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1 BBPM III – 18/03/21 O rearranjo dos genes dos receptores de antígenos é um evento-chave no comprometimento de uma célula progenitora com a linhagem de linfócitos B ou T Como ocorre o desenvolvimento dos receptores imunológicos TCR e BCR? Como isso ocorre durante o desenvolvimento dos linfócitos? IgM + IgD formas não solúveis (membranares) Linfócitos expressam receptores de antígenos altamente diversos que são capazes de reconhecer uma grande variedade de substâncias estranhas. As células precursoras de linfócitos não expressam receptores de antígenos e não podem reconhecer e responder aos antígenos isso é conseguido por mieo do desenvolvimento de linfócitos No timo e medula óssea linfócitos imaduros Tecidos linfoides periféricos maduros que passaram por maturação O comprometimento da CTH com a linhagem linfoide inicia o desenvolvimento dos linfócitos Célula tronco pró linfócito (estimulado por citocinas + fatores de crescimento para se tornar uma celula da linha linfocitica) pré linfócito imaturo maduro EX: infecção viral tende a aumentar a circulação de linfócitos (CD4/8/B) na corrente, pois são eles que combatem. A doença fez criar um padrão de citocinas que estimulam fatores de crescimento na medula óssea para sinalizar para a CTH para dar preferência a produção de linfócitos No ambiente interno da celula expressão de genes pra que o linfócito seja maduro e produza os receptores para que ele esteja funcional Qual a importância do processo de maturação dos linfócitos? A coleção de diferentes receptores de antígenos é obtida por meio desse processo. pode cair na prova Desenvolvimento de linfócitos ou maturação de linfócitos processo pelo qual os progenitores dos linfócitos no timo e na medula óssea se diferenciam em linfócitos maduros e funcionais localizados em tecidos linfoides periféricos Nas células T a maturação ocorre no timo. Das células b na medula Linfócitos maduros linfonodo (periferia – linfócitos B e centro – T) ou nos tecidos linfoides periféricos Desenvolvimento dos linfócitos T 1. Rearranjo sequencial 2. Expressão de genes do TCR 3. Proliferação celular 4. Seleção induzida por antígeno 5. Comprometimento com subgrupos fenotipicamente e funcionalmente distintos TIMO O timo é o principal local de maturação das células T Os linfócitos T originam-se de precursores que surgem no fígado fetal e na medula óssea adulta e se alojam no timo. É no córtex que os timócitos expressam inicialmente os TCRs γδ e αβ. As células T αβ amadurecem em células T CD4 + restritas ao MHC de classe II ou CD8 + restritas ao MHC de classe I à medida que saem do córtex e entram na medula Durante a maturação das células T, há uma ordem precisa pela qual os genes do TCR são rearranjados e pela qual o TCR e os correceptores CD4 e CD8 são expressos Nos timos fetais humanos, a expressão de TCR γδ começa em cerca de 9 semanas de gestação, seguida da expressão do TCR αβ com 10 semanas 2 BBPM III – 18/03/21 A diferenciação funcional e fenotípica para células T CD4 +CD8 - ou CD8 +CD4 - ocorre na medula, e as células T maduras são liberadas na circulação Timócitos Duplo-Negativos Os timócitos corticais mais imaturos, recém- chegados da medula óssea, contêm genes de TCR na sua configuração de linhagem germinativa e não expressam TCR, CD3, cadeias ζ, CD4 ou CD8; estas células são denominadas timócitos duplo negativos. As proteínas Rag-1 e Rag-2 são expressas primeiramente no estágio duplo-negativo do desenvolvimento das células T e são necessárias para o rearranjo de genes do TCR Os rearranjos Vβ-a-DJβ ocorrem na transição entre o estágio pró-T e o estágio pré-T subsequente durante o desenvolvimento das células T αβ. Receptor da Célula Pré-T pagina 448 Se um rearranjo produtivo (ou seja, interno) do gene da cadeia β do TCR ocorrer em uma determinada célula T duplo-negativa, a proteína da cadeia β do TCR será expressa na superfície celular em associação a uma proteína invariante, denominada pré-Tα, e com as proteínas CD3 e ζ, para formar o complexo do receptor da célula pré-T (pré-TCR) Timócitos Duplo-Positivos Na próxima fase da maturação das células T, os timócitos expressam tanto CD4 e CD8 e são denominados timócitos duplo-positivos As células duplo-positivas que passam por processos de seleção bem sucedidos continuam a amadurecer em células T CD4 + ou CD8 + , que são denominadas timócitos positivos simples. Quando os timócitos duplo positivos expressam o TCR αβ pela primeira vez, esses receptores encontram peptídios próprios (os únicos peptídios normalmente presentes no timo) apresentados por moléculas de MHC próprias (as únicas moléculas de MHC disponíveis para apresentar peptídios), principalmente nas células epiteliais do timo presentes no córtex. A seleção positiva é o processo que preserva as células T que reconhecem MHC próprio (com peptídios próprios) com baixa afinidade A seleção negativa é o processo em que os timócitos cujos TCRs se ligam fortemente aos antígenos peptídios próprios em associação a moléculas de MHC próprias são eliminados Linfócitos T naive que ainda não entraram em contato com o antígeno Início da maturação Sinalização por sinais de receptores de superfície celular que tem 2 funções: o Promover a proliferação de progenitores o Iniciar o rearranjo dos genes dos receptores de antígenos específicos. O linfócito imaturo já possui o receptor de antígeno com as duas cadeias (TCR