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MELHORIAS PARA O PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO 
IMPROVEMENTS FOR THE EMERGENCY ACTION PLAN FOR MINING DAMS
Barros, Diégina Fernanda[footnoteRef:1] [1: Pós-graduando em Título do Curso da Universidade Santo Amaro. -fernanda.engminas@hotmail.com. Data da entrega: - completar ] 
Peixoto, Elaine Alcantara Freitas[footnoteRef:2] [2: Professora orientadora: Mestra, Universidade Santo Amaro- SP – eafpeixoto@prof.unisa.br] 
RESUMO –
Este trabalho é uma contribuição, através de uma pesquisa bibliográfica, sobre o tema Plano de Ação de Emergência (PAE) em empreendimentos de barragens de rejeitos da mineração. Nesta pesquisa apresentam-se os objetivos básicos de apontar melhorias em alguns itens contidos no Plano de Segurança de Barragens de rejeito no que diz respeito ao Plano de Ação de Emergência (PAE). Dos artigos selecionados, foram publicados em 2005, 2006, 2007, 2009,2010, 2011, 2013, 2015,2016, e 19, apontando um crescente interesse pela temática. A partir disso serão introduzidos na pesquisa assuntos que enfatizam a segurança de barragens e as ações a serem tomadas em caso de emergência. Para isso será apresentado à lei nº 12.334, de 2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) que tem como um dos seus principais objetivos garantir padrões de segurança de barragens de maneira a reduzir a possibilidade de acidente e suas consequências. Como exemplo concreto de acidente envolvendo estruturas de contenção será abordado o acidente com a barragem da empresa Samarco, ocorrido em 2015, que deixou um passivo socioambiental de graves proporções e perdas irrecuperáveis. Por fim serão apontadas sugestões de medidas emergenciais para reforçar o PAE com suas respectivas justificativas.
Palavras-chave: Barragem. Plano de Ação de Emergência. Segurança.
ABSTRACT 
This work is a contribution, through bibliographic research, on the theme of Emergency Action Plan (PAE) in mining tailings dam projects. This research presents the basic objectives of pointing improvements to some items contained in the Tailings Dam Safety Plan with regard to the Emergency Action Plan (PAE). Of the selected articles, they were published in 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015, 2016, and 19, pointing to a growing interest in the theme. From this will be introduced in the research subjects that emphasize the safety of dams and the actions to be taken in case of emergency. For this purpose, Law No. 12,334 of 2010, which provides for the National Dam Safety Policy (PNSB), whose main objective is to ensure dam safety standards in order to reduce the possibility of an accident and its consequences, will be presented. . A concrete example of an accident involving containment structures will be the accident with the Samarco dam, which occurred in 2015, which left a socio-environmental liability of serious proportions and irrecoverable losses. Finally, suggestions for emergency measures to reinforce the PAE with their respective justifications will be pointed out.
Keywords: Dam. Emergency Action Plan. Safety.
INTRODUÇÃO 
A atividade mineradora se apresenta como uma importante atividade econômica do Brasil e do mundo. Apesar dos benefícios gerados pela mineração, é visível que o armazenamento e a disposição dos rejeitos gerados nessa atividade geram um grande desafio ambiental e geotécnico. Com o crescimento da produção da indústria mineira e, consequentemente, dos volumes de rejeitos gerados a serem armazenados, houve necessidade de estruturas de barramento de maior porte que viabilizassem a implantação do projeto de mineração, visto que este é um fator determinante na vida útil do empreendimento. 
No Brasil o número de acidentes envolvendo barragens é altamente alarmante, principalmente no estado de Minas Gerais, onde no período de 2015 por diante, quatro barragens se romperam ocasionando morte e destruição ambiental. Em 2015 os Brasileiros protagonizaram ao que está sendo considerado o maior desastre ambiental da historia do país. O rompimento da barragem de Fundão da empresa Samarco causou enorme destruição em varias cidades da região e casou morte de trabalhadores e moradores do distrito de Bento Rodrigues, situado a jusante da barragem de Fundão localizada em Mariana no estado de Minas Gerais (Seminário Plano de Ação de Emergência de Barragens, 2016).
Neste contexto verifica-se a grande importância dos sistemas de alerta precoce, os quais são capazes de proporcionar a evacuação dos locais atingidos e ações emergenciais que consequentemente irão mitigar o dano ambiental reflexo mais irreversível: a morte.
Apesar dos avanços técnicos e legais que ocorreram no âmbito da gestão da segurança de barragens, a ocorrência de acidentes recentes, demonstra que tanto os empreendedores quanto o poder público precisam atuar de maneira mais efetiva nesta questão. (Viana, 2015).
