Buscar

TOUR INFECTOLOGIA VOLUME 3 - EXTENSIVO 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

In
fe
ct
ol
og
ia
 v
ol
. 3
Principais temas 
 para provas
SIC CLÍNICA MÉDICA
Autoria e colaboração
Durval Alex Gomes e Costa
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do 
Triângulo Mineiro (UFTM). Especialista em Infectologia 
pelo Hospital Heliópolis. Doutor em Doenças Infeccio-
sas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 
Médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção 
Hospitalar do Hospital Heliópolis. Coordenador da Pre-
ceptoria Médica da Residência de Infectologia do Hospi-
tal do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-
versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-
cialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em 
Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade 
de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), 
onde é médico assistente da disciplina de Emergências 
Clínicas.
Ralcyon F. A. Teixeira
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-
versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Es-
pecialista em Infectologia pelo Hospital das Clínicas da 
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
(HC-FMUSP). Médico assistente do Hospital Universitá-
rio (HMCP) da PUC-Campinas. Médico Infectologista do 
Hospital Sírio-Libanês.
Carolina dos Santos Lázari 
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de 
Uberlândia (UFU). Especialista em Infectologia pelo Hos-
pital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-
dade de São Paulo (HC-FMUSP). Ex-preceptora do Pro-
grama de Residência Médica em Infectologia da FMUSP. 
Médica infectologista do Serviço de Extensão ao Atendi-
mento a Pacientes com HIV/AIDS da Divisão de Molés-
tias Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP no período 
de 2006 a 2012. Médica assistente da Enfermaria da 
mesma Divisão.
Maria Daniela Di Dea Bergamasco
Graduada em Medicina e especialista em Infectologia 
pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 
Mestranda na UNIFESP, fazendo parte do Grupo de In-
fecções em Onco-Hematologia e Transplante de Medula 
Óssea da Disciplina de Infectologia.
Atualização 2018
Durval Alex Gomes e Costa
Assessoria didática
Viviane Alencar
Revisão de conteúdo
João Guilherme Palma Urushima
Revisão técnica
Cinthia Ribeiro Franco
Dan Yuta Nagaya
Daniela Andrea Medina Macaya
Edivando de Moura Barros
Lucas Kenzo Miyahara
Mariana da Silva Vilas Boas
Matheus Fischer Severo Cruz Homem
Nadia Mie Uwagoya Taira
Priscila Schuindt de Albuquerque Schil
Ryo Chiba
Viviane Aparecida Queiroz
Wilian Martins Guarnieri
William Vaz de Sousa
Yuri Yamada
Apresentação
O ensino médico é desafiador por natureza, e o estudante que se decide 
pelos fascinantes caminhos da Medicina sabe disso. Fascínio advindo, em 
grande parte, justamente das inúmeras possibilidades e, até mesmo, obri-
gatoriedades que se abrem para esse aluno logo que ele ingressa no ensino 
superior, a ponto de ser quase impossível determiná-las ou mensurá-las. 
Dessa rotina faz parte, por exemplo, um inevitável período de aulas práti-
cas e horas em plantões de vários blocos, não só o responsável por grande 
parte da experiência que determinará a trajetória profissional desse aluno, 
como também o antecedente imediato do seu ingresso em um programa 
de Residência Médica que seja referência, no mínimo, em todo o país – o 
que exigirá dele um preparo minucioso e objetivo. 
Esse é o contexto em que toda a equipe de conteúdo da Medcel, forma-
da por profissionais das áreas pedagógica e editorial e médicos das mais 
diferentes especialidades, preparou a Coleção SIC Principais Temas para 
Provas. O material didático destaca-se pela organização e pelo formato de 
seus capítulos, inteiramente voltado à interação, com recursos gráficos e 
dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes 
em provas, leituras recomendadas e outros destaques, sem os quais o alu-
no não deve prestar nenhum exame. Tudo isso somado às questões ao fi-
nal, todas comentadas a partir de uma estrutura que lhe permite identificar 
o gabarito de imediato. 
Com tudo isso, nossa equipe reforça o ideal de oferecer ao candidato uma 
preparação completa e lhe assegura um excelente estudo.
