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Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 1 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Aula 12 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ SEFAZ GO Professor: Feliphe Araújo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 2 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 – Arrendamento Mercantil (Leasing) ................................................ 3 2.1 – Valor Residual Garantido .......................................................... 5 2.2 – Arrendamento Mercantil Financeiro ......................................... 7 2.2.1 – Arrendamento Mercantil Financeiro no arrendatário .................... 9 2.2.2 – Arrendamento Mercantil Financeiro no arrendador .................... 19 2.3 – Arrendamento Mercantil Operacional ..................................... 21 2.3.1 – Arrendamento Mercantil Operacional no arrendatário ................ 22 2.3.2 – Arrendamento Mercantil Operacional no arrendador ................. 22 2.4 – Transação de Venda e Leaseback ........................................... 22 2.4.1 – Arrendamento Financeiro resultante de um Leaseback .............. 23 2.4.1 – Arrendamento Operacional resultante de um Leaseback ............ 24 3 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada .......................................................................................................... 25 3.1 – Ativo não circulante mantido para venda ............................... 26 3.1.1 – Mensuração de ativo não circulante mantido para venda ........... 28 3.1.2 – Apresentação de ativo não circulante mantido para venda ......... 29 3.2 – Operação Descontinuada ........................................................ 31 4 – Resumo da Aula ........................................................................... 35 5 – Mapas Mentais da Aula ................................................................ 40 6 – Questões comentadas .................................................................. 42 7 – Lista de exercícios ....................................................................... 81 8 - GABARITO .................................................................................... 97 9 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................... 97 Aula 12 – CPC 06 - Operações de arrendamento mercantil. CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 3 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Olá queridos alunos, tudo bem? Chegamos a nossa aula 12 do curso de Contabilidade Geral para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. Estamos bem avançando e a cada dia subimos um degrau rumo à sua aprovação. Hoje, vamos tratar sobre assuntos que vêm sendo cobrados com frequência nas provas de concursos, quais sejam: CPC 06 - Arrendamento Mercantil e CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! Um forte abraço, Feliphe Araújo. O Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil – estabelece os critérios contábeis e as divulgações apropriadas a serem aplicadas, em relação às operações de arrendamento mercantil financeiro e operacional, bem como ao leaseback, por arrendatários e arrendadores. Esse pronunciamento é normatizado pela Resolução CFC nº 1.304/10. De acordo com o CPC 06 (R1), arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Em outras palavras, o arrendamento mercantil (em inglês, leasing) é um contrato entre um arrendador ou locador (empresa de locação) e um arrendatário ou locatário (cliente, pessoa física ou jurídica), referente ao aluguel de um bem por um prazo determinado. Ao término do contrato, o arrendatário (ou beneficiário, aquele que recebe o bem arrendado para uso) tem a opção de comprar o bem ou devolver ao arrendador. 1 - INTRODUÇÃO 2 – Arrendamento Mercantil (Leasing) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 4 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Antes da Lei nº 11.638/07, os arrendamentos eram classificados como despesas na arrendatária no momento do vencimento das prestações, porque entendia-se que a arrendatária não possuía a propriedade do bem arrendado. Atualmente, atendendo as normas internacionais de contabilidade, bem como ao postulado da primazia da essência sobre a forma, o arrendamento mercantil, dependendo das características, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro. Definições segundo o pronunciamento CPC 06 (R1): A classificação de arrendamentos mercantis baseia-se na extensão em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de ativo arrendado permanecem no arrendador ou no arrendatário. Os riscos incluem as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas condições econômicas. Os benefícios podem ser representados pela expectativa de operações lucrativas durante a vida econômica do ativo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade (na essência, é caracterizado como uma compra e venda a prazo, pois confere ao arrendatário (adquirente) poderes que os torna o “dono” do bem). Neste caso, o bem arrendado deverá ser apresentado no grupo do ativo não circulante (em geral, imobilizado ou intangível) do arrendatário. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade (na essência, é semelhante a uma locação). Neste caso, o arrendatário faz um registro mensal de despesa vinculada ao arrendamento, lançada a contrapartida de disponibilidades (despesa paga) ou exigibilidades (despesa a pagar). Esquematizando: Arrendador é sinônimo de Locador ou Proprietário Arrendatário é sinônimo de Locatário ou Inquilino Arrendamento Mercantil Financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos ebenefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido. Operacional é aquele em que não há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 5 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Vamos praticar futuros Fiscais!!! (CESPE/Contador - TJ - RR/2012) O arrendamento mercantil é classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial de riscos e benefícios inerentes a propriedade. ( ) certo ou ( ) errado. Resolução: A banca inverteu os conceitos, conforme nossa esquematização: Gabarito: errado. No arrendamento mercantil, ao término do contrato, o arrendatário tem a opção de comprar o bem, renovar o contrato ou devolver o bem ao arrendador. O preço de compra é definido na assinatura do contrato e espera Arrendamento Mercantil Financeiro há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Operacional não há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Arrendamento Mercantil Financeiro Benefícios, riscos e controles ficam por com o arrendatário. Operacional Benefícios, riscos e controles ficam por com o arrendador. Arrendamento Mercantil Financeiro O bem deve ser reconhecido no balanço patrimonial do arrendatário como Ativo. Operacional Os pagamentos das prestações devem ser reconhecidos pelo arrendatário como despesa ao longo do exercício. Arrendamento Mercantil Financeiro há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Operacional não há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. 