cadeia alfa e beta/ BCR cadeia leve e pesada). Nessa fase ocorre recombinação dos genes que formam essas cadeias complementares que surgem por ultima (cadeia leve e cadeia alfa) I. Comprometimento de células progenitoras com a linhagem linfoide B ou linfoide T. A diferenciação ocorre por influência de fatores de crescimento, como EBF, E2A, PAX5 3 BBPM III – 18/03/21 II. Proliferação de progenitoras e células imaturas comprometidas em estágios iniciais específicos do desenvolvimento, = reservatório de células capazes de gerar linfócitos úteis III. O rearranjo sequencial e ordenado dos genes dos receptores de antígenos e a expressão de proteínas dos receptores de antígenos IV. Eventos de seleção que preservam as células que produziram proteínas receptoras de antígeno funcionais e eliminam células potencialmente perigosas que reconhecem fortemente antígenos próprios. V. Diferenciação das células B e T em subpopulações funcionalmente e fenotipicamente distintas. a. As células B se desenvolvem em células foliculares, da zona marginal e B-1 b. As células T se desenvolvem em linfócitos T αβ CD4 + e CD8 + , células NKT e células γδ I. Os linfócitos T são originados de stem cell da medula óssea e elas apresentam marcadores fenotípicos próprios que as caracterizam como celula imatura e indiferenciada: presença de CD44 e ausência de CD25 (receptor de IL-2 a qual ativa a celula T) II. No timo, há ganho de CD25 diferenciando-se na celula PRÓ T que com o passar do tempo forma a celula PRÉ T III. No timo há expressão de co estimuladores fazendo com que a celula seja duplo positiva (possui CD8/4). Nessa fase há inicio da expressão do TCR e do CD3 IV. Com a seleção positiva e negativa do timo há a formação de um linfócito T imaturo (ou tem CD8 ou CD4) V. Na corrente sanguínea ele sofre maturação final e passam a ser células produtoras de citocinas VI. A resposta efetora da celula t é ativada por meio da interação com antígenos por meio da apresentação das células APC no linfonodo VII. Após apresentação, o linfócito ativo migra para os focos de infecção por esse antígeno VIII. Ele vai agircomo citotóxico ou como auxiliar de linfócitos b e macrófagos. Ou ainda pode diferenciar-se em celula de memoria IX. OBS: quando a celula T é ativada há maior expressão de CD25 (receptor de IL-2) e isso gera a expansão clonal celula T madura deve apresentar CD4/8 e TCR Tregulatorias produzem padrão de CD4+ e serve para regular a resposta imune Citometro de fluxo 4 BBPM III – 18/03/21 o Anticorpo contra proteína e é emitida uma luz o Determinar o quanto de células CD4 tem na parede desse individuo o Essas são as porcentagens em um individuo normal o Quando a celula bate ela faz um padrão de luz no receptor Durante a maturação dos timocitos, há alteração na expressão dos co receptores CD4/8 As células DUPLO NEGATIVAS são as menos maduras A população DUPLO POSITIVA representa a população mais numerosa no timo E essas células amadurecem em uno positivas CD4+ e CD8- ou vice e versa Seleção Positiva de Timócitos: Desenvolvimento do Repertório de Células T Restritas ao MHC Próprio Os timócitos duplo-positivos são produzidos sem estimulação antigênica e começam a expressar TCRs αβ com especificidades geradas aleatoriamente No córtex do timo, estas células imaturas encontram células epiteliais que estão exibindo uma variedade de peptídios próprios ligados a moléculas de MHC classe I e classe II. Durante a transição das células duplo-positivas para positivas simples, os timócitos com TCRs restritos ao MHC classe I tornam-se CD8 +CD4 - , e as células com TRCs restritos ao MHC classe II tornam-se CD4 +CD8 - . Modelos de instrução sugerem que os TCRs restritos ao MHC classe I e pelo MHC classe II emitem diferentes sinais que induzem ativamente a expressão do correceptor correto e desligam a expressão do outro correceptor Os mesmos peptídios próprios que medeiam a seleção positiva de timócitos duplopositivos no timo podem estar envolvidos na preservação de células T maduras virgens (positivas simples) vivas em órgãos periféricos, como os gânglios linfáticos e o baço. Seleção Negativa de Timócitos Os timócitos cujos receptores reconhecem complexos peptídio-MHC no timo com alta afinidade sofrem apoptose (denominada seleção negativa) ou diferenciam-se em células T reguladoras As células apresentadoras de antígeno do timo que medeiam a seleção negativa são, principalmente, as células dendríticas derivadas da medula óssea e macrófagos, ambos abundantes na medula, e células epiteliais tímicas medulares, enquanto as células epiteliais corticais são especialmente (e talvez exclusivamente) eficazes na indução da seleção positiva. Na medula, as células epiteliais tímicas medulares expressam uma proteína nuclear denominada AIRE (regulador autoimune) que induz a expressão de vários genes específicos de tecidos no timo. Sua expressão dependente do AIRE no timo torna muitos peptídios específicos a tecidos disponíveis para apresentação a células T em desenvolvimento, facilitando a eliminação (seleção negativa) destas células Linfócitos T γδ Timócitos que expressam TCR αβ e γδ são de linhagens separadas com um precursor comum. Nos timos fetais, os primeiros rearranjos dos genes do TCR envolvem os loci γ e δ. Papel dos co estimuladores na ativação dos LT A via co estimuladora dos linfócitos T envolve o CD28 (molécula de superfície celular que se liga as moléculas co estimuladoras B7-1 e B7-2 expressas na APC. CD28 libera sinais que facilitam as respostas das células T ao antígeno e a produção de citocinas (IL- 2 que ativa o CD25 = relaciona-se com expansão clonal). Quando os co estimularores do linfócito interagem com os da APC há um sinal para que a APC expresse mais co estimuladores, como o B7 aumentando ainda mais a interação na sinapse imunológica. 