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Direito_Processual_Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
cursoagoraeupasso.com.br 
 
AGORA EU PASSO! 
1 
 
SUMÁRIO 
PROJETO DE QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................... 2 
INQUÉRITO POLICIAL ............................................................................................................. 2 
PRISÕES .................................................................................................................................... 31 
PROVAS ..................................................................................................................................... 45 
 
 
 
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AGORA EU PASSO! 
2 
 
PROJETO DE QUESTÕES COMENTADAS 
INQUÉRITO POLICIAL 
1. O	 inquérito	 é	 um	 procedimento	 de	 índole	 administrativa,	 de	 caráter	 informativo	 e	
preparatório	 da	 ação	 penal,	 podendo	 ser	 dispensado	 pelo	 representante	 do	 Ministério	
Público.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo. 
O inquérito policial é o instrumento pelo qual se coletam elementos 
informadores acerca da prática de um delito. Basicamente, não há espaço para 
contraditório e ampla defesa, uma vez que o inquérito tem caráter inquisitório e 
preparatório. 
Consiste num conjunto de diligências que, presididas pela autoridade policial, 
colhem elementos de informação suficientes a fomentar uma ação penal pela prática 
de um delito/infração penal, a qual será intentada pelo Ministério Público, que é o 
titular da ação penal. 
Por ser instrumento tão importante na persecução criminal, o inquérito policial 
necessita de algumas características e requisitos para ter seguimento. Assim, 
costuma-se dizer que é procedimento escrito, dispensável, sigiloso, inquisitório, 
oficioso e indisponível. 
Por ser peça meramente informativa, que visa apurar os fatos, o inquérito 
policial pode ser dispensado pelo Ministério Público se houverem fundados indícios 
de autoria e provas da materialidade. 
2. A	respeito	do	Inquérito	Policial,	tendo	em	conta	o	Código	de	Processo	Penal,	é	correto	
afirmar	 que	 por	 se	 tratar	 de	 peça	 meramente	 informativa,	 inexistindo	 contraditório,	 o	
investigado	e	o	ofendido	não	poderão	solicitar	a	realização	de	diligências.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
o inquérito policial é um procedimento administrativo preliminar, de caráter 
inquisitivo, presidido pela autoridade policial, com a finalidade de reunir elementos 
informativos para subsidiar futura ação penal. Sendo uma peça informativa, não há 
contraditório nem ampla defesa. Entretanto, o erro da questão encontra-se na parte 
que o examinador afirma que nem ofendido nem seu representante legal poderão 
requerer diligências. 
De acordo com o art. 14 do CPP: 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão 
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
3. CEBRASPE	(CESPE)	-	Agente	de	Polícia	Federal/2018	
Depois	de	adquirir	um	revólver	calibre	38,	que	sabia	ser	produto	de	crime,	José	passou	a	
portá-lo	 municiado,	 sem	 autorização	 e	 em	 desacordo	 com	 determinação	 legal.	 O	
comportamento	suspeito	de	José	levou-o	a	ser	abordado	em	operação	policial	de	rotina.	
Sem	a	 autorização	de	porte	de	 arma	de	 fogo,	 José	 foi	 conduzido	à	delegacia,	 onde	 foi	
instaurado	inquérito	policial.	
Tendo	como	referência	essa	situação	hipotética,	julgue	o	item	seguinte.	
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AGORA EU PASSO! 
3 
 
O	 inquérito	 instaurado	 contra	 José	 é	 procedimento	 de	 natureza	 administrativa,	 cuja	
finalidade	é	obter	informações	a	respeito	da	autoria	e	da	materialidade	do	delito.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo. 
O IP é um procedimento e não um processo. Por ser um procedimento 
administrativo (instaurado no âmbito da polícia judiciária) o IP não tem a capacidade 
de julgar ninguém, servindo apenas para apurar a materialidade e autoria (justa 
causa). 
Sendo inquisitivo, NÃO há que se falar em contraditório e ampla defesa no curso 
do IP (STJ, HC nº259.930/ RJ, rel. Min. Sebastião Reis Junior, j. 14.05.13), garantia 
reservada somente aos processos judiciais ou administrativos a acusados e litigantes 
e geral (art. 5º, LX, CF). Logo, no IP não existe partes no sentido processual, apenas 
a figura do investigado ou indiciado. 
4. CESPE	-	Delegado	de	Polícia	–	PCTO	
A	 respeito	 das	 normas	 constitucionais	 no	 âmbito	 da	 segurança	
pública,	julgue	os	itens	que	se	seguem.	
As	polícias	civis	estão	 incumbidas	da	 função	de	polícia	ostensiva	e	da	preservação	da	
ordem	pública,	além	da	função	de	polícia	judiciária	e	da	apuração	de	infrações	penais	
Certo	(				)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
As polícias civis estão incumbidas, ressalvada a competência da União, as 
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, nos termos do artigo 
144, §4º. 
Artigo 144, §4º: Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de 
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
O policiamento ostensivo cabe, em regra, à polícia militar, PRF, contudo, a PF 
em suas atividades em fronteiras também atua ostensivamente. 
Vale lembrar o que o STF, em 2017 (RG-ARE nº 654.432/GO) entendeu que o 
exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade é vedado aos 
policiais e civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de 
segurança pública. Incluem-se na proibição de fazer greve, portanto, a polícia civil, 
federal, rodoviária federal, ferroviária federal, polícia penal (estadual ou federal), e 
a militar. 
5. O	inquérito	policial	tem	natureza	administrativa.	São,	dentre	outras,	características:	ser	
escrito,	sigiloso	e	inquisitivo,	já	que	nele	não	há	o	contraditório.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo. 
O inquérito policial é o instrumento administrativo pelo qual se coletam 
elementos informadores acerca da prática de um delito. Em sua produção, não há 
espaço para contraditório e ampla defesa, uma vez que o inquérito tem caráter 
inquisitório e preparatório. 
Por ser instrumento tão importante na persecução criminal, o inquérito policial 
prescinde de algumas características e requisitos para ter seguimento. Assim, 
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4 
 
costuma-se dizer que é procedimento escrito, dispensável, sigiloso, inquisitório, 
oficioso e indisponível. 
6. Em	 virtude	 do	 sistema	 inquisitivo	 que	 orienta	 o	 inquérito	 policial	 e	 do	 poder	
discricionário	da	autoridade	policial,	do	despacho	que	indeferir	o	requerimento	de	abertura	
de	inquérito	policial	não	caberá	recurso.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
Realmente o sistema inquisitivo e a discricionariedade orientam o IP, no 
entanto, nada impede que o ofendido ou seu representante legal, diante do 
indeferimento, promova recurso ao chefe de polícia, conforme prevê o §2° do 
art. 5º, CPP: 
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá 
recurso para o chefe de Polícia. 
Uma outra vertente da característica da discricionariedade é que o 
procedimento administrativo do inquérito policial não impõe ao delegado um rito 
a ser seguido. As possíveis diligências que poderão ser realizadas estão previstas 
nos artigos 6º e 7º do CPP. É importante frisar que o art. 6º do CPP é apenas um rol 
exemplificativo. Entretanto essa discricionariedade do delegado não é absoluta. Por 
exemplo, o artigo 158 do CPP determina que, quando a infração deixar vestígios, 
será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo 
supri-lo a confissão do acusado. Ou seja, a discricionariedade se depara com algumas 
ressalvas legais. 
7. CEBRASPE	(CESPE)	-	Sold	(PM	AL)/PM	AL/Combatente/2018	
Acerca	de	inquérito	policial,	julgue	o	item	que	se	segue.	
Uma	das	características	do	inquérito	policial	é	a	publicidade,	razão	pela	qual	é	vedada	a	
instauração	de	inquérito	sigiloso.	
Certo(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
Não obstante exista previsão constitucional garantidora da publicidade dos atos 
processuais, a regra não tem caráter absoluto, uma vez que precisa proteger o 
interesse preponderante ao público, respeitando cada caso, priorizando o bom 
andamento das investigações. Assim, não há que se falar em publicidade do 
inquérito, uma vez que a investigação policial muitas vezes se utiliza do elemento 
surpresa para colher provas e informações. O sigilo do inquérito será resguardado 
pela autoridade policial, conforme art. 20 do Código de Processo Penal: 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação 
do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
 	
