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Parede anterolateral do abdome Os músculos em cada lado são: Mm. Reto do abdome, piramidal, oblíquo externo, oblíquo interno e transverso (são anterolaterais e estão dispostos entre fáscias). A fáscia da parede abdominal é uma camada fina de revestimento do oblíquo externo. Ela se continua medialmente sobre a aponeurose do músculo oblíquo externo até a linha alba. Os músculos localizados nessa região estão envolvidos na compressão das vísceras e na sustentação do tronco e no aumento da pressão intra-abdominal, além de exercerem outras funções específicas. Oblíquo externo: músculo mais superficial. ORIGEM: superfícies externas das oito costelas inferiores INSERÇÃO: lado externo da crista ilíaca. INERVAÇÃO: nervos toracoabdominais e nervo subcostal. AÇÃO: inclinação lateral de tronco e rotação da coluna. Oblíquo interno: ORIGEM: fáscia toracolombar INSERÇÃO: três costelas INERVAÇÃO: os três nervos toracoabdominais mais inferiores e o nervo subcostal. Os ramos dos nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal podem estar presentes, porém não se sabe se eles contêm fibras motoras. AÇÃO: inclinação lateral de tronco, auxílio na respiração e rotação da coluna. Transverso do abdome: ORIGEM: fáscia ilíaca, borda interna da crista ilíaca, fáscia toracolombar e superfície interna das seis cartilagens costais inferiores. Frequentemente, as fibras do músculo transverso do abdome se fundem com o diafragma. INSERÇÃO: linha alba INERVAÇÃO: nervos intercostais inferiores, ílio-hipogástrico e ilioinguinal. AÇÃO: compressão das vísceras. A fáscia na superfície interna do músculo transverso serve como um epimísio e forma uma camada bem distinta, denominada fáscia transversal. Ela é uma parte da fáscia de revestimento interno da parede abdominal. Reto do abdome: é um músculo longo, fino e largo. ORIGEM: púbis. INSERÇÃO: quinta a sétima cartilagens costais e apófise xifóide. ANATOMIA DAS PAREDES ABDOMINAIS INERVAÇÃO: nervos intercostais, nervos toracoabdominais e subcostais. AÇÃO: Flexão do tronco, estabilização da coluna vertebral, compressão da parede abdominal, aumento da pressão intra- abdominal e respiração. A disposição das aponeuroses é diferente quando se observam os dois terços superiores e o terço inferior da parede abdominal, os dois terços superiores estão acima do umbigo e o terço inferior está abaixo do umbigo. 2/3 superiores: m. oblíquo externo passa anteriormente ao m. reto do abdome. A aponeurose do m. oblíquo interno se abre em duas lâminas e envolve o m. reto do abdome. A aponeurose do m. transverso passa posteriormente ao m. reto do abdome. 1/3 inferior: todas as aponeuroses passam anteriormente ao m. reto do abdome, deixando sua face posterior apenas recoberta pela fáscia transversal. Aqui, tem-se a formação da linha arqueada (Arcada de Douglas). Linha semilunar: Também conhecida como linha de Spiegel, corresponde a uma linha curva, lembra uma meia lua, de concavidade medial que marca a zona de transição do m. transverso do abdome para a sua aponeurose. Identificada exteriormente pelo sulco lateral do ventre de Gerdy. Linha alba e bainha do reto: A linha alba é uma linha branca e bastante robusta localizada entre os dois retos abdominais, na linha mediana. É formada pela união das aponeuroses dos músculos obliquo interno, externo e transverso com as aponeuroses desses músculos do lado oposto. A bainha do reto é uma bainha aponeurótica formada pelas aponeuroses dos músculos oblíquo externo, interno e transverso, que ao passar pelo m. reto do abdome para alcançar a linha media o envolvem e formam essa bainha. canal inguinal É uma passagem oblíqua de 3 a 5cm de comprimento, através da parede abdominal. O ligamento inguinal cursa paralelo e inferiormente ao canal, e o cruza medialmente, bem próximo à sua origem. Paredes do canal inguinal: MALT Teto: Mm. Oblíquo interno e transverso do abdome. Anterior: Aponeuroses dos Mm. Oblíquo interno e oblíquo externo. Pavimento: Ligamentos inguinal e lacunar. Posterior: Tendon e fáscia transversal Conteúdo: Homens: cordão espermático e nervo ilioinguinal Cordão espermático: artérias testicular, cremastérica