2.1 – Valor Residual Garantido D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 6 de 97 www.exponencialconcursos.com.br que seja suficientemente mais baixo do que o valor justo do bem na data em que a opção pela compra se torne exercível. Segundo o CPC 06 (R1), valor residual garantido é: (a) para um arrendatário, a parte do valor residual que seja garantida por ele ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor máximo que possa, em qualquer caso, tornar-se pagável); e (b) para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de satisfazer as obrigações cobertas pela garantia. Valor residual não garantido é a parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo arrendador não esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada com o arrendador. Se o arrendatário não exercer a opção de compra, é assegurado ao arrendador uma parte do valor residual previamente definido no contrato, o qual chamamos de valor residual garantido. Exemplo: a empresa XYZ adquiriu um veículo por meio de arrendamento mercantil em 30 parcelas de R$ 1.000,00, no qual consta que o valor residual para compra do bem ao final do contrato é R$ 2.500,00. Se o arrendatário não comprar o bem, deverá pagar R$ 1.200,00. 1. Valor residual ou opção de compra = R$ 2.500,00. 2. Valor residual garantido = R$ 1.200,00. Valor residual não garantido = opção de compra – valor residual garantido Valor residual não garantido = 2.500 – 1.200 = R$ 1.300,00. Se a empresa não exercer o seu poder de compra, é assegurado ao arrendador um valor mínimo a ser recebido do arrendatário, que, no exemplo acima, é o valor residual garantido de R$ 1.200,00. A finalidade do valor residual garantido é cobrir os gastos que o arrendador terá para arrendar novamente o bem. No caso de um veículo, por exemplo, pode ser necessário realizar algum conserto, antes de arrendá-lo novamente. O valor residual garantido é um pagamento que deverá ser feito obrigatoriamente pelo arrendatário, conforme previsto no contrato. Valor residual Garantido Ressarcir os gastos que arrendador terá para arrendar novamente o bem. Não garantido é a parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo arrendador não esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada com o arrendador. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 7 de 97 www.exponencialconcursos.com.br (Prof. Feliphe Araújo/Questão inédita/2017) A empresa Aprovados Ltda. adquiriu uma máquina por meio de arrendamento mercantil, com a opção de adquiri-lo, ao final do prazo do contrato, por um valor de R$ 10.000,00. Se o arrendatário não adquirir a máquina, deverá pagar R$ 3.000,00 para o arrendador. Sabendo que no final do arrendamento o valor justo da máquina será de R$ 25.000,00, marque a assertiva correta: a) o valor residual não garantido é 10.000,00. b) o valor residual garantido é 10.000,00. c) o valor residual garantido é 7.000,00. d) o valor residual não garantido é 7.000,00. e) o valor residual não garantido é 3.000,00. Resolução: 1. Opção de compra = R$ 10.000,00. 2. Valor residual garantido = R$ 3.000,00. 3. Valor residual não garantido = opção de compra – valor residual garantido 3. Valor residual não garantido = 10.000 – 3.000 = R$ 7.000,00. Se a arrendatária exercer a opção de compra, não necessitará pagar o valor residual garantido de R$ 3.000,00, porque desembolsará apenas o valor de R$ 10.000,00. Gabarito: Letra D. Já vimos que o bem arrendado no arrendamento mercantil financeiro deverá ser registrado no ativo da arrendatária e, portanto, estará sujeito a depreciação ou amortização e aos testes de recuperabilidade (impairment). Também estudamos que a classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato. O pronunciamento CPC 06 (R1) nos traz exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente a que um arrendamento mercantil fosse classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a 2.2 – Arrendamento Mercantil Financeiro D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 8 de 97 www.exponencialconcursos.com.br opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil,seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. Vejam que a entidade poderá estabelecer um contrato denominado “arrendamento operacional” ou apenas “arrendamento”, mas, se ocorrerem algumas das situações relacionadas nos itens (a) a (e) acima, o registro da operação deverá ser realizado nos moldes do arrendamento financeiro, pois é isso que está ocorrendo na realidade, apesar da “forma” do contrato. O arrendamento financeiro é, na essência, uma operação financeira, do qual surge um ativo para a entidade, em relação ao bem arrendado, em contrapartida a uma obrigação a pagar, decorrente do acordo de arrendamento. Além dos exemplos já citados, o CPC 06 (R1) elenca ainda indicadores de situações que individualmente ou em combinação também podem levar a que um arrendamento seja classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário; (b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil); e (c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado. Os exemplos e indicadores enunciados no CPC 06 (R1) nem sempre são conclusivos. Se for claro com base em outras características que o arrendamento mercantil não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, o arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional. No caso de imóveis, para classificar o leasing como operacional ou financeiro, a entidade deve avaliar individualmente o terreno e a edificação. Como os terrenos, regra geral, possuem vida útil indefinida, o prazo do arrendamento nunca cobrirá a maior parte da vida útil do terreno. Por isso, no D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 9 de 97 www.exponencialconcursos.com.br arrendamento de um edifício, pode ter dois tipos de arrendamentos: operacional para o terreno e financeiro para o edifício. Vamos praticar! (CESPE/Técnico – Banco Amazônia/2012) Uma característica dos terrenos é sua vida útil econômica indefinida. No caso de operações de arrendamento em que se espera que a propriedade passe para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil, normalmente o arrendatário recebe substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade e, nesse caso, o arrendamento mercantil do terreno é um arrendamento mercantil financeiro. ( ) certo ou ( ) errado. Resolução: Acabamos de estudar que, no caso dos terrenos, a classificação mais adequada costuma ser como arrendamento mercantil operacional, em razão da vida útil indefinida. Gabarito: errado. Reconhecimento inicial: no começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil. Portanto, é apropriado que um arrendamento mercantil financeiro seja reconhecido no balanço do arrendatário não só como ativo, mas também como obrigação de efetuar futuros pagamentos do arrendamento mercantil. No começo do prazo do arrendamento mercantil, o ativo e o passivo dos futuros pagamentos do arrendamento mercantil devem ser reconhecidos no balanço pelas mesmas quantias, exceto no caso de quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário que sejam adicionados à quantia reconhecida como ativo. Custos diretos iniciais são frequentemente incorridos em relação às atividades específicas de arrendamento mercantil. Tais custos, como os de negociação e os de garantia de acordos de arrendamento mercantil, se identificados como diretamente atribuíveis às atividades executadas pelo arrendatário para um arrendamento mercantil financeiro, devem ser adicionados ao montante reconhecido como ativo. No caso do Leasing financeiro, o reconhecimento inicial do bem no ativo deve ser o menor dos seguintes valores: 1) valor justo da propriedade arrendada; ou 2) valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. 