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5 
 
8. Quanto	ao	Inquérito	policial	e	notitia	criminis,	julgue	o	item.	
A	autoridade	assegurará	no	inquérito	o	sigilo	necessário	à	elucidação	do	fato	ou	exigido	
pelo	interesse	da	sociedade.	E	nos	atestados	de	antecedentes	que	lhe	forem	solicitados,	a	
autoridade	policial	não	poderá	mencionar	quaisquer	anotações	referentes	a	instauração	
de	inquérito	contra	os	requerentes.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo. 
O inquérito precisa ser sigiloso, uma vez que ao apurar os fatos não pode nem 
deve expor o suspeito, a fim de manter o bom andamento da investigação e não 
incriminá-lo antes do fim da persecução criminal. Do mesmo modo, o sigilo serve 
para preservar a investigação, pois se o autor do delito souber de cada passo 
dado em direção a elucidação do crime, pode agir para ocultar provas ou mesmo 
incriminar um terceiro. O parágrafo único do artigo 20 estabelece que: 
Sobre o sigilo, diz o art. 20 do Código de Processo Penal: 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação 
do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a 
autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a 
instauração de inquérito contra os requerentes. 
9. FUNDATEC	-	Ag	Leg	(ALERS)/ALERS/2018	
O	Código	de	Processo	Penal	(CPP)	brasileiro,	no	seu	art.	20,	caput,	define	que	a	autoridade	
assegurará	no	inquérito	o	sigilo	necessário	à	elucidação	do	fato	ou	exigido	pelo	interesse	
da	sociedade.	Porém,	esse	sigilo	não	é	absoluto,	pois	o	 juiz,	o	promotor	de	 justiça	e	a	
autoridade	policial	poderão	ter	acesso	integral.	Ainda	o	advogado	tem	acesso	aos	atos	já	
documentados	nos	autos.		
Qual	o	limite	de	acesso	do	advogado	no	inquérito?	
a)		Amplo	e	irrestrito.	
b)		Apenas	às	informações	já	introduzidas	nos	autos.	
c)		Se	limita	às	diligências	em	andamento.	
d)		Está	previsto	no	máximo	até	48	horas	após	a	Procuração.	
e)		Amplo,	decorre	de	concessão	do	contraditório	penal.	
Gabarito: Letra (B) 
A) Amplo e irrestrito. 
Errada. De acordo com o enunciado, o acesso não é amplo e irrestrito: deve 
estar restrito ao direito de defesa do investigado, bem como dizer respeito a 
diligências já realizadas, não abrangendo as ainda em andamento - como a 
interceptação telefônica ainda não encerrada, por exemplo. 
B) Conforme o a Súmula Vinculante 14 do STF:”É direito do defensor, no 
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência” 
C) Se limita às diligências em andamento. 
Errada. As diligências em andamento não são abrangidas pelo direito de acesso 
ao inquérito, sob pena de se verem frustradas as atividades policiais. 
D) Está previsto no máximo até 48 horas após a Procuração. 
Errada. Não há previsão legal nesse sentido. O acesso aos autos pode se dar, 
em princípio, a qualquer tempo. 
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E) Amplo, decorre de concessão do contraditório penal. 
Errada. Não é decorrência de procedimento contraditório - até porque o 
inquérito, em si mesmo, é inquisitivo e dispensa o cumprimento do contraditório. 
10. CEBRASPE	-	(TJ	AM)	2019	
A	respeito	de	ação	penal	e	do	disposto	na	Lei	de	Juizados	Especiais	Cíveis	e	Criminais	(Lei	
n.º	9.099/1995),	julgue	o	item	seguinte.	
O	inquérito	policial	é	dispensável	para	a	promoção	da	ação	penal	desde	que	a	denúncia	
esteja	minimamente	consubstanciada	nos	elementos	exigidos	em	lei.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo. 
O inquérito policial é o instrumento administrativo que consiste num conjunto 
de diligências presididas pela autoridade policial, as quais colhem elementos de 
informação suficientes a fomentar uma ação penal pela prática de um delito/infração 
penal, que será intentada pelo Ministério Público, que é o titular da ação penal. 
Poderá ser dispensado se com a representação forem apresentados 
elementos suficientes a fomentar a denúncia. 
Diz o art. 39, §5º do Código de Processo Penal: 
§5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a 
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, 
e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
O mesmo serve para as ações de competência do Juizado Especial, como bem 
demonstra o art. 77, §1º da Lei 9.099: 
 § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo 
de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, 
prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do 
crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 
11. FUNCAB	-	MPE-RO	-	Analista	-	Processual	
A	respeito	das	comissões	parlamentares	de	inquérito,	a	Constituição	Federal	dispõe	que:	
a) terão	poderes	de	investigação	próprios	das	autoridades	judiciais.	
b) visam	 a	 apurar	 fato	 determinado	 e	 são	 instituídas	 para	 vigorar	 por	 prazo	
indeterminado,	a	critério	de	seu	presidente.	
c) dependem	 de	 iniciativa	 popular	 para	 sua	 criação,	 ou	 requerimento	 da	 maioria	
simples	dos	parlamentares.	
d) não	podem	quebrar	o	sigilo	fiscal	do	investigado	sem	prévia	autorização	judicial	
e) sua	instalação	depende	do	requerimento	de	dois	terços	dos	parlamentares	membros	
da	respectiva	casa,	ou	das	duas,	em	caso	de	CPI	mista.	
Gabarito: Letra A 
a) Correto. De acordo com o art. 58, § 3º - As comissões parlamentares de 
inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades... 
b) visam a apurar fato determinado e são instituídas para vigorar por prazo 
indeterminado, a critério de seu presidente. 
Errado. As CPIs são instituídas para vigorar por prazo determinado. 
c) dependem de iniciativa popular para sua criação, ou requerimento da 
maioria simples dos parlamentares. 
Errado. Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal 
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d) não podem quebrar o sigilo fiscal do investigado sem prévia autorização 
judicial 
Errado. Pode ser determinada a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico 
do investigado pelas CPIs. 
e) sua instalação depende do requerimento de dois terços dos parlamentares 
membros da respectiva casa, ou das duas, em caso de CPI mista. 
Errado. Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus 
membros. 
12. CESPE	-	MPE-PI	-	Analista	Ministerial	-	Área	Processual	
Embora	 a	 comissão	 parlamentar	 de	 inquérito	 seja	 instituída	 por	 prazo	 certo,	 a	
prorrogação	é	admitida,	se	não	se	ultrapassar	a	legislatura	em	que	foi	instalada.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo. 
Uma CPI pode ser prorrogada indefinidas vezes, desde que não 
ultrapasse o prazo da legislatura em que a Comissão foi criada. 
A Comissão Parlamentar de Inquérito deve apurar fato determinado. C.F., art. 
58, § 3º. Todavia, não está impedida de investigar fatos que se ligam, intimamente, 
com o fato principal. 
II. Prazo certo: o Supremo Tribunal Federal, julgando o HC nº 71.193-SP, 
decidiu que a locução “prazo certo”, inscrita no § 3º do artigo 58 da Constituição, 
não impede prorrogações sucessivasdentro da legislatura, nos termos da Lei 
1.579/52" 
(Supremo Tribunal Federal, in HC 71231/RJ, Relator Ministro Carlos Velloso). 
	
13. CEBRASPE	(CESPE)	-	OTI	(ABIN)/ABIN/Área	2/2018	
A	respeito	do	inquérito	policial,	julgue	o	item	seguinte.	
Todos	os	procedimentos	 investigatórios	criminais	 instaurados	pelo	Ministério	Público	
para	apurar	crimes	contra	a	administração	pública	têm	de	ser	realizados	em	sigilo.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
Cuidado, o IP é sigiloso sim. Mas as investigações realizadas pelo MP, em regra, 
são públicas. Apenas por decisão fundamentada, quando a elucidação do fato ou 
interesse público exigir, o presidente do procedimento investigatório criminal poderá 
decretar o sigilo das investigações. 
RESOLUÇÃO CNMP Nº 181, DE 7 DE AGOSTO DE 2017 
"Art. 15. Os atos e peças do procedimento investigatório criminal são públicos, 
nos termos desta Resolução, salvo disposição legal em contrário ou por razões de 
interesse público ou conveniência da investigação 
Art. 16. O presidente do procedimento investigatório criminal poderá decretar 
o sigilo das investigações, no todo ou em parte, por decisão fundamentada, 
quando a elucidação do fato ou interesse público exigir, garantido o acesso aos autos 
ao investigado e ao seu defensor, desde que munido de procuração ou de meios que 
comprovem atuar na defesa do investigado, cabendo a ambos preservar o sigilo sob 
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pena de responsabilização. (Redação dada pela Resolução n° 183, de 24 de janeiro 
de 2018) 
14. A	Participação	de	membro	do	Ministério	Público	na	fase	investigatória	criminal	acarreta	
o	seu	impedimento	ou	suspeição	para	o	oferecimento	da	denúncia.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
De acordo com a Súmula nº234 do STJ, mesmo que o MP realize a investigação, 
não estará impedido de oferecer denúncia. 
Súmula 234 – A participação de membro do Ministério Público na fase 
investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o 
oferecimento da denúncia. 
Jurisprudência importante do STJ: 
"PROCESSUAL PENAL. CRIME PRATICADO CONTRA SERVIDOR PÚBLICO. 
LEGITIMAÇÃO CONCORRENTE. MINISTÉRIO PÚBLICO E OFENDIDO. OFERECIMENTO 
DE REPRESENTAÇÃO. PEDIDO DE ARQUIVAMENTO. AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA. AUSÊNCIA DE INÉRCIA DO PARQUET. 
Se o Ministério Público requer o arquivamento de representação, o servidor 
público representante não pode formular queixa para instauração de ação privada 
subsidiária. É que em tal circunstância o MP não foi omisso" (AgRg na APn 302 DF, 
Relator Ministro Humberto Gomes de Barros, Corte Especial, 23/11/2006). 
15. O	inquérito	policial	é	tradicionalmente	conceituado	como	procedimento	administrativo	
prévio	que	visa	à	apuração	de	uma	infração	penal	e	sua	autoria,	a	fim	de	que	o	titular	da	ação	
penal	possa	ingressar	em	juízo.	Sobre	suas	principais	características,	é	correto	afirmar	que	
a	 prova	da	materialidade	 e	 indícios	de	 autoria	 são	necessários	 para	propositura	de	 ação	
penal,	logo	uma	das	características	do	inquérito	é	sua	indispensabilidade.		
	
Gabarito: errado. 
Por ser peça meramente informativa, que visa apurar os fatos, o inquérito 
policial pode ser dispensado se houverem fundados indícios de autoria e provas da 
materialidade. 
	
16. O	inquérito	policial	é	tradicionalmente	conceituado	como	procedimento	administrativo	
prévio	que	visa	à	apuração	de	uma	infração	penal	e	sua	autoria,	a	fim	de	que	o	titular	da	ação	
penal	possa	ingressar	em	juízo.	Sobre	suas	principais	características,	é	correto	afirmar	que	
o	inquérito	policial	é	instrumento	sigiloso,	logo	não	poderá	ser	acessado	em	momento	algum	
pelo	advogado	do	indiciado.	
	
