Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO/CAMPUS: DIREITO/ DISCIPLINA/TURNO: FILOSOFIA/ NÚMERO DA TURMA: 1003 NOME COMPLETO: Adijane Vidal da Luz MATRÍCULA: 202001629271 DUAS ATIVIDADES da AV1 (obrigatórias) e TRABALHO (opcional) devem ser entregues neste único arquivo, 24 horas após a data de sua prova, pelo PORTAL DO ALUNO (SIA/SAVA) <no item TRABALHOS, ANEXE seu documento em formato PDF>. 1) AV1 (até 5 pontos): a ser apresentada 7 dias antes da data de sua prova <vinculada aos temas da 1ª Unidade>. 1.1 No enredo da peça “Antígona” (de Sófocles) há inúmeras situações em que personagens vivenciam dúvidas na esfera pessoal. Cada um segue critérios ÉTICOS diferentes. O que você entende por moralidade individual? 1.2 No mundo contemporâneo pessoas se vitimizam e culpam a sociedade e os outros por “tudo”. Defina as noções antigas de “tragédia e catástrofe”. 1.3 A principal disputa jurídica da peça ocorre entre Creonte e Antígona. Defina as noções de direito natural e direito positivo. 1.4 O que você entende por filosofia? É um saber teórico e plenamente separado das paixões humanas? O que é ciência? O que você entende por ética (prática)? Cite, ao final, no mínimo, um AUTOR(a) e uma obra (sua fonte de estudo). 2) AV1 (até 5 pontos): a ser apresentada na data de sua prova. Leia o enredo do caso proposto abaixo (vinculado ao ponto 2 do programa) e responda as perguntas dos itens 2.1 e 2.2: “Uma escola de nome ‘Letheia’ é marcada por valores como “tradição, disciplina, honra e excelência”. Num cenário onde jovens precisam respeitar os valores de seus antecessores e devem corresponder aos planos traçados por seus pais, chega o recém contratado professor chamado Dionisio (ex-aluno desta escola). Ele incentiva seus alunos a "tornar sua vida extraordinária", ímpeto que ele defende citando a expressão latina carpe diem, que significa "aproveite o dia". As lições incluem alunos em pé em sua mesa para demonstrar maneiras de encarar a vida sob ótica diferente; eles são incentivados a rasgar páginas de um livro; são convidados a descobrir seu próprio estilo de caminhar; recebem aulas enquanto praticam futebol; uns se descobrem atores; outros descobrem a paixão romântica; outros improvisam versos; enquanto outros se experimentam em rebeldia gratuita contra a autoridade de diretores da escola. O pai de um dos alunos descobre o envolvimento de seu filho numa peça de teatro e o obriga a desistir na véspera da apresentação. Este aluno mente ao seu professor e omite a proibição do pai. O pai deste aluno inesperadamente aparece na apresentação e o informa que ele será retirado da escola para ingressar numa academia militar para prepará-lo para Harvard – por dez anos, para que ele se torne médico. Incapaz de encontrar a coragem de enfrentar seu pai, e sem o apoio de sua mãe, este aluno – sentindo perturbado - comete suicídio. Cada um dos alunos é chamado ao escritório do diretor da escola, para assinar uma carta “confirmando” as alegações de um aluno delator, que culpa o professor Dionisio, mesmo sabendo que eram falsas as alegações. O professor Dionisio é demitido, apesar de receber o agradecimento de boa parte dos alunos – que ficam em pé nas bancas enquanto ele se despede”. 2.1 Descreva a “alegoria da caverna” (ou “mito da caverna”) de Platão. Quais as principais propostas da alegoria em sua opinião? Quais as acusações feitas contra Sócrates em seu julgamento em Atenas? Você o condenaria? Por quê? 2.2 Você reconhece pontos de conexão entre o “mito da caverna” de Platão e a narrativa sobre a escola descrita acima? Quais as semelhanças? Você responsabilizaria o professor Dionisio pela desobediência dos alunos? Por quê? 3) TRABALHO OPCIONAL (até 2 pontos EXTRAS). Vinculado ao conteúdo do ponto 2.3 do plano de ensino (Ética em Aristóteles). Competências e habilidades envolvidas no trabalho: capacidade de pesquisar sobre narrativa com controvérsia filosófica; competência de analisar tema típico do debate sobre “Ética”; habilidade de produzir texto organizado segundo critérios metódicos; habilidade de expor pensamento crítico em texto fundamentado. 3.1 Escolha um “filme” ou “caso concreto real” sobre o sensível tema da EUTANÁSIA. Após, pesquisar sobre o tema, produza seu parecer com suas palavras (citando sempre suas fontes de estudo – AUTOR(a) e OBRA de livros, palestras, artigos...). 