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U1S4- Campo de atuação

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as equipes de saúde da família desenvolvem seu trabalho vinculadas ao território e às famílias 
adscritas. Vamos primeiro entender o conceito e termos relacionados ao território. 
Território 
pode ser conceituado como: 
 • Espaço geográfico, que possui limites 
físicos fixos, relacionados ao 
solo, geopolíticos, usados na divisão política 
administrativa, delimitados por áreas para 
facilitar o planejamento de ações. 
 • Espaço geográfico relacionado não 
apenas ao limite físico, mas a questões 
administrativas, políticas, pois o território 
não é ocupado socialmente de forma 
homogênea, em sua ocupação há fatores 
históricos e /ou determinantes que 
influenciam, o que faz com que determin
adas áreas sejam mais densamente 
povoadas, muitas vezes envolvendo questões 
de poder e conflitos, econômicas e 
culturais, de maneira que este espaço 
é dinâmico, varia com as características 
culturais, do desenvolvimento social e 
econômico e dos interesses políticos. 
 
 Território enquanto distrito, como 
delimitação político-administrativa. 
 Território definido como 
área, fazendo referência à delimitação da 
área de abrangência de uma unidade de 
atenção básica. 
 Território como microárea: demarcação 
de espaço que apresente populações e 
 
 
condições socioeconômicas e sanitárias 
homogêneas, sob responsabilidade de uma 
equipe de saúde da família. 
 Território-moradia: como lugar de 
residência da família. 
 Adscrição: termo utilizado para descrever 
o território sob responsabilidade da equipe 
de saúde da família. 
 Adscrita: termo usado para mencionar as 
famílias e população que estão vinculadas ou 
sob responsabilidade das equipes de 
Estratégia de Saúde da Família. 
 Como definido, os 
territórios possuem características própria
s, de acordo a disponibilidade de serviços 
(escolas, comércio, transporte, coleta de lixo) 
e a interação da população com os mesmos. 
 É muito importante entendermos estas 
definições, uma vez que é neste espaço que 
as equipes de saúde atuam. 
 
 Território é o espaço geográfico onde as 
famílias moram, trabalham, e que possui 
características próprias, segundo a 
população, a ocupação, o modo de viver e 
adoecer, dos serviços existentes, dos 
recursos tecnológicos, políticos e 
administrativos e, portanto, se modificam 
Campo de atuação Campo de atuação 
 
 
 
continuamente. E ainda é considerado como 
a menor unidade espacial do sistema de 
saúde, que corresponde à área de 
abrangência das famílias adscritas de cada 
unidade básica, espaço e campo de atuação 
das equipes de saúde. 
 
 Tendo o território como campo de 
atuação, as equipes de saúde da família 
devem conhecer e caracterizar as famílias, 
suas necessidades, os serviços disponíveis e 
reconhecer os problemas existentes 
(exemplo: presença de esgoto 
a céu aberto, acúmulo de lixo, violência, 
risco de desmoronamento, entre outro) e
m suas microáreas, ou seja, cada equipe de 
saúde irá conhecer as características e 
necessidades da população e do território sob 
sua responsabilidade, identificando 
problemas e condições que interfiram na 
saúde das famílias que ali vivem, 
tornando-as vulneráveis a riscos. Este 
processo de reconhecimento, de apropriação 
e de vinculação com o 
território, de desenvolvimento do 
compromisso e responsabilidade com os 
indivíduos e famílias é denominado 
de territorialização. 
 
 A territorialização é uma das 
ferramentas básicas de trabalho da equipe de 
saúde da família, pois por meio desta é 
realizada a vigilância em saúde e o 
planejamento de ações e intervenções no 
território. Podemos sintetizar que no 
processo de territorialização são realizadas as 
tarefas de: 
1. Delimitação das áreas de atuação dos 
serviços, onde são estabelecidos os 
acessos a ações e serviços de saúde locais e 
o referenciamento para outros serviços da 
rede. 
2. Reconhecimento da população, sua 
dinâmica social, infraestrutura, acesso da 
população com os serviços e com o 
ambiente. 
3. Identificação da situação de saúde no 
território, da presença de vulnerabilidades. 
 
 Vulnerabilidade pode ser conceituada 
como condições, presença de fatores, 
contextos sociais e ambientais que colocam 
os indivíduos e famílias suscetíveis a agravos 
e adoecimentos. 
 
 
1. Mapear o território, no qual são utilizados 
os mapas do município e da área, são 
mapeadas as ocupações, segundo 
levantamentos de dados sobre a população, 
desenvolvimento social, econômico e 
epidemiológico. Atualmente, tem-se 
utilizado como ferramenta auxiliar o Google 
Earth. 
2. Delimitar o território, para tal são 
observados a relação entre a quantidade de 
habitantes e a extensão do território, os 
fatores econômicos (renda, modos de 
produção), políticos, sociais e culturais, a 
infraestrutura (serviços presentes como 
escolas, creches, transporte, coleta de lixo, 
comércio, banco, entre outros), presença de 
risco ambiental e serviços de saúde 
 