Gabarito: errado. 
É um procedimento sigiloso. Porém, de acordo com a Súmula Vinculante nº 14 
do STF, o advogado ou defensor terá acesso: 
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado 
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do 
direito de defesa.” 
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17. O	inquérito	policial	é	tradicionalmente	conceituado	como	procedimento	administrativo	
prévio	que	visa	à	apuração	de	uma	infração	penal	e	sua	autoria,	a	fim	de	que	o	titular	da	ação	
penal	possa	ingressar	em	juízo.	Sobre	suas	principais	características,	é	correto	afirmar	que	
o	contraditório	pleno	e	a	ampla	defesa	são	indispensáveis	no	inquérito	policial	
INCORRETA. É procedimento meramente investigatório, de modo que ainda não 
há acusados, mas sim indiciado. Desta forma, não há abertura para contraditório 
e ampla defesa. É o que nos explica Renato Brasileiro de Lima: 
“Prevalece na doutrina e na jurisprudência o entendimento de que o inquérito 
policial é um procedimento inquisitorial, significando que a ele não se aplicam o 
contraditório e a ampla defesa. Isso porque se trata de mero procedimento de 
natureza administrativa, e não de processo judicial ou administrativo, já que dele 
não resulta a imposição de nenhuma sanção. Tal característica está diretamente 
relacionada à busca da eficácia das diligências investigatórias levadas a efeito no 
curso do inquérito policial. Deveras, fossem os atos investigatórios precedidos 
de prévia comunicação à parte contrária, seria inviável a localização de fontes 
de prova acerca do delito, em verdadeiro obstáculo à boa atuação do aparato 
policial. Funciona o elemento da surpresa, portanto, como importante traço 
peculiar do inquérito policial.” 
	
18. O	inquérito	policial	é	tradicionalmente	conceituado	como	procedimento	administrativo	
prévio	que	visa	à	apuração	de	uma	infração	penal	e	sua	autoria,	a	fim	de	que	o	titular	da	ação	
penal	possa	ingressar	em	juízo.	Sobre	suas	principais	características,	é	correto	afirmar	que	
o	inquérito	policial	é	um	procedimento	significativamente	marcado	pela	oralidade		
Gabarito: errado. 
É procedimento escrito e os atos que não o forem necessitarão de transcrição, 
conforme determina o art. 9º do CPP: 
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas 
a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
	
19. O	inquérito	policial	é	tradicionalmente	conceituado	como	procedimento	administrativo	
prévio	que	visa	à	apuração	de	uma	infração	penal	e	sua	autoria,	a	fim	de	que	o	titular	da	ação	
penal	possa	ingressar	em	juízo.	Sobre	suas	principais	características,	é	correto	afirmar	que	
o	 inquérito	pode	ser	considerado	 indisponível	para	a	autoridade	policial,	 já	que,	uma	vez	
instaurado,	não	poderá	ser	por	ela	diretamente	arquivado.	
	
Gabarito: CORRETO. 
A indisponibilidade em relação a autoridade policial, o art. 17 do CPP dispõe: 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
20. FUNDATEC	-	Ana	Tec	((DPE	SC)	-	DPE	SC/2018	
De	acordo	com	a	Constituição	Federal	de	1988	e	com	o	Código	de	Processo	Penal,	assinale	
a	alternativa	correta.	
a) Nos	termos	do	Artigo	nº	144	da	Constituição	Federal	de	1988,	é	às	Polícias	Militares	
que	incumbe	a	investigação	e	a	apuração	das	infrações	penais.	
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10 
 
b) O	 inquérito	é	um	procedimento	de	 índole	administrativa,	de	caráter	 informativo	e	
preparatório	 da	 ação	 penal,	 podendo	 ser	 dispensado	 pelo	 representante	 do	
Ministério	Público.	
c) Não	há	 que	 se	 falar	 na	 possibilidade	 de	 quaisquer	 outros	 inquéritos	 que	 não	 seja	
aquele	previsto	no	Código	de	Processo	Penal,	que	é	o	policial.	
d) A	oficiosidade	diz	respeito	ao	fato	de	que	a	autoridade	que	preside	o	inquérito	policial	
integra	um	órgão	oficial	do	Estado.	
e) A	 oficialidade,	 no	 entanto,	 diz	 respeito	 ao	 fato	 de	 que,	 nos	 crimes	 de	 ação	 penal	
pública	incondicionada,	a	autoridade	policial	deve	atuar	de	ofício.	
Gabarito: Letra (B) 
a) Nos termos do Artigo nº 144 da Constituição Federal de 1988, é às Polícias 
Militares que incumbe a investigaçãoe a apuração das infrações penais. 
INCORRETA. Não é o que diz o §3º do art. 144 mencionado. Vejamos: 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, 
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, exceto as militares. 
b) CORRETO. Conforme já vimos até agora, o IP é um procedimento 
administrativo com finalidade informativa e dispensável. 
c) Não há que se falar na possibilidade de quaisquer outros inquéritos que não 
seja aquele previsto no Código de Processo Penal, que é o policial. 
INCORRETA. Existem ainda o inquérito policial militar, previsto no Código de 
Processo Penal Militar, e o inquérito civil, que é de natureza administrativa e visa 
colher elementos hábeis ao ingresso de Ação Civil Pública. 
d) A oficiosidade diz respeito ao fato de que a autoridade que preside o 
inquérito policial integra um órgão oficial do Estado. 
INCORRETA. Oficiosidade trata da possibilidade de os órgãos responsáveis 
pela investigação criminal agirem de ofício, independendo de requisição do ofendido 
ou de terceiros. 
e) A oficialidade, no entanto, diz respeito ao fato de que, nos crimes de ação 
penal pública incondicionada, a autoridade policial deve atuar de ofício. 
INCORRETA. A legitimidade da persecução penal é dos órgãos do Estado. 
Perceba que o examinador troca os conceitos para confundir. Fique atento! 
21. Deputado	 federal,	que	antes	da	diplomação	cometer	 crime	comum,	 será	 julgado	pelo	
supremo	tribunal	federal.	
Gabarito: Errado 
Só será julgado pelo STF o deputado que cometer crime comum após a 
diplomação, desde que o crime tenha relação com o cargo. 
O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos 
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. O 
entendimento que restringe o foro por prerrogativa de função vale para outros casos 
de foro por prerrogativa de função. Foi o que decidiu o próprio STF no julgamento do 
Inq 4703 QO/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 12/06/2018 no qual afirmou que o 
entendimento vale também para Ministros de Estado. 
O STJ também decidiu que a restrição do foro deve alcançar Governadores e 
Conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. 
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11 
 
O art. 105, I, “a”, da CF/88 prevê que compete ao STJ julgar os crimes 
praticados por Governadores de Estado e por Conselheiros dos Tribunais de Contas 
dos Estados: 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, 
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos 
Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do 
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais 
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
A Corte Especial do STJ, seguindo o mesmo raciocínio do STF, limitou a 
amplitude do art. 105, I, “a”, da CF/88 e decidiu que: 
O foro por prerrogativa de função no caso de Governadores e 
Conselheiros de Tribunais de Contas dos Estados deve ficar restrito aos fatos 
ocorridos durante o exercício do cargo e em razão deste. 
Assim, o STJ é competente para julgar os crimes praticados pelos Governadores 
e pelos Conselheiros de Tribunais de Contas somente se estes delitos tiverem 
sido praticados durante o exercício do cargo e em razão deste. 
STJ. Corte Especial. APn 857/DF, Rel. para acórdão Min. João Otávio de 
Noronha, julgado em 20/06/2018. 
STJ. Corte Especial. APn 866/DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
20/06/2018. 
22. Legalle	-	Estag	(MPE	GO)/MPE	GO/2017	
O	 inquérito	 policial	 é	 previsto	 e	 estabelecido	 no	 Código	 de	 Processo	 Penal.	 Qual	 das	
alternativas	não	apresenta	uma	informação	correta?	
a) Todas	as	peças	do	inquérito	policial	serão,	num	só	processado,	reduzidas	a	escrito	ou	
datilografadas	e,	neste	caso,	rubricadas	pela	autoridade.	
b) O	inquérito	policial	acompanhará	a	denúncia	ou	queixa,	sempre	que	servir	de	base	a	
uma	ou	outra.	
c) Se	o	indiciado	for	menor,	ser-lhe-á	nomeado	curador	pela	autoridade	policial.	
d) Depois	de	ordenado	o	arquivamento	do	inquérito	pela	autoridade	judiciária,	por	falta	
de	base	para	a	denúncia,	a	autoridade	policial	não	poderá	proceder	a	novas	pesquisas,	
se	de	outras	provas	tiver	notícia.	
e) A	autoridade	policial	não	poderá	mandar	arquivar	autos	de	inquérito.	
Gabarito: letra (D) 
a) Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a 
escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
CORRETA. Conforme art. 9º do CPP: 
Art. 9° Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas 
a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
b) O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir 
de base a uma ou outra. 
CORRETA. Nos termos do art. 12: 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que 
servir de base a uma ou outra. 
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12 
 
c) Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade 
policial. 
CORRETA. É o que determina o art. 15: 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade 
policial. 
d) INCORRETA. A questão pede a alternativa errada. Assim, a alternativa (D) 
está em desacordo acordo com o art. 18 do CPP. 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade 
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder 
a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
e) A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
CORRETA. É o que diz o art. 17: 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
23. INCAB	(ex-FUNCAB)	-	Sold	(PM	SC)/PM	SC/2019	
O	artigo	14	do	Código	de	Processo	Penal	dispõe	que	“o	ofendido,	ou	seu	representante	
legal,	e	o	indiciado	poderão	requerer	qualquer	diligência,	que	será	realizada,	ou	não,	a	
juízo	da	autoridade”.	Considerando	o	 teor	do	 referido	dispositivo	 legal,	 está	 correta	a	
seguinte	afirmação:	
a) Autoridade	Policial	não	pode	ouvir,	no	curso	da	investigação	policial,	as	testemunhas	
indicadas	pelo	ofendido.	
b) Os	 depoimentos	 colhidos	 durante	 a	 investigação	 policial	 apenas	 deverão	 ser	
considerados	pelo	Ministério	Público	se	favoráveis	ao	oferecimento	da	denúncia.	
c) Não	cabe	à	Autoridade	Policial	examinar	a	necessidade	das	oitivas	das	testemunhas	
indicadas	pelo	ofendido	durante	a	 investigação	policial,	sendo	obrigatórias	as	suas	
oitivas.	
d) No	curso	da	investigação	policial,	a	vítima	pode	determinar	que	a	Autoridade	Policial	
proceda	às	oitivas	das	testemunhas	que	lhe	sejam	indicadas.	
e) O	mencionado	 dispositivo	 legal	 confere	 à	 Autoridade	 Policial	 a	 discricionariedade	
necessária	para	verificar	se	as	diligências	requeridas	pelo	ofendido	ou	pelo	indiciado	
prejudicarão	o	curso	das	investigações,	permitindo,	assim,	o	seu	indeferimento.	
Gabarito: LETRA (E) 
A autoridade policial tem a discricionariedade, podendo aceitar ou não o pedido 
de diligências feitas pelo ofendido ou seu representante legal. 
Vamos analisar o que está errado nas demais alternativas: 
a) A Autoridade Policial não pode ouvir, no curso da investigação policial, as 
testemunhas indicadas pelo ofendido. 
Errado. Pode ouvir sim, mas não significa que irá atender. 
b) Os depoimentos colhidos durante a investigação policial apenas deverão 
ser considerados pelo Ministério Público se favoráveis ao oferecimento da denúncia. 
Errado. Os depoimentos podem ser colhidos durante toda a fase da persecução 
penal. 
c) Não cabe à Autoridade Policial examinar a necessidade das oitivas das 
testemunhas indicadas pelo ofendido durante a investigaçãopolicial, sendo 
obrigatórias as suas oitivas. 
Errado. Cabe ao Delegado examinar o pedido do ofendido para diligências, mas 
não significa que irá atender. 
d) No curso da investigação policial, a vítima pode determinar que a 
Autoridade Policial proceda às oitivas das testemunhas que lhe sejam indicadas. 
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13 
 
