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Desenvolvimento de vasos e circulação fetal

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Desenvolvimento de vasos e circulação fetal 
Hematopoiese 
Nos seres humanos, a 1ª evidência de formação de 
sangue e vasos sanguíneos se dá no mesoderma 
do saco vitelino, por volta do 17° dia de 
desenvolvimento. Essas células do mesoderma 
são indiferenciadas e passam a se diferenciar em 
hemangioblastos. Posteriormente é formando um 
aglomerado hemangioblástico, que é um conjunto 
de células precursoras, as quais se diferenciam em 
células progenitoras hematopoiéticas 
(responsáveis por originar células sanguíneas) e 
células precursoras endoteliais (responsáveis por 
originar vasos). As primeiras (que são mais 
internas) se diferenciam em eritrócitos nucleados, 
enquanto as segundas se diferenciam dando 
origem a parede de vasos. 
 
 
 
 
Esses eritrócitos migram o fígado, realizando a 
PRIMEIRA COLONIZAÇÃO HEPÁTICA (origem 
extraembrionária); posteriormente o fígado é 
povoado por células tronco hematopoiéticas 
definitivas (eritrócitos definitivos anucleados que 
sintetizam hemoglobina fetal, além de células das 
linhagem mieloide e linfoide), o que é chamado de 
SEGUNDA COLONIZAÇÃO HEPÁTICA (origem 
intraembrionária da região aorta-gônada-
mesonefro - AGM – parte da aorta próxima ao 
desenvolvimento das gônadas e dos rins). Essas 
células surgem por volta do 27º dia e desaparecem 
da aorta por volta do 40º dia (depois disso a 
parede da aorta nunca mais produz células 
sanguíneas) 
 
 
 