5 BBPM III – 18/03/21 Comprometimento de células progenitoras As células-tronco hematopoéticas (CTH), presentes no fígado fetal e na medula óssea, dão origem a todas as linhagens de células sanguíneas CTH amadurecem e geram progenitores linfoides que podem originar células B, células T, células linfoides inatas e algumas células dendríticas dependendo do seu comprometimento com o tipo de linhagem CTH progenitor comprometido com uma linhagem celula B/T/CD/linfócito A maturação das células B a partir dos progenitores comprometidos com essa linhagem ocorre principalmente na medula óssea e, antes do nascimento, no fígado fetal CTH da medula óssea células B circulantes (foliculares) + células B da zona marginal. CTH do fígado fetal celula B1 CTH da medula óssea células T alfa beta CTH do fígado fetal células T delta gama O comprometimento com diferentes linhagens é determinado por vários fatores de transcrição Receptores de superfície celular, que induzem reguladores de transcrição específicos que levam um progenitor linfoide comum a assumir-se como célula B/T Fatores de transcrição + receptores de superfície celular Contribuem para o comprometimento induzindo a expressão das proteínas envolvidas em rearranjos do gene dos receptores de antígenos Eles tornam os loci dos genes dos receptores de antígenos acessíveis a essas proteínas Além disso, os genes que levam a diferenciação entre as células B/T também são expressos Os fatores de transcrição Notch-1 e GATA-3 comprometem-se no desenvolvimento de linfócitos para a linhagem de células T NOTCH-1 São moléculas/fatores de trasncrição de superfície celular clivadas proteoliticamente quando interagem com ligantes específicos nas células vizinhas. Células T gama/delta são 1-3% das células T totais, apresentando características peculiares As porções intracelulares clivadas das proteínas Notch migram para o núcleo e modulam a expressão de genes-alvo específicos 6 BBPM III – 18/03/21 Notch-1 e GATA-3 induzem a expressão de vários genes que são necessários para o desenvolvimento de células T αβ Os fatores de transcrição EBF, E2A e Pax-5 induzem a expressão dos genes necessários para o desenvolvimento de células B o Estes incluem os genes que codificam as proteínas Rag-1 e Rag- 2, as cadeias leves substitutas e as proteínas Igα e Igβ que contribuem para a sinalização por meio do receptor da célula pré-B e do receptor da célula B Após a sinalização por fatores de transcrição espcificos para cada tipo de linhagem gerada, há um 2° estimulo: O pré-receptor de antígeno seleciona as células que rearranjaram de maneira efetiva o primeiro conjunto de genes dos receptores de antígenos Os sinais gerados por pré-receptores de antígenos são responsáveis por uma expansão muito maior dos linfócitos em desenvolvimento do que citocinas como IL- 7. IL-7 é necessária para a proliferação dos progenitores das células T, mas não para progenitores na linhagem B A IL-7 é produzida por células do estroma na medula óssea e por células epiteliais e outras células no timo. Mutações no gene do receptor de IL-7 gera maturação defeituosa dos precursores de linfócitos para além dos estágios iniciais e, como resultado, deficiências profundas nas células T (prova) Os mecanismos que tornam genes disponíveis ou indisponíveis na cromatina são considerados mecanismos epigenéticos. Eucromatina transcrita/genes expressos Heterocromatina silenciada Mecanismos de epigenetica Metilação Acetilação Ubiquitinação modificações pós tradução das caudas das histonas dos nucleossomos EX DE APLICAÇÃO DA EPIGENÉTICA O comprometimento com a linhagem CD4 em comparação com CD8 durante o desenvolvimento de células T depende de mecanismos epigenéticos que silenciam (formam porções de heterocromatina) a expressão do gene CD4 nas células T CD8 + .Rearranjo e Expressão dos Genes dos Receptores de Antígenos Cada clone de linfócitos B ou T produz um receptor de antígeno com uma estrutura única de ligação a antígenos repertorio diverso por isso o rearranjo gênico é imprescindível Diversos receptores de antígenos são gerados e expressos antes de entrar em contato com os antígenos Rearranjo ocorre em diferentes segmentos gênicos da região variável (V) com segmentos gênicos de diversidade (D) e junção (J). recombinação V(D)J processo especializado de rearranjo de genes em locais específicos Processos de Seleção Desenvolvimento de linfócitos contém pontos de controle nas quais as células em desenvolvimento são testadas e somente continuam a amadurecer se a etapa anterior do processo tiver sido concluída de maneira eficaz. Se alguma célula não for capaz de expressar o pré receptor, ela será estimulada, por meio de citocinas, a uma via de sinalização das caspases (apoptose) As células são cruéis. Se ela não tiver o pre receptor ela não terá função e será apenas um gasto energético manter essa célula viva 7 BBPM III – 18/03/21 1° ponto Produção bem-sucedida de uma das cadeias polipeptídicas da proteína do receptor de antígeno de duas cadeias Células que produzem poucos pré receptores são direcionadas para