Errado. Determinar soa como imperatividade do ofendido em relação ao pedido, 
sendo que não é obrigatório o delegado aceitar. 
24. FUNRIO	-	Cad	(PM	GO)/PM	GO/2017	
Assinale	a	alternativa	CORRETA,	tomando-se	por	base	o	inquérito	policial.	
a) O	inquérito	policial	é	um	procedimento	administrativo,	inquisitivo	e	sigiloso,	motivo	
pelo	 qual	 o	 advogado	 só	 pode	 ter	 acesso	 aos	 autos	 do	 inquérito	 por	 mera	
discricionariedade	da	autoridade	policial.	
b) Nos	 crimes	 de	 ação	 penal	 de	 iniciativa	 pública	 condicionada	 à	 representação,	 o	
inquérito	 policial	 pode	 ser	 instaurado	 de	 ofício,	 independente	 de	 qualquer	 outra	
manifestação	de	vontade.	
c) Estando	o	indiciado	preso,	como	regra,	deve	ser	mantido	incomunicável	para	atender	
aos	interesses	e	à	conveniência	da	própria	investigação.	
d) Ao	perceber	que,	após	diversas	diligências	 investigativas,	a	 finalidade	do	inquérito	
não	será	atingida,	pode	a	autoridade	policial,	de	ofício,	determinar	a	cessação	dessas	
investigações,	mediante	decisão	motivada.	
e) Em	se	 tratando	de	 infração	de	menor	potencial	ofensivo,	a	autoridade	policial	que	
tomar	 conhecimento	 do	 fato	 não	 deve	 instaurar	 inquérito,	mas,	 sim,	 lavrar	 termo	
circunstanciado	e,	após	a	oitiva	dos	envolvidos,	encaminhar	os	autos	imediatamente	
aos	Juizados	Especiais,	na	forma	do	que	dispõe	o	art.	69,	da	Lei	Nº	9.099/95.	
Gabarito: Letra (E) 
A letra (E) está de acordo com o art. 69 da Lei 9099/1995, vejamos: 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará 
termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do 
fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
a) O inquérito policial é um procedimento administrativo, inquisitivo e sigiloso, 
motivo pelo qual o advogado só pode ter acesso aos autos do inquérito por 
mera discricionariedade da autoridade policial. 
Errado. Segundo a Súmula Vinculante 14 do STF: "É direito do defensor, no 
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa". 
b) Nos crimes de ação penal de iniciativa pública condicionada à representação, 
o inquérito policial pode ser instaurado de ofício, independente de qualquer outra 
manifestação de vontade. 
Errada. Conforme o § 4º do artigo 5º do CPP: "O inquérito, nos crimes em que 
a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado". 
c) Estando o indiciado preso, como regra, deve ser mantido incomunicável 
para atender aos interesses e à conveniência da própria investigação. 
Errada. Visto que na ordem constitucional atual não se admite a 
incomunicabilidade do preso. 
d) Ao perceber que, após diversas diligências investigativas, a finalidade do 
inquérito não será atingida, pode a autoridade policial, de ofício, determinar a 
cessação dessas investigações, mediante decisão motivada. 
Errada. Segundo o artigo 17 do CPP: "A autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito". 
 	
