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Ascensão da China: Uma História de Sucesso Econômico

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GIULIA SAPONARA BONI
3 FM 
GEOGRAFIA 
RESENHA CRÍTICA “ASCENSÃO DA CHINA”
O terceiro episódio da série documental “História: Direto ao assunto” conta como a China que atualmente tem uma população acima de 1 bilhão de pessoas, com 17 megacidades e cada uma com mais de 10 milhões de pessoas. O principal tema do episódio é discutir como a China se tornou uma das maiores ascensões de toda a história global em um curto período de tempo, um país com ideologias majoritariamente socialistas conseguiu ultrapassar na economia mundial diversos países com princípios capitalistas, e na atualidade a China é responsável por cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) da economia mundial.
Na Segunda Guerra Mundial a China e os Estados Unidos eram aliados, ambos contra o império japonês, ambos os países se dedicaram a produção em massa para o apoio ao exército nacional. Após a Guerra, ocorreu uma guerra civil que levou a China a ser dividida, uma parte suportada pelos EUA liderada por Chiang Kai-Shek, e a outra parte comunista com um famoso representante, Mao Zedong. Em 1949, Mao o representante da parte comunista do país ascendeu ao poder criando a República Popular da China, onde toda a população deveria compartilhar de suas riquezas sendo controladas pelo Estado, e na teoria o país deveria ser inteiramente autossuficiente, cortando todas as relações políticas e econômicas ao redor do globo, fazendo a com que a China que na época possuía uma população de meio bilhão de pessoas, ficasse isolada e afastada de qualquer cenário mundial.
Em 1958, a política maoísta incentivava que trabalhadores de áreas agrárias e rurais fossem trabalhar nas fábricas em grandes cidades, e com a chamada Revolução Cultura, todas as pessoas que não apoiassem essa política seriam mandadas para campos de reeducação. Contudo, pela falta de preparo e organização a China passou por uma de suas piores fases de toda a história, com um período de fome avassaladora, com uma economia colapsando e uma política insegura. Em 1970, marcado pela primeira visita de um presidente americano a China, os Estados Unidos resolveram fazer uma aliança com a China liderada por Mao pois esta estava em situação conflitosa com os países de mesma ideologia, como por exemplo a União Soviética, também comunista, logo era de interesse dos EUA que incentivassem a implementação de uma democracia como a estadunidense no país. 
Em 1976, após a morte de Mao Zidong, ascende ao poder da China Deng Xiaoping, o qual estabelece uma ideologia que não vai abrir mão do poder comunista proposto anteriormente por Mao, mas vai considerar uma abertura para relações com o Ocidente, se tornando o primeiro presidente chinês a visitar os Estados Unidos da América. Em 1979, Deng começou seu programa de reforma econômica, que era de criar quatro zonas econômicas especiais, as ZEEs, que consistem em regiões onde o desenvolvimento industrial e o comércio seriam incentivados, atraindo investidores estrangeiros, servindo como “testes” para que depois o desenvolvimento da economia se espalhe por todo o país. Em uma das zonas econômicas, a região de Shenzhen, entre 1960 e 2016 seu PIB aumentou cerca de 24.500% o que é um crescimento absurdo considerado outros exemplos ao redor do Globo, fazendo com que nos próximos anos o país simplesmente focasse na criação de ZEEs, em 2006 por exemplo, construiu regiões funcionais de mias de 1000 km² a cada duas semanas. 
Nas primeiras zonas, os donos de fábricas através de grandes exportações com preços reduzidos, avançavam na produtividade pois adquiriam lucro se estabelecendo em um lugar sem impostos, aluguel baixo e mão de obra barata. O que é considerado como capitalismo por boa parte do globo, na China é chamado de “Socialismo com característica chinesa”, onde através dos anos e por conta da exportação de baixo custo, se torna extremamente requerida por países do ocidente, avançando economicamente no cenário mundial. Em 1989, por conta dessa abertura política do Socialismo com característica chinesa, considerada capitalista, a população jovem pede através de manifestações para a adoção de outras políticas capitalistas como uma maior liberdade de imprensa e expressão. Contudo, o partido comunista no poder logo os repreendeu através de forças armadas contra os manifestantes, em um evento conhecido como o Massacre da Praça da Paz Celestial, o partido reafirma que apesar da maior liberdade econômica, na política não seria o mesmo, os ideais comunistas iriam prevalecer. Em 1990, coma abertura de diversas Bolsas de Valores, o sucesso econômico da China estava presente em toda parte. A grande problemática é de que apesar de diversos investidores estrangeiros aparecerem por todo o país atrás de um novo mercado consumidor potencial, a maioria da população não poderiam comprar os produtos internacionais, gerando uma enorme demanda por produtos falsificados, se torando um outro potencial para os donos de fábricas, que logo começaram a exportar para o resto do mundo gerando ainda mais o lucro, o que prevaleceu até os dias atuais onde um levantamento de 2019 diz que 85% dos produtos falsificados ao redor do globo são oriundos da China.
Em 2008, uma crise na economia mundial afetou todo o globo, contudo na China, pela interferência do Estado em todos os cenários sociais, o líder da época Hu Jintao, utilizou os bolsos fundos do Estado para suprir as perdas da crise, fazendo com que o país não fosse tão afetado com a crise. O país começou logo em seguida a investir em países que estão em processo de desenvolvimento tardio em continentes como África e Ásia. Fatores como este fazem com que a China esteja cotada para em média no ano de 2025, superar a superpotência econômica dos Estados Unidos, se tornando a maior potência econômica mundial, apesar da incerteza sobre um futuro onde a população chinesa comece a questionar as políticas e ideologias colocadas no país.

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