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E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 1 FISIOLOGIA VEGETAL: METABOLISMO E NUTRIÇÃO MINERAL Evandro Binotto Fagan Elizabeth Orika Ono João Domingos Rodrigues Luís Henrique Soares Durval Dourado Neto Editora Andrei 2015 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 2 FAGAN, E.B.; ONO, E.O.; RODRIGUES, J.D.; SOARES, L.H.; DOURADO NETO, D. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral. Evandro Binotto Fagan, Elizabeth Orika Ono, João Domingos Rodrigues, Luís Henrique Soares e Durval Dourado Neto. Editora Andrei, 2015. 212 p. Livro didático: 1. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral. Este livro foi elaborado a fim de proporcionar a estudantes e profissionais da área de Agronomia entendimentos sobre fisiologia, metabolismo e nutrição mineral de plantas. Permitida a cópia parcial, desde que citada a fonte. Foto da capa (frente): Durval Dourado Neto (autor) E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 3 Fotos da capa (verso): Evandro Binotto Fagan (autor) ORGANIZAÇÃO ANDREI EDITORA LTDA. Telefone: +(11)3223-5111. Fax: +(11)3221-0246 – São Paulo www.editora-andrei.com.br - 2015 - E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 4 Dr. Evandro Binotto Fagan Professor Adjunto Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM Patos de Minas, MG Dr a Elizabeth Orika Ono Professora Adjunta Pesquisadora CNPq (Nível 1C) Instituto de Biociências, Departamento de Botânica Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP Botucatu, SP Dr. João Domingos Rodrigues Professor Titular Pesquisador CNPq (Nível 1C) Instituto de Biociências, Departamento de Botânica Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP Botucatu, SP Eng. Agr. Luís Henrique Soares (M.Sc.) Professor Assistente Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM Patos de Minas, MG Dr. Durval Dourado Neto Professor Titular Pesquisador CNPq (Nível 1A) Departamento de Produção Vegetal, ESALQ Universidade de São Paulo - USP Piracicaba, SP E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 5 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Unipam, à Unesp e à Esalq/USP, bem como aos estudantes de pós-graduação Felipe Fadel Sartori, Guilherme Felisberto e Renan Caldas Umburanas (Mestrandos em Fitotecnia pela Esalq, Universidade de São Paulo) e aos estagiários Marina Rodrigues dos Reis, Paulo Henrique Alves de Sousa, Rafael Gonçalves Gontijo Cunha, Dalmo Moreira Júnior, Isabella Sabrina Pereira, Rafael Faria Chaves, Ellen Mayara Alves Cabral, Luiz Henrique Babugia Massucate, Cíntia Maria Soares Ribeiro, Louranny Tavares Corrêa, Maria Elisângela Ferreira de Oliveira, Larissa Pereira de Bessa e Aurélio Carneiro Soares Moreira (alunos de graduação do Curso de Agronomia da Unipam - Núcleo Nufep [Núcleo de Pesquisa em Fisiologia e Estresse de Planta]), pelo auxílio dado na confecção das Figuras deste Livro. E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 6 PREFÁCIO Em qualquer área do conhecimento, vale a seguinte regra: o VALOR dado ao FATO resulta em uma NORMA 1 . O FATO representa a realidade, o VALOR o conhecimento, a experiência e a crença e a NORMA o modelo que por sua vez representa, num dado momento, o que é aceito como certo pela maioria. Este livro procura abordar a NORMA relativa à nutrição mineral de plantas. O termo elemento mineral essencial ou nutriente mineral foi proposto por Arnon e Stout em 1939. Esses autores propuseram que, para um elemento ser considerado essencial, três critérios devem ser atendidos: (citério 1) toda planta deve ser incapaz de completar seu ciclo de vida na ausência do nutriente, (citério 2) a função do nutriente não deve ser substituível por outro elemento, e (citério 3) o nutriente deve estar envolvido diretamente no metabolismo da planta (como parte de um componente essencial à planta - como uma enzima, p.e. - ou deve ser necessária para um passo metabólico distinto - como uma reação enzimática, p.e.). A ordem cronológica das descobertas da essencialidade dos oito micronutrientes (NORMA) às plantas pode assim ser relatada: (Fe) Sachs em 1860, (Mn) McHargue em 1922, (B) Warington em 1923, (Zn) Sommer e Lipman em 1926, (Cu) Lipman e MacKinney em 1931, (Mo) Arnon e Stout em 1938, (Cl) Broyer em 1954, e (Ni) Brown et al. em 1987. A ordem de grandeza dos teores (ordem decrescente) de macronutrientes (N, K, Ca, Mg P e S - μmol.g -1 de massa de matéria seca ou mg.kg -1 de massa de matéria seca) são: (N) 1.000 μmol.g -1 (ou 15.000 mg.kg -1 ), (K) 250 μmol.g -1 (ou 10.000 mg.kg -1 ), (Ca) 125 μmol.g -1 (ou 5.000 mg.kg -1 ), (Mg) 80 μmol.g -1 (ou 2.000 mg.kg -1 ), (P) 60 μmol.g -1 (ou 2.000 mg.kg -1 ), (S) 30 μmol.g -1 (ou 1.000 mg.kg -1 ). A ordem de grandeza dos teores (ordem decrescente) de micronutrientes (Cl, B, Fe, Mn, Zn, Cu, Ni e Mo - μmol.g -1 de massa de matéria seca ou mg.kg -1 de massa de matéria seca) são: (Cl) 3 μmol.g -1 (ou 100 mg.kg -1 ), (B) 2 μmol.g -1 (ou 20 mg.kg -1 ), (Fe) 2 μmol.g -1 (ou 100 mg.kg -1 ), (Mn) 1 μmol.g -1 (ou 50 mg.kg -1 ), (Zn) 0,3 μmol.g -1 (ou 20 mg.kg -1 ), (Cu) 0,1 μmol.g -1 (ou 6 mg.kg -1 ), (Ni) 0,001 μmol.g -1 (ou 0,1 mg.kg -1-1 ) e (Mo) 0,001 μmol.g -1 (ou 0,1 mg.kg -1 ). OS AUTORES Piracicaba-SP, 10 de julho de 2015. 1 FATO, VALOR e NORMA: Teoria tridimensional do Direito elaborada pelos filósofos italianos X, Y e Z, e amplamente divulgada no Brasil por Miguel Reale. E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 7 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. 12 LISTA DE TABELAS.............................................................................................................. 19 LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................. 21 PARTE I – NUTRIENTES E SISTEMA RADICULAR ......................................................... 24 1 CAPÍTULO 1: Nutrientes no solo e absorção radicular ................................................... 24 1.1 Mecanismos de plantas para absorver nutrientes do solo ............................................. 25 1.2 A morfologia radicular ................................................................................................. 25 1.3 Relação entre crescimento radicular e nutrição mineral ............................................... 25 1.3.1 Suprimento de carboidratos .......................................................................................... 25 1.3.2 Morfologia radicular e interações hormonais ............................................................... 25 1.3.3 Morfologia radicular e interações hormonais e nutricionais ........................................ 26 1.4 Micorrizas ..................................................................................................................... 26 PARTE II – NUTRIENTES NA PLANTA .............................................................................. 28 2 CAPÍTULO 2: Fatores que afetam a absorção de nutrientes na planta ............................ 28 2.1 Respiração celular .........................................................................................................28 2.2 Nutrientes e absorção celular ........................................................................................ 28 2.2.1 Competição ................................................................................................................... 28 2.2.2 Papel do pH .................................................................................................................. 29 2.2.3 Sinergismo de íons e papel do cálcio ............................................................................ 29 2.2.4 Relação cátion-ânion .................................................................................................... 29 2.2.5 Regulação do pH celular durante a absorção de nutrientes .......................................... 31 2.2.6 Exsudação radicular e absorção de nutrientes .............................................................. 34 2.2.7 Ectoenzimas .................................................................................................................. 36 2.2.8 Cluster ou proteoides .................................................................................................... 36 2.3 Absorção de nutrientes ................................................................................................. 37 2.3.1 Base celular para compreensão do acúmulo de íons em células de folhas ................... 37 2.3.2 Absorção de nutrientes em pêlos radiculares ............................................................... 38 2.3.3 Absorção de fósforo, potássio e cálcio ......................................................................... 38 2.4 Barreiras à absorção ...................................................................................................... 39 3 CAPÍTULO 3: Locais de absorção de nutrientes na planta .............................................. 40 3.1 Raízes............................................................................................................................ 40 3.2 Folhas............................................................................................................................ 42 3.2.1 Rotas de absorção foliar ............................................................................................... 50 3.2.2 Fatores que afetam a absorção foliar ............................................................................ 51 3.2.2.1 Fatores inerentes às folhas ........................................................................................ 