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1º ANO - EXERCÍCIOS - LITERATURA - FLÁVIA - RECUPERAÇÃO - DEZEMBRO - 2019 (2)

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
O primeiro navio destacado da conserva para levar a Portugal a notícia do descobrimento do Brasil, e 
com instâncias ao rei de Portugal para que por amor da religião se apoderasse d'esta descoberta, 1cometera 
a violência de arrancar de suas terras, sem que a sua vontade fosse consultada, a dois índios, ato contra o 
qual se tinham pronunciado os capitães da frota de Pedro Álvares. Fizera-se o índice primeiro do que era a 
história da colônia: era a cobiça disfarçada com pretextos da religião, era o ataque aos senhores da terra, à 
liberdade dos índios; eram colonos degradados, condenados à morte, ou espíritos baixos e viciados que 
procuravam as florestas para darem largas às depravações do instinto bruto." 
(DIAS, Gonçalves. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 4º trim. 1867, p.274.) 
 
1.A visão de Gonçalves Dias no texto: 
a)reforça a posição dos brasileiros que desejam comemorar os 500 anos da chegada dos portugueses ao 
Brasil, como se esta tivesse sido um evento relevante e benéfico para os habitantes de nossa terra; 
b)insere-se no contexto do Romantismo, que busca ressaltar os aspectos negativos da colonização 
portuguesa, como elemento motivador para um distanciamento e uma diferenciação em relação a Portugal; 
c)recusa a ideia da violência que teria caracterizado a colonização portuguesa no Brasil, como se a esquadra 
de Pedro Álvares não houvesse enviado dois índios a Portugal, contra a vontade deles; 
d)ressalta a concordância a que os capitães da frota de Pedro Álvares teriam chegado, como se o consenso 
de todos estes comandantes justificasse a atitude de evitar os dois índios ao rei português; 
e)valoriza e confirma a iniciativa de alguns órgãos de imprensa que celebram a conquista portuguesa como 
fator importante para nosso posterior desenvolvimento como nação. 
 
2. Pense na vertente indianista do Romantismo brasileiro para responder às questões. 
 
a) Considerando-se o modo pelo qual Gonçalves Dias e José de Alencar retrataram a figura do índio em suas 
obras, é possível afirmar que estavam sendo fiéis aos valores do Romantismo? Por quê? 
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b) Qual a relação que se pode estabelecer entre a valorização do indianismo, em Gonçalves Dias e José de 
Alencar, e o período histórico em que viveram? 
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3.Leia as estrofes seguintes, extraídas do poema "Canção do Exílio" de Gonçalves Dias. 
 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossas vida mais amores. 
[...] 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu 'inda' aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Em relação à "Canção do Exílio" é correto afirmar que 
Escola “Guimarães Rosa” 
Aluno(a): _____________________________________________________________________ Nº: _________ 
Turma: 1º ___ Disciplina: Literatura Professora: Flávia Poloni Data: _____________ 
a)exalta a natureza brasileira em sua fauna e sua flora, destacando-se pela temática regionalista. 
b)se trata de um soneto clássico que celebrizou o poeta como um dos mais importantes do Romantismo 
brasileiro. 
c)é um canto de amor à pátria e teve alguns dos seus versos incorporados à letra do Hino Nacional. 
d)as estrelas e as flores, referidas na segunda estrofe, simbolizam a falta de preocupação com os problemas 
do período colonial. 
e)os versos da última estrofe acentuam o sentimento do exílio e expressam o desejo do poeta de morrer em 
Portugal. 
 
4.Observe com atenção o fragmento abaixo: 
 
I- Juca-Pirama 
 
No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos - cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d'altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão. 
 
São rudos, severos, sedentos de glória, 
Já prélios incitam, já cantam vitória, 
Já meigos atendem à voz do cantor: 
São todos Timbiras, guerreiros valentes! 
Seu nome lá voa na boca das gentes, 
Condão de prodígios, de glória e terror! 
[...] (DIAS, Gonçalves. "I-Juca-Pirama.") 
 