Índice
Capítulo 1 - Febre no adulto ............................ 15
1. Introdução ...................................................................16
2. Febre de origem indeterminada ..........................16
3. Outras causas não infecciosas de febre ..........20
4. Fisiopatologia da ocorrência de febre e 
hipertermia .................................................................21
5. Hipertermia .............................................................. 22
Resumo ............................................................................ 26
Capítulo 2 - Hepatoesplenomegalias 
crônicas ..............................................................27
1. Introdução ................................................................. 28
2. Leishmaniose visceral ............................................ 28
3. Esquistossomose ......................................................37
Resumo ............................................................................44
Capítulo 3 - Endocardite infecciosa ..............47
1. Introdução .................................................................48
2. Importância do agente etiológico ...................... 50
3. Fisiopatologia e quadro clínico ............................53
4. Diagnóstico ................................................................ 58
5. Tratamento clínico .................................................... 61
6. Tratamento cirúrgico ..............................................64
7. Complicações ............................................................ 66
8. Indicações de profi laxia ........................................ 66
Resumo ............................................................................ 68
Capítulo 4 - Neutropenia febril ...................... 71
1. Introdução ...................................................................72
2. Causas .........................................................................72
3. Defi nições e epidemiologia ...................................73
4. Manifestações clínicas ............................................74
5. Investigação diagnóstica ........................................75
6. Classifi cação do episódio ...................................... 79
7. Estratifi cação de risco ............................................80
8. Tratamento ................................................................ 82
9. Principais tópicos do capítulo .............................. 87
Resumo ............................................................................88
Capítulo 5 - Infecção hospitalar .................... 89
1. Introdução ..................................................................90
2. Infecção do trato urinário .....................................91
3. Pneumonia hospitalar ........................................... 96
4. Infecção relacionada a cateteres venosos ..... 106
5. Considerações sobre precauções e isolamento 
em infecção hospitalar........................................... 112
Resumo ........................................................................... 113
Capítulo 6 - Gangrena de Fournier .............. 115
1. Introdução ................................................................. 116
2. Etiologia ..................................................................... 116
3. Agentes mais prevalentes .................................... 117
4. Fisiopatologia .......................................................... 118
5. Quadro clínico .......................................................... 118
6. Diagnóstico ............................................................... 118
7. Tratamento ............................................................... 119
Resumo ..........................................................................121
Capítulo 7 - Parasitoses intestinais.............123
1. Introdução .................................................................124
2. Helmintos ..................................................................126
3. Ancilostomíase ....................................................... 128
4. Estrongiloidíase ...................................................... 130
5. Toxocaríase ...............................................................132
6. Teníase e cisticercose ........................................... 134
7. Himenolepíase ..........................................................137
8. Difi lobotríase .......................................................... 138
9. Enterobíase ...............................................................139
10. Tricuríase ................................................................140
11. Protozoários ...........................................................140
12. Giardíase ..................................................................143
13. Cólera ....................................................................... 144
14. Gastrenterites agudas ........................................ 146
Resumo .......................................................................... 149
Capítulo 8 - Doença de Chagas ................... 151
1. Introdução .................................................................152
2. Conhecendo o T. cruzi e o ciclo da doença .......152
Questões:
Organizamos, por 
capítulo, questões 
de instituições de 
todo o Brasil.
Anote:
O quadrinho ajuda na lembrança futura 
sobre o domínio do assunto e a possível 
necessidade de retorno ao tema. 
Questões
Cirurgia do Trauma
Atendimento inicial ao politraumatizado
2015 - FMUSP-RP
1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-
dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-
zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital 
terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do 
nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-
pitalar informou que o paciente apresentava sinais de 
choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide 
até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 
140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: 
raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia 
FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A 
melhor forma de tratar o choque desse paciente é:
a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão 
permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-
caminhar para laparotomia
b) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-
ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e 
encaminhar para laparotomia
c) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão 
permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e 
plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomia
d) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de 
papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-
nhar o paciente para laparotomia
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - SES-RJ
2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-
mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de 
Glasgow, que leva em conta:
a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta 
motora
b) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundos
c) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundos
d) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - UFES
3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-
matizado inconsciente é:
a) verificar as pupilas
b) verificar a pressão arterial
c) puncionar veia calibrosa
d) assegurar boa via aérea
e) realizar traqueostomia
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - UFG
4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de 
emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está 
inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-
gulado no canal auditivo direito, além de retração e 
movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está 
com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e 
produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas 
e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de 
Glasgow é:
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2015 - UFCG 
5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-
mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em 
toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional 
de saúde que o atende deve ser:
a) aplicar morfina
b) promover uma boa hidratação
c) perguntar o nome
d) lavar a face
e) colocar colar cervical
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
2014 - HSPE
6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado 
para o atendimento de um acidente automobilístico. 
Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança 
de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-
tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso 
no crânio, após choque frontal com um carro. A criança 
está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de 
Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea 
Ci
ru
rg
ia
 d
o 
Tr
au
m
a 
 Q
ue
st
õe
s
Comentários:
Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso 
corpo docente comenta cada questão. Não hesite em 
retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo 
contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o 
capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.
Comentários
Cirurgia do Trauma
Atendimento inicial ao politraumatizado
Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-
tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-
ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-
radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser 
otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.
Gabarito = D 
Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-
ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da 
resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação 
do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do 
politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.
Gabarito = D 
Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-
xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea 
definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.
Gabarito = D
Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow 
está resumida a seguir:
Abertura ocular (O)
Espontânea 4
Ao estímulo verbal 3
Ao estímulo doloroso 2
Sem resposta 1
Melhor resposta verbal (V)
Orientado 5
Confuso 4
Palavras inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1
Melhor resposta motora (M)
Obediência a comandos 6
Localização da dor 5
Flexão normal (retirada) 4
Flexão anormal (decor-
ticação) 3
Extensão (descerebração) 2
Sem resposta (flacidez) 1
Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.
Gabarito = C
Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica 
de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-
se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em 
caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-
queal deve ser precoce.
Gabarito = C 
Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é 
um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema 
nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É 
usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-
neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-
tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.
Gabarito = A
Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo 
ATLS®, a melhor sequência seria:
A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-
tendo proteção à coluna cervical.
B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.
C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuara 
infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-
vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax 
esteja normal.
D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e 
a pressão arterial.
E: manter o paciente aquecido.
Logo, a melhor alternativa é a “c”. 
Gabarito = C
Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que 
deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, 
está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção 
precoce do sangramento, em uma reposição menos 
agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-
tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-
sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-
mico ou o aminocaproico.
Gabarito = A
Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-
traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-
des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre 
garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna 
cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-
viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-
didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-
Ci
ru
rg
ia
 d
o 
Tr
au
m
a 
 C
om
en
tá
rio
s
3. Fisiopatologia da infecção e formas clínicas ....154
4. Diagnóstico ...............................................................159
5. Tratamento .............................................................. 160
6. Prevenção de novos casos ................................... 161
Resumo ...........................................................................163
Capítulo 9 - Paracoccidioidomicose ............165
1. Introdução ................................................................ 166
2. Mecanismo de infecção .........................................167
3. Diagnóstico ...............................................................172
4. Tratamento ...............................................................174
Resumo ...........................................................................176
Capítulo 10 - Outras doenças 
infectocontagiosas .........................................177
1. Introdução .................................................................178
2. Doenças causadas pela Bartonella henselae ......178
3. Hantavirose ............................................................. 180
4. Psitacose .................................................................. 184
Resumo .......................................................................... 186
Capítulo 11 - Acidentes por animais 
peçonhentos .....................................................187
1. Introdução ................................................................ 188
2. Acidentes por serpentes ..................................... 188
3. Acidentes por aranhas ......................................... 194
4. Acidentes causados por escorpiões .................197
5. Acidentes causados por insetos ........................ 199
Resumo ......................................................................... 200
Hepatoesple-
nomegalias 
crônicas 
Durval A. G. Costa
Neste capítulo, serão abordadas as principais doenças 
infecciosas que causam hepatoesplenomegalias crô-
nicas: a leishmaniose visceral e a esquistossomose. A 
primeira é causada por protozoários do gênero Leish-
mania, transmitida pela picada do mosquito Lutzomyia 
longipalpis, causando inicialmente febre, diarreia e dor 
abdominal inicialmente, evoluindo posteriormente com 
emagrecimento e hepatoesplenomegalia. O tratamento 
de escolha é feito com antimonial pentavalente (Glucan-
time®). Já a esquistossomose é uma afecção causada 
pelo platelminto Schistosoma mansoni, cuja transmissão 
ocorre pela penetração ativa de cercárias na pele quando 
o indivíduo nada em "lagoas de coceiras". Os sintomas 
envolvem febre, diarreia e tosse seca, além de dermatite 
cercariana e pneumonite intersticial eosinofílica na fase 
aguda e hepatoesplenomegalia associada, muitas vezes, 
a ascite na fase crônica. O tratamento de escolha é feito 
com praziquantel ou oxamniquina. A leishmaniose visce-
ral é doença de notificação compulsória em todo o Brasil, 
enquanto a esquistossomose é doença de notificação 
compulsória em áreas não endêmicas no país.