51 3.2.2.2 Fatores externos ........................................................................................................ 54 3.2.2.3 Disponibilidade de substâncias e concentração da solução ...................................... 56 3.2.2.4 Inibidores metabólicos .............................................................................................. 56 3.2.2.5 Dinâmica e espaços da absorção .............................................................................. 57 4 CAPÍTULO 4: Mecanismos de absorção de nutrientes pela planta ................................. 59 4.1 Fase passiva .................................................................................................................. 59 4.1.1 Difusão.......................................................................................................................... 59 4.1.2 Fluxo de massa ............................................................................................................. 59 4.1.3 Troca iônica .................................................................................................................. 60 4.1.4 Equilíbrio de Donnan.................................................................................................... 60 4.2 Fase ativa ...................................................................................................................... 61 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 8 4.2.1 Transportadores ............................................................................................................ 65 4.2.1.1 Proteínas canal ......................................................................................................... 65 4.2.1.2 Proteína carreadora .................................................................................................. 66 4.2.2 Bombas ........................................................................................................................ 68 4.3 Controle na absorção e transporte de macronutrientes e micronutrientes ................... 69 5 CAPÍTULO 5: Translocação de substâncias no xilema .................................................. 72 5.1 Mecanismo de transporte pelo xilema ......................................................................... 73 5.2 Teoria da coesão-tensão ............................................................................................... 73 5.3 Pressão radicular .......................................................................................................... 74 6 CAPÍTULO 6: Translocação de substâncias no floema .................................................. 78 6.1 Direções do transporte no floema: conceito fonte e dreno .......................................... 79 6.2 Modelos de movimento no floema .............................................................................. 81 6.3 Mecanismos do transporte no floema .......................................................................... 81 6.4 Fluxo de pressão .......................................................................................................... 81 6.5 Corrente citoplasmática ............................................................................................... 83 6.6 Fluxo eletro-osmótico .................................................................................................. 85 6.7 Proteínas contráteis ...................................................................................................... 86 6.8 Critérios para o movimento de substâncias no floema ................................................ 89 6.9 Fatores que afetam a translocação no floema .............................................................. 89 6.9.1 Temperatura ................................................................................................................. 89 6.9.2 Metabolismo ................................................................................................................ 90 6.9.3 Inibidores metabólicos ................................................................................................. 90 6.9.4 Luz ............................................................................................................................... 90 6.9.5 Deficiências minerais ................................................................................................... 90 6.9.6 Gradiente de concentração ........................................................................................... 91 6.9.7 Transporte dirigido por hormônios .............................................................................. 91 6.10 Funções fisiológicas dos nutrientes ............................................................................. 91 PARTE III – MACRONUTRIENTES ..................................................................................... 93 7 CAPÍTULO 7: Nitrogênio ............................................................................................... 93 7.1 Nitrogênio proveniente do solo .................................................................................... 93 7.2 Fixação biológica de nitrogênio ................................................................................... 95 7.3 Deficiência ...................................................................................................................96 8 CAPÍTULO 8: Fósforo .................................................................................................... 98 8.1 Armazenamento de energia .......................................................................................... 98 8.2 A química do ATP é bem conhecida ........................................................................... 98 8.3 Constituição genética e de biomembranas ................................................................... 99 8.4 Armazenamento de fósforo .......................................................................................... 99 8.5 Translocação de açúcares ........................................................................................... 100 8.6 Síntese de proteínas .................................................................................................... 101 8.7 Fotossíntese ................................................................................................................ 101 8.8 Transporte de água em plantas ................................................................................... 101 8.9 Ativação enzimática ................................................................................................... 102 8.10 Deficiência ................................................................................................................. 102 9 CAPÍTULO 9: Potássio ................................................................................................. 104 9.1 Ativação enzimática ................................................................................................... 104 9.2 Atividade estomática .................................................................................................. 105 9.3 Fotossíntese ................................................................................................................ 105 9.4 Movimento foliar ....................................................................................................... 105 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 9 9.5 Transporte de açúcares ............................................................................................... 106 9.6 Síntese de proteínas .................................................................................................... 106 9.7 Metabolismo e principais funções do potássio ........................................................... 106 9.8 Papel do potássio em plantas sob estresse .................................................................. 107 9.8.1 Estresse abiótico ......................................................................................................... 107 9.8.2 Estresse biótico ........................................................................................................... 108 9.9 Deficiência .................................................................................................................. 109 10 CAPÍTULO 10: Cálcio ................................................................................................... 111 10.1 Sinalização celular ...................................................................................................... 111 10.2 Fechamento estomático .............................................................................................. 111 10.3 Constituição da parede celular .................................................................................... 112 10.4 Crescimento do tubo polínico ..................................................................................... 113 10.5 Germinação ................................................................................................................. 115 10.6 Estabilização de membranas ....................................................................................... 115 10.7 Homeostase da glutationa ........................................................................................... 115 10.8 Metabolismo e principais funções do cálcio............................................................... 