apoptose (caspases 6-8) 2° ponto Montagem de um receptor completo Célula passa a fazer recombinações para expressar o receptor Importante: garantir que somente os linfócitos que tenham concluído de modo eficaz os processos de rearranjo do gene do receptor de antígeno, ou seja, os que tendem a ser funcionais, sejam selecionados para amadurecer Pré receptores de antígenos + receptores de antígenos emitem sinais aos linfócitos selecionados para maturação e proliferação Os pré-BCRs contêm a cadeia pesada μ das Ig e os pré-TCRs contêm a cadeia β do TCR Nas células T αβ, a cadeia β do TCR é a primeira a ser rearranjada Nas células B em desenvolvimento, o primeiro gene de receptor de antígeno a ser completamente rearranjado é o gene da cadeia pesada das Ig Os complexos pré-BCR e pré-TCR fornecem sinais para a sobrevivência, proliferação, para o fenômeno de exclusão alélica Importante: A expressão dos pré-receptores de antígenos é o primeiro ponto de controle durante o desenvolvimento de linfócitos. Pontos de controle na maturação dos linfócitos. Durante o desenvolvimento, os linfócitos que expressam receptores necessários para continuar sua proliferação e maturação são selecionados para sobreviver, enquanto as células que não expressam receptores funcionais morrem por apoptose. A seleção positiva e a seleção negativa preservam as células com especificidades úteis. Os linfócitos cuja passagem pelo ponto de controle tenha sido bem-sucedida seguem ao rearranjo e expressão de genes que codificam a segunda cadeia do BCR ou TCR e expressam o receptor de antígeno completo enquanto ainda estão imaturos. Seleção positiva Facilita a sobrevivência dos linfócitos potencialmente úteis e este evento de desenvolvimento está ligado ao comprometimento à linhagem Seleção negativa É o processo que elimina ou altera os linfócitos em desenvolvimento cujos receptores de antígenos ligam-se fortemente a antígenos próprios presentes nos órgãos linfoides geradores. 8 BBPM III – 18/03/21 As células T em desenvolvimento com uma alta afinidade por antígenos próprios são eliminadas por apoptose, um fenômeno conhecido como deleção clonal Organização dos Genes das Ig e do TCR nas Linhagens Germinativas Três loci separados codificam, respectivamente, todas as cadeias pesadas das Ig, a cadeia leve κ das Ig, e a cadeia leve λ das Ig. Cada lócus está em um cromossomo diferente. Na extremidade 5’ de cada lócus das Ig, há um agrupamento de genes V (variáveis), O número de genes V varia consideravelmente entre os diferentes loci das Ig e entre diferentes espécies Cada lócus das Ig possui um arranjo e número de genes da região C diferente. Nos seres humanos, o lócus κ da cadeia leve das Ig possui um único gene C (Cκ ) e o lócus λ da cadeia leve possui quatro genes C funcionais (Cλ). O lócus da cadeia pesada das Ig possui nove genes C (CH) Os domínios V e C das moléculas Ig compartilham características estruturais, incluindo uma estrutura terciária denominada dobra da Ig. Os segmentos J são de normalmente 30 a 50 pares de bases de comprimento e são separados por sequências não codificadoras. Entre os segmentos V e J no lócus de IgH, há segmentos adicionais conhecidos como segmentos D (diversidade). Os segmentos D não são encontrados nos loci da cadeia leve das Ig – pagina 414 Importante Em uma proteína de cadeia leve das Ig (κ ou λ), o domínio V é codificado pelos segmentos gênicos V e J; na proteína da cadeia pesada das Ig, o domínio V é codificado pelos segmentos gênicos V, D e J No caso dos domínios V das cadeias β do TCR e H das Ig, os resíduos juncionais entre os segmentos V e D rearranjados e os segmentos D e J, bem como as sequências dos próprios segmentos D e J, compõem a terceira região hipervariável, também conhecida como região determinante de complementaridade 3 ou CDR3. Ultraestrutura das cadeias L e H Cada cadeia pesada: IgM cadeia mi (possui vários exons e introns) IgD cadeia delta IgG cadeia gama Kapa (conservada) e lambda (7 regiões conservadas) cadeias leves Região J: propicia as variações. Na recombinação VDJ Locus do TCR o Região responsável por cada cadeia (alfa, beta, gama, delta) o Maioria das células é alfa/beta o Região variante (que interage com MHC) + constante 9 BBPM III – 18/03/21 NO TCR há segmentos D (apenas nos loci de β e δ) No lócus β humano, há cerca de 50 segmentos gênicos V, 2 D e 12 J, e no lócus α, há 45 segmentos V e 50 J. Os loci de γ e δ, no geral, possuem menos segmentos gênicos do que os loci α e β, com um total de apenas 7 genes V Nas proteínas β e δ do TCR, o domínio V é codificado pelos segmentos gênicos V, D e J, e nas proteínas α e γ do TCR, o domínio V é codificado pelos segmentos gênicos V e J Regiões variáveis em N terminal Região constante alfa e beta Região transmembranica Região interna do citoplasma em C terminal MHC fica mais próximo de N terminal (fenda) Região constante serve para ancoragem à celula T por isso as moléculas acessórias ao redor do TRC que possuem ITAM é que fazem a sinalização para ativação da resposta do linfócito. RECOMBINAÇÃO VDJ O processo de recombinação V(D)J em qualquer lócus de Ig ou TCR envolve a seleção de um gene V, um segmento D (quando presente) e um segmento J em cada linfócito e o rearranjo de um desses segmentos, de modo a formar um único éxon V(D)J que codificará para a região variável de uma proteína do receptor de antígeno Nos loci da cadeia leve das Ig e das cadeias α e γ do TCR, nas quais