3.2 Lembre-se de ESCREVER EM NEGRITO na elaboração do seu parecer a sequência da “disposição retórica” – conforme apresentada em nossas aulas. O trabalho deverá conter no máximo duas páginas. ABAIXO APENAS AS RESPOSTAS NA SEQUÊNCIA... 1) 1.1-Quando o individuo projeta o que é certo e errado para si mesmo. Seja cultural ou costumes. 1.2-Catástrofe Procede do grego e significa destruição. Os gregos utilizavam este termo para referir ao desfecho final de uma tragédia. Então catástrofe é um acontecimento de desastre em grande escala geralmente relacionado a fenômenos naturais. Ex. Choveu bastante causando enchentes e destruindo casa e matando pessoas. Tragédia Fatalidade, desgraça. Algo trágico que aconteceu na vida de alguém ou algo. Geralmente termina com alguém morto e trás horror. 1.3 - Direito natural à norma não é valida se não for justa, o direito natural se baseia na moral e nos princípios da sociedade. O que não aconteceu quando Creonte determinou que o corpo de Polinice não recebesse as honrarias tradicionais de um funeral, pois tinha lutado contra a pátria. E determinou pena de morte a quem desobedecesse a suas ordens. Direito positivo é um conjunto de normas jurídicas. É garantida pelo estado por meio das leis. E quem vai contra a legislação e a infringe é considerada criminoso. O que aconteceu com Antígona quando ela desobedeceu às ordens do seu tio Creonte e enterrou seu irmão, porque para ela, seu tio estava desrespeitando as leis naturais, de que todo homem deveria ser sepultado. 1.4- Filosofia: Segundo sua etimologia, é amor (Philo) da sabedoria (Sophia). Não é um saber teórico separado das paixões humanas, porque do que adianta ser sábio e não viver sabiamente, livre e feliz, só assim poderá desfrutar de tais paixões. Ética: vem do grego e significa modo de ser. A ética é o conjunto de princípios e valores que usamos para decidir a nossa conduta social, é ela regula a conduta da vida em sociedade. Fontes de estudos: Antígona – Sófocles. Aprender a viver, filosofia para novos tempos – Luc Ferry. Apostila Introdução ao estudo de Direito - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Artigo, Ética é sempre coletiva Mario Sergio Cortella. Jusbrasil.com. br. Para entender Direito - direito. folha.uol.com.br/blog 2) 2.1- A alegoria da caverna narra a historia de prisioneiros em uma caverna desde a infância, eles são aprisionados pelas mãos em uma parede, assim só podendo ver a sua frente. O que eles veem são sombras que são projetadas a sua frente. Como sombras não são reais eles só vem horror e só tem uma noção do que é o mundo fora da caverna, o que é lhes revelado na parede. Certo tempo um prisioneiro é libertado e chegando fora da caverna tem muita dificuldade de enxergar, pois a luz do sol é muito resplandecente, já que ele só viveu na escuridão da caverna. Quando ele finalmente consegue ver o mundo e como realmente é a natureza e toda a beleza fora da caverna, é quando ele percebe que tudo aquilo que via dentro da caverna era imperfeito, distorcido e fora da realidade. Depois de um tempo de exploração esse homem quer voltar à caverna e contar toda a realidade aos companheiros. Então Platão levanta uma hipótese será que se o homem liberto voltasse à caverna e contasse o que viu a realidade, pois aquilo que eles viam não é real e sim projeção de algo que impõem a vocês, os companheiros acreditariam? Ou achariam que estava louco e o mataria? R: As principais propostas da alegoria são: Cada homem tem o direito de pensar e ver como o mundo é a sua maneira. Tero conhecimento próprio e não imposto por alguém. A caverna nos ensina que devemos nos libertar do conforto, estar aberto a novas formas de vida e temos que estar sempre com a mente aberta para novos conhecimentos ou mudanças. O prisioneiro nos ensina que devemos sempre buscar a verdade e quando a luz do sol nos atingir, a princípio por mais que aquilo que nos for mostrado seja desconfortante no final, nos tonará mais sábio. R: Corromper a mocidade de Atenas e não crer nos deuses do Estado, mas em outros seres espirituais. R: Não o jugaria, porque o que Sócrates ensina estava correto, todo ser e homem tem o direito de pensar. Sócrates não induzia ninguém, apenas apregoava seus ensinamentos, ele induzia o pensamento e a reflexão, como por exemplo: se crermos em algo, precisaria verificar se era verdade. Se algum dos seus alunos ou seguidores se corrompeu ou voltou-se contra a lei, que culpa ele teria. 