2.2.1 – Arrendamento Mercantil Financeiro no arrendatário D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 10 de 97 www.exponencialconcursos.com.br A taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento do arrendatário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à quantia reconhecida como ativo. Definições segundo o pronunciamento CPC 06 (R1): 1. Taxa de juros implícita no arrendamento mercantil é a taxa de desconto que, no início do arrendamento mercantil, faz com que o valor presente agregado: a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil; e b) do valor residual não garantido seja igual à soma (i) do valor justo do ativo arrendado e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador. 2. Taxa de juros incremental de financiamento do arrendatário é a taxa de juros que o arrendatário teria de pagar num arrendamento mercantil semelhante ou, se isso não for determinável, a taxa em que, no início do arrendamento mercantil, o arrendatário incorreria ao pedir emprestado por prazo semelhante, e com segurança semelhante, os fundos necessários para comprar o ativo. Portanto, a regra é que os ativos e passivos aumentem no mesmo valor. Exemplo: a empresa “A” adquiriu uma máquina por meio de arrendamento mercantil financeiro da empresa “B”, para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 1.000,00, cujo valor presente é de R$ 30.000,00. Lançamento: D – Máquina (ativo imobilizado) ......................................... 30.000,00 D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) ....................... 6.000,00 C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar (Passivo) ....... 36.000,00 Considerando apenas a operação acima, o balanço patrimonial da empresa “A” ficaria da seguinte maneira: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Não Circulante 30.000,00 Imobilizado Máquina 30.000,00 Passivo Não Circulante 30.000,00 Arrendamento a pagar 36.000,00 (-) Juros a transcorrer (6.000,00) Total do Ativo = R$ 30.000,00 Total do Passivo = 30.000,00 Observem que o ativo aumento em R$ 30.000,00e o passivo também. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 11 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Agora, considerando as mesmas informações do exemplo acima, vamos supor que a empresa A ficou responsável por pagar o frete, no valor de R$ 1.000,00, para transporte da máquina até a sede da empresa. O frete foi pago à vista. Lançamento: D – Máquina (ativo imobilizado) ............... 1.000,00 C – Banco (ativo) ................................... 1.000,00 Portanto, neste caso, a máquina adquirida por meio de arrendamento mercantil financeiro, com o acréscimo do valor do frete, ficará registrada no ativo pelo valor de R$ 31.000,00, sendo que o passivo continuará registado no momento da aquisição pelo valor de R$ 30.000,00. Muito cuidado com a observação acima, pois, em regra, as bancas cobram o valor do ativo aumentando no mesmo valor do passivo. 2.2.1.1 – Reconhecimento inicial a valor presente Na operação de arrendamento mercantil financeiro, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, do ativo e do passivo nos seus balanços por quantias iguais ao valor presente, quando este for inferior ao seu valor justo. Vejamos como isso ocorre na prática. Exemplo: Em 30/12/2013, a empresa Aprovados Ltda. adquiriu uma máquina por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 1.000,00, cujo valor presente é de R$ 30.000,00. Informações adicionais: Valor de mercado da máquina arrendada: R$ 32.000,00. Valor residual a ser pago ao término do arrendamento: R$ R$ 250,00. Pagamento: ao fim de cada mês, a partir de janeiro de 2014. Juros de curto prazo: R$ 1.200,00. Vamos realizar os lançamentos dessa operação. O total dos fluxos de pagamentos futuros é de R$ 36.250,00 (36 x 1.000 + 250). No entanto, como em todo contrato de longo prazo, nestes R$ 36.250,00 estão embutidos juros que irão vencer ao longo do contrato (pelo regime de competência). Se o valor presente é igual a R$ 30.000,00, o valor dos juros futuros é igual a R$ 6.250,00 (36.250 – 30.000). Devemos ainda, no momento da contabilização, comparar o valor presente dos fluxos de pagamentos futuros ao valor justo do veículo. O valor justo da máquina arrendada pela empresa Aprovados Ltda. é de R$ 32.000,00. Assim, ao comparar o valor presente dos fluxos de pagamentos futuros da D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 12 de 97 www.exponencialconcursos.com.br operação de arrendamento de R$ 30.000 ao valor justo do veículo arrendado de R$ 32.000, a empresa deverá optar por registrar como valor do bem, no imobilizado, aquele que for menor, qual seja, o valor presente dos fluxos de pagamentos futuros. 1. Lançamento geral para registro da operação: D – Máquina (ativo imobilizado) ......................................... 30.000,00 D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) ....................... 6.250,00 C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar (Passivo) ...... 36.250,00 2. Registro da operação separando a obrigação entre o passivo circulante e o não circulante: Prestações de Curto Prazo (CP) = 12 x 1.000 = R$ 12.000,00 Prestações de Longo Prazo (LP) = 24 x 1.000 + 250 = R$ 24.250,00 2.1. Lançamento: D – Máquina (ativo imobilizado) ................................................. 30.000,00 D – Juros a transcorrer – CP (Redutora do PC) ............................... 1.200,00 D – Juros a transcorrer – LP (Redutora do PÑC) ............................. 5.050,00 C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar - CP (PC) ............... 12.000,00 C – Arrendamento mercantil financeiro a pagar - LP (PÑC) .............. 24.250,00 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2013 ATIVO PASSIVO Ativo Não Circulante 30.000,00 Imobilizado Máquina 30.000,00 Circulante 10.800,00 Arrendamento a pagar 12.000,00 (-) Juros a transcorrer (1.200,00) Não Circulante 19.200,00 Arrendamento a pagar 24.250,00 (-) Juros a transcorrer (5.050,00) Total do Ativo = R$ 30.000,00 Total do Passivo = 30.000,00 DICA: não há registro de despesa financeira no reconhecimento inicial da operação de arrendamento mercantil. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 13 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Mensuração subsequente: Os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devem ser segregados entre encargo financeiro e redução do passivo em aberto. O encargo financeiro deve ser apropriado a cada período durante o prazo do arrendamento mercantil de forma a produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Os pagamentos contingentes devem ser contabilizados como despesa nos períodos em que são incorridos. Vamos realizar os lançamentos utilizando o mesmo exemplo. 3. Registro da redução do passivo em aberto (ou lançamento do pagamento do principal da prestação). 3.1. Registro do pagamento da primeira prestação: D - Arrendamento mercantil financeiro a pagar - CP (Passivo) C - Caixa ou Bancos ............................... 1.000,00 4. Registro do encargo financeiro: Despesa de juros mensal = taxa efetiva x valor contábil do arrendamento Arrendamento financeiro a pagar R$ 36.250,00 (-) Juros passivos a transcorrer R$ (6.250,00) Valor contábil do arrendamento R$ 30.000,00. Supondo que a taxa de juros seja igual a 0,5% ao mês, a despesa é: Despesa de juros mensal = 0,5% x 30.000 = R$ 150,00. 4.1. Reconhecimento dos juros no primeiro mês: D – Despesas financeiras C – Juros a transcorrer – CP (Redutora do PC) .............. 150,00 A despesa com juros será lançada mensalmente para atender o regime de competência. Assim, dos R$ 1.000,00 pago na primeira prestação, R$ 150,00 referem-se aos juros. O procedimento de pagamento da prestação e reconhecimento mensal dos juros deverá ser feito para os demais meses até o pagamento total do arrendamento. O importante é entender o raciocínio, porque, em regra, as bancas perguntam mais as primeiras prestações e com valores exatos. Já vimos que o ativo obtido por meio de arrendamento mercantil financeiro está sujeito a depreciação, bem como ao teste de recuperabilidade, no arrendatário. O CPC 06 estabelece a regra para depreciação. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 14 de 97 www.exponencialconcursos.com.br O valor depreciável de ativo arrendado deve ser alocado a cada período contábil durante o período de uso esperado em base sistemática consistente com a política de depreciação que o arrendatário adote para os ativos depreciáveis de que seja proprietário. Se houver certeza razoável de que arrendatáriovirá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o período de uso esperado é a vida útil do ativo; caso contrário, o ativo deve ser depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, dos dois o menor. Esquematizando: Resumo dos registros da operação de leasing financeiro no arrendatário Fatos contábeis Registro no arrendatário Aquisição de Ativos através de Arrendamento Mercantil Financeiro D - Bem adquirido D - Juros a transcorrer C - Arrendamento mercantil financeiro a pagar Pagamento das parcelas do arrendamento D - Arrendamento mercantil financeiro a pagar C - Caixa ou Bancos Apropriação das despesas financeiras D - Despesas financeiras C - Juros a transcorrer Depreciação de ativos D - Depreciação C – Depreciação acumulada É hora de praticar futuros Auditores! (FCC/Auditor Fiscal - SEFAZ – PI/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Transportadora adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro. O contrato será pago em 5 parcelas anuais, iguais e consecutivas de R$ 80.000,00, vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do contrato de arrendamento, era R$ 288.000,00 e que, se a Cia. Transportadora tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 300.000,00 (valor justo). A vida útil do caminhão é 5 anos, o valor residual esperado no final deste prazo será zero e a empresa utiliza o método das cotas constantes para cálculo da depreciação. O prazo para depreciação no arrendamento financeiro será a vida útil do ativo, se houver certeza razoável de que arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil será a vida útil do ativo ou o prazo do arrendamento, o que for menor, se não houver certeza razoável de que arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 15 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Com base nestas informações, a Cia. Transportadora reconheceu a) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013. b) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013. c) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013. d) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013. e) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014. Resolução: Do enunciado, obtemos os seguintes dados: Valor presente dos fluxos de pagamento = R$ 288.000,00 Valor justo do caminhão = R$ 300.000,00 Como o ativo deve ser registrado pelo menor valor entre o “valor presente dos fluxos de pagamento” e o “valor justo”, o caminhão deverá ser registrado no ativo por R$ 288.000,00. A obrigação deverá ser registrada pelo montante de R$ 400.000,00 (5 parcelas x 80.000), mas, como se trata de um passivo, necessariamente, ela deverá ser ajustada a valor presente, por meio de conta redutora de Encargos a Transcorrer, a fim de trazer o valor contábil do passivo a valor presente (pois este foi o valor base de registro do bem). Arrendamento mercantil financeiro a pagar ....................... 400.000,00 (-) Valor presente das prestações .................................. (288.000,00) = Juros a transcorrer ..................................................... 112.000,00 Registro do arrendamento mercantil financeiro: D - Veículos – caminhão ............................................... 288.000,00 D - Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) .............. 112.000,00 C - Arrendamento mercantil financeiro a pagar ................ 400.000,00 Balanço patrimonial após o registro das operações: ATIVO PASSIVO Imobilizado Veículos - caminhão 288.000,00 Arrendamento a pagar 400.000,00 (-) Juros a transcorrer (112.000,00) Total do Ativo = R$ 288.000,00 Total do Passivo = 288.000,00 Observem que o valor do passivo aumentou em R$ 288.000,00 e não em R$ 400.000,00. Gabarito: Letra D. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 16 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Método de resolução para o dia da prova: Como não há registro de despesa financeira no reconhecimento inicial da operação de arrendamento mercantil, descartamos as assertivas (A) e (E). Do enunciado, obtemos os seguintes dados: Valor presente dos fluxos de pagamento = R$ 288.000,00 Valor justo do caminhão = R$ 300.000,00 Como o ativo deve ser registrado pelo menor valor entre o “valor presente dos fluxos de pagamento” e o “valor justo”, o caminhão deverá ser registrado no ativo por R$ 288.000,00. Descartamos a letra (B). Na operação de arrendamento mercantil financeiro, o passivo aumentará no mesmo montante do ativo, ou seja, 288.000,00. Descartamos a letra (C). Gabarito: Letra D. Observação: muitos alunos ficam com dúvida na letra E, o qual afirma que a despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014. Muitos entendem que poderiam resolver da seguinte maneira: Depreciação no primeiro ano = 288.000,00 / 5 = R$ 57.600,00 Juros Passivos no ano (Desconto Simples) = 112.000,00 / 5 = R$ 22.400,00 Despesa de 2014 =57.600 + 22.400 = R$ 80.000,00 Assim, a letra E estaria correta. Porém, não temos como afirmar qual a despesa total do período de 2014, pois não temos dados suficientes no enunciado para dizer se foi utilizado os juros simples ou os juros compostos na operação. Além disso, já explicamos que o correto é utilizar o método exponencial (ou juros compostos) para este tipo de operação. O examinador faz isso, justamente, para confundir os candidatos. A despesa de depreciação de 2014 é igual a R$ 57.600,00 (288.000 / 5 anos). Como não temos a taxa de juros da operação, ficamos impossibilitado de encontrar o valor da despesa financeira do período de 2014 relacionado ao arrendamento. Gabarito: Letra D. 2.2.1.2 – Reconhecimento inicial a valor justo Na operação de arrendamento mercantil financeiro, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, do ativo e do passivo nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo, quando este for inferior ao seu valor presente. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 17 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Neste caso, a contrapartida de diminuição de valor atribuído a elemento do Ativo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, será classificada como Ajustes de Avaliação Patrimonial, enquanto não computada no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. A diminuição equivale à diferença entre o valor presente e o valor justo: Ajustes de Avaliação Patrimonial = valor presente – valor justo Vejamos como isso ocorre na prática por meio de uma questão. (FCC/Analista - TRT 6ª/2012) Uma empresa adquiriu um caminhão por meio de arrendamento mercantil financeiro que será pago em 60 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor presente das prestações era de R$ 78.760,54 e a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil era de 1,5% ao mês. O valor justo da máquina arrendadaera de R$ 78.000,00. A empresa reconheceu no momento da aquisição, em reais, um a) ativo de 78.760,54. b) ativo de 78.000,00. c) passivo de 120.000,00. d) passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46. e) ativo de 78.000,00 e uma despesa financeira de 42.000,00. Resolução: 1. Cálculo dos juros a transcorrer: Arrendamento mercantil financeiro a pagar 120.000,00 = 60 prestações x 2.000 (-) Valor presente das prestações ........... (78.760,54) = Juros a transcorrer .............................. 