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25. Com.	Exam.	–	PJ	-	MPE	SC/2019	
A	 notitia	 criminis	 de	 cognição	 imediata	 ocorre	 quando	 a	 autoridade	 policial	 toma	
conhecimento	 do	 fato	 delituoso	 através	 da	 apresentação	 do	 indivíduo	 preso	 em	
flagrante-delito,	 enquanto	 a	 denúncia	 anônima	 é	 considerada	 notitia	 criminis	
inqualificada.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
De acordo com Nucci 
Notitia Criminis: conhecimento dos fatos pela autoridade policial. Pode ser: 
I - cognição direta ou imediata - conhecimento dos fatos DIRETAMENTE pela 
autoridade policial, através de suas atividades rotineiras. Nas palavras de Nucci: 
"essa espécie de notícia do crime ocorre quando "o próprio delegado, investigando, 
por qualquer meio, descobre o acontecimento". 
II - cognição indireta ou mediata - quando a vítima (delatio criminis) provoca a 
atuação da autoridade policial, comunicando-lhe a ocorrência, bem como quando o 
promotor ou o juiz requisitam a atuação da autoridade. 
III - cognição coercitiva - ocorre quando a autoridade policial toma 
conhecimento do fato delituoso mediante a apresentação do indivíduo preso em 
flagrante. 
IV - notitia criminis inqualíficada -> quando a autoridade policia toma 
conhecimento dos fatos por meio da vulgarmente conhecida denúncia anônima ou 
então delação apócrifa ou, ainda, notitia criminis inqualificada. Nessa esteira, e de 
acordo com o STF: 
A denúncia anônima, sozinha, não serve para embasar a abertura de inquérito, 
mas tem força suficiente para justificar diligências preliminares com o 
objetivo de apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente. 
Feito esse processo, é possível instaurar uma investigação. 
26. CEBRASPE	(CESPE)	-	TJ	STJ/STJ/Administrativa/2018	
A	respeito	dos	procedimentos	de	investigação,	julgue	o	item	que	se	segue.	
Notitia	 criminis	 é	 o	 meio	 pelo	 qual	 a	 vítima	 de	 delito	 ou	 o	 seu	 representante	 legal	
manifesta	 sua	 vontade	 a	 respeito	 da	 instauração	 do	 inquérito	 policial	 e	 do	 posterior	
oferecimento	de	denúncia,	nas	hipóteses	de	ação	penal	pública	condicionada.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado. 
Notitia Criminis: É quando a autoridade policial toma conhecimento de fato 
criminoso, por qualquer meio. 
Delatio Criminis Postulatória é o meio pelo qual a vítima de delito ou o seu 
representante legal manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito 
policial e do posterior oferecimento de denúncia, nas hipóteses de ação penal pública 
condicionada. 
27. FUNDATEC	–	Delegado	de	Polícia	PC	RS/2018	
Ronaldo	é	morador	de	um	bairro	violento	na	cidade	de	Rondinha,	dominado	pela	disputa	
pelo	tráfico	de	drogas.	Dirigiu-se	até	a	Delegacia	de	Polícia	para	oferecer	detalhes	como	
o	 nome,	 endereço	 e	 telefone	 do	 maior	 traficante	 do	 local.	 Foram	 anotadas	 todas	 as	
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informações	 e,	 ao	 final,	 Ronaldo	 preferiu	 não	 revelar	 a	 sua	 identidade	 por	 receio	 de	
retaliações.	Diante	disso,	é	correto	afirmar	que:		
a) A	Constituição	Federal	prestigia	a	liberdade	de	expressão	e	veda	o	anonimato,	razão	
pela	qual	o	delegado	de	polícia	deve	requerer	à	autoridade	judiciária	o	arquivamento	
das	informações	prestadas,	mediante	prévia	manifestação	do	Ministério	Público.		
b) Trata-se	 de	 notitia	 criminis	 inqualificada,	 que	 torna	 obrigatória	 a	 imediata	
instauração	 de	 inquérito	 policial	 e	 a	 representação	 por	 medidas	 cautelares	
necessárias	à	obtenção	da	materialidade	do	delito	imputado.		
c) Segundo	 o	 entendimento	 mais	 recente	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal,	 as	 notícias	
anônimas,	por	si	só,	não	autorizam	o	emprego	de	métodos	invasivos	de	investigação,	
constituindo	fonte	de	informação	e	de	provas.		
d) Poderá	 o	 delegado	 de	 polícia	 representar	 pela	 interceptação	 telefônica,	 havendo	
indícios	razoáveis	da	autoria	ou	participação	fornecidos	pela	notícia	anônima.		
e) Segundo	 o	 entendimento	 mais	 recente	 do	 Supremo	 Tribunal	 Federal,	 as	 notícias	
anônimas	autorizam	o	deferimento	de	medida	cautelar	de	busca	e	apreensão,	mas	
não	permitem,	de	imediato,	a	autorização	de	interceptação	telefônica,	dado	o	caráter	
subsidiário	desse	meio	de	obtenção	de	prova.	
Gabarito: letra (C) 
As notícias anônimas não autorizam, por si sós, a propositura de ação penal ou 
mesmo, na fase de investigação preliminar o emprego de métodos invasivos de 
investigação. 
Vamos analisar as demais alternativas:a) A Constituição Federal prestigia a liberdade de expressão e veda o 
anonimato, razão pela qual o delegado de polícia deve requerer à autoridade 
judiciária o arquivamento das informações prestadas, mediante prévia manifestação 
do Ministério Público. 
Errado. A vedação ao anonimato não expurga a notitia criminis inqualificada 
do ordenamento jurídico brasileiro. Referida notitia, entretanto, deve ser levada em 
consideração com parcimônia. Doutrina e jurisprudência entendem ser impossível 
a instauração de procedimento criminal que se baseie única e 
exclusivamente em “denúncia anônima”. Nesses casos, tem-se recomendado às 
autoridades policiais, tão logo tenham conhecimento, que procedam à realização de 
investigação preliminar com vistas a constatar a plausibilidade da referida notitia 
criminis. 
b) Trata-se de notitia criminis inqualificada, que torna obrigatória a imediata 
instauração de inquérito policial e a representação por medidas cautelares 
necessárias à obtenção da materialidade do delito imputado. 
Errado. comentário da alternativa A resolve a questão. 
c) Segundo o entendimento mais recente do Supremo Tribunal Federal, as 
notícias anônimas, por si só, não autorizam o emprego de métodos invasivos de 
investigação, constituindo fonte de informação e de provas. 
CORRETA. A afirmação corresponde ao entendimento da Corte Suprema 
assentado no informativo 819 do STF. Ademais, cabe registrar que, conforme 
informativo 855 do mesmo Tribunal, a realização de diligências diversas para a 
apuração da delatio criminis, para além da notitia criminis inqualificada inicial, 
possibilita a decretação de interceptação telefônica, acaso presentes os demais 
pressupostos da medida. 
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d) Poderá o delegado de polícia representar pela interceptação telefônica, 
havendo indícios razoáveis da autoria ou participação fornecidos pela notícia 
anônima. 
Errada. De acordo com o informativo 819 do STF não. 
e) Segundo o entendimento mais recente do Supremo Tribunal Federal, as 
notícias anônimas autorizam o deferimento de medida cautelar de busca e apreensão, 
mas não permitem, de imediato, a autorização de interceptação telefônica, dado o 
caráter subsidiário desse meio de obtenção de prova. 
Errado. A “denúncia anônima”, por si só, não possibilita a adoção de métodos 
invasivos de investigação, conforme alternativa C. 
28. IADES	-	Sold	(PM	DF)/PM	DF/Combatente/2018	
No	que	se	refere	à	notitia	criminis	e	à	delatio	criminis	no	inquérito	policial	em	crimes	de	
ação	penal	pública	incondicionada,	assinale	a	alternativa	correta.	
a) Notitia	 criminis	 indireta	 é	 verificada	 quando	 o	 próprio	 delegado	 investiga,	 por	
qualquer	meio,	e	descobre	um	fato-crime,	devendo	apurá-lo.	
b) Delatio	criminis	inquisitorial	intercorre	quando	o	próprio	juiz	procede	à	investigação.	
c) Notitia	criminis	direta	acontece	quando	a	vítima	provoca	a	atuação	do	delegado,	bem	
como	quando	o	promotor	ou	juiz	requisitam	tal	atuação.	
d) Delatio	 criminis	 ocorre	 quando	 qualquer	 pessoa	 do	 povo	 comunica	 à	 autoridade	
policial,	ou	membro	do	Ministério	Público,	ou	juiz,	acerca	da	ocorrência	da	infração	
penal.	
e) Delatio	 criminis	 indireta	 cumpre-se	 quando	 a	 autoridade	 policial	 investiga,	 por	
qualquer	meio,	e	descobre	um	fato-crime,	devendo	apurá-lo.	
Gabarito: Letra (D) 
DELATIO CRIMINIS é a comunicação feita à autoridade policial ao MP ou ao 
próprio juiz. Ela pode ser: 
Simples: por qualquer do povo. 
Postulatória: feita pelo ofendido. (APC, APP). 
Inqualificada: denuncia anônima. (verificara a procedência da denuncia antes 
de instaurar IP). OBS: a denuncia anônima só pode ensejar a instauração do IP 
quando se constituir como o próprio corpo de delito (ex. carta na qual há 
materialização do crime de ameaça) 
Vamos analisar as demais alternativas: 
a) Notitia criminis indireta é verificada quando o próprio delegado investiga, 
por qualquer meio, e descobre um fato-crime, devendo apurá-lo. 
Errado. Seria a notitia criminis DIRETA. 
b) Delatio criminis inquisitorial intercorre quando o próprio juiz procede à 
investigação. 
Errado. Notícia criminis de cognição mediata ocorre quando há requisição do 
MP, Juiz ou requerimento da vítima para a abertura do IP, momento em que, ao 
investigar, a autoridade policial toma conhecimento do fato. 
c) Notitia criminis direta acontece quando a vítima provoca a atuação do 
delegado, bem como quando o promotor ou juiz requisitam tal atuação. 
Errado. O correto é notícia criminis de cognição mediata/indireta. 
e) Delatio criminis indireta cumpre-se quando a autoridade policial investiga, 
por qualquer meio, e descobre um fato-crime, devendo apurá-lo. 
Errado. O correto é notícia criminis de cognição imediata/direta. 
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29. CEBRASPE	(CESPE)	-	Papiloscopista	Policial	Federal/2018	
Na	tentativa	de	entrar	em	território	brasileiro	com	drogas	ilícitas	a	bordo	de	um	veículo,	
um	traficante	disparou	um	tiro	contra	agente	policial	federal	que	estava	em	missão	em	
unidade	 fronteiriça.	 Após	 troca	 de	 tiros,	 outros	 agentes	 prenderam	 o	 traficante	 em	
flagrante,	conduziram-no	à	autoridade	policial	local	e	levaram	o	colega	ferido	ao	hospital	
da	região.	
Nessa	situação	hipotética,	
Ao	 tomar	 conhecimento	 do	 homicídio,	 cuja	 ação	 penal	 é	 pública	 incondicionada,	 a	
autoridade	 policial	 terá	 de	 instaurar	 o	 inquérito	 de	 ofício,	 o	 qual	 terá	 como	 peça	
inaugural	 uma	 portaria	 que	 conterá	 o	 objeto	 de	 investigação,	 as	 circunstâncias	
conhecidas	e	as	diligências	iniciais	que	serão	cumpridas.	
Gabarito: Certo 
Para esclarecer melhor, portaria é quando o delegado, de ofício, instaura o 
procedimento. 
Existem questões que são feitas para confundir você. Nessa questão, por 
exemplo, a banca buscou confundir o candidato. A situação a hipotética trouxe prisão 
em flagrante por tráfico de drogas e lesão corporais contra os policiais. Já na 
assertiva, o examinador trouxe outra pergunta dizendo que se a autoridade policial 
tomar conhecimento de um homicídio, que é um crime de ação penal pública 
incondicionada, nesse caso, o delegado irá instaurar o inquérito policial por meio da 
edição de uma portaria. 
Portaria é uma peça na qual a autoridade policial registra o conhecimento da 
prática de um crime de Ação Pública Incondicionada, especificando, se possível, o 
lugar, o dia e a hora em que foi cometido o crime, o autor e a vítima, e conclui 
determinando a instauração do inquérito policial. 
Lembre-se que se o acusado foi preso em flagrante, a autoridade policial dará 
início ao IP por meio do auto de prisão em flagrante - APF. 
								
30. As	 diligências	 no	 âmbito	 do	 inquérito	 policial	 serão	 realizadas	 por	 requisição	 do	
membro	do	Ministério	Público	ou	pela	conveniência	da	autoridade	policial,	não	existindo	
previsão	legal	para	que	o	ofendido	ou	o	indiciado	requeiram	diligências.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
Existe sim previsão legal para o requerimento de diligência pelo ofendido. 
“Art. 14, CPP. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão 
requerer qualquer diligência, que será realiza, ou não, a juízo da autoridade. 
31. Logo	que	tiver	conhecimento	da	prática	de	infração	penal,	a	autoridade	policial	deverá	
determinar,	se	for	caso,	a	realização	das	perícias	que	se	mostrarem	necessárias	e	proceder	a	
acareações.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
No momento em que a autoridade policial tiver o conhecimento de uma infração 
penal, ela devera realizar as condutas do art. 6. Imagine uma cena de crime. Quando 
a autoridade policial chegar ao local, ela devera manter tudo em ordem, isolar o local, 
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18 
 
chamar os peritos, apreender objetos, ouvir quem está no local, além de outras 
condutas. 
Questão somente cobrou o conhecimento do texto de lei. 
Art. 6º Logo quetiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade 
policial deverá: 
VI – Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações. 
VII – Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e 
a quaisquer outras perícias. 
32. Com	relação	ao	inquérito	policial,	julgue	os	seguintes	itens.	A	reprodução	simulada	dos	
fatos	ou	reconstituição	do	crime	pode	ser	determinada	durante	o	inquérito	policial,	caso	em	
que	o	indiciado	é	obrigado	a	comparecer	e	participar	da	reconstituição,	em	prol	do	princípio	
da	verdade	real.	
Certo	(			)		Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
Como vimos, o indiciado é obrigado a comparecer, mas não a participar da 
reprodução em prejuízo do princípio da não autoincriminação, também conhecido 
como nemo tenetur se detegere. 
Conclui-se que princípio nemo tenetur se detegere (o direito de não produzir 
prova contra si mesmo) é de fundamental importância para o direito, pois consagra 
um direito de grande relevância que é considerado por muitos como uma garantia 
mínima de todo acusado sendo que este não deve se restringir somente ao âmbito 
processual, mas antes a toda a esfera em que alguém estiver sendo acusado ou 
esteja se desenvolvendo uma acusação e qualquer prova produzida em desrespeito 
a esse princípio. 
Conforme o Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido 
praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à 
reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade 
ou a ordem pública. 
O código o código de processo penal não traz o procedimento dessa 
reconstituição. Entende-se que o investigado não pode ser obrigado a participar da 
reprodução simulada adotando uma postura ativa em razão da vedação a produção 
de prova contra si. A recusa em participar de uma reconstituição não pode constituir 
crime de desobediência, não possibilitará a condução coercitiva do agente (STF, HC 
nº 69.026/DF). E nem será suficiente para decretação de sua prisão preventiva. Vale 
ressaltar, no mais, que a reconstituição pode ser feita tanto no inquérito policial como 
no curso da ação penal. Embora não haja contraditório naquele é possível defesa 
requerê-la o que poderá ou não ser aceito pelo delegado Art. 14, CPP). 
33. O	 Ministério	 Público	 pode	 requerer	 ao	 juiz	 a	 devolução	 do	 inquérito	 à	 autoridade	
policial,	 se	 necessária	 a	 realização	 de	 nova	 diligência	 imprescindível	 ao	 oferecimento	 da	
denúncia,	como,	por	exemplo,	de	laudo	pericial	do	local	arrombado.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
O MP pode requerer a devolução do IP ao delegado para novas diligências 
quando essas forem imprescindíveis ao oferecimento da denuncia. 
Se houver a devolução do IP o delegado, nesse caso, fica obrigado a realizar as 
diligências requisitadas. 
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19 
 