2.2 - Sim, na narrativa o professor ensinou a serem pensadores livres, que os alunos deveriam ver as coisas de modo diferente, precisaria ver as coisas de outra maneira e descobrir novos pontos de vista. No mito da caverna a partir do momento que o prisioneiro estava liberto viu a realidade, ele teve suas próprias visões e pensamentos sobre o mundo exterior. Não responsabilizo o professor pelos erros dos alunos, pois em nenhum momento o professor os induziu a fazer algo imprudente e sem autorização dos pais. Se os alunos tiveram uma interpretação diferente do carpe diem, com rebeldia e omissão, que culpa o professor tem com os caminhos contrários que seus alunos tomam? 3) INTERESSADOS: Estácio, Ricardo Mello ASSUNTO: EUTANÁSIA VOCABULÁRIO CONTROLADO: FILOSOFIA CLIENTES: (Ramon Sampedro) PARECER Nº 01/2020.1 EMENTA: FILOSOFIA – ÉTICA - DIREITO - EUTANÁSIA I- EXÓRDIO e NARRATIVA: Aqui a narrativa dos “eventos” que circundam a consulta. Quem são os envolvidos? Quais os principais atos? Onde ocorreram? Quando? Qual o cenário histórico? Qual o estado da causa? Qual o tema principal? Tente usar uma linguagem mais impessoal e “aparentemente” objetiva nesta abertura. Mar adentro, conta uma historia real de Ramon Sampedro um pescador espanhol, que ficou tetraplégico em 1968, depois de um acidente quando pulou de forma errada no mar na juventude. O filme mostra a luta diária, o sofrimento de 28 anos, que Ramon enfrenta para morrer, ele era um homem muito ativo e ficar sem os movimentos dos membros superiores e inferiores apenas com os movimentos da cabeça, como o mesmo diz não é uma forma digna de viver. Ele fica aos cuidados de sua cunhada Manuela, desde que ocorreu o acidente, no filme é nos passado a forma meiga que a Manuela cuida dele e a mesma mostra muita compaixão por seu cunhado, ela relata que é a favor que o desejo de Ramon seja realizado e que ele decida escolher qual seja seu destino. Diferente do irmão mais velho de Ramon, esposo da Manuela, ele é totalmente contrario ao que tanto Ramon deseja, ele relata que sabe que as pessoas são livres, porem o que seu irmão tetraplégico pede é irracional e se nega a ajudar e não permite que façam o que Ramon estar pedido, a eutanásia. Tese (a favor da eutanásia): Ramon é aborrecido por não lhe darem o que quer. Ele quer morrer porque a vida no estado que se encontra não é vida, ele entende que as pessoas que vive na mesma situação que ele, possam até se sentir ofendida quando ele diz que o tipo de vida que ele vive, não é digna. Ele não julga ninguém então, ele pede para que ninguém o julgue e nem julgue a pessoa que o ajudara a conseguir o que quer. O filme retrata Ramon uma pessoa bem posicionada, Ele escreve poemas, tens meios para atender telefone e escrever mesmo sem usar as mãos, com ajuda de um aparato que seu sobrinho o ajudou a construir, no filme vemos Ramon com uma inteligência incrível e alguém com força para conseguir seus propósitos. É quando ele contrata uma advogada que para ironia dos telespectadores ela também tem uma “deficiência” Julia a advogada, tem esclerose múltipla. A contratação da advogada tem a finalidade de entrar com um processo jurídico para realização do seu desejo. Mesmo sabendo que teria que enfrentar muitas situações contraria ao seu desejo, desde aos familiares, a sociedade e o sistema religioso. Antítese (contra a eutanásia): Muitos tentam reverter à ideia de Ramon, ele recebe a visita de um padre e por incrível que pareça, o padre também é tetraplégico. Com respaldos religiosos ele tentar induzir a Ramon a desistir da morte. O mesmo diz: Que a vida pertence a Deus e só Ele a pode tirar e Ramon estaria transgredindo a Lei divina se o mesmo tentasse tirar a sua própria vida e que uma vida que elimina a vida não é a liberdade que ele tanto prega ter. Após varias tentativas de persuadi, lhe mostrando o que a igreja expõe sobre morte e suicídio, e é totalmente