faltam segmentos D, um único rearranjo junta um gene V selecionado aleatoriamente a um segmento J, também selecionado aleatoriamente. Os loci das cadeias H das Ig e β e δ do TCR contêm segmentos D, e nestes loci, dois eventos de rearranjo distintos devem ser iniciados separadamente, juntando um primeiro D a um J e, em seguida, um segmento V para ser fundido a um segmento DJ. ETAPAS 1. Cromatina deve ser aberta em regiões específicas do cromossomo para tornar os segmentos gênicos de receptores de antígenos acessíveis às enzimas que medeiam a recombinação 2. Dois segmentos gênicos selecionados devem ser aproximados um do outro 3. Quebras são introduzidas na dupla fita nas extremidades codificadoras destes dois segmentos, nucleotídeos são acrescentados ou removidosnas extremidades quebradas, e, finalmente, as extremidades processadas são ligadas para produzir genes de receptores de antígenos clonais únicos 4. Esse gene reorganizado é transcrito para formar um transcrito de RNA primário (nuclear). 5. O processamento (splicing) subsequente do RNA reúne o éxon líder, o éxon V(D)J e os éxons da região C, formando um mRNA que pode ser traduzido em ribossomos ligados à membrana para produzir uma das cadeias do receptor de antígenos. o Para célula B/T expressão grande de VDJ para célula imatura o B maduro naive processamento menor de VDJ (ele está esperando a APC) o Ele é um mecanismo constante mas pode ter ativação em menor ou maior grau ao longo dos níveis o Linfócito T ativado precisa de mais contato, pois depois vai reagir com outras células, por isso aumenta mais o VDJ o A variabilidade no B é menor que o T 10 BBPM III – 18/03/21 Serve para gerar variabilidade por meio da diferença de aa É preciso ter sequencias diferentes para alterar a codificação proteica Há adição de nucleotídeos e obtenção de variabilidade seja no anticorpo ou no TCR O RNAm produzido por 1 gene produz diferentes produtos As regiões variáveis sofrem rearranjo a constante não Nucleotídeos N/P fragmentos adicionados para ocorrer a recombinação Há mudanças conformacionais causando deleções ou inversões de regiões para que haja diferentes montagens de RNAm Isso gera variabilidade maior Proteína RAG (recombinação de ativador gênico) funciona como exonuclease, clivando o material genético e permitindo com que as regiões V e J se liguem através de enzimas como DNA sintetase, permitindo a junção e formando uma porção V e J Há remoção de regiões que não interessam e aproximação de outras que mais convém O gene inicial é diferente do transcrito Variabilidade de Ig permite que ela se ligue a vários tipos de epitopos ampliando a capacidade imune Sinais de Reconhecimento que Conduzem a Recombinação V(D)J - pagina 420 11 BBPM III – 18/03/21 Proteínas específicas de linfócitos que medeiam a recombinação V(D)J reconhecem certas sequências de DNA, denominadas sequências de sinais de recombinação (RSSs), localizadas na extremidade 3’ de cada segmento gênico V, na extremidade 5’ de cada segmento J e em ambos os lados de cada segmento D As RSSs consistem em um trecho altamente conservado de 7 nucleotídeos, denominado heptâmero, geralmente CACAGTG Durante a recombinação V(D)J, são geradas quebras da dupla fita entre o heptâmero da RSS e a sequência de codificação V, D ou J adjacente A maioria dos rearranjos dos genes da Ig e do TCR ocorre por deleção; a inversão é a base de até 50% dos rearranjos no lócus κ da Ig. As RSSs descritas são exclusivas de genes das Ig e do TCR. Portanto, a recombinação V(D)J pode ocorrer nos genes dos receptores de antígeno, mas não em outros genes CORRELAÇÃO CLÍNICA: Nos tumores de linfócitos B e T, os oncogenes são frequentemente translocados para os loci dos genes das Ig ou do TCR. Estas translocações cromossômicas são frequentemente acompanhadas de uma transcrição acentuada dos oncogenes e são um dos fatores que promovem o desenvolvimento de tumores linfoides. O Mecanismo da Recombinação V(D)J Sinapse mediada por Rag-1 e Rag-2. Clivagem mediada por Rag-1 e Rag-2. Abertura do grampo e processamento da extremidade aberto pela endonuclease Artemis Junção TdT SINAPSE As porções do cromossomo nas quais o gene do receptor de antígeno está localizado tornam-se acessíveis para a maquinaria de recombinação. OS segmentos codificadores selecionados e suas RSSs adjacentes são aproximados para a clivagem CLIVAGEM As quebras na dupla fita são realizadas enzimaticamente nas junções das sequências codificadoras de RSS por ação de RAG1 e RAG2 gene ativador da recombinação 1 e gene ativador da recombinação 2 O complexo Rag-1/Rag-2 também é conhecido como recombinase V(D)J. A proteína Rag-1, reconhece a sequência de DNA na junção entre um heptâmero e um segmento de codificação e a cliva, mas ela somente está enzimaticamente ativa quando complexada à proteína Rag-2 O OH 3’ liberado da extremidade de codificação, em seguida, ataca uma ligação fosfodiéster na outra fita de DNA, formando um grampo 12 BBPM III – 18/03/21 ARag-1 e a Rag-2 contribuem para manter os segmentos gênicos unidos durante o processo de dobramento ou sinapse cromossômica ARag-1 e a Rag-2, além de gerarem as quebras da dupla fita, também mantêm as extremidades do grampo e as extremidades rombas unidas Os genes RAG são específicos de células linfoides e somente são expressos nas células B e T em desenvolvimento. Prova –página 425 Camundongos sem genes Rag1 ou Rag2 funcionais (camundongos knockout Rag) não