2
sic infectologia28
1. Introdução 
Este capítulo tem como função reunir as 2 doenças infecciosas que 
causam mais hepatomegalia e esplenomegalia no Brasil: leishmaniose 
visceral e esquistossomose. Exatamente por causar sintomas e sinais 
pareados, uma serve de diagnóstico diferencial para a outra em vários 
aspectos. Por esse motivo, a apresentação de ambas no mesmo capí-
tulo facilita a comparação e o entendimento.
2. Leishmaniose visceral 
A - Introdução e epidemiologia
A leishmaniose visceral é conhecida como calazar e é causada por um 
protozoário, com apresentação de doença sistêmica. Esse protozoário 
flagelado é da mesma família que o Trypanosoma cruzi. Existem 3 espé-
cies que formam o complexo Donovani, relacionadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Complexo Donovani
Leishmania 
chagasi
Causadora da doença no “novo mundo” (Brasil, Colômbia, 
Venezuela e Bolívia)
Leishmania 
donovani
Causadora da doença no “velho mundo” (Índia, China e 
África Oriental)
Leishmania 
infantum
Causadora da doença no “velho mundo”, além de na 
Europa, no mediterrâneo e no norte da África
Dica
Não confundir leishma-
niose visceral com leish-
maniose tegumentar; são 
protozoários diferentes, 
apesar de serem do 
mesmo gênero. L. bra-
ziliensis, L. guyanensis 
e L. amazonensis são os 
principais causadores de 
leishmaniose tegumentar 
no Brasil e são discutidos 
no capítulo “Outras 
doenças infecciosas”. 
A doença é distribuída mundialmente, mas com a característica dife-
rente da leishmaniose cutânea, que, além de atingir apenas a pele (tam-
bém de forma não sistêmica), não tem a mesma distribuição mundial. 
A leishmaniose cutânea é endêmica em 88 países de 4 continentes. En-
tretanto, ao se falar de leishmaniose visceral, o quadro é mais restrito, 
pois mais de 90% das leishmanioses viscerais se concentram em Ban-
gladesh, Índia, Brasil e Sudão. 
Figura 1 - As áreas em amarelo representam os países que apresentam casos de 
leishmaniose visceral: notar que, na América, o Brasil responde pela maioria dos 
casos 
No Brasil, a doença se concentra nos locais onde existe a prevalência 
do mosquito vetor. Esse mosquito é o Lutzomyia longipalpis, conhecido 
como mosquito-palha, pois apresenta pequeno tamanho em compara-
ção ao pernilongo comum (Culex). 
Figura 2 - O Lutzomyia longipalpis não 
é o único transmissor da leishmaniose 
visceral, mas é o principal no Brasil. 
Além de mosquito-palha, é conheci-
do como birigui ou tatuquira. Prefe-
re regiões mais secas, mas vive bem 
em domicílios urbanos, facilitando a 
transmissão da doença
hepatoesplenomegalias crônicas 29
 
Figura 3 - Casos descritos no Brasil de leishmaniose visceral por tipo de transmissão 
até 2015, segundo o Ministério da Saúde: notar que a prevalência da infecção se 
concentra no Nordeste, apesar de haver muitos casos na divisa com a Bolívia (Mato 
Grosso)
Os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde mostram 
3.200 casos em 2016, a maioria na região Nordeste. Isoladamente, o 
Maranhão é o campeão de casos, seguido de Minas Gerais, Pará (únicos 
estados fora do Nordeste entre os que têm mais casos), Ceará e Piauí.