116 10.9 Deficiência .................................................................................................................. 117 11 CAPÍTULO 11: Magnésio.............................................................................................. 119 11.1 Clorofila e síntese proteica ......................................................................................... 119 11.2 Ativação enzimática, fosforização e fotossíntese ....................................................... 119 11.3 Síntese de espécies reativas de oxigênio nas plantas deficientes em Magnésio ......... 120 11.4 Metabolismo e principais funções do magnésio ......................................................... 122 11.5 Deficiência .................................................................................................................. 123 12 CAPÍTULO 12: Enxofre ................................................................................................ 125 12.1 Absorção e assimilação .............................................................................................. 125 12.2 Vias metabólicas de assimilação ................................................................................ 126 12.3 Deficiência .................................................................................................................. 127 PARTE IV – MICRONUTRIENTES..................................................................................... 128 13 CAPÍTULO 13: Ferro ..................................................................................................... 128 13.1 Constituinte de sistemas redutores ............................................................................. 128 13.2 Proteínas ferro enxofre ............................................................................................... 128 13.3 Outras enzimas que requerem ferro ............................................................................ 128 13.4 Desenvolvimento de cloroplastos e atividade fotossintética ...................................... 129 13.5 Deficiência .................................................................................................................. 129 14 CAPÍTULO 14: Manganês ............................................................................................. 131 14.1 Fotossíntese ................................................................................................................ 131 14.2 Atividade enzimática .................................................................................................. 131 14.3 Formação de proteínas carboidratos e lipídeos ........................................................... 132 14.4 Polimerização de lignina ............................................................................................ 132 14.5 Divisão e elongação celular ........................................................................................ 132 14.6 Deficiência .................................................................................................................. 133 15 CAPÍTULO 15: Boro ..................................................................................................... 134 15.1 Química do boro ......................................................................................................... 134 15.2 Absorção do boro........................................................................................................ 135 15.2.1 Evidência do transporte passivo e ativo ................................................................. 135 15.2.2 Mobilidade de boro no floema e moléculas de transporte ...................................... 136 15.3 Funções do boro na parede celular .............................................................................137 15.4 Funções do boro no crescimento reprodutivo e desenvolvimento ............................. 138 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 10 15.5 Fixação de nitrogênio ................................................................................................. 139 15.6 Influência do boro no metabolismo vegetal ............................................................... 139 15.7 Papel do boro na estrutura e função da membrana .................................................... 140 15.8 Deficiência ................................................................................................................. 140 16 CAPÍTULO 16: Zinco ................................................................................................... 142 16.1 Anidrase carbônica ..................................................................................................... 142 16.2 Superóxido dismutase ................................................................................................ 143 16.3 Outras enzimas que contêm zinco .............................................................................. 143 16.4 Síntese de triptofano e auxinas .................................................................................. 143 16.5 Integridade de membranas ......................................................................................... 143 16.6 Deficiência ................................................................................................................. 144 17 CAPÍTULO 17: Cobre ................................................................................................... 145 17.1 Constituinte proteica .................................................................................................. 145 17.2 Deficiência ................................................................................................................. 146 18 CAPÍTULO 18: Níquel .................................................................................................. 147 18.1 Absorção de Níquel pelas plantas .............................................................................. 147 18.2 Transporte e distribuição de Níquel em plantas ......................................................... 148 18.3 Funções fisiológicas ................................................................................................... 149 18.4 Toxidez ...................................................................................................................... 151 19 CAPÍTULO 19: Molibdênio .......................................................................................... 152 19.1 A nitrato redutase e nitrogenase ................................................................................. 152 19.2 Metabolismo do molibdênio ...................................................................................... 153 19.3 Deficiência ................................................................................................................. 154 20 CAPÍTULO 20: Cloro .................................................................................................... 155 20.1 Regulação estomática ................................................................................................. 155 20.2 Fotólise da água ......................................................................................................... 155 20.3 Osmoregulação .......................................................................................................... 155 20.4 Interação com outros nutrientes ................................................................................. 156 20.5 Ativação de enzimas .................................................................................................. 156 PARTE V – Outros elementos ............................................................................................... 157 21 CAPÍTULO 21: Sódio, silício, cobalto, selênio e alumínio .......................................... 157 21.1 Sódio .......................................................................................................................... 157 21.1.1 Plantas que utilização o sódio como elemento essencial ....................................... 157 21.1.2 Substituição do potássio pelo sódio ....................................................................... 157 21.1.3 Relação do sódio no crescimento de plantas .......................................................... 157 21.2 Silício ......................................................................................................................... 158 21.2.1 Relação entre silício, alumínio e manganês em plantas ......................................... 158 21.2.2 Influência do silício na proteção de plantas contra doenças .................................. 159 21.2.3 Influência do silício na tolerância de plantas a seca .............................................. 159 21.2.4 Efeito do silício na fotossíntese ............................................................................. 160 21.2.5 Influência do silício na suberização de raízes ........................................................ 160 21.3 Cobalto ....................................................................................................................... 162 21.4 Selênio ........................................................................................................................ 163 21.5 Alumínio .................................................................................................................... 163 PARTE VI – Nutrição mineral e defesa de plantas ............................................................... 