 
Posteriormente, o sítio definitivo da 
hematopoiese é estabelecido, com a migração 
dessas células até a medula óssea, a qual se 
mantém por toda a vida. 
Vascularização intraembrionária 
A formação de vasos sanguíneos não está 
associada à hematopoiese (diferentemente do 
que ocorreu no vaso vitelino). Células endoteliais 
formam estruturas vesiculares, que se unem em 
tubos, originando o sistema circulatório do 
embrião. Esse processo é chamado de 
VASCULOGÊNESE (formação de vasos sem a 
preexistência de vasos anteriores). Após isso, 
esses vasos são remodelados e expandidos por 
ANGIOGÊNESE (formação de vasos a partir de 
vasos preexistentes). 
Sistema venoso primitivo 
O embrião apresenta três sistemas venosos 
principais, que executam diferentes funções: 
SISTEMA VITELINO; SISTEMA UMBILICAL e 
SISTEMA CARDINAL. 
Estes sistemas incialmente são simétricos 
bilateralmente e convergem para os cornos do 
seio venoso (tubo endocárdico único). Durante o 
desenvolvimento, há um deslocamento do 
retorno venoso para o átrio direito, o que causa 
uma remodelação neste sistema. 
SISTEMA VITELINO 
Formado inicialmente por um par de veias 
vitelinas (direita e esquerda); a veia vitelina 
ESQUERDA involui e DIREITA se desenvolve. Esta 
forma sinusoides hepáticos, a porção terminal da 
veia cava inferior, veia porta, forma o DUCTO 
VENOSO e veias que drenam o TGI. 
O ducto venoso é uma estrutura que vai gerar 
desvio do sangue oxigenado que vem da veia 
umbilical diretamente para o coração, sem passar 
pelos capilares hepáticos. 
SISTEMA UMBILICAL 
Formado inicialmente por um par de veias 
umbilicais (direita e esquerda). A veia 
umbilical DIREITA involui e a ESQUERDA 
sofre perda de conexão com o seio venoso 
esquerdo (a parte mais próxima ao seio 
degenera) e passa a ser a única a 
transportar sangue oxigenado da placenta 
para o embrião. Além disso ela se 
anastomosa com o ducto venoso, 
SISTEMA CARDINAL 
Formado por um par de veias cardinais comuns 
(direita e esquerda). Veias cardinais posteriores (D 
e E) + veias cardinais anteriores (D e E) se unem 
próximo ao coração, formando as veias cardinais 
comuns D e E, que drenam para os cornos do seio 
venoso. Há um processo de remodelação que 
modifica essa simetria: 
 a veia cardinal anterior esquerda perde sua 
comunicação com o corno esquerdo do 
seio venoso (porção mais proximal 
degenera) e se anastomosa com a veia 
cardinal anterior direita, formando a veia 
braquiocefálica esquerda; 
 as regiões craniais das veias cardinais 
anteriores originam as veias jugulares 
internas e externas; 
 a veia cardinal anterior direita também vai 
formar a veia cava superior, juntamente 
com a veia cardinal comum direita; 
Juntamente com o sistema cardinal, temos o 
sistema subcardinal e o sistema supracardinal 
➔ veias subcardinais D e E brotam da base 
das cardinais posteriores e se conectam 
umas as outras por anastomoses: a veia 
subcardinal direita perde sua conexão com 
a veia cardinal posterior direita e se 
anastomosa com parte da veia vitelina 
direita, formando parte da veia cava 
inferior; já a veia subcardinal esquerda 
regride em sua maior parte, e em sua 
porção mais inferior origina veias renais, 
suprarrenais e gonadais. 
➔ As veias supracardinais brotam a partir das 
veias cardinais posteriores. Na região 
abdominal, a supracardinal direita forma 
segmento da veia cava inferior e na região 
torácica, as supracardinais formam veias 
intercostais e veias ázigos. 
Voltando ao sistema cardinal: 
 As porções mais craniais das veias cardinais 
posteriores perdem sua conexão com o 
coração e degeneram; já as porções mais 
caudais formam a veia ilíaca comum 
 A porção caudal da veia cardinal posterior 
direita forma parte da veia cava inferior 
VEIA CAVA formada por 4 porções 
embriologicamente distintas: segmento vitelino 
direito; segmento subcardinal; segmento 
supracardinal e segmento cardinal posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artérias dos arcos faríngeos 
5 pares de artérias dos arcos faríngeos, porém 
nem todos estão presentes simultaneamente, 
como representado no desenho. Surgem do saco 
aórtico e se conectam dorsalmente às aortas 
dorsais. Formam importantes estruturas de 
cabeça e pescoço. 
➔ 1º par: artérias maxilares (orelhas, 
dentes e mm de olhos e face) 
➔ 2º par: artérias estapédicas (irrigam 
orelha) 
➔ 3º par: artérias carótidas (comuns, 
interna e externa) 
➔ 4º par: arco aórtico e parte da aorta 
descendente; artéria subclávia 
direita; 
➔ 6º par: ducto arterioso; artérias 
pulmonares direita e esquerda; 
 
 
Artérias vitelinas 
Artérias vitelinas direita e esquerda, ao entrar no 
corpo do embrião se anastomosam com a 
superfície ventral da aorta dorsal e, 
posteriormente, perdem conexão com o saco 
vitelino. 
Aortas dorsais 
Aortas dorsais direita e esquerda se fundem e 
formam uma dorsal única, a qual emite muitos 
ramos: 
➔ Ramos cervicais: artérias vertebrais 
➔ Ramos torácicos: artérias intercostais 
➔ Ramos lombares e sacrais: artérias 
lombares e sacrais 
Brotamentos laterais da aorta descendente 
(dorsal única) vascularizam glândulas adrenais, 
gônadas, rins, membros etc. 
Artérias umbilicais 
Artérias umbilicais direita e esquerda: porções 
proximais formam parte das artérias ilíacas e 
artérias vesicais superiores (vascularização da 
bexiga) 
 
Circulação fetal 
Maior parte do sangue vindo da placenta pela veia 
umbilical é desviado da circulação hepática pelo 
DUCTO VENOSO, e segue para o átrio direito. No 
átrio direito, a maior parte do sangue segue para 
o átrio esquerdo, pelo FORAME OVAL. Uma 
quantidade pequena de sangue passa do átrio 
direito para o ventrículo direito e segue para o 
pulmão (alta resistência vascular). A maior parte 
do sangue, antes de chegar aos pulmões, é 
devolvido para a aorta descendente pelo DUCTO 
ARTERIOSO, e segue para a circulação sistêmica.

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