Art. 16, CPP. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito 
à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento 
da denúncia. 
Jurisprudência sobre o tema 
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO. 
DESTRUIÇÃO OU ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO À SUBTRAÇÃO DA COISA. 
CRIME QUE DEIXA VESTÍGIO. PERÍCIA. IMPRESCINDIBILIDADE. AFASTAMENTO DA 
QUALIFICADORA. 
1. A qualificadora da destruição ou rompimento de obstáculo só pode ser 
aplicada ao crime de furto mediante realização de exame pericial, tendo em 
vista que, por ser infração que deixa vestígio, é imprescindível a realização de exame 
de corpo de delito direto, por expressa imposição legal. Precedentes. 
2. A substituição do laudo pericial por outros meios de prova apenas pode 
ocorrer se o delito não deixar vestígios, se estes tiverem desparecido ou, ainda, se 
as circunstâncias do crime não permitirem a confecção do laudo, o que não foi 
demonstrado no presente caso. 
3. Ressalte-se que é manifestamente ilegal o reconhecimento da 
qualificadora do rompimento de obstáculo no furto, tão somente, pelas 
declarações das vítimas, confissão da ré e imagens fotográficas colacionada aos 
autos, quando o arrombamento deixa vestígios, sendo imprescindível para sua 
incidência, a confecção de laudo pericial (art. 158 e art. 167 do CPP) - HC n. 
257.765/MS, Ministra Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ/SE), 
Quinta Turma, DJe 28/6/2013. 
4. Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1501462/MT, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA 
TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 09/04/2015) 
34. A	quebra	do	sigilo	de	dados	telefônicos	pertinentes	aos	dados	cadastrais	de	assinante	
não	pode	ser	feita	diretamente	pela	autoridade	policial.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
Vimos que em casos específicos a autoridade policial pode sim requisitar os 
dados cadastrais sem autorização pelo juiz. 
O membro do MP ou o Delegado de Polícia poderá REQUISITAR, de quaisquer 
órgãos do poder público ou de empresa da inciativa privada DADOS ou 
INFORMAÇÕES cadastrais da vítima ou de suspeitos, nos seguintes casos: 
1. Sequestro ou Cárcere Privado 
2. Redução a condição análoga à de Escravo 
3. Tráfico de Pessoas 
4. Extorsão Qualificada 
5. Sequestro Relâmpago 
6. Extorsão mediante sequestro 
7. Envio de criança/adolescente para o Exterior 
Obs: tal requisição por parte do MP ou autoridade policial, não ofende a norma 
constitucional no quesito de inviolabilidade de comunicações. 
 	
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20 
 
35. PJ	(MPE	GO)/MPE	GO/2019	-	Adaptada	
Sobre	o	inquérito	policial,	é	correto	afirmar	que:	
Se	necessário	à	prevenção	e	à	repressão	dos	crimes	relacionados	ao	tráfico	de	pessoas,	o	
membro	 do	 Ministério	 Público	 ou	 o	 delegado	 de	 polícia	 poderão	 requisitar,	
independentemente	 de	 autorização	 judicial,	 às	 empresas	 prestadoras	 de	 serviço	 de	
telecomunicações	e/ou	telemática	que	disponibilizem	imediatamente	os	meios	técnicos	
adequados	-	como	sinais,	informações	e	outros	-	que	permitam	a	localização	da	vítima	ou	
dos	suspeitos	do	delito	em	curso.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
O delegado/MP poderão, no caso de crimes relacionados ao tráfico de pessoas, 
mediante autorização judicial, requisitar, as empresas prestadoras de serviço 
de telecomunicações e/ou telemática, sinais, informações e outros - que permitam a 
localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
O artigo 13-B do CPP é extremamente confuso e pega pela falta de técnica 
chegando a ter uma possível inconstitucionalidade. Diz o referido artigo que “se 
necessária a prevenção é a repressão dos crimes relacionados ao tráfico de 
pessoas ou menos MP ou delegados de polícia poderão requisitar mediante 
autorização judicial às empresas prestadoras de serviço de 
telecomunicações é ou telemáticas que disponibilize imediatamente os 
meios técnicos adequados como sinais informações e outros que permitam 
a localização da vítima ou dos suspeitos de um delito em curso”. Percebe-se 
que o legislador não trouxe um rol de delitos relacionados à privação da liberdade da 
vítima como fez o artigo 13-A, falando apenas em crimes relacionados ao tráfico de 
pessoas, não se sabendo, exatamente, o que se quis dizer com essa expressão. Em 
primeiro lugar, há uma incongruência do legislador ao prever o poder de “requisitar 
mediante autorização judicial”. a requisição, tal como visto acima no artigo 13-A, é 
aquela que gera obrigatoriedade ou destinatário independentemente de intervenção 
do judiciário. Por isso é tecnicamente incorreto a lei estabelecer uma requisição que 
deva ser autorizada judicialmente. 
Deixando essa discussão de lado, o que importa é entender que a forma de 
obtenção das informações e de dados cadastrais da vítima e do suspeito é diferente 
entre o artigo 13-A e o artigo 13-B, sendo que no artigo 13-B a “requisição” depende 
de autorização judicial e que caso de não haver manifestação judicial no prazo 
de 12 horas, autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de 
serviços de telecomunicaçõese/ou telemáticas que disponibilizem imediatamente os 
meios técnicos adequados, Que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos 
do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. 
 	
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21 
 
36. CEBRASPE	(CESPE)	-	CAM	DEP/Agente	de	Polícia	Legislativa/2014	
Paulo	e	João	foram	surpreendidos	nas	dependências	da	Câmara	dos	Deputados	quando	
subtraíam	carteiras	e	celulares	dos	casacos	e	bolsas	de	pessoas	que	ali	transitavam.	Paulo	
tem	dezessete	anos	e	teve	acesso	ao	local	por	intermédio	de	João,	que	é	servidor	da	Casa.	
Com	base	nessa	situação	hipotética,	julgue	o	item	a	seguir.		
Poderá	 ser	 dispensado	 o	 inquérito	 policial	 referente	 ao	 caso	 se	 a	 apuração	 feita	 pela	
polícia	 legislativa	 reunir	 informações	 suficientes	 e	 idôneas	 para	 o	 oferecimento	 da	
denúncia.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
O IP é dispensável à propositura da ação penal de iniciativa pública. Veja o que 
diz o CPP: 
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território 
de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais 
e da sua autoria. 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de 
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
Como destacado, o IP tem a finalidade de apurar infrações penais e sua autoria. 
A finalidade é subsidiar o Ministério Público com elementos para o oferecimento de 
uma denúncia, ou seja, para a propositura de uma ação penal. 
 Assim, se a apuração feita pela polícia legislativa reunir informações suficientes 
e idôneas para o oferecimento da denúncia, o inquérito policial é perfeitamente 
dispensável. Percebemos então que o MP não está condicionado ao inquérito policial 
para o oferecimento da denuncia. Assim, se já tiver provas necessárias, poderá 
oferecer a denúncia. 
37. A	 responsabilidade	 criminal	 do	 acusado	 deve	 ser	 confirmada	 por	 meio	 de	 provas	
legalmente	admitidas	pelo	ordenamento	jurídico	em	vigor.	Entretanto,	embora	o	juiz	possa	
se	valer	das	provas	colhidas	na	fase	policial,	ele	deve	considerar	as	provas	colhidas	na	fase	
judicial,	mediante	os	auspícios	do	contraditório	 judicial,	não	podendo	 fundamentar	a	 sua	
decisão	exclusivamente	nos	elementos	probantes	colhidos	na	 fase	policial,	 ressalvadas	as	
provas	cautelares,	não	repetíveis	e	antecipadas.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
As provas colhidas na fase policial servem somente para subsidiar a convicção 
do julgador, pois essas provas não foram submetidas ao contraditório judicial. 
Portanto o juiz não pode se basear somente nelas. 
No processo judicial, com as partes em contraditório, o juiz tem uma ampla 
forma de formular sua convicção, pois as provas poderão ser contestadas. 
entretanto, tratando-se provas não repetíveis, cautelares ou antecipadas, o juiz 
poderá formular sua convicção exclusivamente no IP. 
Art. 155: "O Juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova 
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão 
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as 
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas." 
Não repetíveis: não podem ser repetidas novamente, podendo desaparecer 
(ex: corpo de delito nos vestígios do crime) 
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22 
 