conseguem desenvolver linfócitos B ou T, e a deficiência de Rag-1 ou Rag-2 também é uma causa rara de SCID, na qual todos os linfócitos estão ausentes no paciente. Os genes RAG são específicos de células linfoides e somente são expressos nas células B e T em desenvolvimento. As proteínas Rag são expressas principalmente nos estágios G0 e G1 do ciclo celular e são inativadas nas células em proliferação ABERTURA DO GRAMPO E PROCESSAMENTO DA EXTREMIDADE Artemis é uma endonuclease que abre os grampos nas extremidades codificadoras. Na ausência da Artemis, os grampos não podem ser abertos e as células T e B maduras não podem ser geradas. Uma enzima específica das células linfoides, denominada desoxinucleotidil transferase terminal (TdT), acrescenta bases às extremidades quebradas do DNA JUNÇÃO As extremidades codificadoras clivadas e as extremidades de sinais são unidas e ligadas por um processo de reparação de quebra de dupla fita que é encontrado em todas as células, denominado junção não homóloga de extremidade. Ku70 e Ku80 são proteínas de ligação de extremidades que se ligam às quebras e recrutam a subunidade catalítica da proteína quinase dependente de DNA (DNA-PK), uma enzima de reparo da dupla fita do DNA. Deficiências nessa enzima inibe a produção de linfócitos maduros, pois haverá falha no processo de junção VARIABILIDADE: O rearranjo V(D)J aproxima vários segmentos gênicos da linhagem germinativa que podem combinar-se de forma aleatória, e diferentes combinações produzem diferentes receptores de antígenos IMPORTANTE: Após a síntese das proteínas do receptor de antígeno, a diversidade combinatória é aumentada pela justaposição de duas regiões V diferentes geradas aleatoriamente (ou seja, VH e VL nas moléculas de Ig e Vα e Vβ nas moléculas de TCR). A adição de novos nucleotídeos é mediada pela enzima desoxinucleotidil transferase terminal (TdT). Em camundongos com deficiência induzida de TdT por knockout de genes, a diversidade dos repertórios das células B e T é substancialmente menor do que em camundongos normais. Devido à diversidade juncional, anticorpos e moléculas do TCR mostram a maior variabilidade nas junções das regiões V e C, que formam a terceira região hipervariável ou CDR3 APLICAÇÃO CLÍNICA O conhecimento da diversidade juncional serve para a determinação da clonalidade de tumores linfoides que surgiram a partir de células B ou T. Como cada clone de linfócito expressa uma região CDR3 do receptor de antígeno exclusiva, a sequência de nucleotídeos no local de recombinação V (D) J serve como um marcador específico para cada clone. Assim, através da medição do comprimento ou determinação da sequência das regiões juncionais dos genes da Ig ou do TCR em diferentes proliferações de células B ou T, utilizando ensaios de reação em cadeia da polimerase, pode-se estabelecer se estas lesõessurgiram de um único clone (indicando um tumor) ou de forma independente a partir de diferentes clones (implicando uma proliferação não neoplásica de linfócitos). 13 BBPM III – 18/03/21 Principais eventos O rearranjo e expressão de genes de Ig em uma ordem precisa Seleção e proliferação de células B em desenvolvimento no ponto de controle do pré-receptor de antígenos Seleção do repertório de células B maduras Antes do nascimento células B surgem de precursores do fígado fetal após o nascimento precursores na medula óssea que não expressam a Ig inicialmente. Posteriormente deixam a medula óssea e terminam de amadurecer no timo. As células que amadurecem em células B foliculares no baço expressam IgM e IgD na superfície da célula e adquirem a capacidade de recircular e ocupar todos os órgãos linfoides periféricos Folicular B2 IgM + IgD Zona marginal B2 IgM de membrana + CD21/CR2 Estas células B foliculares dirigem-se para folículos linfoides e são capazes de reconhecer e responder a antígenos estranhos Estágios de Desenvolvimento dos Linfócitos B Os estágios de maturação são determinados por diferentes marcadores de superfície celular e um padrão específico de expressão do gene de Ig O padrão de RAG e TdT (ligação dos genes) IMPORTANTE Estágios Pró-B e Pré-B Células pró B não produzem Ig, mas expressam moléculas de superfície restritas à linhagem B, como CD19 e CD10 expressam Rag-1 e Rag-2 s A recombinação VDJ no lócus da cadeia pesada H da Ig ocorre apenas em precursores dos linfócitos B comprometidos e é um evento crítico na expressão da Ig, porque somente o gene V rearranjado é subsequentemente transcrito Células pré B São células da linhagem B em desenvolvimento que expressam a proteína μ da Ig, mas que ainda devem rearranjar seus loci da cadeia leve expressa a cadeia pesada μ na superfície celular, em associação a outras proteínas formando complexo receptor da celula pré B Receptor da Célula Pré-B Complexos da cadeia pesada μ, cadeias leves substitutas e proteínas de transdução de sinais, denominadas Igα e Igβ, formam o receptor pré- antígeno na linhagem B Os sinais originados do pré-BCR são responsáveis pela maior expansão 14 BBPM III – 18/03/21 proliferativa das células da linhagem B na medula óssea O receptor da célula pré-B é composto da cadeia pesada μ e uma cadeia leve substituta invariável. A cadeia leve substituta é composta de duas proteínas, a proteína pré-B V, que é homóloga ao domínio V da cadeia leve, e uma proteína λ5 que está ligada covalentemente à cadeia pesada μ por uma ponte dissulfeto. O receptor da célula pré-B está