Reflita sobre as tendências da poesia romântica indianista e assinale a alternativa que NÃO confirma a visão 
idealizada do poeta em relação ao indígena brasileiro: 
a)"I-Juca-Pirama" expressa o nacionalismo de seu autor, que, ao idealizar a coragem e o heroísmo do índio 
brasileiro, atribui-lhe também alguns distúrbios de personalidade. 
b)O poeta romântico transformou o silvícola em um dos símbolos da autonomia cultural e da superioridade da 
nação brasileira. 
c)O poema gonçalvino enalteceu e preservou as tradições indígenas brasileiras, incorporando-as ao orgulho 
nacional. 
d)O índio de Gonçalves Dias ganhou o tom dos valorosos cavaleiros medievais e reafirmou o sentimento 
nacionalista de nosso Romantismo. 
e)A poesia romântica indianista resgatou o passado histórico do Brasil e valorizou a bravura de seus 
habitantes naturais. 
 
5."A sociedade, no meio da qual me eduquei, fez de mim um homem à sua feição. Habituei-me a considerar a 
riqueza como a primeira força viva da existência e os exemplos ensinavam-me que o casamento era meio tão 
legítimo de adquiri-la, como a herança e qualquer honesta especulação." 
 
No enredo de SENHORA, tal como se depreende do trecho transcrito, há uma aproximação entre casamento 
e 
a)recomendações divulgadas pela igreja. 
b)normas impostas aos escravos. 
c)costumes copiados dos indígenas. 
d)leis do tempo da colônia. 
e)práticas da organização social burguesa. 
 
6.Nos versos abaixo, Castro Alves assim se dirige à bandeira nacional: 
 
Tu, que da liberdade após a guerra 
Foste hasteada dos heróis na lança, 
Antes te houvessem roto na batalha, 
Que servires a um povo de mortalha!... 
 
Com esses versos, o poeta está 
a)conclamando os brasileiros à luta pela proclamação da República. 
b)rememorando as ações heroicas dos rebeldes de Canudos. 
c)acusando as intromissões do governo inglês em assuntos nacionais. 
d)denunciando as conspirações contra o regime monarquista. 
e)lamentando as atrocidades das práticas escravistas no Brasil. 
 
7.Leia com atenção os juízos estéticos transcritos abaixo e marque: 
 
Juízo I. "Intérprete dos anseios do homem seiscentista solicitado por ideais em conflito. O fusionismo é a sua 
tendência dominante - tentativa de conciliar, incorporando contrários." 
 
Juízo II. "Procurando libertar a língua de termos espúrios, restituindo-lhe uma sobriedade castiça e o rigor de 
sentido, é a revitalização do pastoralismo e bucolismo." 
a)se o primeiro se referir ao BARROCO e o segundo, ao ARCADISMO. 
b)se o primeiro se referir ao ARCADISMO e o segundo, ao BARROCO. 
c)se ambos se referirem ao BARROCO. 
d)se ambos se referirem ao ARCADISMO.e)se ambos se referirem à LITERATURA DOS JESUÍTAS no Brasil. 
 
8."Que diversas que são, Marília, as horas 
Que passo na masmorra imunda, e feia, 
Dessas horas felizes já passadas 
 Na tua pátria aldeia!" 
 
Esses versos de "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, caracterizam: 
a)a primeira parte da obra, o namoro. 
b)a felicidade da futura família. 
c)o sonho de realizar a Inconfidência. 
d)a segunda parte da obra, a cadeia. 
e)o sonho de um futuro feliz ao lado da amada. 
 
9.Apresentam-se em seguida, três proposições I, II e III. 
 
I. "O momento ideológico, na literatura dos Setecentos, traduz a crítica da burguesia culta aos abusos da 
nobreza e do clero." 
II. "O momento poético, na literatura do Arcadismo, nasce de um encontro, embora ainda amaneirado, com a 
natureza e os afetos comuns do homem." 
III. "Façamos, sim, façamos, doce amada, 
Os nossos breves dias mais ditosos." 
A característica que está presente nestes versos de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, é o "carpe 
diem" ("gozar a vida"). 
 
