da Transcriptase Reversa análogos de nucleosídeo (ITRN) e 
Inibidor da Transcriptase reversa análogo de nucleotídeo (ITRNt); 
 
 Nucleotídeo: junção de três substâncias; bases nitrogenadas; 
o Um nucleotídeo é formado por três moléculas, as quais variam 
entre o DNA e o RNA: Base nitrogenada: Bases purinas adenina 
(A) e guanina (G) e as bases pirimidinas citosina (C), uracila (U) e 
timina (T). Temos 3 Grupo fosfato (HPO4). Precisa de mais de 
uma fosforilação; 
 Nucleosídeo: é constituído por uma base nitrogenada (citosina, 
adenina, guanina, timina ou uracila) e por uma pentose (ribose, no caso 
do RNA, ou desoxirribose, no caso do DNA). Um nucleosídeo é um 
Nucleotídeo sem o agrupamento fosfato, são produtos de hidrólise 
química ou enzimática, ocorrem em quantidade muito pequena na 
célula. 
 Essa classe de medicamento não atua sobre as células que já estão 
infectadas; 
 Mec. Ação: a consequência é impedir a infecção das células 
susceptíveis (célula do hospedeiro, que ainda não está infectada pelo 
material genético do HIV); 
 Na célula não infectada, o medicamento vai entrar; dentro da célula, ele 
sofre fosforilação pelo próprio mecanismo celular; 
 Essa fosforilação é um componente bioquímico, um metabólito, que vai 
acontecer sobre esses medicamentos; se for um análogo de 
nucleosídeo, deve sofrer 3 fosforilações, porque a sua estrutura química 
não possui um grupo fosfato; se for nucleotídeo, deve ter pelo menos um 
grupo fosfato, sofrendo apenas 2 fosforilações; 
 Sofrendo 2 ou 3 fosforilações, vai ter tanto para o análogo de 
nucleosídeo, quando para o análogo de nucleotídeos um trifosfato; 
 Se for nucleosídeo, vai ter uma adição de 3 fosfato na molécula do 
medicamento (3 fosforilações); Se for nucleotídeo, vai ter adição de mais 
2 fosfato, porque ele já possui 1 na sua estrutura (2 fosforilações): 
o Isso acontece para gerar substratos sintéticos da enzima; 
 Formando um RNA de retrovírus, já possui nucleotídeos nativos e 
nucleosídeos nativos; 
o Nativo: pelo próprio vírus; 
 A Transcriptase Reversa vai atuar sobre o RNA para formar DNA, vai 
atuar sobre os substratos nativos do vírus; que são os nucleotídeos 
nativos do vírus; 
o Substrato natural da Transcriptase Reversa são os 
Nucleotídeos Virais; Análogos nativos atuam sobre o sítio ativo; 
 Quando utilizamos esse medicamento, que são análogos de 
nucleotídeos naturais (nativos), que se tornam moléculas 
sintéticas, quando sofrem fosforilação dentro da célula. Quando a 
Transcriptase Reversa atua sobre esses substratos sintéticos 
(nucleotídeos e nucleosídeos) – que são os medicamentos 
fosforilados – vai ter uma inibição da sua atividade, 
consequentemente, vai ter uma interrupção da replicação do 
genoma viral, devida a competição que esses medicamentos fazem 
com o nucleotídeo nativo no sítio ativo enzimático; 
Inibidores da Transcriptase Reversa não análogos de nucleosídeo 
(ITRNN) 
 
 Inibem a Transcriptase Reversa, só que são inibidores não 
competitivos da enzima, se ligam ao sítio inibitório alostérico da 
Transcriptase Reversa; 
 Não análogos atuam no sitio inibitório; 
 Não tem afinidade por substratos sintéticos; 
 Resultado da ligação é uma mudança estrutural conformacional que 
vai reduzir a atividade enzimática; 
 As consequências: ao se ligar ao sítio de inibitório alostérico da 
Transcriptase Reversa, vão inibir a replicação do genoma viral; 
 Então a Transcriptase Reversa não vai conseguir, a partir da 
molécula de RNA, codificar a molécula de DNA; 
 Então interrompe a síntese do DNA viral e não necessitam de 
fosforilação intracelular para sua atuação. 
 Os não-análogos de nucleosídeos também vai atuar dentro da célula 
hospedeira, porque o vírus vai penetrar na célula; só que como são 
não análogos, os nucleotídeos nativos virais, não vão precisar sofrer 
fosforilação intracelular; 
Inibidores de Protease (IP) 
 
 Vão se ligar reversivelmente, a um sítio ativo de a uma proteína 
(enzima?) chamada Aspartil Protease Viral; 
 Consequência dessa inibição competitiva é impedir a clivagem de 
proteínas em componentes estruturais e enzimáticos essenciais do 
vírus; 
 O que faz uma protease viral: vai quebrar proteínas; Proteínas que são 
dos hospedeiros, fazendo com que essas proteínas clivadas façam parte 
de componentes estruturais e também de enzimas que são essenciais 
ao vírus; 
 A inibição aqui é chamada

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