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Virus da Imunodeficiencia Felina (FIV) resumo final

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· Tema: Vírus de Imunodeficiência Felina (FIV)
Introdução 
Feline immunodeficiency vírus (FIV) – descoberto em 1986 por Pedersen et al (1987), na Califórnia, Estados Unidos.
O FIV infecta somente felinos domésticos e selvagens.
Familia: Retroviridae – vírus constituído pelo genoma RNA fita simples senso positivo que replica o RNA viral por meio de transição reversa. Assim chamado pelo desenvolvimento lento e pertencem a mesma família da Síndrome da Imunodeficiência Humana (SIDA), são semelhantes em estruturam ciclo de vida e patogenicidades similares e geneticamente distintos.
Subfamília: Orthoretrovirinae – vírus envelopada que replica em uma célula hospedeira.
Gênero: Lentivírus (lentin – lento do latim), são vírus com longo período de incubação seu genoma é composto de três genes estruturais principais: gag, pol e env, codificam as proteínas estruturais internas, enzimas virais e glicoproteínas do envelope.
Constituído por RNA (Acido Ribonucleico), associados a doenças neurológicas e imunossupressoras oferecem informações significativas do DNA da célula do hospedeiro com capacidade de replicar células sem que elas se dividam. 
Esquema de FIV enfatizando os diferentes antígenos alvo para teste de anticorpos.
Fonte: Revista Elsevier.vol 42
 
Foram identificados cinco genótipos (A-E), geneticamente distintos com 26% de divergências no env, gene viral que codifica a proteína que forma o envelope viral, permite que os retrovírus alojem e se liguem a tipos celulares específicos e se infiltrem na membrana celular alvo.
Transmissão 
Gato contaminado pela FIV - Fonte: Perito Animal 
A prevalência do vírus depende do sexo, forma de criação e do estado de saúde do felino. Gatos machos de vida livre ou semi-domésticos, com mais de 6 anos de idade. 
Estatisticamente 20 a 40% dos gatos abandonados possuem o vírus da imunodeficiência felina (FIV). 
* Contato direto ou indireto 
- Saliva
- Mordidas ou brigas (mais gatos machos)
- Semên 
-Leite 
· Via oral (contato indireto)
O felino infectado libera o vírus pela saliva contaminando o alimento e a água.
· Transmissão vertical 
Durante a gestação, durante o parto e pela ingestão do colostro.
Patogenia 
O alvo do FIV são os linfócitos T CD4+ativados, células conhecidas com T auxiliares, seu papel principal são as funções imune humoral e produção de anticorpos. Diferente do HIV que tem como receptor principal o CD4 o FIV tem como receptor primário o CD134.
A glicoproteína 120 (gp120) do envelope do vírus se liga ao receptor primário promovendo alteração no envelope viral, favorecendo uma segunda intenção com o co-receptor CXCR4, resultado a fusão viral a membrana celular e entrada do vírus. A região genética do envelope (env) de lentivírus sofre mutação e exibe uma grande diversidade genética.
Apesar da diminuição do número celular de T CD4+ seja a marca do FIV, a infecção pode atingir vários tipos de células: linfócitos T CD8+, linfócitos B, células neurais, monócitos, macrófagos e células dendríticas.
 