 
existentes, considerando o acesso da 
população aos serviços. 
3. Delimitar áreas e localizações no 
mapa, para efetuar a divisão de equipes 
de saúde da família são considerados e l
ocalizados no mapa, 
• Os serviços de saúde 
existentes: (Unidades de 
Atenção Básica, Unidade de 
pronto atendimento, unidades 
especializadas, hospitais 
públicos e privados, entre 
outros), 
• Serviços existentes: (escolas, 
creches, associações, 
organizações, centros 
de referência de assistência 
social, áreas de esporte e lazer 
(praças, quadras, parques), 
• Áreas de risco 
ambiental: (depósito de lixo, 
áreas com risco de inundação, 
desmoronamento, córregos, 
fontes de poluentes (indústrias, 
existência de rejeitos industriais, 
uso de agrotóxico em 
plantações, entre outros), 
• Áreas de invasões ou 
acampamentos: (aglomerações 
como cortiços, favelas, entre 
outros); 
• Rurais: (distância do centro e 
acesso a serviços de saúde). 
• Marcar ruas, vias, ferrovias de 
maior acesso, localização de 
pontos de acesso a 
transportes públicos. Caracteri
zar domicílios, registrando o 
número de domicílios de acor
do com existência de abasteci
mento de água (por rede 
pública, poço ou outro, conforme 
o tratamento da água no 
domicílio, fervura, cloração ou 
sem tratamento), presença de 
sistema de esgoto, ou fossa, 
esgoto a céu aberto, presença de 
energia elétrica, coleta de lixo, ou 
este é queimado ou qual o 
destino dado ao mesmo. 
 4. Delinear o perfil da população, realizado o 
levantamento da população total, 
segundo sexo, faixa de idade, número 
de moradores com plano de 
saúde, usuários do SUS, quantos são 
analfabetos, quantidade de famílias em 
situação de risco. 
5. Delinear o perfil da Unidade Básica 
de Saúde, sua localização, sua história no 
território, número de profissionais por 
categoria vinculados a ela, de equipes de 
saúde da família, de agentes comunitários, 
horário de funcionamento e acesso, 
considerando transporte e tipo de terreno. 
 Exemplificando 
Para classificar a situação de risco das famílias, as equipes da ESF devem considerar os dados 
existentes na Ficha A (preenchida no cadastramento das famílias), a qual contém: 
 
 
• informações sobre as condições de moradia (baixas condições de saneamento), 
• número de moradores, 
• presença de moradores acamados, 
• com algum tipo de deficiência, 
• hipertensão arterial e diabetes mellitus, 
• hanseníase e tuberculose, 
• desnutrição, 
• desnutrição, 
• dependência química, 
• maiores de setenta anos, 
• menores de seis meses, entre outros. 
 
 Nesta avaliação de risco é utilizada uma 
escalade classificação de risco, que pontua 
de zero a três o risco familiar. Estes dados de 
risco e vulnerabilidade familiar são muito 
importantes para as equipes de saúde da 
família, pois por meio desta é feita a 
programação das visitas domiciliares e a 
seleção de prioridade de famílias a serem 
visitadas. 
 A dinâmica populacional, a vulnerabilidade 
das famílias e do território se modifica no dia 
a dia, por isso, as visitas no território para o 
mapeamento e análise 
de situação da saúde e vulnerabilidades 
devem ser frequentes e incorporadas no 
processo de trabalho do Agente Comunitário 
de Saúde (ACS). 
 A análise da vulnerabilidade do território 
é realizada pela identificação da presença de 
barreiras de acesso (distância, dificuldade no 
acesso), existência de indústria ou atividades 
que possam poluir ou contaminar, ar, água ou 
solo, áreas sob domínio do tráfico, com 
presença de conflitos, violência, 
riscos ambientais, tais como: risco de 
enchente e soterramento). 
 A análise da situação de saúde e 
vulnerabilidade deve ser constante e é d
e fundamental importância para assegurar 
um planejamento adequado e efetivo nas 
ações de saúde no território. Vale 
ressaltar, que no reconhecimento do 
território, além das vulnerabilidades, deve 
se identificar potencialidades, como, áreas 
e/ou organizações que possam ser parceiras 
no desenvolvimento de atividades e /ou 
ações no território. 
 
 QUESTÕES 
1. Assinale a alternativa que melhor define o conceito de território utilizado pela Estratégia Saúde 
da Família: 
 
 
 
1. Espaço geográfico com limites físicos fixos e imutáveis. 
2. Espaço geográfico com características próprias e que se modificam com a dinamicidade da 
população e do contexto sócio-político-econômico e cultural no qual está inserido. 
3. Corresponde à área de abrangência das famílias adscritas de cada unidade básica, espaço e 
campo de atuação das equipes de saúde. 
a) A 1 está correta. 
b) A 2 está correta. 
c) A 3 está correta. 
d) A 2 e 3 estão corretas. 
e) Todas estão corretas. 
 
2. Assinale a sequência correta com V para Verdadeiro e F para Falso. Qual(is) 
afirmação(ões) tem (têm) relação com a territorialização realizada pela Equipe de 
Saúde da Família? 
 
( ) Por meio desta é realizado o reconhecimento das necessidades e vulnerabilidades 
do território. 
( ) Por meio desta é realizado o mapeamento e delimitação de territórios. 
( ) Por meio desta é realizada a demarcação político-administrativa para planejamento 
de políticas públicas. 
a) V, V, V. 
b) V, F, V. 
c) V, V, F. 
d) F, F, V. 
e) V, F, F. 
 
3. Relacione as colunas, segundo os termos e conceitos: 
I. Território moradia 
II. Território distrito 
III. Território adscrito 
IV. Território área 
V. Território microárea 
 
A. Delimitação político-administrativa. 
B. Sob responsabilidade de equipes de saúde da família. 
C. Local de residência de famílias. 
D. Espaço com condições sanitárias e populações homogêneas. 
E. Delimitação da área de abrangência de uma unidade básica. 
 
a) ( ) IC, IIA, IIIB, IVE, VD. 
b) ( ) IA, IIC, IIIE, IVD, VE. 
c) ( ) IC, IIE, IIIB, IVD, VA. 
d) ( ) IC, IID, IIIA, IVB, VD. 
e) ( ) IB, IIE, IIID, IVC, VA

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