associado às moléculas sinalizadoras Igα e Igβ Por que é importante saber sobre o receptor pré BCR? A expressão do pré-BCR é o primeiro ponto de controle na maturação de células B + Ele estimula a proliferação clonal de células na medula óssea por meio dos mecanismos de sinalização Uma quinase, denominada tirosinoquinase de Bruton (Btk), é ativada abaixo do pré-BCR e é necessária para a transmissão de sinais a partir deste receptor que medeiam a sobrevivência, proliferação e maturação no estágio de células pré- B e além. O pré-BCR regula a produção do receptor de antígeno por meio do estímulo do rearranjo do gene da cadeia leve κ Se o rearranjo for interno, produzirá uma proteína da cadeia leve κ, que se associa à cadeia μ sintetizada anteriormente para produzir uma proteína de IgM completa. Se o lócus κ não for rearranjado de maneira produtiva, a célula pode rearranjar o lócus λ e, novamente, produzir uma molécula de IgM completa A célula B que expressa IgM é denominada célula B imatura o rearranjo de λ ocorre somente se o rearranjo de κ não tiver sido produtivo ou se ocorrer a deleção de uma cadeia leve κ rearranjada autorreativa As células B imaturas que não são altamente autorreativas deixam a medula óssea e completam sua maturação no baço antes de migrar para outros órgãos linfoides periféricos. Subgrupos de Células B Maduras As CTH derivadas do fígado fetal são as precursoras das células B-1. As CTH derivadas da medula óssea dão origem à maioria das células B que podem se comprometer com a formação de células da zona marginal ou células foliculares. As células B foliculares são linfócitos recirculantes; as células B da zona marginal são abundantes no baço de roedores, mas também podem ser encontradas nos linfonodos em humanos Células B Foliculares A maioria das células B maduras pertence ao subgrupo de células B foliculares e produz IgD além de IgM A coexpressão de IgM e IgD é acompanhada pela capacidade de recircular e a aquisição da competência funcional, e é por isso que as células B IgM + IgD + são também denominadas células B maduras As células foliculares B também são muitas vezes denominadas de células B recirculantes, porque migram de um órgão linfoide ao próximo, residindo em nichos 15 BBPM III – 18/03/21 especializados conhecidos como folículos de células B CÉLULA B1 células B-1, expressa uma diversidade limitada de receptores de antígenos e pode ter funções exclusivas expressam um repertório relativamente limitado de genes V e exibem uma diversidade juncional muito menor do que as células B convencionais (já que a TdT não é expressada no fígado fetal) As células B-1 contribuem para a produção rápida de anticorpos contra microrganismos em tecidos particulares, tais como o peritônio Produz IgM + CD5 CÉLULA B DA ZONA MARGINAL As células da zona B marginal estão localizadas primariamente nas proximidades do seio marginal no baço e são semelhantes às células B-1 em relação à sua diversidade limitada e sua capacidade de responder a antígenos polissacarídios e gerar anticorpos naturais expressam IgM e o correceptor CD21. Medeiam respostas imunes humorais dependentes de células T a patógenos circulantes, as células da zona B marginal também parecem ser capazes de mediar algumas respostas imunes dependentes de células T Seleção do Repertório de Células B Maduras seleção positiva identificação de linfócitos que tenham completado seu programa de rearranjo do gene do receptor de antígeno com sucesso Apenas as células B que expressam moléculas de Ig de membrana funcionais recebem sinais derivados do BCR constitutivos Edição de receptor Ocorre em células B imaturas que reconhecem antígenos próprios com alta afinidade O reconhecimento de um antígeno pelas células B imaturas induz a reativação dos genes RAG e o rearranjo e na produção de uma nova cadeia leve de Ig, permitindo que a célula expresse um receptor de células B diferente (editado), que não é autorreativo. Quase todas as células B que carregam cadeias leves λ são, portanto, células que antes eram autorreativas e passaram por edição do receptor. Se a edição do receptor falhar, as células B imaturas que expressam receptores de alta afinidade para antígenos próprios e que encontram estes antígenos na medula óssea ou no baço podem morrer por apoptose (seleção negativa) Quando a transição ao estágio de célula B madura IgM + IgD + é realizada, o reconhecimento do antígeno leva à proliferação e à diferenciação, e não à edição do receptor ou à apoptose. EXERCICIOS 1. A maturação dos linfócitos B e T ocorre nos órgãos linfoides periféricos 2. A produção de receptores de antígenos depende da presença de antígenos. 3. Os genes de receptores de antígenos funcionais são produzidos nas células B imaturas na medula óssea e nas células T imaturas no timo por um processo de rearranjo gênico 4. Depois do processo de seleção no desenvolvimento de linfócitosnão ocorrem outros processos de seleção/controle de linfócitos 5. Os linfócitos só expressam a segunda cadeia do BCR, TCR após a maturação completa 6. As células que expressam receptores de antígenos úteis e com forte ligação a células próprias sofrem seleção positiva 7. Se a celula T apresenta CD25 significa que ela está no timo 8. Somente V e D possuem sequências de sinais de recombinação 9. A recombinação dos éxons V e J pode ocorrer por deleção do DNA interveniente e ligação dos segmentos V e J ou, se a RSS 16 BBPM III – 18/03/21 estiver a 3’ de um segmento J, por inversão do DNA seguida de ligação dos segmentos gênicos adjacentes 10. A recombinação VDJ pode ocorrer em outro tipo de gene que não no formador de receptor de antígenos 11. Os genes RAG são específicos de células linfoides e somente são expressos nas células B e T em desenvolvimento. 