Marque: 
a)se só a proposição I é correta. 
b)se só a proposição II é correta. 
c)se só a proposição III é correta. 
d)se só são corretas as proposições I e II. 
e)se todas as proposições são corretas. 
 
10.Ao evidenciar as tendências do Arcadismo brasileiro, Antônio Cândido conclui: 
 
A poesia pastoral, como tema, talvez esteja vinculada ao desenvolvimento da cultura urbana, que, opondo as 
linhas artificiais da cidade à paisagem natural, transforma o campo num bem perdido, que encarna facilmente 
os sentimentos de frustração. 
 (CÂNDIDO, Antônio. "Formação da literatura brasileira." São Paulo: Martins, 1959. p.54. v.I) 
 
A partir de uma reflexão sobre a afirmativa transcrita acima, fale sobre as manifestações da Natureza na 
poesia árcade: 
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11.Leia os seguintes fragmentos de "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga. 
 
Texto 1 
Verás em cima de espaçosa mesa 
Altos volumes de enredados feitos; 
Ver-me-ás folhear os grandes livros, 
E decidir os pleitos. 
 
Texto 2 
Os Pastores, que habitam este monte, 
Respeitam o poder do meu cajado; 
Com tal destreza toco a sanfoninha, 
Que inveja me tem o próprio Alceste. 
Responda: 
a) Em qual dos fragmentos o sujeito lírico é caracterizado de acordo com a convenção arcádica? 
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b) Explique. 
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12."Nasce o sol, e não dura mais que um dia, 
Depois da luz se segue a noite escura, 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas, a alegria." 
 
Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de Matos, a principal característica do Barroco é: 
a)a forte presença de antíteses. 
b)o culto do amor cortês. 
c)o uso de aliterações. 
d)o culto da natureza. 
e)a utilização de rimas alternadas. 
 
13.Considerando-se a produção poética de Gregório de Matos e Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar 
que ambos 
a)cultivaram o soneto, forma fixa pela qual exploraram temas e recursos poéticos próprios dos diferentes 
períodos e estilos literários que tão bem representaram. 
b)cultivaram o soneto, pois valorizaram o mesmo estilo de época predominante no século XVII, quando esta 
forma fixa de poesia era considerada superior a todas as demais. 
c)notabilizaram-se pela sátira, dirigida contra os mandatários da Coroa portuguesa responsáveis pela 
exploração econômica do açúcar e pela corrupção política na Bahia. 
d)notabilizaram-se por um tipo de lirismo sentimental que já prenunciava o movimento romântico, influindo 
diretamente nas obras de Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. 
e)notabilizaram-se pela idealização do amor e da natureza, estes dois elementos centrais para a lírica que 
seguia os padrões e os valores do chamado estilo neoclássico. 
 
14.Leia o trecho de um sermão, do Padre Antônio Vieira: 
 
"Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso, um 
estilo tão afetado, um estilo tão encontrado a toda parte e a toda a natureza? O estilo há de ser muito fácil e 
muito natural. Compara Cristo o pregar e o semear, porque o semear é uma arte que tem mais de natureza 
que de arte." 
 
O objetivo do autor é 
a)destacar que a naturalidade - propriedade da natureza - pode tornar mais claro o estilo das pregações 
religiosas. 
b)salientar que o estilo usado na igreja, naquela época, não era afetado nem dificultoso. 
c)argumentar que a lição de Cristo é desnecessária para os objetivos da pregação religiosa. 
d)lamentar o fato de os sermões serem dirigidos dos púlpitos, excluindo da audiência as pessoas que ficavam 
fora da igreja. 
e)mostrar que, segundo o exemplo de Cristo, pregar e semear afetam o estilo, porque são práticas 
inconciliáveis. 
 