Antecipadas: provas que seriam colhidas na fase processual e que foram 
antecipadas e colhidas na fase do inquérito, pois corriam o risco de não mais 
existirem (ex: depoimento de pessoa com risco de morte por doença grave) 
Cautelares: que são de extrema urgência para serem captadas, podendo não 
mais acontecer (ex: interceptação telefônica) 
38. Embora	o	inquérito	policial	tenha	natureza	de	procedimento	informativo,	e	não	de	ato	
de	 jurisdição,	os	vícios	nele	existentes	podem	contaminar	a	ação	penal	subsequente,	com	
base	na	teoria	norte-americana	dos	frutos	da	árvore	envenenada,	ou	fruits	of	the	poisonouss	
tree.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
Tendo em vista sua natureza de procedimento investigatório prévio, o vício 
existente (STF RHC nº 134.182/DF), no inquérito policial não acarreta a nulidade da 
ação penal futura. Entretanto, isso não pode ser encarado de forma absoluta, ou 
seja, não se pode afirmar, categoricamente, que todo é qualquer vício ocorrido no 
curso do inquérito não interferirá na posterior ação penal. 
Logo é mais correto afirmar que os vícios ocorridos no curso do inquérito 
policial, em regra, não repercutem na futura ação penal, ensejando, apenas, a 
nulidade da peça informativa, salvo quando houver violações de garantias 
constitucionais e legais expressas e nos casos em que o órgão ministerial, na 
formação da opinio delicti, não consiga afastar os elementos informativos maculados 
para persecução penal em juízo, ocorrendo, desse modo, a extensão da nulidade à 
eventual ação penal 
39. A	 depender	 dos	 rumos	 da	 investigação,	 bem	 como	 da	 gravidade	 do	 crime	 e	 da	
periculosidade	 do	 acusado,	 o	 delegado	 de	 polícia	 está	 autorizado	 a	 decretar	 a	
incomunicabilidade	 do	 investigado,	 por	 três	 dias,	 quando	 for	 do	 interesse	 do	 IP	 e	 da	
sociedade.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
Apesar de prevista no artigo 21 do CPP, a incomunicabilidade do indiciado não 
foi recepcionada pela CF/88. Tal medida é incabível. 
Dispõe o artigo 21 do CPP: A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre 
de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade 
ou a conveniência da investigação o exigir. 
A incomunicabilidade não foi recepcionada pela Constituição Federal. Nesse 
sentido apontam os incisos LXII e LXIII, do art. 5º /CF. Ademais, a 
incomunicabilidade do preso é vedada, inclusive, no estado de sítio (art. 136, § 3º, 
IV /CF), que é das situações mais excepcionais do Estado Democrático de Direito. 
Art. 136, § 3°, IV, CF: é vedada a incomunicabilidade do preso. 
Conclui-se que essa medida não deva acontecer nem mesmo em estado de 
defesa. 
 	
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23 
 
40. Após	 a	 realização	 de	 inquérito	 policial	 iniciado	 mediante	 requerimento	 da	 vítima,	
Marcos	foi	indiciado	pela	autoridade	policial	pela	prática	do	crime	de	furto	qualificado	por	
arrombamento.		
De	 acordo	 com	o	 disposto	 no	 Código	 de	 Processo	 Penal	 e	 na	 atual	 jurisprudência	 do	
Superior	 Tribunal	 de	 Justiça	 acerca	 de	 inquérito	 policial,	 embora	 fosse	 possível	 a	
instauração	 do	 inquérito	 mediante	 requisição	 do	 juiz,	 somente	 a	 autoridade	 policial	
poderia	indiciar	Marcos	como	o	autor	do	delito.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
O indiciamento é o ato resultante das investigações policiais por meio do qual 
alguém é apontado como provável autor de um fato delituoso.” (LIMA, Renato 
Brasileiro de. Curso deProcesso Penal. Niterói: Impetus, 2013, p. 111). 
A doutrina sempre explicou que o indiciamento é um ato privativo da autoridade 
policial (Delegado de Polícia). Essa característica foi reforçada recentemente pela Lei 
nº 12.830/2013, que previu no § 6º do art. 2º a seguinte regra: 
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a 
autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
Sendo o ato de indiciamento privativo do Delegado de Polícia, é equivocado e 
inadmissível que o juiz, o membro do Ministério Público ou a CPI requisitem o 
indiciamento de qualquer suspeito. Esse era o entendimento da doutrina antes da Lei 
e que agora é reforçado com o § 6º acima transcrito. Confira o que há anos já 
ensinava Nucci: “(...) não cabe ao promotor ou ao juiz exigir, através de requisição, 
que alguém seja indiciado pela autoridade policial, porque seria o mesmo que 
demandar à força que o presidente do inquérito conclua ser aquele o autor do delito. 
Ora, querendo, pode o promotor denunciarqualquer suspeito envolvido na 
investigação criminal (...)” (NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal 
e execução penal. São Paulo: RT, 2006, p. 139). 
No caso julgado pelo STF, o juiz determinou à autoridade policial que 
fizesse o indiciamento formal de algumas pessoas. A 2º Turma do STF 
concedeu habeas corpus para anular esse indiciamento, deixando claro que 
não cabe ao juiz tomar essa providência. (STF. 2º Turma. HC 115015/SP). 
41. Lúcio	 é	 investigado	 pela	 prática	 de	 latrocínio.	 Durante	 a	 investigação,	 apurou-se	 a	
participação	de	Carlos	no	crime,	tendo	sido	decretada	de	ofício	a	sua	prisão	temporária.		
A	partir	dessa	situação	hipotética	e	do	que	dispõe	a	 legislação,	 julgue	o	 item	seguinte.	
Como	Lúcio	está	solto,	o	inquérito	policial	não	terá	prazo	para	ser	concluído.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
O IP sempre terá um prazo a ser cumprido, independentemente de o indiciado 
estar preso ou solto. 
Por estar solto, o prazo de conclusão é de 30 dias prorrogáveis por mais o 
necessário. É importante ressaltar que se estivesse preso preventivamente, o prazo 
seria de 30 dias prorrogáveis por mais 30, pois o crime cometido é de natureza 
hedionda. 
 	
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24 
 
42. Conforme	 previsto	 no	 Código	 de	 Processo	 Penal	 (CPP),	 é	 de	 dez	 dias	 o	 prazo	 para	
conclusão	 do	 inquérito	 policial,	 se	 o	 investigado	 estiver	 preso,	 e	 de	 trinta	 dias,	 caso	 o	
investigado	esteja	solto.	Esse	prazo	pode	ser	prorrogado	pelo	prazo	assinalado	pelo	juiz,	caso	
o	fato	seja	de	difícil	elucidação.	
Certo(			)	Errado(			)	
Gabarito: Certo 
Se o indiciado estiver solto o prazo é de 30 dias, podendo ser prorrogado; se 
estiver preso, o prazo é de 10 dias improrrogáveis. 
A questão cobra simplesmente o conhecimento do artigo 10 do CPP. Perceba 
que no §3º do artigo 10 estabelece que se o fato for de difícil elucidação, autoridade 
poderá querer ao juiz a devolução dos autos para ulteriores diligências, mas, 
somente se o indiciado estiver solto. 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado 
tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, 
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo 
de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
 § 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a 
autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores 
diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
43. Acerca	do	inquérito	policial,	julgue	o	item	seguinte.		
A	conclusão	do	inquérito	policial	é	precedida	de	relatório	final,	no	qual	é	descrito	todo	o	
procedimento	 adotado	 no	 curso	 da	 investigação	 para	 esclarecer	 a	 autoria	 e	 a	
materialidade.		
A	 ausência	 desse	 relatório	 e	 de	 indiciamento	 formal	 do	 investigado	 não	 resulta	 em	
prejuízos	 para	 persecução	 penal,	 não	 podendo	 o	 juiz	 ou	 órgão	 do	Ministério	 Público	
determinar	o	retorno	da	investigação	à	autoridade	para	concretizá-los,	já	que	constitui	
mera	irregularidade	funcional	a	ser	apurada	na	esfera	disciplinar.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
A falta do relatório em nada atrapalha no IP, nem mesmo na ação penal. 
A falta desse relatório só caracteriza mera irregularidade administrativa, a qual 
será avaliada na esfera administrativa, sujeitando o delegado às disciplinas. 
A doutrina tem o seguinte entendimento: 
“[...] Por outro lado a falta do relatório constitui mera irregularidade, não tendo 
o promotor ou o juiz o poder de obrigar a autoridade policial a concretizá-lo. Trata-
se de falta funcional, passível de correção disciplinar. É natural que, determinado a 
lei que o relatório seja feito, a autoridade policial deve prezar a sua função, 
concretizando-o, o que não impede, em absoluto, ainda que o faça de modo muito 
resumido ou confuso. Pois o relatório não tem nenhuma utilidade probatória na 
instrução do processo, destinando-se ao esclarecimento do promotor acerca do que 
foi feito pelo estado-investigação [...]”. 
 	
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25 
 
44. O	 inquérito	policial,	 procedimento	persecutório	de	 caráter	administrativo	 instaurado	
pela	autoridade	policial,	tem	como	destinatário	imediato	o	Ministério	Público,	titular	único	
e	exclusivo	da	ação	penal.	
Gabarito: Errado 
O erro da questão é falar que o MP é titular único e exclusivo da ação penal, 
pois o ofendido também pode ser titular. 
DESTINATÁRIOS DO INQUÉRITO POLICIAL - O inquérito policial apresenta 
como destinatário imediato o titular da ação a que preceda, a saber: 
a) nas ações penais públicas: o Ministério Público, seu titular exclusivo; 
b) nas ações privadas: o ofendido, titular de tais ações. 
Logo, o MP não pode ser o titular único e exclusivo da ação penal. Uma vez que 
o ofendido nas ações penais privadas é o seu titular. 
O destinatário mediato do inquérito policial é o juiz, uma vez que o inquérito 
fornece subsídios para que ele receba a peça inicial e decida quanto à necessidade 
de decretar medidas cautelares. 
45. Situação	hipotética:	Pedro,	servidor	público	federal,	foi	indiciado	pela	Polícia	Federal	
por	 suposta	 prática	 de	 corrupção	 passiva	 no	 exercício	 de	 suas	 atribuições.	 O	 inquérito	
policial,	após	remessa	ao	órgão	do	MPF,	foi	arquivado,	por	requerimento	do	procurador	da	
República,	em	razão	da	atipicidade	da	conduta,	e	o	arquivamento	foi	homologado	pelo	juízo	
criminal	 competente.	Assertiva:	Nessa	 situação,	 o	 ato	 de	 arquivamento	 do	 inquérito	 fez	
exclusivamente	 coisa	 julgada	 formal,	 o	 que	 impossibilita	 posterior	 desarquivamento	
pelo	parquet,	ainda	que	diante	da	existência	de	novas	provas.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
	