Outra característica importante da doença é que é uma zoonose, pois 
normalmente atinge outros animais, apesar de eventualmente atingir o 
homem. A doença ganhou destaque nos países do Mediterrâneo (Por-
tugal, Espanha, Itália, França) por haver associação muito frequente 
com o HIV, causando uma doença com perfil diferente. O cão é o princi-
pal reservatório urbano da doença. 
B - Fisiopatologia e ciclo da doença 
A principal característica do protozoário é a presença de 2 fases distintas: 
a forma promastigota, definida como forma infectante (forma flagelada 
e móvel), e a forma amastigota, presente nos macrófagos do mamífero 
parasitado (que pode ser o homem, o cãoou outro mamífero) e é imóvel. 
O ciclo do parasita nesses mosquitos dura de 3 a 5 dias e tem 2 fases:
Tabela 2 - Fases do ciclo parasita
Estágio infec-
tante ou estágio 
no mosquito
Dura desde o momento em que o mosquito pica o animal infectado, com a transformação no 
intestino do mosquito de amastigotas em formas infectantes, as promastigotas. Estas são 
transmitidas em uma nova picada.
Estágio no ser 
humano
Começa no momento da picada do inseto, com a transmissão de promastigotas, que serão logo 
fagocitadas. A partir daí, haverá a transformação em amastigotas, que se dividirão em vários 
tecidos do corpo, principalmente gânglios e medula.
Importante
Há 2 fases no ciclo 
parasita da leishmaniose 
visceral: promastigota 
(infectante, flagelada 
e móvel) e amastigota 
(presente nos macrófagos 
de mamífero infectado 
– imóvel).
Parasitoses 
intestinais
Durval A. G. Costa
Este capítulo, sobre parasitoses intestinais, aborda as 
principais doenças presentes nesse grupo, divididas em 
parasitoses causadas por helmintos (como ascaridíase, 
ancilostomose, teníase e cisticercose) e causadas por 
protozoários (como a amebíase e a giardíase). A maio-
ria dos ciclos é oral-fecal e está associada a condições 
de higiene e saúde precárias, como falta de saneamento 
básico. Alguns vermes apresentam fase de amadure-
cimento pulmonar, denominada ciclo de Loss, causada 
pelos seguintes parasitas: Necator americanus (neca-
toríase), Ancylostoma duodenale (ancilostomíase), 
Strongyloides stercoralis (estrongiloidíase) e Ascaris 
lumbricoides (ascaridíase). O diagnóstico geralmente é 
feito quando se encontram os ovos ou cistos dos para-
sitas no microscópio, e o tratamento é feito comumente 
com o uso de mebendazol, albendazol, ivermectina etc. 
7
sic infectologia124
1. Introdução
As parasitoses intestinais são infecções prevalentes em populações as-
sociadas a situações de aglomeração e péssimas condições sanitárias. 
A gravidade da evolução de uma parasitose depende da situação clínica 
do paciente (se imunodeprimido e em extremos de idade – crianças e 
idosos) e do perfil do parasita, que pode invadir regiões do organismo 
longe dos intestinos (pulmões, cérebro, trato biliar). Infecções com 
grandes quantidades de parasitas podem, ainda, causar lesões graves 
e até mesmo óbito, como no bolo de áscaris. 
Antes de detalhar cada parasita, é importante fazer uma divisão aca-
dêmica. Existem 2 grandes classes de parasitas intestinais: os helmin-
tos e os protozoários. Entre os helmintos, o mais prevalente em todo 
o mundo é a ascaridíase. Entre os protozoários, a amebíase prevalece 
causando o maior número de complicações, mesmo extraintestinais. A 
Tabela 1 simplifica essa classificação.
Dica
A ascaridíase é a para-
sitose causada por hel-
mintos mais frequente, e 
a amebíase é a mais pre-
valente entre as causadas 
por protozoários.
Tabela 1 - Classificação 
Helmintos
- Ancilostomíase;
- Ascaridíase*;
- Enterobíase;
- Estrongiloidíase;
- Teníase;
- Cisticercose;
- Himenolepíase;
- Tricuríase; 
- Toxocaríase.
Protozoários
- Amebíase*;
- Giardíase.