15.Assinale a alternativa CORRETA a respeito do Padre Antônio Vieira: 
a)Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o para justificar todos os acontecimentos políticos e 
sociais. 
b)Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. 
c)Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. 
d)Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos. 
e)Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana, não se ocupou de problemas locais. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
 
 Ora, suposto que já somos pó, e não pode deixar de ser, pois Deus o disse, perguntar-me-eis, e com 
muita razão, em que nos distinguimos logo os vivos dos mortos? Os mortos são pó, nós também somos pó: 
em que nos distinguimos uns dos outros? Distinguimo-nos os vivos dos mortos, assim como se distingue o pó 
do pó. Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído, os vivos são pó que anda, os mortos são pó que 
jaz: Hic jacet1. Estão essas praças no verão cobertas de pó: dá um pé-de-vento, levanta-se o pó no ar e que 
faz? O que fazem os vivos, e muito vivos. NÃO AQUIETA O PÓ, NEM PODE ESTAR QUEDO: ANDA, 
CORRE, VOA; ENTRA POR ESTA RUA, SAI POR AQUELA; JÁ VAI ADIANTE, JÁ TORNA ATRÁS; TUDO 
ENCHE, TUDO COBRE, TUDO ENVOLVE, TUDO PERTURBA, TUDO TOMA, TUDO CEGA, TUDO 
PENETRA, EM TUDO E POR TUDO SE METE, SEM AQUIETAR NEM SOSSEGAR UM MOMENTO, 
ENQUANTO O VENTO DURA. Acalmou o vento: cai o pó, e onde o vento parou, ali fica; ou dentro de casa, 
ou na rua, ou em cima de um telhado, ou no mar, ou no rio, ou no monte, ou na campanha. Não é assim? 
Assim é. 
(VIEIRA, Antônio. Trecho do Cap. V do Sermão da Quarta-Feira de Cinza.) 
 
1 - Hic jacet: aqui jaz. 
 
16.Segundo o "Novo Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa", "sermão" é um "discurso religioso 
geralmente pregado no púlpito". 
 
a) De que forma o autor reproduz, no texto escrito, características próprias do discurso falado? 
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________________________________________________________________________________________b) O texto apresenta uma relação de oposição entre estaticidade e movimento. Indique, no trecho destacado 
em maiúsculo, qual dessas ideias é abordada e a forma de construção de período utilizada para exprimi-la. 
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17.Em Padre Vieira fundem-se a formação jesuítica e a estética barroca, que se materializam em sermões 
considerados a expressão máxima do Barroco em prosa religiosa em língua portuguesa, e uma das mais 
importantes expressões ideológicas e literárias da Contra-Reforma. 
 
a) Comente os recursos de linguagem que conferem ao texto características do Barroco. 
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b) Antes de iniciar sua pregação, Vieira fundamenta-se num argumento que, do ponto de vista religioso, 
mostra-se incontestável. Transcreva esse argumento. 
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
Fragmento I 
 
Pálida à luz da lâmpada sombria, 
Sobre o leito de flores reclinada, 
Como a lua por noite embalsamada, 
Entre as nuvens do amor ela dormia! 
 
Era a virgem do mar na escuma fria 
Pela maré das águas embalada! 
Era um anjo entre nuvens d'alvorada 
Que em sonhos se banhava e se esquecia! 
 
Fragmento II 
 
É ela! é ela! - murmurei tremendo, 
E o eco ao longe murmurou - é ela! 
Eu a vi - minha fada aérea e pura - 
A minha lavadeira na janela! 
(...) 
Esta noite eu ousei mais atrevido 
Nas telhas que estalavam nos meus passos 
Ir espiar seu venturoso sono, 
Vê-la mais bela de Morfeu nos braços! 
 
Como dormia! que profundo sono!... 
Tinha na mão o ferro do engomado... 
Como roncava maviosa e pura!... 
Quase caí na rua desmaiado! 
(...) 
É ela! é ela! - repeti tremendo; 
Mas cantou nesse instante uma coruja... 
Abri cioso a página secreta... 
Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja! 
 
