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Suzana Feltrin – MED LVIII A medula corresponde à parte do SNC situada dentro do canal vertebral – ou seja, dentro do esqueleto axial –, que vai desde a abertura do forame magno até o corpo da vértebra L1 ou L2, sendo um pouco mais longa no homem do que na mulher. A medula da criança alcança níveis mais baixos da coluna vertebral, em L2 e L3. A sua extensão é de em média, 45 cm, dadas as variações já citadas. A medula é posicionada centralmente no canal vertebral, revestida pelos envoltórios meníngeos e pelo conteúdo que existe no canal vertebral fora do sacro-ural, chamado de espaço epidural, assim como as emergências das raízes dos nervos espinais, com gânglios. 1 Onde está presente a coluna lateral em alguns seguimentos da coluna de T1 a L2. 2 Onde encontramos o canal central da medula, que normalmente está obliterado, sendo vestigial no adulto em condições normais. Presença de células ependimárias, ▪ Fissura mediana anterior ventral. ▪ Sulco lateral anterior – marcada pela emergência da raiz ventral do nervo espinal. ▪ Sulco lateral posterior – próximo ao ápice da coluna posterior de substância cinzenta da medula, correspondendo ao ponto de ligação da raiz dorsal do nervo espinal. ▪ Sulco mediano posterior dorsal. ▪ Funículo dorsal – entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior. ▪ Funículo lateral – entre o sulco lateral posterior e o sulco lateral anterior. ▪ Funículo anterior – entre o sulco lateral anterior e a fissura mediana anterior. A medula é formada, como em todo órgão do SN segmentar, por substância branca externamente com um centro de substância cinzenta em colunas. Essas colunas têm uma aparência de cornos – cornos posterior e anterior, intermédio lateral1, intermédia central2. Na região das intumescências, temos a inervação dos membros. Quanto mais membros, mais suprimento de membros, maior a quantidade de substância cinzenta.3 Ao longo do seguimento rostro-caudal, ocorrem mudanças na estrutura da membrana no que diz respeito ao: 1. Diâmetro 2. Forma 3. Dilatação 4. Topografia das substâncias branca e cinzenta a. Quantidade de substância cinzenta – maior na intumescência cervical, lombar e sacral b. Quantidade de substância branca – diminui progressivamente ▪ Achatada nos segmentos cervicais ▪ Arredondada nos segmentos torácicos e lombares ▪ Cone medular na porção terminal da medula no sacro Na medula espinal da porção cervical, temos dois grupamentos na região anterior: 1. medial que corresponde à origem da inervação dos músculos axiais 2. lateral que corresponde à origem da inervação dos músculos apendiculares O grupamento lateral só existe na região das intumescências, seja na cervical, seja na lombar. O grupamento medial existe na 3 Assim, no tórax, temos pouca substância cinzenta, porque nesse nível a medula só vai ter nervos que suprem a parede do tronco – tórax e abdome. Suzana Feltrin – MED LVIII região das intumescências também, e também na parte torácica. O que não existe na região torácica da medula é o grupamento lateral, porque nesse local não temos inervação de membros. O segmento C4 da medula espinal possui um grupamento de massa cinzenta (neurônios) na região que seria mais próxima do intermédio lateral dos segmentos torácicos da medula. Esse grupamento pode confundir os estudantes e fazer com que eles pensem que se trata de um segmento torácico, mas na verdade é um segmento cervical alto. Esse grupamento, na verdade, corresponde aos neurônios que vão formar a raiz espinal do nervo acessório – é chamado de núcleo espinal do nervo acessório. A coluna anterior é sempre mais dilatada do que a coluna posterior na medula espinal, o que favorece a identificação do posicionamento dessa estrutura em exames de imagem. A medula não ocupa todo o canal vertebral. O cone vertebral, que é a porção final da medula, termina aproximadamente entre L1 ou L2. O que se segue preenchendo o canal vertebral, dentro do sacro-dural – formada pela dura-máter – são as raízes, filamentos radiculares dos nervos espinais abaixo do cone terminal, que forma a estrutura de uma cauda equina4. O saco dural, por