fracassada, pois Ramon como o homem inteligente que é, desfaz de tudo que o padre tenta lhe convencer, ele trás outras posições e refutações contra todas as ideias religiosas. Que ele tem liberdade para escolher a sua crença e não a que o padre estaria lhe impondo, se a igreja é contra a pena de morte porque na antiguidade matou tantos na fogueira os que pensavam incorretamente? E que se o mesmo tivesse neste tempo, a igreja, o queimaria vivo por defender a sua liberdade. Antes de partir o padre aconselha a família que der vontade de viver a Ramon mostrando que a vida é muito mais que jogar bola, correr de um lado para outro e segurar objetos e lhe mostrassem que há outros sentidos em viver. II- REFUTAÇÃO e CONFIRMAÇÃO: <sua decisão com definições desta disciplina> De acordo Mário Sergio Cortella, filosofo, em um debate sobre ética e bioética. Relata sobre a trilogia de questões da vida, que o individuo decide independentemente da sua natureza, Quero? Posso, Devo? O querer como vontade, o poder como capacidade e o dever como obrigatório. A eutanásia busca dar uma morte digna ao paciente 1) Morte serena, sem sofrimento. 2) Prática, sem amparo legal, pela qual se busca abreviar sem dor ou sofrimento a vida dum enfermo incurável e terminal. ( Míni Aurélio, 6ª edição revista e atualizada 2004). Se trouxermos uma analise da trilogia de Mário Sergio, para o caso narrado, quando ao quero? Ramon queria morrer, pois estava visando o conforto próprio e a busca pelo findar do seu sofrimento, Ele diz ter ciência que existem outros meios para viver, na situação que se encontra, como por exemplo: a cadeira de roda, porem escolher a cadeira de roda seria como aceitar migalhas de uma vida ativa que ele já teve. Se chegarmos hoje ao um mendigo e perguntar: você prefere morrer de fome ou viver de migalhas? Temos a plena certeza que o tal mendigo escolheria as migalhas ao invés da morte. Ou seja, o que para Ramon era migalha para outros é tudo na vida. Quando ao posso? O que Ramon queria era suicídio, porque mesmo com toda incapacidade motora Ramon era bastante ativo e capaz, escrevia poemas e arquitetava equipamentos para melhorar seu dia a dia. Rosa, uma mulher que vai à casa de Ramon para tentar fazer alguma diferença, pedir conselhos e conversar sobre o dia a dia, ele o ajuda muito na situação depressiva que a encontrava, Ramon mesmo assim não percebe a capacidade que tinha de ajudar as pessoas a sair de uma condição depressiva ou ate evitar um suicido algo que ele mesmo queria para si. Ele poderia abrir mão da sua própria vontade e deixar de se sentir infeliz por não poder realizar seus sonhos e se satisfazer pelo bem que fazia ao próximo. Quanto ao devo? Se trouxermos uma reflexão sobre a atitude que Ramon queria fazer, ele ate poderia querer a morte, poderia morrer de forma ilícita,mesmo que contra a vontade de sua família, mas não deveria porque no seu país, a eutanásia ou morte assistida não era legal. “Aquele que causar ou cooperar ativamente com atos necessários e diretos para a morte de outro, com pedido expresso, sério e inequívoco deste, no caso de a vítima sofrer de uma enfermidade grave a qual o conduziria, necessariamente, à morte ou a graves problemas permanentes e difíceis de suportar, será punido com as penas inferiores a um ou dois graus ou à prisão de 2 a 5 anos (por mera cooperação) ou prisão de 6 a 10 anos (quando a cooperação colaborou com a morte)", até hoje vigente. Assim se o fizesse não era moralmente aceitável pela sociedade, fora desrespeitar a vontade de sua família, pois ele estava em busca de algo totalmente contrario as leis do seu país. Cite sua fonte de estudo <autor (a) e obra> Café filosófico CPFL – Debate sobre: Ética e bioética nos dias de hoje – Mario Sergio Cortella e Paulo Saldiva. III- PERORAÇÃO <reafirmação da conclusão> Opino que, conforme o que Ramon queria, o suicídio, não concordo com a eutanásia. Pois como foi citado a eutanásia tem o objetivo de dar uma morte sem sofrimento ao paciente, abreviar a dor de um enfermo incurável e ele não se encontrava nesta situação , o que estava em jogo era, a não aceitação do seu estado atual já que ele tinha uma vida bastante ativa, até seu acidente. É o parecer. Recife, 14 de MAIO de 2020.
Compartilhar