41.239,46 No caso do Leasing financeiro, o reconhecimento inicial do bem no ativo deve ser o menor dos seguintes valores: 1) valor justo da propriedade arrendada; ou 2) valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Valor de registro do caminhão no ativo = R$ 78.000,00. Segundo o § 3º, artigo 182, da Lei das S/A, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 18 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Neste caso, temos que o valor presente de R$ 78.760,54 é superior ao valor justo de R$ 78.000,00, portanto, precisamos ajustar o valor presente ao valor justo. A diferença entre o valor presente e o valor justo de 760,54 será registrada mediante um lançamento devedor na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, no PL da arrendatária. Ajustes de Avaliação Patrimonial = valor presente – valor justo Ajustes de Avaliação Patrimonial = 78.760,54 – 78.000,00 = 760,54 A conta Ajustes de Avaliação Patrimonial (AAP) será apropriada para o resultado do exercício proporcionalmente ao pagamento das prestações do arrendamento mercantil. Registro do arrendamento mercantil financeiro: D - Veículos – caminhão .............................................. 78.000,00 D - Juros a transcorrer (retificadora do Passivo) .............. 41.239,46 D - Ajustes de Avaliação Patrimonial (ret. do PL) ................. 760,54 C - Arrendamento mercantil financeiro a pagar .............. 120.000,00 Balanço patrimonial após o registro das operações: ATIVO PASSIVO Imobilizado Veículos - caminhão 78.000,00 PC + PÑC Arrendamento a pagar 120.000,00 (-) Juros a transcorrer (41.239,46) PL (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial (760,54) Total do Ativo = R$ 78.000,00 Total do Passivo = 78.000,00 Gabarito: Letra B. Como a nossa finalidade é o aprendizado, resolvi o exercício de modo detalhado para o bom entendimento do assunto. Porém, no dia da prova, não podemos perder tempo. Por isso, vocês devem fazer pelo método TURBO, rsrs. Método de resolução para o dia da prova: Como não há registro de despesa financeira no reconhecimento inicial da operação de arrendamento mercantil, descartamos as assertivas (D) e (E). Do enunciado, obtemos os seguintes dados: Valor presente dos fluxos de pagamento = R$ 78.760,54 Valor justo do caminhão = R$ 78.000,00 D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 19 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Como o ativo deve ser registrado pelo menor valor entre o “valor presente dos fluxos de pagamento” e o “valor justo”, o caminhão deverá ser registrado no ativo por R$ 78.000,00. Descartamos a letra (A). Na operação de arrendamento mercantil financeiro, quando não há custos diretos iniciais do arrendatário que sejam adicionados à quantia reconhecida como ativo, o passivo aumentará no mesmo montante do ativo, ou seja, 78.000,00. Descartamos a letra (C). Observem que a banca, com o intuito de levá-lo ao erro, sempre coloca o valor do passivo coincidente com o valor do arrendamento a pagar. Porém, você, aluno e aluna do nosso curso, sabe que devemos considerar o valor dos encargos a transcorrer (retificadora do passivo) para determinação do valor total do passivo. Gabarito: Letra B. Reconhecimento inicial: Os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento mercantil financeiro nos seus balanços e apresentá- los como conta a receber por valor igual ao investimento líquido no arrendamento mercantil. Exemplo: em 30/12/2013, a empresa Sortudos Ltda. vendeu um veículo por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em 36 prestações mensais de R$ 1.000,00, cujo valor presente é de R$ 30.000,00. 1. Registro da venda no arrendador: D – Arrendamento mercantil financeiro a receber (conta a receber - ativo) C – Vendas (resultado) ......................... 36.000,00 = 36 prestações x 1.000 D – Ajustes a Valor Presente de Vendas (resultado) C – Receita financeira a transcorrer (retificadora do ativo) ........... 6.000,00 AMF a Receber (1) 36.000,00 Vendas 36.000,00 (1) Ajuste a Valor Presente de Vendas (1) 6.000,00 Receita Financeira a Transcorrer 6.000,00 (1) 2.2.2 – Arrendamento Mercantil Financeiro no arrendador D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 20 de 97 www.exponencialconcursos.com.br 2. Apuração do Lucro líquido ao final de período e transferência para a conta lucros acumulados: Vendas (2) 36.000,00 36.000,00 (1) AVP de Vendas (1) 6.000,00 6.000,00 (3) Apuração do Resultado (3) 6.000,00 36.000,00 (2) (4) 30.000,00 30.000,00 Lucros Acumulados 30.000,00 (4) Balanço Patrimonial do Arrendador em 31/12/2013: ATIVO PASSIVO AMF a Receber......................36.000,00 (-) Rec. Finan. a Transcorrer (6.000,00) Patrimônio Líquido Lucros Acumulados ............. 30.000,00 Total do Ativo = R$ 30.000,00 Total do Passivo = 30.000,00 DICA 1: não há registro pelo ARRENDADOR de receita financeira no reconhecimento inicial da operação de arrendamento mercantil financeiro. DICA 2: tanto a conta juros a transcorrer no arrendatário como Receitas Financeiras a Transcorrer no arrendador serão apropriadas para o resultado do exercício proporcionalmente ao tempo transcorrido. DICA 3: O Ajuste a Valor Presente de Vendas é uma conta redutora das Vendas, pois a receita de juros no valor de R$ 6.000,00 pertence ao período de 36 meses, devendo ser apropriada proporcionalmente ao tempo transcorrido e não integralmente no ato da venda. Mensuração subsequente: O reconhecimento da receita financeira deve basear-se no padrão que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido do arrendador no arrendamento mercantil financeiro. 1. Apropriação da receita de acordo com o regime de competência: Receita Financeira a Transcorrer (retificadora do ativo) a Receita Financeira (resultado) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: ContabilidadeGeral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 21 de 97 www.exponencialconcursos.com.br 2. Recebimento de prestação do arrendamento: Caixa ou Bancos a Arrendamento Mercantil Financeiro a Receber A receita de vendas reconhecida no começo do prazo do arrendamento mercantil por arrendador fabricante ou comerciante é o valor justo do ativo, ou, se inferior, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devidos ao arrendador, calculado a uma taxa de juros do mercado. Esquematizando: Resumo dos registros da operação de leasing financeiro no ARRENDADOR Fatos contábeis Registro no ARRENDADOR Alienação de Ativos por meio de Arrendamento Financeiro D - Arrendamento mercantil financeiro a receber D - Ajuste a Valor Presente de Vendas C - Receitas Financeiras a Transcorrer C - Vendas Recebimento das parcelas do arrendamento D - Caixa ou Bancos C - Arrendamento mercantil financeiro a receber Apropriação das receitas financeiras D - Receitas Financeiras a transcorrer C - Receitas financeiras Assim, no caso do Leasing financeiro, seja no arrendador ou no arrendatário, o reconhecimento inicial do bem no ativo deve ser o menor dos seguintes valores: 1) valor justo da propriedade arrendada; ou 2) valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade (na essência, é semelhante a uma locação). Neste caso, o arrendatário faz um registro mensal de despesa vinculada ao arrendamento, lançada a contrapartida de disponibilidades (despesa paga) ou exigibilidades (despesa a pagar). 