Diagrama demonstrativo do Ciclo Celular do FIV.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina
Quanto mais vírus mais reposição de célula é liberada pela medula óssea, sem resposta do Sistema Imune levando as células ao esgotamento e mantendo a carga viral elevada no organismo e infecções secundárias (agravamento de infecções existentes ou oportunistas).
Imunopatologia da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina em diferentes fases
 → ↔Fase de AIDS
Fase assintomática
Fase Aguda
 ↓ ↓ ↓ Distúrbio associado a síndrome da imunodeficiência felina; ↑carga viral, morte do animal.
Perda das células CD4+; inversão da relação CD4/CD8↓ da carga viral; disfunção progressiva do sistema imune.
Replicação do vírus nas células: dendríticas, macrófagos e linfócitos TCD4; ↑
Da carga virale entre 8 a 12 semanas após a infecção.
 → →
Manifestações Clínicas e estágios da infecção pelo FIV 
	Forma 
	Manifestação Clínica 
	Duração
	Infecção aguda 
	Nenhuma ou inespecífica (febre, linfadenopatia, diarreia, infecções respiratórias.
	Semanas ou meses 
	Portador subclínico 
	Nenhuma 
	Anos 
	Linfoadenopatia generalizada
	Aumento generalizado dos linfonodos, sinais inesperados (febre, anorexia, perda de peso), alterações comportamentais.
	Anos 
	ARC (AIDS related complex)
	Linfadenopatia, infecção crônica secundarias (cavidade oral e trato respiratório superior).
	Meses ou anos 
	FAIDS (AIDS Felina)
	Infecção crônicas oportunistas e secundarias severas, tumores e emaciação 
	Meses
Quando o vírus ataca o organismo do felino se espalha pelo corpo observando a diminuição de células brancas no sangue, o animal apresenta: febre, depressão e aumentos dos linfonodos. Sintomas rápidos na fase aguda do FIV.
Em sua fase severa: Gengivites e periodontites (infecções de boca), abcessos, conjuntivites ou corrimentos anormais pelo nariz.
Com a diminuição das células brancas o resultado e a falta de neutrófilos (células que auxiliam a defesa contra as infecções bacteriana) provoca anemia.
Pode afetar o Sistema Nervoso Central levando a mudanças bruscas de personalidade nos animais doentes EX: (gatos tímidos se tornam agressivos ou gatos destemidos se tornam medrosos). Podendo desenvolver linfossarcomas (tumores malignos dos glóbulos brancos) favorecendo a insuficiência renal e doenças parasitarias como Toxoplasmose, vírus da FELV (Leucemia Felina) e Neoplasia (tumores benignos ou malignos alojadas em tecidos nobres: cérebro, pulmão, fígado e rim). 
Sinais Clínicos 
Sinais clínicos variam conforme a fase da doença, afecção e infecção secundarias devem ser identificadas e tratadas.
· Febre;
· Dermatite, otite;
· Linfadenopatia; 
· Estomatite, gengivite;
· Quadro neurológico; 
· Uveíte, conjuntivite; 
· Anorexia, emaciação;
· Enterite, diarreia
· Abcessos;
· Insuficiência renal crônica;
· Infecções respiratórias;
· Sinais inespecíficos;
· Imunossupressão.
 
Gengivo-estomatite severa generalizada 
Fonte: Artigo revista portuguesa Ciências veterinárias 
Anomalias patogênicas descritas em gatos FIV – positivo
	Local 
	Anormalidades 
	Linfonodo 
	Hiperplasia, involução folicular
	Timo
	Atrofia, hiperplasia folicular
	Trato intestinal
	Achatamento de vilosidade, colite piogranulomatosa, estomatite linfoplásmatica
	Fígado 
	Hepatite periportal
	Medula Óssea 
	Hiperplasia mieloide 
	Rins 
	Nefrite intersticial, glomerulonecrose 
	SNC
	Manguito perivascular, glicose, mielite, mielopatia
	Pulmão 
	Pneumonia intersticial
	Músculo esquelético 
	Miosite linfócito, necrose, manguito perivascular 
	
	
Diagnostico laboratorial 
Com todas as aparecias clínicas o felino deve ser submetido a exames laboratoriais:
PCR – sequenciamento genético utilizado para epidemiologia e para identificação do subtipo do vírus predominante.
ELISA e imunocromatográfico – Testes rápidos, detecção indireta testes sorológicos utilizando soro e plasma detectando os anticorpos que reconhecem as proteínas estruturais do vírus (proteína p24 e p15) e uma das glicoproteínas do envelope viral gp41.
Western Blot – caso ocorra inconclusão dos testes anteriores, teste considerado “padrão ouro”, o vírus e primeiramente purificado em suas proteínas separados por gel de eletroforese. Desta maneira, as proteínas podem ser detectadas por anticorpos específicos presentes no soro dos animais infectados.
Tratamento, Prevenção e controle
O FIV não tem cura, o animal pode viver por anos caso receba o tratamento assintomático correto (que não elimina as infecções oportunistas, mas trata as infecções oportunistas): coquetel de medicamentos que ajudam a aumentar a resistência do sistema imunológico do felino e evitar infecções.
Métodos mais requisitados: 
*Interferon – ômega recombinante felino;* Immunoregulis – estímulos para o sistema imune;
* Retrovir Azt – Utilizado para HIV.
A vacinação para casos de FIV não é eficazes e é questionável, por ser um retrovírus e por possuir capacidade recombinante vindo a produzir novas variantes virais.
Boa alimentação, qualidade de vida, consultas frequentes ao médico veterinário e castração. Evitar que o felino tenha contato com gatos de vida livre.

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