Após o rompimento da barragem da Samarco e o histórico de ocorrências com barragens no Brasil nos últimos anos, os órgão do meio ambiente já pensam em mudanças na Lei de Segurança de Barragens para aperfeiçoar medidas de fiscalização, mudanças nos procedimentos e claro reforçar as ações emergenciais em caso de acidentes, visto que não é possível garantir risco zero para este tipo de estrutura e suas finalidades (Seminário Plano de Ação de Emergência de Barragens, 2016). 
Que possíveis medidas podem ser implementadas em planos de emergência visariam aumentar a responsabilidade dos empreendedores e com isso garantir uma segurança mais efetiva para barragens de rejeitos de mineração e principalmente resguardar a população e o meio ambiente presentes ao redor? 
Este artigo apresenta como objetivos levantar melhorias no Plano de Ação de Emergência (PAE) quanto à periodicidade de atualização do PAE; o Sistema de alerta de emergência; a Periodicidade da simulação de emergência; a Criação da brigada na comunidade á jusante; a Definição de rota de fuga; a Definição de ponto de encontro.
Pode se definir barragem como:
Barragens possuem essencialmente duas funções principais. A primeira é armazenar água para compensar variações no fluxo do rio ou na demanda de água e energia elétrica. A segunda é elevar o nível da água a montante para que a mesma possa ser conduzida a um canal, ou aumentar a „Carga Hidráulica ‟– diferença de altura entre a superfície do reservatório e o rio a jusante. A formação de um reservatório e da carga hidráulica permite que a barragem seja usada para a geração de energia elétrica (hidroelétricas são responsáveis pela geração de cerca de 50% da energia elétrica do planeta); suprimento de água para agricultura, indústrias e residências; controle de enchentes; auxílio à navegação através da regularização da vazão e do afogamento das corredeiras. Outros motivos para a construção de grandes barragens incluem a formação de reservatórios para pesca e atividades de lazer tais como passeios de barco (McCULLY, 1996, p 11).
Percebemos, cada vez mais, que o entendimento das metas propostas pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), instituída pela Lei 12.334/2010, constitui uma grande contribuição na prevenção de incidentes e acidentes com barragens ou minimização de suas consequências, que promove a alavancagem das condições inegavelmente apropriadas para diversos setores da sociedade que contribuíram ativamente em sua formulação e para sua promulgação. No momento atual, as responsabilidades para os empreendedores ou proprietários das barragens e atribuições aos diversos agentes fiscalizadores, inclusive, a de elaborar regulamentações complementares geram dúvidas a respeito de como essa contribuição para a prevenção e sua devida fiscalização dos diversos tipos de barragem, pelo reconhecimento da especialização na respectiva área de atuação e o contato maior já estabelecido com o setor regulado (ANA, 2012) deve ser entendido. 
No Brasil há 43 entidades ou órgãos fiscalizadores da segurança de barragens, sendo 4 federais, 27 órgãos gestores estaduais de recursos hídricos e 12 órgãos ambientais.Segundo (Brasil, 2015) as instituições federais são:
· Agência Nacional de Águas (ANA) que outorga de direito de uso dos recursos hídricos para acumulação em reservatório de usos múltiplos; 
· Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que concede autorização para uso do potencial hidráulico para geração hidrelétrica; 
· E o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que outorga de direitos minerários de empreendimento com barragem de acumulação de rejeito de mineração Federal Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)* Licença de atividades ou empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores com barragem de acumulação de resíduos industriais.
Por conseguinte, as entidades estaduais cumprem um papel essencial na fiscalização das barragens. 
Segundo a Lei 12.334/2010, haveria dois tipos de entidade fiscalizadora de barragens atuantes em nível estadual: entidades gestoras de recursos hídricos – para os barramentos outorgados em cursos d’água de domínio estadual, em que o uso da água acumulada no reservatório não seja o aproveitamento hidrelétrico –; e entidades gestoras ambientais – para as barragens que tenham a finalidade de disposição de resíduos industriais, pertencentes a empreendimentos por elas licenciados (BRASIL, 2015, p.20).
Com esta instrumentação, instalada em pontos estratégicos na barragem se torna possível verificar a ocorrência de anomalias.
Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), “a mineração compreende um conjunto de operações destinadas a pesquisar, descobrir, mensurar, extrair, tratar ou beneficiar e transformar recursos minerais de maneira que estes venham a se tornar benefícios econômicos e sociais”.