2.3 – Arrendamento Mercantil Operacional D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 22 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Para os arrendamentos mercantis operacionais, os pagamentos da prestação (excluindo os custos de serviços tais como seguro e manutenção) devem ser reconhecidos como despesa na base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, salvo se outra base sistemática for representativa do padrão temporal do benefício do usuário, mesmo que tais pagamentos não sejam feitos nessa base. Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional de uma máquina pelo prazo de três anos, pagando o valor de 250 reais por mês. Lançamento mensal durante os três anos: D - Despesa de arrendamento C - Caixa ou Bancos ........................ 250,00 Os arrendadores devem apresentar os ativos sujeitos a arrendamentos mercantis operacionais nos seus balanços de acordo com a natureza do ativo. Como os riscos e benefícios relacionados ao bem não são transferidos, o ativo arrendado fica sujeito às despesas de depreciação e ao teste de impairment nas demonstrações do arrendador. A receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis operacionais deve ser reconhecida no resultado na base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do padrão temporal em que o benefício do uso do ativo arrendado é diminuído. Registro mensal da receita de arrendamento operacional no arrendador: D - Caixa ou Contas a Receber C - Receita de Arrendamento Mercantil Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido. 2.3.1 – Arrendamento Mercantil Operacional no arrendatário 2.3.2 – Arrendamento Mercantil Operacional no arrendador 2.4 – Transação de Venda e Leaseback D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 23 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Exemplo de leaseback: A empresa Aprovados vende uma máquina XYZ para a empresa Sortudos. A empresa Sortudos aluga, por meio de um arrendamento mercantil, a mesma máquina XYZ para a empresa Aprovados. Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do valor contábil não deve ser imediatamente reconhecido como receita por um vendedor-arrendatário. Em vez disso, tal valor deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo como garantia. Por essa razão, não é apropriado considerar como receita um excedente do preço de venda obtido sobre o valor contábil. Tal excedente deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. possuía um veículo cujo valor contábil era de R$ 10.000,00. A Sortudos S/A adquiriu, por R$ 12.000,00, o veículo da Aprovados Ltda. por meio de um leaseback, que resultou em um arrendamento financeiro de 40 meses. Resolução de acordo com o que foi estudado. Excesso de receita de venda = Venda – Valor Contábil Excesso de receita de venda = 12.000 – 10.000 = 2.000,00 Vimos que o excesso de receita de venda em uma operação de leaseback, quando resultar em um arrendamento financeiro, não deve ser reconhecido como receita pelo vendedor, mas como Receita a Apropriar, retificadora de Contas a Receber. 1. Registro da operação de venda pela empresa Aprovados Ltda.: D – Contas a Receber (Ativo) ...................................12.000,00 C – Receitas a Apropriar (Retificadora do Ativo) ...........2.000,00 C – Veículos (Ativo Imobilizado) ...............................10.000,00 As receitas a apropriar serão apropriadas no resultado pelo valor de R$ 50,00 (2.000/40) por mês. 2. Registro da apropriação mensal das receitas: D – Receitas a Apropriar C – Receitas de Arrendamento Financeiro.....................50,00 2.4.1 – Arrendamento Financeiro resultante de um Leaseback D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 24 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil operacional, e se estiver claro que a transação é estabelecida pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido. Se o leaseback for um arrendamento mercantil operacional, e os pagamentos do arrendamento mercantil e o preço de venda estiverem estabelecidos pelo valor justo, na verdade houve uma transação de venda normal, e qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido. Exemplo: Uma máquina com valor contábil de R$ 10.000,00 é vendida pelo valor justo de R$ 12.000,00 mediante uma operação envolvendoleaseback que resulta em arrendamento operacional. Observem que o preço de venda é igual ao valor justo. Portanto, o lucro deve ser reconhecido imediatamente no resultado da empresa vendedora. 1. Lançamento da operação de venda pelo arrendador: D – Contas a Receber...................................12.000,00 C – Máquinas..............................................10.000,00 C – Lucro de Arrendamento Operacional...........2.000,00 Se o preço de venda estiver abaixo do valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido, exceto se o prejuízo for compensado por futuros pagamentos do arrendamento mercantil a preço inferior ao de mercado, situação em que esse prejuízo deve ser diferido e amortizado proporcionalmente aos pagamentos do arrendamento mercantil durante o período pelo qual se espera que o ativo seja usado. Se o preço de venda estiver acima do valor justo, o excedente sobre o valor justo deve ser diferido e amortizado durante o período pelo qual se espera que o ativo seja usado. Exemplo: Uma máquina com valor contábil de R$ 10.000,00 é vendida pelo valor de R$ 15.000,00 mediante uma operação envolvendo leaseback que resulta em arrendamento operacional. O valor justo da máquina é igual a R$ 12.000,00. Como a transação de leaseback resultou em um arrendamento operacional e o preço de venda de R$ 15.000,00 não corresponde ao valor justo de R$ 12.000,00, o excedente sobre o valor justo de R$ 3.000,00 (15.000 – 12.000) deve ser diferido e amortizado durante o período pelo qual se espera que o ativo seja usado. 1. Receitas a Apropriar = Valor de Venda – Valor Justo Receitas a Apropriar = 15.000 – 12.000 = R$ 3.000,00. 2.4.1 – Arrendamento Operacional resultante de um Leaseback D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 25 de 97 www.exponencialconcursos.com.br 2. Lucro = Valor Justo – Valor Contábil = 12.000 – 10.000 = R$ 2.000,00. 3. Lançamento da operação de venda pelo arrendador: D – Contas a Receber.......................................15.000,00 C – Máquinas..................................................10.000,00 C – Receitas a Apropriar.....................................3.000,00 C – Lucro de Arrendamento Operacional...............2.000,00 Esquematizando: Resumo dos registros da operação de LEASEBACK Arrendamento Mercantil Registro inicial pelo Vendedor - Arrendatário Financeiro (excesso de receita obtido acima do valor contábil deve ser reconhecido como Receita a Apropriar) D – Contas a Receber (Ativo) C – Receitas a Apropriar (Retificadora do Ativo) C – Veículos (Ativo Imobilizado) Operacional (Preço de venda igual ao valor justo) D – Contas a Receber C – Máquinas C – Lucro de Arrendamento Operacional Operacional (Preço de venda acima do valor justo) D - Contas a Receber C - Máquinas C - Receitas a Apropriar (Preço de Venda – Valor Justo) C – Lucro de Arrendamento (valor Justo – Valor Contábil) Esse assunto é tratado no Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer a contabilização de ativos não circulantes mantidos para venda (colocados à venda) e a apresentação e a divulgação de operações descontinuadas. Em particular, o Pronunciamento exige que os ativos que satisfazem aos critérios de classificação como mantidos para venda sejam: (a) mensurados pelo menor entre o valor contábil até então registrado e o valor justo menos as despesas de venda, e que a depreciação ou a amortização desses ativos cesse; (b) apresentados separadamente no balanço patrimonial e que os resultados das operações descontinuadas sejam apresentados separadamente na demonstração do resultado. 