166 22 CAPÍTULO 22: Relação entre nutrição mineral, doença e praga, interação entre manganês e glifosato e uso de fosfito em plantas .................................................................. 166 22.1 Relação entre nutrição mineral e doença ................................................................... 167 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 11 22.1.1 Considerações gerais .............................................................................................. 167 22.1.2 Silício ...................................................................................................................... 168 22.1.3 Níquel e doenças ..................................................................................................... 170 22.2 Relação entre nutrição mineral e praga ...................................................................... 172 22.3 Interação entre manganês e glifosato em plantas ....................................................... 173 22.4 Uso de fosfito em plantas ........................................................................................... 173 PARTE VII – Tratamento de sementes .................................................................................. 176 23 CAPÍTULO 23: Tratamento de sementes com micronutrientes .................................... 176 23.1 Molibdênio.................................................................................................................. 176 23.2 Cobalto........................................................................................................................ 177 23.3 Zinco ........................................................................................................................... 178 23.4 Manganês .................................................................................................................... 178 23.5 Boro ............................................................................................................................ 17923.6 Níquel ......................................................................................................................... 180 PARTE VIII – Bioestimulantes .............................................................................................. 182 24 CAPÍTULO 24: Uso de bioestimulantes em plantas: aminoácidos e hormônios........... 182 24.1 Aminoácidos ............................................................................................................... 182 24.1.1 Aminoácidos no solo .............................................................................................. 182 24.1.2 Absorção e transportadores .................................................................................... 183 24.1.3 Enatiômeros, absorção e funções ............................................................................ 186 24.1.4 Funções ................................................................................................................... 187 24.1.4.1 Desenvolvimento e germinação de sementes ..................................................... 187 24.1.4.2 Aminoácidos e crescimento radicular ................................................................. 189 24.1.4.3 Atenuação de vários tipos de estresses ............................................................... 191 24.1.4.4 Aminoácidos atenuadores de estresses ............................................................... 191 24.1.4.5 Prolina: aminoácido chave em plantas estressadas ............................................. 192 24.1.4.6 Lisina: aminoácido regulado em condições de estresse ..................................... 194 24.1.4.7 Histidina: metais pesados ................................................................................... 195 24.1.5 Sinalização e estrutura celular ................................................................................ 195 24.1.6 Translocação de enxofre e nitrogênio no floema e no xilema ................................ 199 24.2 Hormônios .................................................................................................................. 200 24.2.1 Formação de órgãos reprodutivos........................................................................... 200 24.2.2 Enchimento de grãos .............................................................................................. 201 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 202 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 12 LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO 2 FIGURA 2.1. EQUILÍBRIO DO PH CELULAR EM FUNÇÃO DA ABSORÇÃO DE CÁTIONS E ÂNIONS. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012)................................................................................................................................. 30 FIGURA 2.2. ATIVIDADE DAS ENZIMAS FOSFOENOLPIRUVATO CARBOXILASE (PEPASE) E MÁLICA DURANTE ABSORÇÃO DE CÁTIONS E ÂNIONS (MARSCHNER, 2012). ..................................................................... 31 FIGURA 2.3. ALTERAÇÃO DO PH NA RIZOSFERA EM FUNÇÃO DA LIBERAÇÃO DE H + PARA LIBERAÇÃO DE K + PARA A SOLUÇÃO DO SOLO (CITAÇÃO, ANO). ...................................................................................... 32 FIGURA 2.4. ACIDIFICAÇÃO DA RIZOSFERA INDUZIDA PELA ADIÇÃO DE NITROGÊNIO NA FORMA DE NITRATO (RÖMHELD, 1986). ............................................................................................................................... 33 FIGURA 2.5. MECANISMO HIPOTÉTICO DE ABSORÇÃO E EXTRUSÃO DE ÍONS A PARTIR DA NUTRIÇÃO DE CÁTIONS E ÂNIONS. (A) E (B). ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ........................................................................ 34 FIGURA 2.6. ZONAS DE EXSUDAÇÃO RADICULAR ONDE SÃO LIBERADAS AS MUCILAGENS (MUCIGEL). ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ........................................................................................................ 35 FIGURA 2.7. PROCESSO DE ABSORÇÃO E QUELATIZAÇÃO DE FE PARTIR DE FITOSIDERÓFOROS (CITACAO, ANO). ..................................................................................................................................................... 36 FIGURA 2.8. FORMAÇÃO DE PROTEOIDES EM PROTEACEAE, RESTINOACEAE E FABACEAE, CONSIDERADA UMA ADAPTAÇÃO MORFOLÓGICA INDUZIDA PELA DEFICIÊNCIA DE FÓSFORO NO SOLO (LAMBERS, 2006). ... 37 FIGURA 2.9. PROCESSO DE TRANSPORTE QUE REGULAM O MOVIMENTO DE ALGUNS ÍONS INORGÂNICOS DO XILEMA PARA LOCAIS DE ACÚMULO NO MESOFILO E NA EPIDERME. (A) O FOSFATO É ABSORVIDO PARA DENTRO MESOFILO VIA SIMPLASTO. (B) O CÁLCIO É ABSORVIDO NA EPIDERME POR EXTENSÕES DE VEIAS VIA APOPLASTOS (C,D) A COMBINAÇÃO DAS ROTAS (A) E (B) PROVAVELMENTE EXPLICA O DIFERENTE ACÚMULO DE CLORO, POTÁSSIO E SÓDIO EM AMBOS OS TIPOS DE CÉLULAS. A SETA PRETA EM (D) APRESENTA INIBIÇÃO DA ABSORÇÃO PELO NA + CITOSÓLICO. ÍONS PODEM SEGUIR UMA ROTA APOPLÁSTICA (SETA AZUL ESCURA) OU SIMPLÁSTICA (LARANJA). O APOPLASTO É OBSERVADO EM AZUL E O SIMPLASTO EM VERDE (CITAÇÃO, ANO). .............................................................................. 38 FIGURA 2.10. POSIÇÃO ANATÔMICA PARA A ABSORÇÃO DE POTÁSSIO (K + ), CÁLCIO (CA 2+ ) EM PELOS RADICULARES DE LIMNOBOIUM STOLONIFERUM (GILROY; JONES, 2000). ............................................ 39 CAPÍTULO 3 FIGURA 3.1. VIAS DE TRANSPORTE DE ÁGUA E NUTRIENTES NO INTERIOR DAS RAÍZES (CITAÇÃO, ANO). 41 FIGURA 3.2. TRANSPORTE DE NUTRIENTES EM RAÍZES: TRÊS VIAS. A, VISÃO ESQUEMÁTICA DE TRÊS VIAS ENVOLVENDO O TRANSPORTE DE NUTRIENTES DO SOLO PARA A ENDODERME. A VIA SIMPLÁSTICA REQUER UMA PRIMEIRA ABSORÇÃO SELETIVA NO INTERIOR DA CÉLULA E POSTERIORMENTE É TRANSLOCADA DE UMA CÉLULA PARA OUTRA VIA PLASMODESMOS. O ACOPLAMENTO TRANSCELULAR ENVOLVE OS TRANSPORTADORES DE INFLUX E EFLUXO DE NUTRIENTES ENTRE CÉLULAS. A ROTA APOPLÁSTICA CORRESPONDE A VIA PASSIVA DOS ESPAÇOS ENTRE CÉLULAS QUE É BLOQUEADO PELA ESTRIA DE CASPARI DA ENDODERME. B, FOCA O TRANSPORTE DE NUTRIENTES DO APOPLASTO PARA A ENDODERME, ENVOLVENDO ROTAS SIMPLÁSTICAS CURTAS E LONGAS QUE SÃO RESTRITAS A NÍVEL DE ENDODERME. CO, CÓRTEX; EM, ENDODERME; EP, EPIDERME; PE, PERICICLO. ADAPTADO DE BARBERON E GELDNER (2014). 42 FIGURA 3.3. ESTRUTURA DA CAMADA CUTICULAR DE CÉLULAS EPIDÉRMICAS EM QUE: X REPRESENTA A CERA; Δ CUTINA; - CELULOSE E ● PECTINA (CITAÇÃO, ANO). 44 FIGURA 3.4. ABSORÇÃO DE NUTRIENTES VIA CUTÍCULA, PAREDE CELULAR E CÉLULAS GUARDAS (MARSCHNER, 2012) 45 FIGURA 3.5. ESTRUTURA DA CUTÍCULA, PAREDE CELULAR E ECTODESMOS (WÓJCIK, 2004). 46 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 13 FIGURA 3.6. TRECHO DE CÉLULAS EPIDÉRMICAS, MOSTRANDO O CITOPLASMA, A PAREDE CELULAR E A CUTÍCULA, ALÉM DE DUAS GOTAS APLICADAS À SUPERFÍCIE DA CUTÍCULA UMA QUE MOLHA E OUTRA QUE NÃO MOLHA A MESMA; GM - GOTA MOLHANTE; GNM - GOTA NÃO MOLHANTE; O - ÂNGULO DE CONTATO; MIP - MICROPROJEÇÕES DE CERA; CA - CERA AMORFA, NA REGIÃO SUPERFICIAL DA CUTÍCULA; CUT- MATRIZ DE CUTINA; CEL - LAMELAS DE CELULOSE, IMPREGNADAS DE CUTINA; PEC - CAMADA PÉCTICA; PLAQ - PLAQUETAS DE CERA, QUE SE ANASTOMOSAM, MERGULHADAS NA MATRIZ DE CUTINA; ECT - ECTODESMOS; PAR - PAREDE CELULAR, FORMADA POR UM EMARANHADO DE MICROFIBRILAS DE CELULOSE; PLAS - PLASMALEMA; CIT - CITOPLASMA; TON - TONOPLASTO; VAC – VACÚOLO (CITAÇÃO, ANO). 47 FIGURA 3.7. ESQUEMA DE ABSORÇÃO FOLIAR EM FUNÇÃO DA ESTRUTURA DAS FOLHAS (CITAÇÃO, ANO). 52 FIGURA 3.8. INFLUÊNCIA DA UMIDADE DO AR NA ESTRUTURA DAS PLACAS DE CERA DA CUTÍCULA DE PRESENTE NA PAREDE CELULAR (CITAÇÃO, ANO). 56 FIGURA 3.9. ABSORÇÃO DOS SOLUTOS, NO DECORRER DO TEMPO, NAS SUAS FASES (CITAÇÃO, ANO). 