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TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) Basicamente, o TDAH é um transtorno neurobiológico que tem como principais características falta de atenção, agitação e impulsividade. Surge na infância e em muitos casos acompanha o indivíduo na vida adulta. Os portadores de TDAH têm alterações na região frontal e suas conexões com o resto do cérebro. Essa parte do cérebro é responsável por inibir comportamentos inadequados, como também pela memória, atenção, autocontrole, organização e planejamento. O transtorno é reconhecido pela OMS e há o Consenso Internacional, publicado depois de um profundo debate sobre o tema, com profissionais, instituições e grupos de especialistas. Como diagnosticar o TDAH? O TDAH possui 18 sintomas divididos em 3 grupos: 9 relacionados à desatenção, 6 à hiperatividade e 3 à impulsividade. Durante a infância, o TDAH se manifesta através de dificuldades na escola e no relacionamento com os colegas, pais e professores. Geralmente os meninos apresentam mais sintomas de hiperatividade e impulsividade, mas meninos e meninas com TDAH são desatentos. Na adolescência, o transtorno pode ser caracterizado por dificuldades em lidar com regras e limites. Já na vida adulta, surgem problemas com desatenção, falta de memória e impulsividade. Muitos adultos com TDAH têm outros problemas associados, como abuso de drogas, álcool, ansiedade e depressão. É muito comum também que a predominância dos sintomas mude durante a vida, ou seja, uma criança muito hiperativa pode se tornar um adulto muito desatento. O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é bastante complexo, sendo predominantemente clínico, baseado na observação e relato dos sintomas pelo paciente e pelos seus responsáveis. Para começar a validar a hipótese do transtorno, é necessário que se faça presente, no mínimo, 6 sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade em crianças e 5 em adultos. É completamente normal que pessoas saudáveis apresentem alguns sintomas do TDAH, mas quando eles são muitos e apresentam prejuízos funcionais, aí sim deve-se considerar procurar ajuda de um profissional. O que causa o TDAH? Ainda não se tem uma resposta exata para essa pergunta e acredita-se que é a combinação de alguns fatores ambientais, genéticos e biológicos. Como o transtorno aparece em diferentes regiões do mundo, acredita-se que o transtorno não é secundário a fatores culturais ou conflitos psicológicos. Alguns genes parecem estar relacionados a uma predisposição para o TDAH, muito mais do que a criação dos pais, que parece não influenciar muito. Estudos também apontam que consumir álcool e nicotina durante a gravidez pode causar alterações no cérebro do bebê, que levam ao desenvolvimento do transtorno, assim como o sofrimento fetal na hora do parto, mas nada muito conclusivo. O TDAH tem tratamento? O TDAH possui tratamento e ele é feito através de uma equipe multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, pedagogo e os responsáveis pela criança. As intervenções psicoterápicas que mais apresentaram eficácia foram as cognitivo-comportamentais e muitas vezes é necessário também o tratamento psicofarmacológico, através de medicamentos receitados pelo psiquiatra. É muito importante que haja a educação da família por parte dos profissionais de saúde, com informações claras para lidar da melhor maneira possível com os sintomas do paciente. Além disso, é importante que haja intervenções no âmbito escolar para garantir o melhor desempenho possível da criança. Também pode ser necessário tratamento reeducativo psicomotor para melhorar o controle do movimento. O TDAH impossibilita a criança de ter uma vida normal? Mito. É preciso destruir a barreira do preconceito. A informação é o melhor caminho. Uma criança que é diagnosticada com o transtorno deve receber tratamento específico e multidisciplinar (com psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, etc.); além disso, cada caso deve ser olhado com atenção, pois cada paciente apresenta uma necessidade e uma demanda diferente para os profissionais. Pessoas com TDAH são menos inteligentes que as outras? Mito. Eis aí algo que precisa ser esclarecido: uma pessoa diagnosticada com TDAH que recebe o devido acompanhamento e tratamento tem a inteligência normal e até acima da média, com desempenhos surpreendentes. Embora os portadores do transtorno apresentem alteração na concentração, eles podem ter o rendimento normal dentro de sala e no ambiente de trabalho. https://institutoneurosaber.com.br/?p=8433 https://institutoneurosaber.com.br/?p=8433 As características mais marcantes do TDAH são a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade? Verdade. Por ser um transtorno neurobiológico, os traços característicos do TDAH precisam ser notados também em dois ou mais ambientes de convívio do portador, como o familiar e o escolar. Esses lugares são determinantes para perceber o comportamento da criança para que, a partir disso, ela seja acompanhada e encaminhada ao tratamento que será eficaz. O diagnóstico é difícil? Verdade. Como há muita confusão acerca do TDAH, muitos pais e educadores pensam que o transtorno se trata de outro caso: ansiedade, dislexia, preguiça em raciocinar; problemas educacionais e problemas de criação. A falta de informação adequada faz com que muitos pais procurem auxílio de um especialista tardiamente, o que pode prejudicar a qualidade vida da criança, principalmente quando esta chega à adolescência ou à fase adulta. O TDAH pode vir em qualquer fase da vida? Mito. O transtorno surge na infância e tem raízes hereditárias. No entanto, pode acontecer de um adulto ser diagnosticado com um TDAH que o acompanha desde criança. Tratamento em adultos é ineficaz? Mito. A partir do momento em que é diagnosticado em um adulto, o tratamento pode reverter situações que prejudicam o adulto diagnosticado, como depressão, problemas de socialização, entre outros. O TDAH causa comorbidades? Verdade. O transtorno vem acompanhado de doenças relacionadas, como aquelas que afetam a função neurológica e sistêmica e que podem influenciar no aprendizado. Por isso a importância do tratamento precoce. https://institutoneurosaber.com.br/?p=8597 https://institutoneurosaber.com.br/?p=8609 https://institutoneurosaber.com.br/?p=8609 Quanto antes for diagnosticado, melhor para a criança? Verdade. Quando uma pessoa é diagnosticada com o TDAH na infância, entre 7 e 9 anos, os tratamentos surtem efeitos muito bons, pois além do acompanhamento individualizado e que atenda caso a caso, a readaptação e o estímulo da família tendem a ajudá-la imensamente. Os medicamentos são importantes, mas a presença dos familiares e dos especialistas é fundamental.
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