3 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 26 de 97 www.exponencialconcursos.com.br A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo. Ou seja, em vez do ativo ser utilizado para geração de caixa, nas atividades operacionais da companhia, a empresa opta por se desfazer dele, recuperando seu valor contábil por meio da venda. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável. Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação e as ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado, com exceção de acontecimentos ou circunstâncias fora do controle da entidade e se houver evidência suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de venda do ativo. A classificação, a apresentação e a mensuração requeridas neste Pronunciamento Técnico aplicáveis a ativo não circulante (ou grupo de ativos) classificado como mantido para venda também se aplicam a ativo não circulante (ou grupo de ativos) que seja classificado como destinado a ser distribuído aos sócios na sua condição de proprietários (mantido para distribuição aos proprietários). O ativo não circulante (ou grupo de ativos) é classificado como mantido para distribuição aos sócios quando a entidade está comprometida para distribuir esse ativo (ou grupo de ativos) aos proprietários. Para isso é necessário que os ativos estejam disponíveis para imediata distribuição na sua condição atual e que a distribuição seja altamente provável. Para essa distribuição ser altamente provável, ações para completar a distribuição devem já ter sido iniciadas e deve estar presente a expectativa de serem completadas dentro de um ano a partir da classificação. Esquematizando: 3.1 – Ativo não circulante mantido para venda D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 27 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Os ativos mantidos para distribuição aos sócios seguem as mesmas regras dos ativos mantidos para venda. Porém, não devem ser considerados como ativos não circulantes mantidos para venda aqueles ativos que estiverem destinados a serem baixados, pois a recuperação de seu valor contábil dar-se-á principalmente pelo seu uso contínuo (item 13, CPC 31). A entidade não deve contabilizaro ativo não circulante que tenha sido temporariamente retirado de serviço como se tivesse sido baixado. É hora de praticar futuros Auditores!!! (Prof. Feliphe Araújo/Questão inédita/2017) Julgue os itens abaixo acerca do conceito de ativo não circulante mantido para venda e assinale a alternativa correta. I - Para ser enquadrado como um Ativo Não Circulante Mantido para Venda é indispensável a intenção da entidade em colocar, imediatamente, o ativo à venda em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. II - Quando um ativo for classificado com mantido para venda, espera-se que a venda se qualifique como concluída em até dois anos a partir da data da classificação III – Ativos não circulantes que estiverem destinados a serem baixados não devem ser classificados como mantidos para venda, pois a recuperação de seu valor contábil dar-se-á principalmente pelo seu uso contínuo. Está correto o que consta em a) I, apenas. b) II, apenas. Ativo Não Circulante Mantido para Venda o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo; deve estar disponível para venda imediata; sua venda deve ser altamente provável; preço de venda deve ser razoável em relação ao valor justo corrente do ativo; deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação; D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 28 de 97 www.exponencialconcursos.com.br c) I e II, apenas. d) I e III, apenas. e) II e III, apenas. Resolução: Analisando cada assertivas, temos que: I. correta. Acabamos de estudar que o ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável. II. incorreta. Quando um ativo for classificado com mantido para venda, espera- se que a venda se qualifique como concluída em até dois um ano a partir da data da classificação III. correta. Vimos que, de acordo com o item 13 do CPC 31, não devem ser considerados como ativos não circulantes mantidos para venda aqueles ativos que estiverem destinados a serem baixados, pois a recuperação de seu valor contábil dar-se-á principalmente pelo seu uso contínuo. Portanto, os itens I e III estão corretos, conforme CPC 31. Gabarito: Letra D. Segundo o CPC 31, a entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado como mantido para venda pelo MENOR entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda. A entidade deve mensurar o ativo não circulante (ou grupo de ativos) mantido para distribuição aos sócios pelo menor entre seu valor contábil e seu valor justo diminuído das despesas de distribuição (*). (*) Despesas de distribuição são as despesas incrementais diretamente atribuíveis à distribuição, excluídos as financeiras e os tributos sobre o lucro. Exemplo: Em 01/01/2013, a empresa decide vender um veículo por R$ 30.000,00. Nesta data, o valor justo do veículo era de R$ 100.000,00 e a empresa estimava despesas de vendas de R$ 25.000,00. Sabendo que o valor contábil do veículo é igual a R$ 60.000,00, qual o montante deve ser reconhecido como ativo não circulante mantido para venda? Resposta: de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo não Circulante mantido para Venda e Operação Descontinuada, a entidade deve mensurar o ativo ou o grupo de ativos não circulantes classificado como mantido 3.1.1 – Mensuração de ativo não circulante mantido para venda D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 29 de 97 www.exponencialconcursos.com.br para venda pelo MENOR entre o seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda. Valor contábil do veículo = R$ 60.000,00 Valor Justo menos as despesas de venda = R$ 75.000,00 (100.000 – 25.000). Assim, de acordo com o CPC 31, o veículo deve ser reconhecido, no grupo dos Ativos não Circulantes mantidos para Venda, por R$ 60.000,00. Continuando a nossa aula. A entidade deve reconhecer, nos termos do Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, a perda por redução ao valor recuperável relativamente a qualquer redução inicial ou posterior do ativo ou do grupo de ativo mantido para venda ao valor justo menos as despesas de venda, além de qualquer outra perda que tenha sido reconhecida. A entidade deve reconhecer o ganho para qualquer aumento posterior no valor justo menos as despesas de venda de um ativo, limitado à perda por redução ao valor recuperável acumulada que tenha sido reconhecida. A entidade não deve depreciar (ou amortizar) o ativo não circulante enquanto estiver classificado como mantido para venda ou enquanto fizer parte de grupo de ativos classificado como mantido para venda. Os juros e os outros gastos atribuíveis aos passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem continuar a ser reconhecidos. Esquematizando: A entidade deve apresentar o ativo não circulante classificado como mantido para venda separadamente dos outros ativos no balanço patrimonial. Os passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem ser apresentados separadamente dos outros passivos no balanço patrimonial. Esses ativos e passivos não devem ser compensados nem apresentados em um único montante. As principais classes de ativos e passivos classificados como mantidos para venda devem ser divulgadas separadamente no balanço patrimonial ou nas notas explicativas. Ativo Não Circulante Mantidos para Venda deve ser mensurado pelo menor valor entre o valor contábil e valor justo menos as despesas de venda não devem ser depreciados ou amortizados está sujeito ao teste de recuperabilidade 3.1.2 – Apresentação de