58 CAPÍTULO 4 FIGURA 4.1. ESQUEMA DEMONSTRATIVO DO EQUILÍBRIO DE DONNAN (CITAÇÃO, ANO). 62 FIGURA4.2. MODELOS DE SISTEMAS DE TRANSPORTE ELETRÔNICO. (A) TRANSPORTADOR IÔNICO ATIVADO POR ATP RESPIRATÓRIO: 1. OS SOLUTOS SE DIFUNDEM PARA A PARTE EXTERNA DA MEMBRANA E SE LIGAM A CARREADORES; 2. O CARREADOR SE MODIFICA POR ATUAÇÃO DA ATPASE E OCORRE A ENTRADA DE SOLUTOS; 3. O CARREADOR TORNA-SE NOVAMENTE FUNCIONAL. (B) TRANSPORTE NO SISTEMA K + NA ATPASE: 1. O K + SE LIGA AO CARREADOR; 2. O CARREADOR TRANSFERE K + PARA O INTERIOR COM GASTO DE ENERGIA; 3. O K + É LIBERADO E SUBSTITUÍDO PELO NA + QUE É MAIS FORTEMENTE LIGADO A NOVA CONFORMAÇÃO DO CARREADOR; 4. O CARREADOR TRANSFERE NA + PARA FORA E NOVA CONFORMAÇÃO PERMITE A LIGAÇÃO DO K + (CITAÇÃO, ANO). 64 FIGURA 4.3. ESQUEMA PARA O TRANSPORTE DE ÍONS, ACOPLADO AO TRANSPORTE DE ELÉTRONS POR ATPASE. A. GRADIENTE DE PRÓTONS GERADO POR TRANSPORTE ELETRÔNICO. B. GRADIENTE DE PRÓTONS GERADOS POR ATPASE. C. TRANSPORTE DE CÁTIONS TROCADOS POR PRÓTONS; OS ÂNIONS MOVIMENTAM-SE PASSIVAMENTE (CITAÇÃO, ANO). 65 FIGURA 4.4. ESTRUTURA DA PROTEÍNA CANAL QUE DETERMINA A ESPECIFICIDADE DE ABSORÇÃO DE NUTRIENTES ADAPTADA DE TAIZ E ZEIGER (2013). 66 FIGURA 4.5. TRANSPORTE DE ÍONS POR PROTEÍNAS CO-TRANSPORTADORAS DO TIPO SIMPORTE. ADAPTADO DE TAIZ E ZEIGER (2013). 67 FIGURA 4.6. SISTEMAS DE TRANSPORTE ATIVO E PASSIVO POR MEIO DE TRANSPORTADORES UTILIZADOS EM CÉLULAS VEGETAIS (CITAÇÃO, ANO). 68 FIGURA 4.7. ESTRUTURA DAS BOMBAS ELETROGÊNICAS E A FORMAÇÃO DO GRADIENTE ELETROQUÍMICO. ADAPTADO DE FORGAC (2007). 69 FIGURA 4.8. VIAS DE CONTROLE DA ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE FÓSFORO (P), ENXOFRE (S), NITROGÊNIO (N) E POTÁSSIO (K) EM PLANTAS (AMTMANN; BLATT, 2009). 70 FIGURA 4.9. PROCESSO DE TRANSPORTE DE ZN MEDIADO PELO GENE AHHMA4 QUE CODIFICA PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS (KRÄMER, 2010). 71 CAPÍTULO 5 FIGURA 5.10. MOVIMENTAÇÃO DOS SOLUTOS ATRAVÉS DO FLOEMA E XILEMA, DENTRO DE UMA PLANTA. 74 FIGURA 5.11. CÉLULAS DE TRANSFERÊNCIA DO FLOEMA DOS TIPOS A E B, E UMA CÉLULA DE TRANSFERÊNCIA DO XILEMA, COM AS TRANSFERÊNCIAS PRINCIPAIS INDICADAS PELAS FLECHAS. 77 CAPÍTULO 6 FIGURA 6.1. VIA DA TRANSLOCAÇÃO DOS SOLUTOS DO LOCAL DE PRODUÇÃO (CLOROPLASTOS), ATÉ O LOCAL DE ARMAZENAMENTO EM UM CAULE OU EM UM PLASTÍDEO RADICULAR (CITAÇÃO, ANO). 79 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 14 FIGURA 6.2. MODELO HIPOTÉTICO DO FLUXO DE PRESSÃO, ATRAVÉS DO FLOEMA QUE POSSIBILITA O MOVIMENTO DE ÁGUA E SOLUTOS DOS ÓRGÃOS FONTE (FOLHAS) PARA OS DRENOS (RESERVATÓRIOS) (CITAÇÃO, ANO). 82 FIGURA 6. 3. DIAGRAMA PARA ILUSTRAR COMO A CICLOSE (CORRENTE CITOPLASMÁTICA) PODE RESULTAR NUM TRANSPORTE SIMULTÂNEO, DE DUAS DIREÇÕES, AO LONGO DE UM GRADIENTE DE DIFUSÃO NOS ELEMENTOS DO FLOEMA (CITAÇÃO, ANO). 84 FIGURA 6.4. MECANISMO DAS CORRENTES TRANSCELULARES PARA O TRANSPORTE DE SOLUTOS NO FLOEMA DE PLANTAS (CITAÇÃO, ANO). 85 FIGURA 6.5. ESQUEMA EXPONDO O POSSÍVEL FUNCIONAMENTO DA HIPÓTESE ELETROSMÓTICA (CITAÇÃO, ANO). 86 FIGURA 6.6. DIAGRAMA DO POSSÍVEL ARRANJO DE PROTEÍNA-P, PASSANDO PELAS PLACAS CRIVADAS (CITAÇÃO, ANO). 88 FIGURA 6.7. DIAGRAMA DE UM TUBO CRIVADO E DAS PLACAS, ONDE OS MICROFILAMENTOS DA PROTEÍNA-P ESTÃO LIGADOS AOS FEIXES DE FIBROBLASTOS (CITAÇÃO, ANO). 88 CAPÍTULO 7 FIGURA 7.1. ESQUEMA GERAL DEMOSTRANDO MECANISMOS DE ABSORÇÃO E TRANSLOCAÇÃO DE N EM PLANTAS SUPERIORES, BEM COMO SUA FUNÇÃO FISIOLÓGICA (CITAÇÃO, ANO). 94 FIGURA 7.2. PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS PARA FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO PELA NITROGENASE ENVOLVENDO TRANSPORTE DE ELÉTRONS, ADAPTADO DE BURRIS (1999) E TAIZ E ZEIGER (2013). 96 FIGURA 7.3. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE N NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O NITROGÊNIO (GRUBER ET AL., 2013). 97 CAPÍTULO 8 FIGURA 8.1. FORMA DE ACÚMULO DE FÓSFORO (ÁCIDO FÍTICO) EM SEMENTES E FRUTOS DE CEREAIS E LEGUMINOSAS. ADAPTADO DE MARSCHNER (2013). 100 FIGURA 8.2. RELAÇÃO ENTRE ABSORÇÃO DE FÓSFORO E LIBERAÇÃO DE TRIOSE FOSFATO (TP) E PRODUÇÃO DE AMIDO NO CLOROPLASTO. EM QUE: F6P (FRUTOSE 6 FOSFATO); G1P (GLICOSE 1 FOSFATO); UDP (UREDINA DIFOSFATO); PI (FÓSFORO INORGÂNICO); RUBP (RUBISCO). ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). 101 FIGURA 8.3. VIAS METABÓLICA DE ASSIMILAÇÃO DO FÓSFORO INORGÂNICO (PI) EM CÉLULAS VEGETAIS. EM QUE: PSV (FÓSFORO SEQUESTRADO NA PROTEÍNA ARMAZENADA NO VACÚOLO; G3P (GLICERALDEÍDO 3P); PHT (PHOSPHORUS HISTIDINE TRANSPORTS); AD (ADENINA) E RIB (RIBOSE). ADAPTADO DE MAATHIUS (2009). 102 FIGURA 8.4. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE FÓSFORO NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O FÓSFORO (GRUBER ET AL., 2013). 103 CAPÍTULO 9 FIGURA 9.1. COMPLEXAÇÃO DO POTÁSSIO PARA MOLÉCULAS ORGÂNICAS EM QUE O ÁTOMO DE OXIGÊNIO É ORIENTADO EM DIREÇÃO A CARGA POSITIVA DO POTÁSSIO. ADAPTADO DE MENGEL E KIRKBY (2001). 104 FIGURA 9.2. MECANISMO DE ASSIMILAÇÃO E TRANSPORTE DO POTÁSSIO EM CÉLULAS VEGETAIS. 105 FIGURA 9.3. VIAS METABÓLICA DE ASSIMILAÇÃO E FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELO POTÁSSIO (K + ) EM CÉLULAS VEGETAIS. EM QUE: AKT E HKA SÃO TRANSPORTADORES DE ALTA AFINIDADE. ADAPTADO DE MAATHIUS (2009). 107 FIGURA 9.4. INFLUÊNCIA DO POTÁSSIO NA TOLERÂNCIA DE PLANTAS AO AOS ESTRESE BIÓTICO. ADAPTADO DE WANG ET AL. (2013). 108 FIGURA 9.5. INFLUÊNCIA DO POTÁSSIO NA TOLERÂNCIA DE PLANTAS AO DEFICIT HÍDRICO. ADAPTADO DE WANG ET AL. (2013). 109 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 15 FIGURA 9.6. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE POTÁSSIO NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O POTÁSSIO (GRUBER ET AL., 2013). 110 CAPÍTULO 10 FIGURA 10.1. SISTEMA DE SINALIZAÇÃO EM CÉLULAS A PARTIR DA INCIDÊNCIA DE LUZ AZUL SOBRE AS CÉLULAS. ADAPTADO DE HARADA E SHIMAZAKI (2007). 112 FIGURA 10.2. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA PAREDE CELULAR PRIMÁRIA DE DICOTILEDÔNEAS. ADAPTADO DE MORRIS ET AL. (1982). 113 FIGURA 10.3. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA PAREDE CELULAR PRIMÁRIA DO TUBO POLÍNICO. EM QUE: ROS (ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO); ABP (PROTEÍNAS LIGANTES A ACTINA); SAC (CANAIS ATIVADOS POR TENSÃO); GLR (RECEPTORES DE CANAIS DE GLUTAMATO); CNGC18 (CANAL DE ÍONS LIGADO A NUCLEOTÍDEO CÍCLICO); ACA2 E ECA1 (BOMBAS ATPASE DE CA 2+ LOCALIZADAS NO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO); RE (RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO); TCP1 (CANAL DE CÁTION DE VOLTAGEM VACUOLAR); CAX (CANAL DE TROCA DE CA 2+ ) E V-ATPASE (V-ATPASE VACUOLAR) (MORRIS ET AL., 1982). 115 FIGURA 10.4. MECANISMOS DE INDUÇÃO DA FORMAÇÃO DE PODRIDÃO APICAL EM TOMATEIRO OCASIONADO PELA DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO (MESTRE ET AL., 2012). 116 FIGURA 10.5. VIAS METABÓLICA DE ASSIMILAÇÃO E FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELO CÁLCIO (CA 2+ ) EM CÉLULAS VEGETAIS. EM QUE: NSCC (CANAIS DE CÁTION NÃO SELETIVOS) E RE (RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO). ADAPTADO DE MAATHIUS (2009). 117 FIGURA 10.6. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O CÁLCIO (GRUBER ET AL., 2013). 118 CAPÍTULO 11 FIGURA 11.1. MODULAÇÃO DA ATIVIDADE DA RUBISCO POR MEIO DA LIGAÇÃO DO MG 2+ (CITAÇÃO, ANO). 120 FIGURA 11. 2. PROCESSOS ENVOLVIDOS NA SÍNTESE DE ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO (ROS) EM PLANTAS COM DEFICIÊNCIA DE MAGNÉSIO. ADAPTADO DE CAKMAK E KIRKBY (2008). 121 FIGURA 11.3. ESQUEMA REPRESENTANDO ALTERAÇÕES NO TRANSPORTE E ACÚMULO DE CARBOIDRATOS, TRANSPORTE DE ELÉTRONS FOTOSSINTÉTICOS, FORMAÇÃO DE ROS E DANOS FOTOXIDATIVOS EM FOLHAS COM DEFICIÊNCIA DE MG BEM COMO A INFLUÊNCIA NO CRESCIMENTO RADICULAR E ABSORÇÃO DE ÁGUA E NUTRIENTES. ADAPTADODE CAKMAK E KIRKBY (2008). 122 FIGURA 11.4. VIAS METABÓLICA DE ASSIMILAÇÃO DO MAGNÉSIO EM CÉLULAS VEGETAIS. COM PAPEL NA SÍNTESE DE ATP, CLOROFILA E LIGAÇÕES NO DNA E RNAT. ADAPTADO DE MAATHIUS (2009). 123 FIGURA 11.5. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE MAGNÉSIO NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O MAGNÉSIO (GRUBER ET AL., 2013). 124 CAPÍTULO 12 FIGURA 12.1. COMPARTIMENTALIZAÇÃO E SÍNTESE DE SULFATO EM CÉLULAS VEGETAIS. EM QUE: SULTR, TRANSPORTADOR DE SULFATO; APS, ADENOSINA 5′-FOSFOSULFATO; PAPS, 3′-FOSFOADENOSINA 5′- FOSFOSULFATO; CYS, CISTEÍNA; SER, SERINA; OAS, O-ACETYLSERINE; Γ-EC, Γ-GLUTAMYLCYSTEINE; GSH, REDUCED GLUTATHIONE; ATPS, ATP SULPHURYLASE; APR, APS REDUCTASE; SO, SULPHITE OXIDASE; SOT, SULPHOTRANSFERASES; SIR, SULPHITE REDUCTASE; OASTL, O-ACETYLSERINE (THIOL) LYASE; DES, CYSTEINE DESULFHYDRASE; SAT, SERINE ACETYLTRANSFERASE; Γ-ECS, Γ-EC SYNTHETASE; GSHS, GLUTATHIONE SYNTHETASE. ADAPTADO DE RENNENBERG E HERSCHBACH (2014). 125 FIGURA 12.2.VIAS METABÓLICA DE ASSIMILAÇÃO DO ENXOFRE EM CÉLULAS VEGETAIS. EM QUE: GLU (GLUTAMATO); CYST (CISTEÍNA); GLY (GLICINA); GLUTATIONA REDUZIDA (GSH); FITOQUELATINA (PC). ADAPTADO DE MAATHIUS (2009). 126 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 16 FIGURA 12.3. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE ENXOFRE NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O ENXOFRE (GRUBER ET AL., 2013). 127 FIGURA 12.4. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE MANGANÊS NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA, ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O MANGANÊS (GRUBER ET AL., 2013). 