18.Os fragmentos acima são de Alvares de Azevedo e desenvolvem o tema da mulher e do amor. 
Caracterizam duas faces diferentes da obra do poeta. Comparando os dois fragmentos, podemos afirmar que, 
 
a)no primeiro, manifesta-se o desejo de amar e a realização amorosa se dá plenamente entre os amantes. 
b)no segundo, apesar de haver um tom de humor e sátira, não se caracteriza o rebaixamento do tema 
amoroso. 
c)no primeiro, o poeta figura a mulher adormecida e a toma como objeto de amor jamais realizado. 
d)no segundo, o poeta expressa as condições mais rasteiras de seu cotidiano, porém, atribui à mulher traços 
de idealização iguais aos do primeiro fragmento. 
e)no segundo, ao substituir a musa virginal pela lavadeira entretida com o rol de roupa suja, o poeta confere 
ao tema amoroso tratamento idêntico ao verificado no primeiro fragmento. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
 
 O trocano ribombou, derramando longe pela amplidão dos vales e pelos ecos das montanhas a 
pocema do triunfo. 
 Os tacapes, vibrados pela mão pujante dos guerreiros, bateram nos largos escudos retinindo. 
 Mas a voz possante da multidão dos guerreiros cobriu o imenso rumor, clamando: 
 - Tu és Ubirajara, o senhor da lança, o vencedor de Pojucã, o maior guerreiro da nação tocantim. 
 (...) 
 Quando parou o estrondo da festa e cessou o canto dos guerreiros, avançou Camacã, o grande chefe 
dos araguaias. 
 (...) 
 Assim falou o ancião: 
 - Ubirajara, senhor da lança, é tempo de empunhares o grande arco da nação araguaia, que deve 
estar na mão do mais possante. CAMACÃ O CONQUISTOU NO DIA EM QUE ESCOLHEU POR ESPOSA 
JAÇANÃ, A VIRGEM DOS OLHOS DE FOGO, EM CUJO SEIO TE GEROU SEU PRIMEIRO SANGUE. 
AINDA HOJE, APESAR DA VELHICE QUE LHE MIRROU O CORPO, NENHUM GUERREIRO OUSARIA 
DISPUTAR O GRANDE ARCO AO VELHO CHEFE, que não sofresse logo o castigo de sua audácia. Mas 
Tupã ordena que o ancião se curve para a terra, até desabar como o tronco carcomido, e que o mancebo se 
eleve para o céu como a árvore altaneira. Camacã revive em ti, a glória de ser o maior guerreiro cresce com a 
glória de ter gerado um guerreiro ainda maior do que ele. 
(ALENCAR, José de. Ubirajara. 8ª ed. São Paulo: Ática, 1984, p. 31-2.) 
 
Vocabulário: 
 
- pocema: canto selvagem, clamor. 
 
 
 
19.O texto apresenta o índio num ritual, exaltando-se o guerreiro Ubirajara por vencer o rival, Pojucã. 
 
a) O que representa o discurso de Camacã para a vida na tribo? 
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b) Quais as expressões empregadas por Alencar para definir a velhice de Camacã? Que figura de linguagem 
está contida nessas expressões? 
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20.Apresenta-se, em "Ubirajara", um cenário de exaltação ao herói. Logo, trata-se de um ritual grandiloquente 
para aquele que simboliza o poder na tribo, em valores que expressam o ideário romântico do qual participou 
Alencar 
 
a) Por que se pode dizer que a oração "Tu és Ubirajara" sintetiza o discurso de exaltação ao herói? 
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b) Comente a visão romântica do índio brasileiro, expressa em Alencar, comparando-a com a visão do índio 
no Modernismo, valendo-se da figura de "Macunaíma", de Mário de Andrade: 
 
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da 
noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo de Uraricoera, que a índia 
tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. 
 