ativo não circulante mantido para venda D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 30 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Em regra, o ativo não circulante mantido para venda é um item do patrimônio classificado como investimento, imobilizado ou intangível que, em decorrência da mudança de destinação, deve ser reclassificado para o ativo circulante, como ativo não circulante mantido para venda. A entidade deve apresentar separadamente qualquer receita ou despesa acumulada reconhecida diretamente no patrimônio líquido (outros resultados abrangentes) relacionada a um ativo não circulante ou a um grupo de ativos classificado como mantido para venda. A entidade não deve reclassificar ou reapresentar montantes divulgados de ativos não circulantes ou de ativos e passivos de grupos de ativos classificados como mantidos para venda nos balanços de períodos anteriores para refletir a classificação no balanço do último período apresentado. Esquematizando: Vamospraticar futuros Auditores!!! (CESPE/Contador – MJ/2013) Com relação aos critérios estabelecidos pela legislação societária em relação à classificação de itens no balanço patrimonial de uma sociedade anônima, julgue os próximos itens. Se forem colocados à venda, os bens imóveis que estiverem sendo utilizados na manutenção das atividades da empresa deverão ser transferidos de imobilizado para investimentos, no ativo não circulante. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: Ativo Não Circulante Mantido para Venda deve ser apresentado separadamente dos outros ativos no balanço patrimonial; classificado no ativo circulante, como ativo não circulante mantido para venda; Os passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda também devem ser apresentados separadamente; Esses ativos e passivos não devem ser compensados nem apresentados em um único montante; As principais classes de ativos e passivos classificados como mantidos para venda devem ser divulgadas separadamente no balanço patrimonial ou nas notas explicativas. ; D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 31 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Os bens do ativo imobilizado, quando colocados à venda, devem ser transferidos para o ativo circulante, conta ativo não circulante mantido para venda. Estes bens devem estar disponíveis para venda imediata nas condições atuais. Portanto, se forem colocados à venda, os bens imóveis que estiverem sendo utilizados na manutenção das atividades da empresa deverão ser transferidos de imobilizado para ativo circulante, na conta ativo não circulante mantido para venda. Gabarito: Errado. Conforme CPC 31, operação descontinuada é um componente da entidade que tenha sido baixado ou esteja classificado como mantido para venda e: (a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; (b) é parte integrante de um único plano coordenado para vender uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou (c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo de revenda. Vamos entender a diferença entra “ativo não circulante mantido para venda” e “operações descontinuadas”. No primeiro caso, a empresa pode alienar alguns ativos e substituir por outros novos. Não afeta a sua operação. Por exemplo, uma indústria decide vender, digamos, uma parte de suas máquinas que serão substituídos por novas máquinas. Nesse caso, trata-se se ativo não circulante mantido para venda. No caso das operações descontinuadas, a empresa decide vender uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações. Por exemplo, uma indústria decide não operar mais na região Nordeste. Por conta dessa decisão, coloca toda a sua fábrica à venda, incluindo imóveis e maquinários, os quais não serão substituídos. Nesse caso, há uma operação descontinuada. Como a operação descontinuada representa uma unidade geradora de caixa (ou grupo de unidades) que a entidade deixará de possuir no futuro em razão de sua venda, é necessário que a empresa evidencie na demonstração de resultados o impacto que isso trará sobre o seu lucro. Por isso, o CPC exige que a entidade evidencie o lucro originado nas atividades contínuas e naquelas que serão descontinuadas pela companhia. Deste modo, a companhia deve evidenciar (item 33, CPC 31): (a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo: 3.2 – Operação Descontinuada D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 32 de 97 www.exponencialconcursos.com.br (i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e (ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos (s) mantidos para venda que constituam a operação descontinuada. CPC_31 9 (b) análise da quantia única referida na alínea (a) com: (i) as receitas, as despesas e o resultado antes dos tributos das operações descontinuadas; (ii) as despesas com os tributos sobre o lucro relacionadas conforme exigido pelo item 81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro; (iii) os ganhos ou as perdas reconhecidas na mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na alienação de ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda que constitua a operação descontinuada; e (iv) as despesas de imposto de renda relacionadas conforme exigido pelo item 81(h) do Pronunciamento Técnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucro. A análise pode ser apresentada nas notas explicativas ou na demonstração do resultado. Se for na demonstração do resultado, deve ser apresentada em seção identificada e que esteja relacionada com as operações descontinuadas, isto é, separadamente das operações em continuidade. A análise não é exigida para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam os critérios de classificação como destinadas à venda no momento da aquisição. (c) os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinuadas. Essas evidenciações podem ser apresentadas nas notas explicativas ou nos quadros das demonstrações contábeis. Essas evidenciações não são exigidas para grupos de ativos mantidos para venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam os critérios de classificação como destinadas à venda no momento da aquisição (ver item 11); (d) o montante do resultado das operações continuadas e o das operações descontinuadas atribuível aos acionistas controladores. Essa evidenciação pode ser apresentada alternativamente em notas explicativas que tratam do resultado. Qualquer ganho ou perda relativa à remensuração de ativo não circulante classificado como mantido para venda que não satisfaça à definição de operação descontinuada deve ser incluído nos resultados das operações em continuidade. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 12 Prof. Feliphe Araújo 33 de 97 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, a entidade deverá classificar a sua DRE em dois grandes grupos: de Operações em Continuidade e de Operações Descontinuadas. Nas operações em continuidade, a companhia irá apresentar a DRE em sua estrutura padrão, conforme estudamos em aula anterior. Nas operações descontinuadas (após o Lucro das operações em continuidade) a companhia irá evidenciar, de maneira sintética, o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas. O Pronunciamento CPC 31 exige que a entidade divulgue um valor único na demonstração do resultado para operações descontinuadas com uma análise nas notas explicativas ou em uma seção da demonstração do resultado das operações em continuidade. O exemplo a seguir ilustra como esses requisitos podem ser cumpridos. GRUPO XYZ – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 20X2 (Em milhares de $) 20X2 20X1
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