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Carlos Luckesi
	Cipriano Carlos Luckesi, em sua obra Filosofia da Educação, ele aponta algumas teoria acerca da educação, de grupos externos, onde ela pode ter vários papeis na sociedade. Nesse sentido, há três conceitos debatidos e citados no livro, um dos, é a questão de redenção da sociedade, um dos papeis da educação, onde ela tem como papel primordial indicar um norte certo para a sociedade, em outras palavras, iria direcionar o meio social para o caminho que acha mais correto. Já em outro conceito defendido, é de que a educação seria a uma reprodução da sociedade. Todos nós, de alguma forma sofremos influência da sociedade, bem como somos corrompidos por ela como afirmou Rosseou, então se a educação é a síntese da nossa sociedade, tentar ser submeter a um meio educacional seria mais uma forma de nos corrompermos, paralelamente analisando ambas as teorias. Outra tese defendida, é de que a educação é uma instancia mediadora de uma forma de entender e viver na sociedade. 
	Outrossim, a educação como redentora social, é a sociedade como um todo orgânico que deve ser mantido e restaurado através da educação, e quando falamos de sociedade orgânica, é principalmente pós revolução industrial, ou seja, quando há uma tentativa de conservar e consolidar os conceitos, crenças e valores éticos que tornam possível a convivência em sociedade. A educação, nessa tendência, tem por objetivo principal a adaptação do indivíduo a sociedade, que depois de passar por tantas vicissitudes, o sujeito está confuso em relação ao seu papel. É preciso, pela educação, ter um amor pela sociedade, restabelecer a ordem e integrar os indivíduos no todo social anteriormente conceituado, ou seja, a educação deve o papel de tornar os laços sociais mais concretos, promover coesão e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social. 
	A educação, sendo ela uma instancia, como forma de uma autoridade que é usada como integrador do indivíduo na sociedade, auxiliando o mesmo na formação de suas personalidades, desenvolvendo também suas habilidades, éticas e profissionais. Esse processo ocorreria meio que exterior a sociedade, pois é fora dela que conseguimos contribuir para o seu desenvolvimento e equilíbrio mais pétreo, não deixando ser moldada tão rapidamente. Ou seja, a educação, nesse contexto, tem poderes quase que absolutos sobre a sociedade, uma vez que a ela é atribuída, além da capacidade de direcionar a vida social, a força de redimir a sociedade.
	Um modelo clássico, que perdura até os dias hodiernos, do pensamento de educação como redenção, encontra-se em Comênio, educador considerado o pai da educação, autor da clássica obra “Didática Magna; tratando-se da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos”, Comênio parte da compreensão de que o mundo foi criado bom e harmônico por Deus e que, pela desobediência, o homem gerou o desequilíbrio e introduziu o pecado, desviando-se da harmonia primitiva do paraíso. Mas, com desobediência humana, houve um grande desequilíbrio na sociedade, sendo a educação redentora o único mecanismo que será capaz de redimir e investir seus esforços na geração nova, formando sua mente a partir dos ensinamentos considerados corretos. 
	A segunda concepção da obra é a educação como parte da sociedade e a reproduz, ou melhor, a educação é o reflexo da sociedade, que ela compreende a educação como instância dentro da sociedade e exclusivamente ao seu serviço. Nesse prisma, podemos afirmar que a diferença fundamental entre essa conceito e o anterior, é que a tendência redentora, tem como objetivo primordial modificar a sociedade afim de corrigi-la e moldar no seu padrão do que é considerado correto, enquanto a tese reprodutora compreende a educação como um elemento próprio da sociedade e de seu seus condicionantes (econômicos, sociais, culturais e políticos), portanto a educação atende à sociedade e aos seus condicionantes.
Saviani denomina esse conceito de reprodutora de teoria crítico-reprodutivista da educação, ou seja, que aborda a educação a partir de seus determinantes, mas a vê somente como elemento destinado a reproduzir seus próprios condicionantes, sem agir ou propor ações à educação. A educação reprodutora exibe como atua a educação dentro da sociedade e não como ela deve atuar.
A educação nad mais é do que um processo de transmissão cultural no sentido amplo do termo (valores, normas, atitudes, experiências, imagens, representações) que tem como principal função a reprodução do sistema social. Isto é claro no pensamento durkheimiano. 
O último conceito cerca da educação, tem o objetivo de realizar um projeto com a sociedade, uma transformação social. Acredita-se que é mais preciso compreender a educação por meio, ou melhor, dentro da sociedade, claro, considerando os seus determinantes e condicionantes, e ainda trabalhar pela sua democratização.
Essa tendência transformadora tem um cunho crítico. Propõe-se descortinar a sociedade e utilizar-se das próprias contradições dessa para trabalhar, a partir da realidade concreta, pela sua vicissitude. Ou seja, quando tiver bem direcionada, poderá estar a serviço de um projeto de libertação das maiorias dentro da sociedade.
E esse modo de aplicação dessa tendência na sociedade capitalista, principalmente pós processo de globalização, não é tarefa simples, de acordo com o professor Saviani que afirma que a necessidade de se cuidar daquilo que é específico da escola, para que essa venha a cumprir um papel de mediação num projeto democratizador da sociedade. Do ponto de vista na práxis, trata-se de retomar vigorosamente a luta contra o processo de seletividade, a descriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares.

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