Parasitas oportunistas**
- Isospora belli (isosporíase);
- Cryptosporidium spp.;
- Microsporum spp.
Outros
Cólera
* Mais prevalentes dentro de suas classes.
** Estes parasitas são causadores de infecções em imunodeprimidos e 
serão devidamente abordados no capítulo de infecção pelo HIV. 
A - Síndrome de Loeffler e ciclo de Loss
Antes do detalhamento específico das parasitoses, é importante lem-
brar que alguns parasitas precisam da maturação da larva no pulmão, 
em ciclo pulmonar, conhecido como ciclo de Loss. Quando a matura-
ção envolve sintomas clínicos, estes costumam ser tosse seca, febre 
e perda de peso, chamados de síndrome de Loeffler. Podem aparecer, 
ainda, broncoespasmo, hemoptise e sinais de pneumonite, relaciona-
dos ao ciclo larvário pulmonar. Esta síndrome pode ainda causar altera-
ção de transaminases e lesões hepáticas com hiperglobulinemia.
parasitoses intestinais 125
Eventualmente, são descritos acessos de tosse específicos, ao con-
trário de uma pneumonia, por exemplo, em que a tosse é contínua e 
não por acessos. Pode ainda haver saída do parasita no momento do 
acesso de tosse (o paciente o expele) e eventualmente pode ocorrer, in-
clusive, sufocamento, e até óbito por bolo de parasitas no momento da 
migração (como no caso do áscaris em crianças). Quando o raio x ou a 
tomografia são realizados, a imagem é de infiltrado intersticial, muito 
comum também em pneumonias de apresentação atípica ou em pneu-
monias virais. A diferença com relação a uma pneumonia atípica é que 
os infiltrados tendem a ser migratórios e múltiplos, enquanto na bacte-
riana atípica seria único (na maioria das vezes) e fixo. 
Eosinofilia é normalmente vista em lavado broncoalveolar e na bióp-
sia transbrônquica, e por esse motivo, o diagnóstico diferencial é com 
pneumonia eosinofílica. 
Figura 1 - Raio x de tórax de paciente com síndrome de Loeffler por Ascaris lumbri-
coides. Atente-se que o raio x poderia representar uma pneumonia atípica, eosino-
fílica ou ainda viral, as quais são os principais diferenciais
Figura 2 - Tomografia computadorizada de tórax mostrando também um padrão 
intersticial. Apesar de a eosinofilia estar presente no lavado e na biópsia transbrôn-
quica, pode não estar presente no hemograma. Apesar de parecer que a imagem 
está desfocada, o padrão intersticial na pneumonia eosinofílica pode ser muito mais 
extenso do que em outras doenças intersticiais
Os parasitas que causam ciclo de Loss são apenas 4: Necator amer-
icanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris 
lumbricoides. Eventualmente, pode haver síndrome de Loeffler com o 
Toxocara canis, apesar de esse helminto não possuir obrigatoriamente 
ciclo pulmonar. 
Importante
Os parasitas intestinais 
que apresentam ciclo 
pulmonar (ciclo de Loss) 
são: Necator americanus 
(necatoríase), Ancylos-
toma duodenale (ancilos-
tomíase), Strongyloides 
stercoralis (estrongi-
loidíase) e Ascaris lum-
bricoides (ascaridíase). 
As iniciais formam o 
anagrama NASA, o que 
facilita a memorização.