sua vez, termina ao nível do corpo da vértebra S2, terminando também a cauda equina. É a porção da medula que corresponde a extensão de ligação de todos os filamentos radiculares que vão se juntar para formar uma raiz ventral e uma raiz dorsal. É a parte da medula que dá origem a um nervo espinal. Ao longo da medula, existem 31 segmentos medulares que correspondem a 31 pares de nervos espinais funcionais. Cada nervo espinal tem origem em um pedaço da medula chamado de segmento medular. Uma prega de pia-máter separa os filamentos radiculares da raiz dorsal dos filamentos radiculares da raiz ventral, que passam anteriormente a ela. 4 Abaixo de L2, se fizermos uma punção para a coleta de líquor, é mais seguro porque não há mais medula ali, mas bastante liquido cefalorraquidiano. Na região cervical, os filamentos radiculares são mais horizontais em relação à medula, e conforme descemos o canal vertebral, eles se posicionam mais obliquamente em relação à medula. Maior obliquidade dos nervos está presente na região lombar, portanto. A dura-máter não envolve só a medula, como também o gânglio da raiz dorsal e ventral dos nervos espinais, na porção inicial – digitação da dura-máter. Depois, ao longo do nervo, a dura-máter se funde com o epineuro dos nervos. filamento de pia-máter, com coloração diferente, mais acinzentada, sendo um outro ligamento meníngeo. É a relação entre os seguimentos medulares e os corpos das vértebras correspondentes a esses segmentos medulares. A medula ocupava todo o canal vertebral até o quarto mês de vida intrauterina. Após o quarto mês, o canal vertebral cresce mais do que a medula, porém os nervos espinais já estão formados, e estão emergindo pelos forames intervertebrais, de forma que esse crescimento do canal vertebral faça com que haja um estiramento dos filamentos radiculares emergindo na medula e esse estiramento tem duas consequências: 1. Obliquidade da ligação dos filamentos radiculares e a formação da cauda equina; Suzana Feltrin – MED LVIII 2. O segmento medular que dá origem ao nervo correspondente se posiciona em um nível mais alto do que a emergência do nervo, que é fixa, ligada ao canal vertebral. Uma regra que associa o processo espinhoso da vértebra com o processo espinhoso adjacente. Para os dois primeiros segmentos medulares a correspondência entre o processo espinhoso e corpo vertebral é direta. Porém, abaixo de C2, acontece a soma de 2 números ao número do processo espinhoso da vértebra e a correspondência na medula do segmento medular somado em 2. Isso acontece até o corpo da vértebra T10, e a partir daí correspondendo ao processo espinhoso de T11 e T12 estão todos os segmentos lombares e a partir de L1, todos os segmentos sacrais e coccígios. Ex: no nível do processo espinhoso da vértebra torácica T5, temos o segmento medular T7. Envoltórios que revestem o SN de maneira concêntrica e por não estarem unidos, tem alguns espaços entre eles. ▪ Mais externa ▪ Mais resistente ▪ Mais espessa ▪ Também chamada de paquimeninge ▪ Intermediária ▪ Também chamada de aracnóide-mater ▪ Intimamente aderida ao tecido nervoso Os espaços podem ser classificados como: – externamente à dura-mater, entre o saco dural e o periósteo das vértebras que compõe o canal vertebral. Preenchido por gortura, veias do plexo venoso vertebral interno e emergência de nervos recorrentes que suprem a dura-máter. É possível a injeção de anestésicos. – potencial em condições normais, entre a dura-máter e a aracnóide. – espaço grande, repleto de líquor, entre a aracnóide e a pia-máter, com um volume de aproximadamente 150ml de LCR. É possível a injeção de anestésicos. A aracnóide e apia-máter são consideradas em conjunto como as meninges delgadas, compondo a leptomeninge, em comparação com a paquimeninge, prega disposta em um plano frontal de ambos os lados da medula que faz a ancoragem da medula alternadamente em relação às emergências dos nervos espinais. Cada uma dessas ancoragens forma partes triangulares do ligamento denticulado; cada uma dessas porções é chamada de processo triangular. junto da cauda equina.
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