Na atividade mineraria as principais operações responsáveis pela alteração na paisagem estão relacionadas à abertura da cava, disposição de estéril e a disposição de rejeitos gerados do processo de beneficiamento. Por este motivo a legislação brasileira tem tratado com diferencial o que tange exploração e aproveitamento de bens minerais não só superficiais, mas também aqueles presentes no subsolo. (IBRAM, 2016).
A exploração mineral está diretamente ligada ao desenvolvimento da sociedade em vários de seus setores produtivos. Porém os impactos gerados pela atividade de mineração, juntamente com o conflito pela apropriação e utilização do solo, geram conflitos socioambientais. 
Segurança de barragens é aspecto fundamental para todos os envolvidos na concepção, projeto, construção, operação e fechamento das barragens de contenção de rejeitos. Dentre estes envolvidos então autoridades legais, empreendedores e agentes que lhes proporcionam apoio técnico em todo o processo (Seminário Plano de Ação de Emergência de Barragens, 2016).
Foi criado em 20 de setembro de 2010, a Lei n° 12.334 que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barramentos (PNSB), que por meio do Art.3° são definidos os objetivos descritos abaixo (Brasil, 2010);
I - garantir a observância de padrões de segurança de barragens de maneira a reduzir a possibilidade de acidente e suas consequências; 
II - regulamentar as ações de segurança a serem adotadas nas fases de planejamento, projeto, construção, primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e de usos futuros de barragens em todo o território nacional; 
III - promover o monitoramento e o acompanhamento das ações de segurança empregadas pelos responsáveis por barragens; 
IV - criar condições para que se amplie o universo de controle de barragens pelo poder público, com base na fiscalização, orientação e correção das ações de segurança; 
V - coligir informações que subsidiem o gerenciamento da segurança de barragens pelos governos; 
VI - estabelecer conformidades de natureza técnica que permitam a avaliação da adequação aos parâmetros estabelecidos pelo poder público; 
VII - fomentar a cultura de segurança de barragens e gestão de riscos.
A Lei de Segurança de Barragens também atribui aos empreendedores e responsáveis técnicos a responsabilidade de desenvolver e implementar o Plano de Segurança da Barragem, que por meio do Art8º deve conter no mínimo os seguintes itens: Brasil, 2010.
I - identificação do empreendedor; 
II - dados técnicos referentes à implantação do empreendimento, inclusive, no caso de empreendimentos construídos após a promulgação desta Lei, do projeto como construído, bem como aqueles necessários para a operação e manutenção da barragem; 
III - estrutura organizacional e qualificação técnica dos profissionais da equipe de segurança da barragem; 
IV - manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e relatórios de segurança da barragem; 
V - regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem; 
VI - indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem resguardados de quaisquer usos ou ocupações permanentes, exceto aqueles indispensáveis à manutenção e à operação da barragem; 
VII - Plano de Ação de Emergência (PAE), quando exigido; 
VIII - relatórios das inspeções de segurança; 
IX - revisões periódicas de segurança. 
O Plano de Ação de Emergência é um documento técnico, de fácil entendimento a ser elaborado pelo empreendedor. Neste Plano, devem estar identificadas as situações de emergência que possam pôr em risco a integridade da barragem, bem como as ações necessárias a serem tomadas nesses casos, além de serem definidos os agentes a serem notificados de tais ocorrências. O objetivo deste importante documento é evitar ou minimizar danos com perdas de vida, às propriedades e às comunidades a jusante no caso de um eventual desastre (Brasil, 2010). 
O Art. 12 da Lei 12.334/2010 estabelece que o PAE deve ser contemplado, dos seguintes itens, no mínimo:
I - identificação e análise das possíveis situações de emergência; 
II - procedimentos para identificação e notificação de mau funcionamento ou de condições potenciais de ruptura da barragem; 
III - procedimentos preventivos e corretivos a serem adotados em situações de emergência, com indicação do responsável pela ação; 
IV - estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades potencialmente afetadas em situação de emergência. 
Parágrafo único.  O PAE deve estar disponível no empreendimento e nas prefeituras envolvidas, bem como ser encaminhado às autoridades competentes e aos organismos de defesa civil. 
Para grande parte das barragens, de acordo com a sua classificação, a referida lei estabelece a necessidade de elaboração do Plano de Ações Emergência, que deverá conter as ações a serem executadas pelo empreendedor da barragem em caso de situação de emergência, com a identificação de todos os participantes das ações (internos e externos), suas atribuições e responsabilidades, bem como a indicação de níveis de emergência e fluxogramas de notificação (Machado, 2007). 