133 CAPÍTULO 13 FIGURA 13.1. ESTRUTURA DA FERRIDOXINA, PROTEÍNAS FE-S COORDENADAS COM RESÍDUOS DE CISTEÍNA E SUAS FUNÇÕES RELACIONADAS AO METABOLISMO DO NITROGÊNIO E CARBONO. EM QUE: GOGAT (GLUTAMINA OXOGLUTARATO AMINOTRANSFERASE). ADAPTADO DE MARCHNER (2012). ................... 128 FIGURA 13.2. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE FERRO NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O FERRO (GRUBER ET AL., 2013). ..................................................... 130 CAPÍTULO 14 FIGURA 14.1. SISTEMA DE EVOLUIDOR DE OXIGÊNIO LOCALIZADO NO FOTOSSISTEMA II (P680). ONDE SÃO LIBERADOS 4 ELÉTRONS (E - ) QUE SÃO DIRECIONADOS AO P680 QUANDO O MESMO ESTIVAR OXIDADO PELA INCIDÊNCIA DE RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA (CITAÇÃO, ANO). 131 FIGURA 14.2. FORMAÇÃO DE LIGNINA E AÇÃO COOPERATIVA NO PROCESSO NA ATIVAÇÃO DE MONÔMEROS MONOLYGNOLS (CITAÇÃO, ANO). 132 CAPÍTULO 15 FIGURA 15.1. MECANISMOS DE TRANSPORTE PASSIVO E ATIVO EM CÉLULAS VEGETAIS, COM BASE EM ESTUDOS REALIZADOS COM CHARA NITELLA, CUCURBITA PEPO L. E XENOPUS OOCYTE. ADAPTADO DE BROWN ET AL. (2002). 136 FIGURA 15.2. IMAGENS MICROGRÁFICAS DA SUPERFÍCIE ABAXIAL DE FOLHAS DE SOJA EM QUE A E B CORRESPONDEM A FOLHAS COM DEFICIÊNCIA DE BORO E C E D SEM DEFICIÊNCIA. ADAPTADO DE WILL ET AL. (2011). 137 FIGURA 15.3. FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS CIS-DIOL REQUERIDOS PARA A PRODUÇÃO DE AÇÚCARES. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). 140 FIGURA 15.4. EFEITO DA DEFICIÊNCIA DE BORO NA MORFOLOGIA RADICULAR DE ARABIDOPSIS THALIANA ECOTIPO COLUMBIA-0. AS PLANTAS FORAM CONDUZIDAS EM PLACAS DE AGAR COM A PRESENÇA DE TODOS OS NUTRIENTES, EXCETO O BORO (GRUBER ET AL., 2013). 141 CAPÍTULO 16 FIGURA 16.1. LIGAÇÃO DO ZINCO COM AMINOÁCIDOS CISTEÍNA (CIS), GLUTAMATO (GLU), ASPARTATO (ASP) E HISTIDINA (HIS). ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). 142 FIGURA 16.2. PROPORÇÃO DE AMINOÁCIDOS QUE ESTÃO LIGADOS AO ZINCO EM ENZIMAS. ADAPTADO DE SOUSA ET AL. (2009). 142 FIGURA 16.3. ESTRUTURA DA ENZIMA CUZN SOD E SUAS LIGAÇÕES COM OS AMINOÁCIDOS HISTIDINA (HIS) E ASPARTATO (ASP). ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). 143 FIGURA 16.4. ENVOLVIMENTO DO ZINCO NA FORMAÇÃO E DESINTOXICAÇÃO DE RADICAIS SUPERÓXIDOS E O EFEITO DOS RADICAIS LIVRES DA NA MEMBRANA CELULAR E NA ATIVIDADE DO ÁCIDO INDOL ACÉTICO (AIA). ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). 144 CAPÍTULO 17 FIGURA 17.1. ESTRUTURA DA PLASTOCIANINA COM LIGAÇÕES A ANÉIS AROMÁTICOS CONSTITUÍDOS POR ÁTOMOS DE NITROGÊNIO. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ............................................................. 146 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 17 CAPÍTULO 18 FIGURA 18.1. VIAS DE ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE NI NAS PLANTAS. OS QUELANTES INCLUEM NICOTIANAMINA (NA), HISTIDINA (HIS), CITRATO, ÁCIDOS ORGÂNICOS E PROTEÍNAS COM VÁRIAS FUNÇÕES IMPORTANTES, INCLUINDO PERMEASES, METALOTIONEÍNAS, METALOCHAPERONAS E PROTEÍNAS YSL (CHEN; HUANG; LIU, 2009). ................................................................................... 148 FIGURA 18. 2. LIGAÇÃO DO NÍQUEL A ÁTOMOS DE NITROGÊNIO E OXIGÊNIO. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ................................................................................................................................................... 149 FIGURA 18. 3. CICLO DA UREIA E SUA RELAÇÃO COM O NÍQUEL. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ................ 149 FIGURA 18.4. SÍNTESE E CATABOLISMO DE UREÍDEOS RELACIONADAS COM A DISPONIBILIDADE DE NI 2+ EM PLANTAS. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ..................................................................................... 150 FIGURA 18.5. EFEITO DO NÍQUEL NA FUNCIONALIDADE DA ACETIL COA SINTETASE E NA ATIVIDADE DO METABOLISMO SECUNDÁRIOS DE PLANTAS RELACIONADOS A PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE DEFESA CONTRA PRAGAS E DOENÇAS (CITAÇÃO, ANO). ................................................................................. 151 CAPÍTULO 19 FIGURA 19.1. ESTRUTURA MOLECULAR DA NITROGENASE ENVOLVENDO OS ÍONS NITROGÊNIO E MOLIBDÊNIO. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ..................................................................................................... 153 FIGURA 19.2. METABOLISMO DO MOLIBDÊNIO EM CÉLULAS VEGETAIS. A BIOSSÍNTESE DO COFATOR MOLIBDÊNIO (MOCO) OCORRE NA MITOCÔNDRIA E NO CLOROPLASTO. O MOCO PRODUZIDO É UTILIZADO NA ASSIMILAÇÃO DE NITROGÊNIO (ENZIMA NITRATO REDUTASE), NA SÍNTESE DE ÁCIDO ABSCÍSICO (AAO3, CÓDIGO DO GENE), NO CATABOLISMO DE PURINAS (XDH1) E NA DESINTOXICAÇÃO DE SULFITOS (SO - SULFITO OXIDASE) (BITTNER, 2014). ....................................... 154 CAPÍTULO 20 FIGURA 20.1. INFLUÊNCIA DO CLORO E POTÁSSIO NA ATIVAÇÃO DA ATPASE VACUOLAR (CITAÇÃO, ANO). ... 156 CAPÍTULO 21 FIGURA 21.1. FORMAÇÃO DE LIGNINA E SUBERINA ATRAVÉS DA VIA DOS FENILPROPANOIDES (FLECK ET AL., 2011). .................................................................................................................................................... 161 FIGURA 21.2. SUBERIZAÇÃO DE CÉLULAS DA ENDODERME DE ARROZ AOS 4-5 E 1-2 CM EM RELAÇÃO AO TOPO RADICULAR QUANDO SUBMETIDAS A APLICAÇÃO DE SILÍCIO (FLECK ET AL., 2011). ........................... 162 FIGURA 21.3. LIGAÇÃO DO COBALTO (CO) A QUATRO ÁTOMOS DE NITROGÊNIO (N) PARA A FORMAÇÃO DA ESTRUTURA DA COBALIMINA B12 (CITAÇÃO, ANO). ........................................................................... 162 FIGURA 21.4. ESQUEMA DE ASSIMILAÇÃO DE SELÊNIO EM PLANTAS ACUMULADORAS E NÃO ACUMULADORAS. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ..................................................................................................... 163 FIGURA 21.5. PADRÕES DE DESINTOXICAÇÃO DE PLANTAS AO AL (MA ET AL., 2001). ........................................ 164 FIGURA 21.6. FORMAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS A PARTIR DA ROTA DO CICLO DE KREBS (MA ET AL., 2001). .. 165 FIGURA 21.7. METABOLISMO DO CITRATO NOMECANISMO DE DESINTOXICAÇÃO DE PLANTAS AO ALUMÍNIO (MA ET AL., 2001). ................................................................................................................................ 165 CAPÍTULO 22 FIGURA 22.1. AÇÃO DE MICRONUTRIENTES NO METABOLISMO SECUNDÁRIO DE PLANTAS E SUA RELAÇÃO COM DEFESA (CITAÇÃO, ANO). .................................................................................................................. 167 FIGURA 22.2. EFEITO DO CÁLCIO (CA), BORO (B), POTÁSSIO (K), ZINCO (ZN) E COBRE (CU) E OUTROS NUTRIENTES NA DEFESA DE PLANTAS A DOENÇAS FÚNGICAS (CITAÇÃO, ANO). ................................ 168 FIGURA 22.3. COMPLEXAÇÃO DO SILÍCIO EM COMPOSTOS FENÓLICOS NA PAREDE CELULAR. ADAPTADO DE MARSCHNER (2012). ............................................................................................................................. 169 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 18 FIGURA 22.4. INFLUÊNCIA DA DEFICIÊNCIA DE NÍQUEL NA SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS E METABOLISMO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS EM FOLHAS DE PECAN (CARYA ILLINOENSIS K.). ADAPTADO DE BAI, REILLY E WOOD (2006). ....................................................................................................................................... 171 FIGURA 22.5. VIA DO ÁCIDO ALANTÓICO AMIDOHYDROLASE NO METABOLISMO DA ALANTOÍNA E ÁCIDO ALANTOICO EM FOLHAS DE PECAN (CARYA ILLINOENSIS K). ADAPTADO DE BAI, REILLY E WOOD (2006). ................................................................................................................................................... 172 FIGURA 22.6. ÁCIDO FOSFÓRICO CONHECIDO COMO FOSFATO E ÁCIDO FOSFOROSO CONHECIDO POR FOSFITO. NO FOSFITO, O H É LIGADO DIRETAMENTE AO FÓSFORO (LOVATT; MIKKELSEN, 2006). ................. 173 FIGURA 22.7. MODELO DE AÇÃO DO FOSFITO NA RESPOSTA DE ARABIDOPSIS SP. INFECTADAS COM HPA (HYALOPERONOSPORA ARABIDOPSIDIS). EM QUE: PHI (FOSFITO); AS (ÁCIDO SALICÍLICO); MAPK (MITOGEN – ACTIVATED PROTEIN KINASE). ADAPTADO DE MASSOUD ET AL. (2012). ............................... 175 CAPÍTULO 24 FIGURA 24.1. MECANISMO DE ABSORÇÃO CELULAR DE AMINOÁCIDOS EM PLANTAS DO TIPO SIMPORTE POR MEIO DO TRANSPORTADOR DO TIPO LHT1(LYSINE HISTIDINE TRANSPORTER 1) (CITAÇÃO, ANO). ..... 184 FIGURA 24.2. VISÃO GERAL DE TRANSPORTADORES EM RAÍZES, FOLHAS, FLORES, XILEMA E FLOEMA DE PLANTAS (TEGEDER, 2012). ................................................................................................................ 185 FIGURA 24.3. MODELO HIPOTÉTICO DE ABSORÇÃO DE AMINOÁCIDO EM RAÍZES DE PLANTAS (HIRNER ET AL., 1998; OKUMOTO ET AL., 2004)........................................................................................................... 186 FIGURA 24.4. ROTA DE GLICONEOGÊNSE EM QUE ÁCIDOS GRAXOS E PROTEÍNAS SÃO TRANSFORMADOS EM PIRUVATO, FOSFOENOLPIRUVATO (PEP) E POSTERIORMENTE EM AÇÚCARES. ADAPTADO DE EASTMOND ET AL. (2015). ..................................................................................................................... 189 FIGURA 24.5. ALTERAÇÕES NAS RAÍZES DE ARABIDOPSIS QUANDO EXPOSTA AO GLUTAMATO (WALCH-LIU ET AL., 2006). ........................................................................................................................................ 190 FIGURA 24.6. EFEITO DE 18 AMINOÁCIDOS NO CRESCIMENTO E RAMIFICAÇÃO DE RAÍZES DE ARABIDOPSIS THALIANA (C24). ADAPTADO DE FORDE (2014). ..................................................................................... 