Gabarito: Errado 
O arquivamento do inquérito por atipicidade do fato gera coisa julgada material, 
impedindo seu desarquivamento. 
A coisa julgada formal somente produz efeitos endoprocessuais, ou seja, dentro 
do processo. Assim, se houvesse somente coisa julgada formal, seria sim possível o 
desarquivamento mediante o surgimento de novas provas. 
Se houvesse coisa julgada material, isso teria efeitos em todas as outras 
relações processuais acerca do mesmo tema, não sendo possível o desarquivamento 
nesse caso. 
São casos de coisa julgada material: 
1. Atipicidade do fato 
2. Causa excludente de ilicitude, segundo o STJ. O STF se posiciona diferente 
em relação a esse tema. 
3. Causa excludente da culpabilidade. Nesse caso, só há o posicionamento da 
doutrina. 
46. Com	 relação	 ao	 inquérito	 policial	 e	 à	 ação	 penal,	 julgue	 o	 item	 que	 se	 segue.	
A	doutrina	e	a	jurisprudência	majoritárias	admitem	o	denominado	arquivamento	implícito,	
que	 consiste	 no	 fato	 de	 o	 oferecimento	 de	 denúncia	 pelo	Ministério	 Público	 por	 apenas	
alguns	dos	crimes	imputados	ao	indiciado	impedir	que	os	demais	sejam	objeto	de	futura	ação	
penal.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
 
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Gabarito: Errado 
O único erro da questão é se afirmar que se admite o arquivamento implícito 
no brasil. 
Arquivamento implícito, fenômeno verificado quando titular da ação penal 
pública deixa de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, 
sem justificação ou expressa manifestação deste procedimento. 
Informativo 540 STJ 
Na ação penal pública NÃO vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o 
MP não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, não 
se podendo falar em arquivamento implícito em relação a quem não foi denunciado. 
Isso porque o Parquet é livre para formar sua convicção, incluindo na denúncia as 
pessoas que ele entenda terem praticado o crime, mediante a constatação de indícios 
de autoria e materialidade (STJ. 6ª Turma. RHC 34.233-SP, Rel. Min. Maria Thereza 
de Assis Moura, julgado em 6/5/2014). 
Inquérito Policial e Arquivamento Implícito 
O sistema processualpenal brasileiro não agasalhou a figura do 
arquivamento implícito de inquérito policial. Com base nesse entendimento, a 
Turma desproveu recurso ordinário em habeas corpus interposto contra acórdão do 
STJ que denegara writ lá impetrado ao fundamento de que eventual inobservância 
do princípio da indivisibilidade da ação penal não gera nulidade quando se trata de 
ação penal pública incondicionada. No caso, o paciente fora preso em flagrante pela 
prática do delito de roubo, sendo que na mesma delegacia em que autuado já 
tramitava um inquérito anterior, referente ao mesmo tipo penal, contra a mesma 
vítima, ocorrido dias antes, em idênticas condições, sendo-lhe imputado, também, 
tal fato. Ocorre que o parquet em que pese tenha determinado o apensamento dos 
dois inquéritos, por entendê-los conexos oferecera a denúncia apenas quanto ao 
delito em que houvera o flagrante, quedando-se inerte quanto à outra infração penal. 
O Tribunal local, todavia, ao desprover recurso de apelação, determinara que, depois 
de cumprido o acórdão, fosse aberta vista dos autos ao Ministério Público para 
oferecimento de denúncia pelo outro roubo. Destarte, fora oferecida nova exordial 
acusatória, sendo o paciente novamente condenado. Sustentava o recorrente, em 
síntese, a ilegalidade da segunda condenação, na medida em que teria havido 
arquivamento tácito, bem como inexistiria prova nova a autorizar o desarquivamento 
do inquérito. RHC 95141/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 6.10.2009. (RHC-95141) 
47. O	 princípio	 que	 rege	 a	 atividade	 da	 polícia	 judiciária	 impõe	 a	 obrigatoriedade	 de	
investigar	o	fato	e	a	sua	autoria,	o	que	resulta	na	imperatividade	da	autoridade	policial	de	
instaurar	 inquérito	policial	em	todos	os	casos	em	que	receber	comunicação	da	prática	de	
infrações	penais.		
A	ausência	de	instauração	do	procedimento	investigativo	policial	enseja	a	responsabilidade	
da	autoridade	e	dos	demais	agentes	envolvidos,	nos	termos	da	legislação	de	regência,	vez	
que	resultará	em	arquivamento	indireto	de	peça	informativa.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Errado 
O delegado não está obrigado a instaurar IP em todos os crimes, somente nos 
crimes de ação penal incondicionada. Essa não é hipótese de arquivamento indireto. 
Em crimes de ação penal publica incondicionada, o delegado atua de ofício. Em 
crimes de ação penal publica condicionada a representação, o delegado só poderá 
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atuar após a representação do ofendido ou ministro da justiça. Em crimes de ação 
penal privada, o delegado só irá atuar após requerimento da vítima ou seu 
representante legal. O delegado não está, portanto, vinculado a instaurar IP 
em todos os crimes. 
O arquivamento indireto se dá quando o Ministério Público declina da sua 
atribuição, ou seja, declara-se incompetente para a postulação do feito. Nesta 
hipótese poder-se-á ter duas possíveis decisões do juiz: 
a) concordar com o Ministério Público, e determinar a remessa a Justiça 
competente; 
b) não concordar com o Ministério Público, aplicando-se a regra do art. 28 do 
CPP. 
É importante, claro, observar a nova regra do artigo 28 do CPP que, está, 
provisoriamente, suspenso por determinação do STF. 
48. Considere	que	a	autoridade	policial	tenha	instaurado	inquérito	para	apurar	a	prática	de	
crime	cuja	punibilidade	fora	extinta	pela	decadência.	Nessa	situação,	ao	tomar	conhecimento	
da	investigação,	o	acusado	poderá	se	valer	do	habeas	corpus	para	impedir	a	continuação	da	
investigação	e	obter	o	trancamento	do	inquérito	policial.	
Certo	(			)	Errado	(			)	
Gabarito: Certo 
O Habeas Corpus pode ser usado para trancar o IP. Se surgirem novas provas, 
poderá haver novas investigações. 
Muita atenção, algumas questões trocam a palavra trancamento por 
arquivamento. Isso está errado. O HC somente trancará o IP, para ocorrer o 
arquivamento, deve ser feito mediante requerimento do MP (regra anterior do art. 
28 do CPP, mas que atualmente continua valendo rsrs...) 
Agora em relação ao trancamento. Sempre que o IP puder resultar, ainda que 
de modo potencial, prejuízo à liberdade de locomoção, será cabível HC. Por meio do 
Habeas Corpus poderá acarretar o trancamento do IP. Trata-se de uma medida 
excepcional, que somente é admitida em 3 hipóteses: 
1 - Manifesta atipicidade, formal ou material, da conduta delituosa; 
2 - Quando presente alguma causa extintiva da punibilidade; 
3 - Quando houver instauração de IP em crimes de ação penal privada ou 
pública condicionada à representação sem prévio requerimento do ofendido ou de 
seu representante legal. 
49. CEBRASPE	(CESPE)	-	Tec	Min	(MPE	CE)	2020	
Tales foi preso em flagrante em um parque de Fortaleza pela prática do crime de 
estupro, tendo sido reconhecido pela vítima, Marta, com a qual não possuía relação 
anterior. Há indícios de que Tales tenha praticado outros crimes sexuais, tendo sido 
também reconhecido por outras vítimas 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
A investigação policial não pode ser instaurada de ofício pelo delegado, sendo 
necessário que Marta represente formalmente contra Tales. 
Certo	(			)	Errado	(			)	
 
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Gabarito: Errado. 
Nessa situação o delegado de polícia poderá instaurar de ofício a 
investigação policial, independente de representação formal por parte de Marta. 
O crime de estupro é de ação penal pública incondicionada, assim, é permitido 
instaurar inquérito policial, de ofício, ou seja, independentemente da provocação de 
qualquer pessoa, segundo dispõe o art. 5º, inciso I, do CPP. 
50. CEBRASPE	(CESPE)	-	PJ	(MPE	PI)	2019	–	Adaptada.	
Considerando-se	 o	 entendimento	 dos	 tribunais	 superiores	 a	 respeito	 de	 inquérito	
policial,	 é	correto	afirmar	 que	 o	 fato	 de	 a	 autoridade	 policial	 encontrar	 provas	 que	
justifiquem	 o	 flagrante	 delito	 convalida	 a	 irregular	 entrada	 em	 residência	 sem	
autorização	judicial	e	sem	permissão	do	morador.	
Gabarito: Errada. 
As novas provas não são capazes de convalidar uma irregular entrada em 
residência, uma vez que tal ilegalidade não se convalida. Mesmo o enunciado dá a 
entender que as provas foram encontradas em momento posterior ao ingresso na 
residência. Ademais, se configurado o flagrante, seria desnecessária a autorização 
judicial. 
	
51. CEBRASPE	(CESPE)	-	PJ	(MPE	PI)	2019	–	Adaptada.	
Considerando-se	 o	 entendimento	 dos	 tribunais	 superiores	 a	 respeito	 de	 inquérito	
policial,	é	correto	afirmar	que	é	possível	constatar	constrangimento	ilegal	em	razão	da	
excessiva	e	desarrazoada	duração	da	 investigação,	ainda	que	o	prazo	de	conclusão	do	
inquérito	policial	seja	impróprio.	
	
	
Gabarito: Certo. 
O prazo de duração do inquérito policial, como regra geral, está previsto no art. 
10 do Código de Processo Penal: 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado 
tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, 
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo 
de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
Apesar da possibilidade ser prorrogado nos casos de difícil elucidação, não 
concede à autoridade prazo indeterminado para conclusão, considerando que 
são necessárias as devidas fundamentações para o atraso. Logo, quando o prazo 
torna-se evidentemente excessivo, há constrangimento ilegal, sendo cabível habeas 
corpus para trancar o inquérito. 
Nesse sentido: 
HABEAS CORPUS. TRANCAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL. INVESTIGAÇÃO 
DA PRÁTICA DOS CRIMES PREVISTOS NOS ARTS. 171, 297, 298 E 304 DO CP. 
EXCESSO DE PRAZO. DEZ ANOS DE DURAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES. INEFICIÊNCIA 
ESTATAL CARACTERIZADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. 
1. Em caso de investigado solto, o prazo para a conclusão do inquérito policial 
é impróprio, podendo ser prorrogado a depender da complexidade das apurações. 
Essa fase pré-processual caracteriza-se como procedimento investigatório

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