In
fe
ct
ol
og
ia
 v
ol
. 3
Principais temas 
 para provas
SIC CLÍNICA MÉDICA 
Q
UE
ST
Õ
ES
 E
 C
O
M
EN
TÁ
RI
O
S
In
fe
ct
ol
og
ia
 Q
ue
st
õe
sQuestões
Infectologia
Febre no adulto
2017 - UFES
1. Considere um paciente com história de febre há 12 
dias, associada a mialgia leve e artralgia. Durante o 
exame físico, foram encontrados linfonodos cervicais 
palpáveis nas cadeias cervicais anterior e posterior, do-
lorosos à palpação de consistência elástica e não ade-
ridos aos planos profundos. Devem estar presentes as 
seguintes etiologias no diagnóstico diferencial:
a) tuberculose ganglionar, histoplasmose disseminada, 
toxoplasmose e infecção por Epstein-Barr
b) infecção aguda pelo HIV, tuberculose ganglionar, den-
gue e infecção por citomegalovírus
c) sífi lis, infecção por citomegalovírus, leptospirose e 
rubéola
d) infecção aguda pelo HIV, doença de Chagas, infecção 
por Epstein-Barr e aspergilose invasiva
e) aspergilose invasiva, sífi lis, infecção por citomegalo-
vírus e infecção aguda pelo HIV
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder
2016 - FMP-RJ
2. Com relação à febre medicamentosa, assinale a alter-
nativa correta:
a) as anfetaminas e a cocaína são causas comuns de fe-
bre medicamentosa secundária à reação de hipersen-
sibilidade
b) a anfotericina B e a bleomicina podem causar síndro-
me neuroléptica maligna
c) a termorregulação alterada resulta do uso de medica-
mentos com atividade anticolinérgica, como as feno-
tiazinas e os antidepressivos tricíclicos
d) os medicamentos redutores da dopamina no sistema 
nervoso central parecem ter propriedades pirogêni-
cas intrínsecas
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder
2015 - AMP
3. A febre é um fenômeno em que ocorre elevação do 
ponto de termorregulaçãodo centro termorregulador, 
desencadeando um conjunto de mecanismos que visam 
elevar a temperatura corpórea. Já na hipertermia, a 
elevação da temperatura corpórea ocorre por difi cul-
dade em se perder calor de forma efi ciente. No manejo 
da febre e da hipertermia em crianças, podemos afi r-
mar que: 
a) a utilização de métodos físicos (banhos mornos, 
compressas frias) tem indicação precisa nos casos 
de febre 
b) não existe indicação para usar a combinação de 2 an-
titérmicos intercalados, para um melhor efeito tera-
pêutico 
c) o ácido acetilsalicílico tem boa ação central e periféri-
ca, sendo indicado nos casos de dengue em seus está-
gios iniciais 
d) a dipirona tem potente efeito analgésico e pouco 
efeito anti-infl amatório, mas tem ação tanto central 
como periférica, dependendo da dose 
e) a magnitude da temperatura alcançada nos quadros 
febris tem tanto valor prognóstico (gravidade) como 
diagnóstico (etiologia viral ou bacteriana) nos qua-
dros infecciosos
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei difi culdade para responder
2015 - UFPA - CLÍNICA MÉDICA
4. Uma mulher de 45 anos, no 10º dia após quimioterapia 
para câncer de mama, chega à Urgência referindo febre, 
sem sinais ou sintomas que localizem sítio de infecção. 
Ao exame físico, a Tax é de 38°C, com ausculta cardio-
pulmonar normal, e encontra-se com FR = 20irpm, FC = 
92bpm e PA = 110x80mmHg. A conduta adequada nesse 
caso é: 
a) acalmar a paciente e orientá-la que o leve aumento da 
temperatura é um efeito esperado da quimioterapia 
e que ela deve retornar para casa e voltar ao pronto 
atendimento, caso apareça algum sinal de infecção
b) solicitar hemograma, hemocultura 2 amostras, urina 
EAS, urocultura e raio x de tórax e iniciar antibiotico-
terapia empírica com espectro contra Pseudomonas 
sp. obrigatoriamente por via intravenosa, pois se tra-
ta de um possível caso de neutropenia febril 
c) solicitar hemograma, hemocultura 2 amostras, urina 
EAS, urocultura e raio x de tórax e iniciar antibiotico-
terapia empírica com espectro contra S. aureus, já as-
sociada a antifúngico de largo espectro, pois se trata 
de um possível caso de neutropenia febril 
Comentários
Infectologia
 Febre no adulto
Questão 1. Analisando as alternativas: 
a) Correta. Na investigação de febre de origem in-
determinada, é essencial avaliar criteriosamente o 
paciente, procurando por gânglios ou lesões de pele 
que possam levar ao padrão descrito. Considerando 
as principais doenças infecciosas que podem dar gân-
glios, a tuberculose ganglionar é a mais frequente no 
Brasil e deve estar como 1ª opção. Todas as demais 
doenças citadas na alternativa poderiam dar gânglios 
com febre também (lembrar que o EBV é frequente 
diagnóstico diferencial, por conta da mononucleose 
infecciosa).
b) Incorreta. A dengue não leva a gânglios.
c) Incorreta. A aspergilose invasiva também não leva a 
gânglios.
d) Incorreta. A aspergilose invasiva não leva a gânglios – 
ao contrário da sífi lis, na infecção primária.