191 FIGURA 24.7. MÚLTIPLAS FUNÇÕES DA PROLINA EM PLANTAS. ABREVIAÇÕES: APX, ASCORBATO PEROXIDASE; CAT, CATALASE; CTE, CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS, ROS, ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO; GST, GLUTATIONA S-TRANSFERASE. ADAPTADO DE SZABADOS E SAVOURÉ (2009). .......... 193 FIGURA 24.8. VIAS DE CONVERSÃO DO GLUTAMATO E LISINA EM VÁRIOS METABÓLITOS RELACIONADOS À TOLERÂNCIA A ESTRESSES (GALILI ET AL., 2001). ............................................................................... 195 FIGURA 24.9. VISÃO GERAL DOS RECEPTORES DO TIPO QUINASE E SUAS FUNÇÕES. AS RLK FORMAM UMA GRANDE FAMÍLIA DE GENES EM PLANTAS QUE REGULAM VÁRIOS PROCESSOS INCLUINDO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO E RESPOSTAS AOS ESTRESSES BIÓTICOS E ABIÓTICOS (OSAKABE ET AL., 2013)..................................................................................................................... 196 FIGURA 24.10. MECANISMOS DE ATIVAÇÃO DA ENZIMA ATPASE E INATIVAÇÃO DA SACAROSE FOSFATO SINTASE (SPS) E NITRATO REDUTASE (NR) (CHUNG; SEHNKE; FERL, 1999). .................................. 197 FIGURA 24.11. PROCESSO DE ATIVAÇÃO DA ENZIMA ATPASE A PARTIR DA PROTEÍNA 14-3-3, MAGNÉSIO E FUSICOCINA (FC) (CHUNG; SEHNKE; FERL, 1999). .......................................................................... 198 FIGURA 24.12. REGULAÇÃO DE ENZIMAS PELAS PROTEÍNAS 14-3-3 (CHUNG; SEHNKE; FERL, 1999). ............ 199 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 19 LISTA DE TABELAS CAPÍTULO 1 TABELA 1.1. CONTRIBUIÇÃO ABSOLUTA (KG.HA -1 FORNECIDO) E RELATIVA (%) DE DIFERENTES VIAS DE MOVIMENTO DE NUTRIENTES NO SOLO NA CULTURA DE MILHO NECESSÁRIA PARA UMA COLHEITA DE 9 TONELADAS POR HECTARE (BARBER, 1966). ......................................................................................... 25 CAPÍTULO 3 TABELA 3.1. TEMPO EM HORAS PARA ABSORÇÃO DE 50% DOS NUTRIENTES VIA FOLIAR. ADAPTADO DE OLEYNIK ET AL. (1998). .......................................................................................................................... 49 TABELA 3.2. CONCENTRAÇÃO DE UREIA [(CO(NH2)2), %] APLICADA EM DIFERENTES CULTURAS. ADAPTADO DE OLEYNIK ET AL. (1998). ..................................................................................................................... 50 CAPÍTULO 8 TABELA 8.1. ENERGIA LIVRE PADRÃO DE HIDRÓLISE DE ALGUNS COMPOSTOS FOSFATADOS EM KCAL.MOL -1 (LEHNINGER, 1985). ............................................................................................................................ 98 CAPÍTULO 15 TABELA 15.1. COMPARAÇÃO DO POTENCIAL MÁXIMO DE CONTRIBUIÇÃO DA TAXA DE ABSORÇÃO PASSIVA DE BORO VERSUS A TAXA DE ABSORÇÃO RELATIVA DE BORO (B) NAS ESPÉCIES DE CANOLA E TABACO EM UMA SUPERFÍCIE RADICULAR DE 700 CM 2 . EM QUE: TAR CORRESPONDE À TAXA DE ABSORÇÃO RELATIVA [NMOL.G -1 (FITOMASSA FRESCA).DIA -1 ]; CP AO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE (CM.S -1 ) E TPPAM À TAXA DE PERMEABILIDADE PASSIVA MÁXIMA (NMOL.G -1 .DIA -1 DE FITOMASSA FRESCA). ...... 135 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 20 E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 21 LISTA DE ABREVIATURAS Aa Aminoácidos ABA Ácido abscísico ABP Proteínas ligantes a actina ACA2 Bomba ATPase de Ca 2+ localizadas no retículo endoplasmático ACC 1-aminociclopropano ácido 1 carboxílico Acetil CoA Acetil coenzima A Ad Adenine ADP Adenosina difosfato ADPG Proteína fosfatase AIA Ácido indol acético AIP Ácido indol-3-pirúvico Al Alumínio ALA Delta-aminolevúlico AO Enzimas aldeído oxidase APS Adenosina – 5`-fosfossulfato APX Ascorbato peroxidase AsA Ascorbato ATP Adenosina trifosfato B Boro Ba Bário Br Bromo C Carbono Ca Cálcio CAT Catalase CAX Canal de troca de Ca 2+ Cd Cádmio CDPK Calmodulina domínio quinase de proteína CICR Ca 2+ induced calcium release Cl Cloro CNGC18 Canal de íons ligado a nucleotídeo cíclico Co Cobalto CO2 Dióxido de carbono Cp Coeficiente de permeabilidade (cm.s -1 ) CTE Cadeia transportadora de elétrons Cu Cobre Cyst CisteínaDHA Dehidroascorbato DNA Ácido desoxiribonucleico ECA1 Bomba ATPase de Ca 2+ localizadas no retículo endoplasmático ELA Espaço Livre aparente ELD Espaço Livre de Donnan F Flúor F6P Frutose 6 fosfato FAD Flavina FBN Fixação biológica do nitrogênio E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 22 FC Fusicocina Fd Ferridoxina reduzida Fe Ferro G1P Glicose 1 fosfato G3P Gliceraldeído 3P GA Giberelina GABA Ácido gama aminobutírico GDH Glutamato desidrogenase GLR Receptores de canais de glutamato Glu Glutamato Gly Glicina GOGAT Glutamina oxoglutarato aminotransferase GS Glutamina sintetase GSH Glutationa reduzida GST Glutationa S-transferase H Hidrogênio HCO3 - Bicarbonato His Histidina HK Histidina quinase I Iodo K Potássio Li Lítio MA Micorrizas arbusculares Mg Magnésio MiP Microprojeções de cera Mn Manganês MnSOD Superoxidase dismutase Mo Molibdênio Moco Cofator molibdênio MP Membrana plasmática N Nitrogênio Na Sódio NA Nicotianamina NADH Nicotinamida adenina dinucleotídeo NADPH Nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato Ni Níquel NR Nitrato redutase NSCC Canais de cátion não seletivos O Oxigênio OH - Hidroxila P Fósforo PAL Enzima fenilalanina amônio-liase Pb Chumbo PC Fitoquelatinas PDH Prolina dehidrogenase PEP Fosfoenolpiruvato pH Potencial hidrogeniônico (ou potencial de hidrogênio) PHR Fatores de transcrição E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 23 PHT Phosphorus histidine transports Pi Fósforo inorgânico POD Peroxidases PPDK Enzima piruvato ortofosfato diquinase PSV Fósforo sequestrado na proteína armazenada no vacúolo Q10 Incremento na temperatura de 10°C aumenta a respiração num fator de 2 R1 Estádio fenológico correspondente ao início do florescimento R5 Estádio fenológico correspondente ao início do enchimento de grãos Rb Rubídio RE Retículo endoplasmático rugoso RGII Borato ramnogalacturano II Rib Ribose RLK Receptores do tipo quinase RNA Ácido ribonucleico ROS Espécies reativas de oxigênio RR Roundup Ready RuBP Rubisco S Enxofre SAC Canais ativados por tensão Se Selênio Si Silício SO Sulfito oxidase SOD Superóxido dismutase SPS Sacarose fosfato sintase Sr Estrôncio TAM Triptamina TAR Taxa de absorção relativa [nmol.g -1 (fitomassa freca).dia -1 ] TCP1 Canal de cátion de voltagem vacuolar TP triose fosfato TPPaM Taxa de permeabilidade passiva máxima (nmol.g -1 .dia -1 de fitomassa fresca) Trp Triptofano UDP Uredina difosfato UDP glicose Uridina difosfato glicose V-ATPase V-ATPase vacuolar XDH Enzima xantina dehidrogenase XET Xiloglucanoendotransglicosilase Zn Zinco E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 24 PARTE I – NUTRIENTES E SISTEMA RADICULAR Os nutrientes minerais desempenham diversas funções fisiológicas em plantas que são indispensáveis para o seu crescimento e desenvolvimento. Os nutrientes se originam do ar (carbono e oxigênio), da água (hidrogênio e oxigênio) e do solo em sua grande maioria, como é o caso do nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) cálcio (Ca), magnésio (Mg) entre outros (MARSCHNER, 2012; TAIZ; ZEIGER, 2013). Em torno de 95% da massa seca das plantas é constituída por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), o restante é originada de outros nutrientes que são indispensáveis ou apenas auxiliam no crescimento e desenvolvimento das mesmas. Desta forma os nutrientes foram classificados de acordo com a sua função nas plantas. O primeiro grupo foi classificado como nutrientes essenciais, descritos com base em três critérios: (i) sem o nutriente a planta não completa o seu ciclo; (ii) o nutriente deve fazer parte do metabolismo da planta e (iii) não pode ser substituído por outro nutriente (TAIZ; ZEIGER, 2013; MARSCHNER, 2012). Deste grupo fazem parte o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), ferro (Fe), boro (B), manganês (Mn), níquel (Ni), cloro (Cl), molibdênio (Mo), cobre (Cu), zinco (Zn), carbono (C), oxigênio (O) e hidrogênio (H). Também existem nutrientes que foram considerados importantes para o crescimento e desenvolvimento das plantas, porém não essenciais, e deste modo considerados como benéficos, fazem parte desse grupo o silício (Si), cobalto (Co), o alumínio (Al), o selênio (Se), sódio (Na) entre outros. E por fim também foram selecionados nutrientes considerados tóxicos para as plantas, sendo que, na sua presença a planta pode ser induzida a senescência, dentre os principais destaca-se o alumínio (Al), cádmio (Cd), o chumbo (Pb) e o flúor (F). 