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Fichamento Educação filosofica

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Fichamento – Filosofia da educação.
 O que é filosofia e seu papel na prática humana.
Parte 1
Capitulo 3 – Filosofia e Educação.
 A educação é um tipo “que-fazer” humano, ou seja, um tipo de atividade que se caracteriza fundamentalmente por uma preocupação , por uma finalidade a ser atingida. A educação dentro de um uma sociedade, não se manifesta como um um fim em si mesma, mas sim como um instrumento de manutenção ou transformação social. Assim sendo, ela necessita de pressupostos, de conceitos que fundamentem e orientem os seus caminhos.
 As relações entre Educação e Filosofia parecem ser quase “naturais”. Enquanto a educação trabalha com o desenvolvimento dos jovens e das novas gerações de uma sociedade, a filosofia é a reflexão sobre o que e como devem ser ou desenvolver estes jovens e esta sociedade.
 Filosofia e Educação são dois fenômenos que estão presentes em todas as sociedades. Uma como interpretação teórica das aspirações, desejos e anseios de um grupo humano, a outra como instrumento de veiculação dessa interpretação. 
 Nas relações entre Filosofia e Educação, só existem realmente duas opções: ou se pensa e se reflete sobre o que se faz e assim se realiza uma ação educativa consciente; ou não se reflete criticamente e se executa uma ação pedagógica a partir de uma concepção mais ou menos obscura e opaca existente na cultura vivida do dia-a-dia – e assim se realiza uma ação educativa com baixo nível de consciência. 
 Assim sendo, não há como se processar uma ação pedagógica sem uma correspondente reflexão filosófica. Se a reflexão filosófica não for realizada conscientemente, ela o será sob a forma do “senso comum”, assimilada ao longo da convivência dentro de um grupo. Se a ação pedagógica não se processar a partir de conceitos e valores explícitos e conscientes, ela se processará, queiramos ou não, baseada em conceitos e valores que a sociedade propõe a partir de sua postura cultural. 
 Capitulo 4 – Pedagogia 
A reflexão filosófica sobre a educação é que dá o tom á pedagogia, garantindo-lhe a compreensão dos valores que, hoje, direcionam a prática educacional e dos valores que deverão orientá-la para o futuro. Assim, não há como se ter uma proposta pedagógica sem pressuposições. ( no sentido de fundamentos) e proposições filosóficas, desde que tudo o mais depende desse direcionamento. 
Educação e Sociedade: 
Redenção, Reprodução e Transformação.
Parte 2
 Alguns responderão que a educação é responsável pela direção da sociedade, na medida em que ela é capaz de direcionar a vida social, salvando-a da situação em que se encontra.( Redentora)
 Um segundo grupo, entende que a educação reproduz a sociedade como ela está. ( Reprodutora)
 Há um terceiro grupo de pedagogos e teóricos da educação, que compreendem a educação como uma instância mediadora, nem salva nem reproduz a sociedade, mas pode e deve servir de meio para a efetivação de uma concepção de sociedade. ( Transformadora )
 
Educação como Redenção da sociedade.
 Com esta compreensão, a educação como instância social que está voltada para formação da personalidade dos indivíduos, para o desenvolvimento de suas habilidades e para a veiculação dos valores éticos necessários á convivência social, nada ais tem que fazer do que estabelecer como redentora da sociedade, integrando harmonicamente os indivíduos no todo social já existente.
 A educação seria, assim, uma instância quase que exterior á sociedade, pois, de fora dela, contribui para o seu ordenamento e equilíbrio permanentes. A educação, nesse sentido, tem por significado e finalidade a adaptação do indivíduo á sociedade. Deve “reforçar os laços sociais, promover a coesão social e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social.”
 Nesse contexto, a educação assume uma significativa margem de autonomia, na medida em que deve configurar e manter a conformação do corpo social. Em vez de receber as interferências da sociedade, é ela que interfere, quase de forma absoluta, nos destinos de todo social, curando-o de suas mazelas. Este é um modo ingênuo de compreender a relação entre educação e sociedade.
A educação como reprodução da sociedade 
 A segunda tendência de interpretação do papel da educação na sociedade, é a que afirma que a educação faz, integralmente, parte da sociedade e a reproduz. Diversa da tendência anterior, aborda a educação como uma instância dentro da sociedade e exclusivamente ao seu serviço. Não a redime de suas mazelas, mas a reproduz no seu modelo vigente, perpetuando-a, se for possível. 
 O Estado- Segundo Louis Althusser – se mantém a partir de seus aparelhos repressivos que se manifestam pelo exercício da violência e de seus aparelhos ideológicos, que veiculam e inculcam valores da sociedade vigente, tendo em vista sua manutenção e reprodução. A guisa de exemplos, o autor cita os seguintes aparelhos ideológicos: religioso, escolar, familiar, jurídico, sindical, da informação, cultural.
 Os aparelhos ideológicos de Estado permitem e garantem a hegemonia politica, sustentadora do poder, pelo processo de reprodução das relações de produção vigentes na sociedade. A escola, nesse processo, tem papel predominante. Assim, na visão reprodutivista de Althusser, façam o que o fizerem os professores – lutem, melhores suas práticas, melhorem seus métodos e materiais- tudo será em vão, já que sempre reproduzirão a ideologia dominante e , pois, a sociedade vigente.
Educação como transformação da sociedade 
 A terceira tendência é a que tem por perspectiva compreender a educação como mediação de um projeto social. Ou seja, por si, ela nem redimem nem reproduz a sociedade, mas serve de meio, ao lado de outros meios, para realizar um projeto de sociedade; projeto que pode ser conservador ou transformador. No caso, essa tendência não coloca a educação a serviço da conservação. Pretende demonstrar que é possível compreender a educação dentro da sociedade, com os seus determinadores e condicionadores, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização. 
 Demerval Saviani assim diz:
Uma teoria do tipo acima anunciado se impõe a tarefa de superar tanto o poder ilusório (que caracteriza as teorias não críticas ) como a impotência ( decorrentes uma arma de luta capaz de permitir-lhes o exercício de um poder real, ainda que limitado.
 
 Do ponto de vista prático, trata-se de retornar vigorosamente a luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade, através da escola, significa engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino da melhor qualidade possível nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria critica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta, de modo a evitar que ela seja aproveitada e articulada com os interesses dominantes.

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