Gabarito = A
Questão 2. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. A febre, quando causada por reação de hi-
persensibilidade, se dá pelos medicamentos que mais 
causam esse tipo de reação, como as sulfas e alguns an-
tirretrovirais, como a nevirapina. 
b) Incorreta. A anfotericina pode levar a quadro febril, 
mas não causa síndrome neuroléptica maligna. Ela 
pode causar encefalopatia e, em pacientes submeti-
dos a irradiação em todo o corpo, leucoencefalopatia. 
A bleomicina é um antineoplásico usado no tratamen-
to do câncer de testículo e linfomas. O maior risco de 
complicações ocorre com a toxicidade pulmonar, não 
neurológica.
c) Correta. Os antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, 
nortriptilina) possuem, entre os efeitos colaterais, a hi-
perpirexia, relatada quando eles são administrados com 
agentes anticolinérgicos ou medicações neurolépticas, 
particularmente durante o calor. As fenotiazinas, como 
a clorpromazina, também fazem esse bloqueio, podendo 
levar a quadros de febre. 
d) Incorreta. Se uma medicação é depressora da dopa-
mina no sistema nervoso central, ela não pode causar hi-
pertermia, e sim o efeito contrário, já que é o excesso de 
dopamina no sistema nervoso central que causa euforia, 
excitação e, por vezes, hipertermia. 
Gabarito = C
Questão 3. Analisando as alternativas: 
a) Incorreta. A utilização de banhos é uma medida adicio-
nal no controle da hipertermia, mas na febre tem menos 
importância do que o uso de antitérmicos.
b) Correta. A associação de antitérmicos pode aumentar 
o risco de complicações por interações medicamentosas 
e até de hepatite medicamentosa. Por esse motivo, se 
um antitérmico é usado na dose e no intervalo corretos, 
ele deve ser capaz de controlar a febre. 
c) Incorreta. Na dengue, devem ser evitados anti-infl a-
matórios como o ácido acetilsalicílico.
d) Incorreta. A dipirona é um analgésico simples que tem 
ação antitérmica, sem qualquer ação anti-infl amatória. 
e) Incorreta. A temperatura da febre pode levar a danos 
apenas acima de 42°C. Temperaturas menores do que 
essa não fazem diferença no diagnóstico nem no risco de 
complicações, como convulsões. Pode haver convulsão 
secundária a febre com 37,8 ou 39°C. 
Gabarito = B
Questão 4. Se à entrada no serviço de saúde o paciente 
não tem resultado de hemograma para a confi rmação de 
neutropenia, ou se após a coleta houver previsão de de-
mora de mais de 30 minutos para o resultado, o paciente 
deve ser considerado neutropênico se estiver entre o 7º 
e o 15º dia após a administração da quimioterapia, uma 
vez que a maioria dos esquemas quimioterápicos utili-
zados induz à neutropenia com duração de 7 a 10 dias. A 
neutropenia é defi nida como a contagem de neutrófi los 
<500/mm3 ou entre 500 e 1.000/mm3 com tendência a 
queda. Se a neutropenia não for confi rmada, deve-se re-
avaliar a prescrição antimicrobiana. Na abordagem ini-
cial, além da procura do foco infeccioso, é importante a 
classifi cação da gravidade. Um escore de risco bastante 
utilizado é o MASCC (Multinational Association for Sup-
portive Care in Cancer), que divide os pacientes em bai-
xo e alto risco, indicando a necessidade de internação e 
antibioticoterapia intravenosa nos indivíduos de alto ris-
co. Na avaliação, deve-se solicitar, além do hemograma, 
hemoculturas e urocultura, raio x de tórax, eletrólitos, 
funções hepática e renal visando à abordagem medica-
mentosa e início da monitorização do paciente grave, 
bem como cultura de qualquer outro sítio suspeito de 
In
fe
ct
ol
og
ia
 C
om
en
tá
rio
s
	Sem nome
	1.pdf
	Sem nome

Continue navegando