(ANDRADE, Mário. "Macunaíma, o herói sem nenhum caráter". 31. ed. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro: 
Garnier 2000, p. 13.) 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
[B] 
 
Resposta da questão 2: 
a) Ambos retrataram a figura do índio, de modo idealizado, e exaltaram a pátria. A natureza, em suas obras, ganha valor em suas 
descrições. Os autores tinham um conhecimento da tradição, dos costumes e da língua dos nativos, o que contribuiu às cenasdescritas. 
 
b) Pode-se afirmar que Gonçalves Dias - participante da primeira geração do Romantismo no Brasil - atinge o máximo de sua arte no 
Indianismo. Seus versos desenham um índio portador de sentimentos e de atitudes artificiais, extremamente europeizado. Ainda 
assim, o índio de Gonçalves Dias está mais próximo da realidade que o índio de José de Alencar. 
 Este escreveu três obras: "O Guarani", "Iracema" e "Ubirajara", e torna o índio um símbolo nacional, o herói da pátria e o 
elemento formador de um Novo Mundo. Embora idealizado, Alencar faz questão de firmar o índio como representante de nosso 
passado histórico. 
 
Resposta da questão 3: 
[C] 
 
Resposta da questão 4: 
[A] 
 
Resposta da questão 5: 
[E] 
 
Resposta da questão 6: 
[E] 
 
Resposta da questão 7: 
[A] 
 
Resposta da questão 8: 
[D] 
 
Resposta da questão 9: 
[E] 
 
Resposta da questão 10: 
Os árcades tinham por ideal unir a literatura, o homem e a natureza em uma poesia pastoril. A natureza - centrada nos campos, 
prados - é que permitiria ao homem elevar seus sentimentos de amor e libertar-se dos valores corrompidos pelo progresso. Os 
árcades propunham uma vida simples, bucólica, longe da cidade. 
 
Resposta da questão 11: 
No texto 2, o sujeito lírico apresenta características da convenção arcádica. Há presença dos pastores, a vida campestre ("monte"), 
para se tornar "agradável" ao leitor, para lhe proporcionar o prazer da fantasia, longe da agitação da vida urbana. 
 
Resposta da questão 12: 
[A] 
 
Resposta da questão 13: 
[A] 
 
Resposta da questão 14: 
[A] 
 
Resposta da questão 15: 
[C] 
 
Resposta da questão 16: 
a) O sermão aponta características do discurso falado, pois faz 
- o uso da primeira pessoa do plural (nós) 
- o uso do termo "ora" 
- o uso de pronomes demonstrativos: "entra por esta rua, sai por aquela..." 
- uso de interrogações, criando uma interlocução. 
 
b) Há uma apresentação dinâmica dos fatos pelo emprego dos verbos de ações (movimento). Orações coordenadas criam a ideia de 
rapidez. 
 
Resposta da questão 17: 
a) O Barroco é o movimento marcado pela oposição de ideias; assim, no poema encontram-se antíteses ("pó levantado"/ "pó caído"; 
paradoxos ("Distinguimo-nos os vícios dos mortos, assim como s distingue o pó do pó"); anáforas (pronome indefinido "tudo") 
polissíndetos (ou) e outros. 
 
b) O argumento é: "Ora, pressuposto que já somos pó, e não pode deixar de ser, pois Deus o disse"... 
 
Resposta da questão 18: 
[C] 
 
Resposta da questão 19: 
a) O discurso de Camacã representa a perpetuação de poder. Ele transmitirá, ao seu filho, Ubirajara, o comando. 
 
b) As expressões que definem a velhice de Camacã são: 
- "apesar da velhice que lhe mirrou o corpo"; 
- "que o ancião se curve para a terra até desabar como o tronco carcomido". 
A figura de linguagem nessas expressões é a comparação. 
 
Resposta da questão 20: 
a) Ubirajara, cujo significado é "senhor da lança", ganha tal atributo por seu feito heroico nas guerras disputadas. Sintetiza a exaltação 
do herói, porque faz parte da cena em que lhe é conferido o título. 
 
b) A visão romântica retrata o índio de forma idealizada e eufórica. Alencar constrói Ubirajara aos moldes das grandes epopeias da 
Europa. Em Macunaíma, o anti-herói, deixa o caráter grandiloquente e assume o feitio cômico e contraditório.

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