1 CAPÍTULO 1: Nutrientes no solo e absorção radicular O transporte dos íons do solo até as raízes pode ocorrer através de três mecanismos: difusão, fluxo de massa e interceptação radicular (Tabela 1.1). Em relação ao mecanismo de difusão, o movimento dos nutrientes ocorre através da diferença de concentração. Próximo às raízes é formado uma zona de depleção de nutrientes resultando num gradiente que impulsiona o movimento de nutrientes. Os principais nutrientes absorvidos por difusão é o fósforo (P2O5 se liga ao Fe e Al). O mecanismo de interceptação radicular é a resposta da planta a falta de mobilidade dos nutrientes no solo. Neste mecanismo as raízes se movem pelos espaços entre os coloides no solo que contém nutrientes disponíveis que podem ou não estarem adsorvidos às argilas do solo, podendo interceptar nutrientes durante este processo. De acordo com Marschner (2012), o cálculo da interceptação de nutrientes é feito usando os seguintes parâmetros: (i) soma de nutrientes disponíveis no solo ocupado pelas raízes; (ii) volume de raízes com % do total de volume do solo ocupado pelas raízes; e (iii) total do volume de solo ocupado pelos poros (50%). Contudo, uma pequena parte dos nutrientes são absorvidos via interceptação radicular com destaque para cálcio (Tabela 1.1). A concentração de nutrientes no solo na direção vertical é um indicador de sua mobilidade para a superfície das raízes. Comparado com a concentração de outros nutrientes a concentração de P é extremamente baixa, desta forma o transporte por fluxo de massa até as raízes é de menor importância em relação aos outros nutrientes. E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 25 O transporte via fluxo de massa varia de acordo com as espécies, idade da planta, período do dia e com o nutriente em questão. Os principais nutrientes absorvidos via fluxo de massa são N, S, Mg e Ca, sendo a forma motora para este processo a transpiração. Tabela 1.1. Contribuição absoluta (kg.ha -1 fornecido) e relativa (%) de diferentes vias de movimento de nutrientes no solo na cultura de milho necessária para uma colheita de 9 toneladas por hectare (BARBER, 1966). Elemento Quantidade Interceptação Fluxo de Massa Difusão N 170 2 (1,18%) 168 (98,82%) 0 (0,00%) P 39 0,9 1,8 36,3 K 135 3,8 35 92,2 S 20 1,0 (5,00%) 19,0 (95,00%) 0,0 (0,00%) 1.1 Mecanismos de plantas para absorver nutrientes do solo As plantas apresentam vários mecanismos que permitem a absorção de nutrientes do solo considerados imóveis ou com baixa mobilidade. A absorção de nutrientes através das raízes depende da concentração e da mobilidade na solução do solo, da taxa de fluxo de massa, do conteúdo de água no solo, taxa de absorção no interior das raízes e interações com microrganismos (MARSCHNER, 2012). 1.2 A morfologia radicular Embora a densidade de raízes seja importante, a relação com a absorção radicular não é linear devido à competição por nutrientesna zona de depleção e da sua dependência da estrutura do solo e da competição entre os pelos radiculares. O desenvolvimento das raízes pode ser afetado pelo status de água no solo, sendo assim solos secos diminuem a elongação de raízes, mas aumenta a quantidade de pelos radiculares. A densidade das raízes, portanto é afetada pela quantidade de água no solo. Além disso, é através da água que os nutrientes se movimentam. Contudo, a estrutura do solo também pode afetar diretamente o funcionamento das raízes, pois determina a quantidade de nutrientes em contato com as raízes. Quando o solo estiver em maior contato com as raízes, a baixa taxa de elongação radicular é compensada pelo aumento na taxa de absorção de nutrientes. A estrutura também determina a concentração de oxigênio para a respiração radicular (MARSCHNER, 2012). 1.3 Relação entre crescimento radicular e nutrição mineral 1.3.1 Suprimento de carboidratos Dependendo da espécie e estádio fenológico, de 25 a 50% dos fotoassimilados produzidos pelas plantas são enviados para as raízes para crescimento, manutenção e outras funções. Em torno de 50% destes fotoassimilados são utilizados para a respiração radicular. A relação simbiótica da planta com microrganismos do solo pode aumentar o dreno de fotoassimilados para as raízes. A simbiose pode utilizar em torno de 15 a 30% dos fotoassimilados enviados para as raízes. 1.3.2 Morfologia radicular e interações hormonais As zonas de crescimento, elongação de raízes laterais e pelos radiculares são influenciados por hormônios. As raízes laterais se originam do procâmbio próximo ao protoxilema. Estas são influenciadas por fatores ambientais e controle hormonal. E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 26 As auxinas induzem o crescimento de raízes laterais, porém em elevadas concentrações inibe direta ou indiretamente devido a síntese de etileno (TAIZ; ZEIGER, 2013). 1.3.3 Morfologia radicular e interações hormonais e nutricionais As auxinas interagem com outros hormônios no processo de elongação e formação de raízes laterais (citocininas). Em Medicago truncatula se a concentração de citocininas é incrementada a produção de raízes laterais é bloqueada e o embrião pode ser produzido mesmo em sistemas vasculares onde a concentração desses hormônios é induzida exogenamente. Entretanto, se as plantas são expostas a auxinas sete dias antes da adição de citocininas, são formadas apenas raízes e não se observa a presença de embrião. Desta forma, conclui-se que após iniciado o processo este é irreversível (IMIN et al., 2007). O ápice radicular especialmente as células da coifa são os locais de síntese de citocinina que em elevadas concentrações inibe a elongação celular e a formação de raízes secundárias. Sendo assim, a remoção do ápice radicular pode incrementar a produção de raízes secundárias. A presença de nutrientes afeta o crescimento e desenvolvimento de raízes, especialmente o N e o P juntamente com o Mg, em menor importância. Estes nutrientes quando localizados próximos às raízes ocasionam acréscimo no crescimento radicular. Tal mecanismo foi observado em milho (Zea mays L.) por Thoms e Sattelmacher (1990) apud MARSCHNER, (2012), os quais verificaram um incremento na translocação de fotoassimilados translocados via floema nas raízes onde existe um aumento na concentração de nutrientes, o que provavelmente foi a causa da maior elongação e divisão celular. O aumento do crescimento radicular em função da disponibilidade de nutriente está relacionado com o aumento da respiração celular nos locais de suprimentos de fotoassimilados, porém apenas nos locais onde as raízes estão em contato com o nutriente, sugerindo que as alterações no particionamento dos fotossintatos são maiores nos locais onde as raízes apresentam elevada concentração de nutrientes. Desta forma, o aumento da formação de raízes laterais próximo aos locais com elevada concentração de nutrientes não é causada apenas pelo aumento do suprimento de fotoassimilados ou alta taxa respiratória, mas pelo descarregamento de auxinas e fotossintatos pelo floema (MARSCHNER, 2012). 1.4 Micorrizas As plantas vasculares são compostas por duas partes distintas: folhas autotróficas e raízes heterotróficas. Contudo a associação observada nestas plantas ocorre basicamente nas raízes. De acordo com Cruz et al. (2008) ambientes pobres em nutrientes e demais recursos ambientais proporcionam a adaptação das raízes afim de maximizar a absorção de nutrientes do solo. As micorrizas são fungos simbióticos que interagem com as raízes das plantas, cuja a associação varia em estrutura e funções. Dentre elas, destaca-se a proteção da zona apical das raízes durante o seu crescimento, lubrificação radicular (especialmente em solos secos), absorção de íons (facilita ou restringe) e também pode causar agregação e coloides na rizosfera. Contudo, a interação mais comum é a simbiose das micorrizas arbusculares (MA) com plantas. Em torno de 80% das plantas terrestres formam alguns tipos de associações, incluindo muitas espécies agrícolas (SMITH; READ, 1997). Durante a evolução a simbiose MA foi perdida em torno de 10% das plantas incluindo membros das angiospermas (TESTER; SMITH; SMITH, 1987). Estes fungos são importantes E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 27 nos sistemas agrícolas, por incrementar o crescimento (SMITH; READ, 1997), a capacidade reprodutiva (LU; KOIDE, 1994), tolerância ao estresse hídrico das plantas (GUPTA; KUMAR, 2000), além disso, aumenta a resistência da planta a microrganismos do solo, pois possui efeitos antagônicos competindo com pragas e micróbios patogênicos (GANGE; WEST, 1994). O principal benefício da planta hospedeira na simbiose por micorrizas é o aumento da absorção de elementos imóveis no solo, especialmente o fósforo (JAKOBSEN, 1999). Os fungos MA incrementam a absorção de N em células vegetais devido à competição das hifas por N do solo (IBIJBIJEN et al., 1996). Em plantas sem micorrizas a zona de depleção de P depende do comprimento das raízes. Em cada espécie de planta existem diferenças na capacidade de retirar nutrientes do solo. E.B. Fagan; E.O. Ono; J.D. Rodrigues; L.H. Soares e D. Dourado Neto. Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral.Página 28 PARTE II – NUTRIENTES NA PLANTA 2 CAPÍTULO 2: Fatores que afetam a absorção de nutrientes na planta Os nutrientes apresentam diferenças físicas e químicas que determinam a sua especificidade de absorção pelas proteínas das membranas celulares. As principais propriedades são: (i) diâmetro do íon: para íons como semelhante valência existe uma correlação negativa entre a taxa de absorção de íons e o raio do íon. Isso pode ser observado quando se compara o Li, Na e o K; (ii) molécula versus íons com diferentes valências: na membrana existem cargas elétricas que interagem com os íons. O incremento do diâmetro do íon hidratado e da valência são os principais fatores que diminuem a absorção destes; e (iii) atividade metabólica: a principal fonte de energia em células não fotossintetizantes é a respiração celular. Desta forma, fatores que afetam a respiração, interferem na absorção de íons. 2.1 Respiração celular A respiração celular afeta diretamente a absorção de nutrientes, pois gera energia para a formação do gradiente eletroquímico necessário para gerar força motora de absorção. Portanto, fatores que afetam a respiração consequentemente interferem na absorção de nutrientes. Destes fatores, destaca-se a disponibilidade de oxigênio, carboidratos e a variação da temperatura do ar. Em relação ao oxigênio, constata-se um decréscimo no crescimento em plantas que se desenvolvem em ambientes
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