e deferente. Camadas fasciais: espermática externa, cremastérica e espermática interna. Nervos: ramo genital do nervo genitofemoral, fibras simpáticas, nervo ilioinguinal. Mulheres: ligamento redondo do útero e nervo ilioinguinal. Aberturas: Anel inguinal profundo: é a entrada interna do canal inguinal, escondido atrás da fáscia transversal. Anel inguinal superficial: é a saída externa do canal. Se encontra posterior à aponeurose do oblíquo externo, e localiza-se superior e lateralmente ao tubérculo púbico. Vasos sanguíneos e drenagem linfática Vasos sanguíneos: as artérias cutâneas da parede abdominal originam-se das artérias mais profundas, e também da artéria epigástrica superficial e de ramos circunflexos superficiais do ílio da artéria femoral. As veias cutâneas que drenam a área desde o umbigo para baixo terminam na veia safena magna. Acima do umbigo, elas se anastomosam com vasos que convergem para as veias toracoepigástricas. Estas drenam para as veias torácicas laterais e, dessa forma, fornecem uma via de circulação colateral em caso de obstrução da veia cava. Na proximidade do umbigo, as veias subcutâneas se anastomosam com a veia porta através de ramos ao longo do ligamento redondo do fígado. Artéria epigástrica superior: anastomoses entre a superior e a inferior determinam uma circulação colateral entre as artérias subclávia e ilíaca externa. Vasculariza a pele suprajacente ao reto. Artéria musculofrênica: vasculariza espaços intercostais, diafragma e parede abdominal. Artéria epigástrica inferior: se origina da artéria ilíaca externa. Vasculariza o reto, os músculos adjacentes e a pele. Emite dois ramos; artéria do cremaster e ramo púbico. Artéria circunflexa profunda do ílio: se origina da artéria ilíaca externa. Vasculariza espinha ilíaca anterossuperior, m. transverso e m. oblíquo interno e se anastomosa com a artéria musculofrênica. Os vasos linfáticos da pele drenam em duas direções: aproximadamente do umbigo para baixo, para os linfonodos inguinais superficiais e, do umbigo para cima, para os linfonodos axilares. Nervos da parede abdominal Nervos toracoabdominais: cada nervo inerva uma faixa de pele através de seus ramos cutâneos lateral e anterior. Nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal: derivados do primeiro nervo lombar, apresentam majoritariamente distribuição cutânea. Umbigo É uma cicatriz deprimida no plano mediano. Antes do nascimento, a parede abdominal encontra- se aberta na inserção do funículo umbilical, com as suas duas artérias e veias mais o úraco. Todas as camadas da parede abdominal se fundem no umbigo. Parede abdominal posterior A parede abdominal posterior é composta do corpo das cinco vértebras lombares e de seus discos interpostos, do músculo psoas maior e menor, lateralmente, e, ainda mais lateralmente, a cada lado, o quadrado lombar, o ílio e o ilíaco. O diafragma também contribui para a parte superior da parte posterior. Os músculos eretores da espinha encontram-se atrás do quadrado lombar. As origens dos músculos oblíquo interno e transverso abdominal a partir da fáscia toracolombar estão dispostas na borda lateral do quadrado lombar. A artéria aorta e a veia cava inferior localizam-se anteriormente aos corpos vertebrais, com o m. psoas maior ao lado. Iliopsoas: principal flexor da coxa e tronco. Psoas menor: ORIGEM: corpos da 12 VT e primeira VL.. INSERÇÃO: linha arqueada. INERVAÇÃO: plexo lombar. AÇÃO: flexão de tronco. Quadrado lombar: ORIGEM: crista ilíaca. INSERÇÃO: 12 costela e apófises transversas das primeira a quarta VL. INERVAÇAO: nervo subcostal e plexo lombar. AÇÃO: flexão lateralde tronco e auxilia o diafragma. A fáscia transversal continua-se com a camada anterior da fáscia toracolombar, anteriormente ao quadrado lombar. A fáscia do psoas, chamada de bainha do psoas, insere-se lateralmente aos processos transversos das vertebras lombares e medialmente aos seus corpos. A fáscia ilíaca cobre o ilíaco. Abaixo, ela contribui para a bainha femoral e para o ligamento inguinal, continuando-se da coxa. O transverso e o oblíquo interno originam-se, em parte, desta fáscia.
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