12. As células B foliculares são linfócitos recirculantes; as células B da zona marginal são abundantes nos linfonodos em humanos 13. Células B IgM + IgD + são da linhagem B1 14. Tanto células B1 quanto células da zona marginal possuem baixa variabilidade dos genes da recombinação 15. A seleção negativa é o processo de escolha da celula B autorreativa 16. Os processos de seleção eliminam as células T autorreativas no córtex no estágio simples positivo 17. A recombinação dos genes do receptor de linfócitos ocorre no linfócito imaturo 18. A ação da tdt depende da ação da arthemis 19. A exclusividade da recombinação VDJ depende da presença de genes que decodificam a enzima arthemis Gabarito 1. f 2. f 3. v 4. f 5. f 6. f 7. v 8. f 9. v 10. f 11. v 12. v 13. f 14. v 15. f 16. f 17. f 18. v 19. f Justificativa 1. Ocorre nos órgãos linfoides geradores (medula + timo) 2. Não é o contato com o antígeno e sim o rearrajando de DNA que leva à produção de receptores de antígenos diversos 4. Depois que os receptores de antígeno são expressos existem processos de seleção que servem para eliminar linfócitos autorreativos potencialmente nocivos. Além disso, a seleção pode comprometer as células em desenvolvimento com determinadas linhagens. 5. Ainda imaduros eles seguem ao rearranjo e expressão de genes que codificam a segunda cadeia do BCR ou TCR e expressam o receptor de antígeno completo 6. Seleção negativa, pois isso indica um nível de nocividade ao organismo, haja vista que que reconhecem fortemente estruturas próprias do corpo. Assim, sofrem deleção clonal (eliminação por apoptose) 8. Existem proteínas específicas de linfócitos que medeiam a recombinação V(D)J reconhecendo certas sequências de DNA, denominadas sequências de sinais de recombinação (RSSs), localizadas na extremidade 3’ de cada segmento gênico V, na extremidade 5’ de cada segmento J e em ambos os lados de cada segmento D 10. As RSSs descritas são exclusivas de genes das Ig e do TCR. Portanto, a recombinação V(D)J pode ocorrer nos genes dos receptores de antígeno, mas não em outros genes 13. São da linhagem B2, isto é, o precursor de celula B (CTH) se encontra na medula óssea e pode gerar células foliculares ou células da zona marginal. 15. Se a edição do receptor falhar, as células B imaturas que expressam receptores de alta afinidade para antígenos próprios e que encontram estes antígenos na medula óssea ou no baço podem morrer por apoptose. 16. Duplo positivo 17. o inicio da recombinação se dá já desde a CTH. No pré linfócito já há o receptor incompleto, isto é, com a cadeia pesada nas Ig do BCR e a cadeia beta para o TCR. Assim no pré receptor, cada linfócito expressa apenas 1 cadeia do receptor de antígeno unidas por uma cadeia invariável 19. As enzimas RAG-1 e 2 funcionam como endunucleases e clivam os genes para permitir o processamento das extremidades e a 17 BBPM III – 18/03/21 recombinação. O gene que as codifica é exclusivo de linfócitos e está presente na celula apenas nos estágios GO e G1 do ciclo celular Responda: I. Qual a importância dos pontos de controle da maturação dos linfócitos? A presença de múltiplos pontos de controle garante que somente células com receptores úteis completem sua maturação. II. Como a seleção positiva de células T no desenvolvimento de linfócitos se relaciona com o MHC? Na linhagem de células T, a seleção positiva garante a maturação das células T cujos receptores reconhecem moléculas de MHC próprias com baixa afinidade. As células com TCR que reconhecem MHC próprios com alta afinidade são selecionadas negativamente. As células T maduras cujos precursores tenham sido selecionados positivamente por moléculas de MHC próprio no timo são capazes de reconhecer antígenos de peptídios estranhos apresentados pelas mesmas moléculas de MHC próprio em células apresentadoras de antígenos em tecidos periféricos. A seleção positiva é o processo que preserva as células T que reconhecem MHC próprio (com peptídios próprios) com baixa afinidade A seleção negativa é o processo em que os timócitos cujos TCRs se ligam fortemente aos antígenos peptídios próprios em associação a moléculas de MHC próprias são eliminados III. O que garante a variabilidade no processo de recombinação VDJ? A utilização de diferentes combinações dos segmentos V, D, e J e a adição e remoção de nucleotídeos nas junções contribuem para a diversidade dos receptores de antígeno. Assim, a partir do DNA da mesma linhagem germinativa, é possível gerar sequências de DNA recombinadas e mRNAs que diferem em suas junções V-D-J. IV. Como a seleção positiva conduzida pelo reconhecimento fraco de antígenos próprios produz um repertório de células T maduras específico para antígenos estranhos? A seleção positiva permite que muitos clones diferentes de células T sobrevivam e se diferenciem, e muitas dessas células T que reconhecem peptídios próprios com baixa afinidade irão, após o amadurecimento, reconhecer aleatoriamente peptídios estranhos com uma afinidade suficientemente alta para serem ativadas e para gerar respostas imunes úteis.
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