	A necessidade de elaboração do PAE é aplicável às barragens de acumulação de água, rejeitos ou detritos industriais, de acordo com a classificação da barragem, que leva em conta, entre outros aspectos, os danos potenciais associados.
	Tendo em vista que este documento é um documento para ser usado em momento de sinistro, de urgência, foi expresso na portaria 416\2012 que este documento deveria ter capa vermelha além de que devem estar em linguagem de fácil entendimento, de modo a subsidiar a tomada de ação nas situações de emergência. Estas instruções visaram facilitar a localização e compreensão num momento de sinistro, onde o ganho de segundos é valioso. (Brasil, 2019). 
A revisão e atualização do PAE são de responsabilidade do Empreendedor. O documento deve ser adaptado a cada fase de vida da barragem, às circunstâncias de operação e às condições de segurança. Um Plano de Emergência bem elaborado pode proporcionar as seguintes vantagens: 
· Rápida intervenção por parte do Gestor/Administrador que cuida dessa área específica para realizar a contenção da emergência que se materializou de forma inesperada
· Racionalização e canalização dos esforços para os setores mais importantes· Minimizar a extensão dos danos causados pelos riscos identificados dentro e fora da empresa, impossibilitando que estes se alastrem e venham a prejudicar outras empresas nas áreas adjacentes.
· A preservação, acima de tudo, de vidas humanas (VIANNA 2015).
Apesar dos avanços técnicos e legais que ocorreram no âmbito da gestão da segurança de barragens, a ocorrência de acidentes recentes, inclusive no Brasil, demonstra que tanto os empreendedores quanto o poder público precisam atuar de maneira mais efetiva nesta questão. (VIANNA 2015)
É notória a necessidade de avaliação da legislação em vigor e sua revisão, visando aumentar a responsabilidade dos empreendedores relativamente à segurança das barragens.
A empresa deverá criar uma brigada de abandono na comunidade, com intuito de auxiliar a população em caso de necessidade evacuação. Os brigadistas preferencialmente deverão ser moradores que passam maior parte do dia na comunidade. Deverão passar por treinamento especifico para tal atividade, com a participação da defesa civil do município (Ávila, 2019).
A Norma Regulamentadora 22 estabelece nas operações de emergência as seguintes condições
22.32.1.1- Compete ao supervisor conhecer e divulgar os procedimentos do plano de emergência a todos os seus subordinados.
22.32.2 - A empresa proporcionará treinamento semestral específico à brigada de emergência, com aulas teóricas e aplicações práticas.
22.32.3 - Devem ser realizadas, anualmente, simulações do plano de emergência com mobilização do contingente da mina diretamente afetado (BRASIL, 2019).
As legislações vigentes, aplicadas para situações de emergência em mineradoras não contempla obrigações referente à Defesa Civil e à comunidade, de forma clara e específica. 
A comunidade precisa ter um grupo de pessoas capacitadas para auxiliar o restante da população em caso de emergência evitando assim maior pânico e consequentemente outros acidentes durante a evacuação. Da mesma forma a Defesa Civil deve ter em sua equipe, pessoas capacidades para agir nas situações de emergência de rompimento de barragens de rejeito.
Deverá existir uma Rota de Fuga para os moradores das comunidades. Em todas as residências deverá estar afixado um fluxograma indicando o trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa até o Ponto de Encontro. Na análise desse trajeto devem ser observados os pontos críticos do caminho como, por exemplo: locais escorregadios, escadarias sem corrimão, rampas de difícil acesso entre outros. (Brasil, 2019).
As pessoas não sabem agir em uma situação de emergência e nem para onde devem se deslocar. As pessoas necessitam de um local de fácil acesso e que não esteja dentro da área que potencialmente possa ser atingida pelo desastre.
Deverão ser definidos pontos de encontro, para onde trabalhadores moradores da comunidade á jusante da barragem deverão se deslocar em caso de emergência. As pessoas necessitam de um local previamente estabelecido de fácil acesso onde todas as pessoas da comunidade possam ser reunidas em uma situação de emergência (Brasil, 2019).
Neste local as faltas de pessoas constatadas pelos brigadistas ou a ausência de outros deverão ser comunicadas o mais breve possível ao responsável pelo Ponto de Encontro. Ele por sua vez deve repassar as informações ao chefe de equipe de emergência para que as devidas providências sejam tomadas.
Os planos são mal elaborados, pois não consideram as possíveis ocorrências pela causa de rompimento de barragens, para alerta para o fato de, em um futuro próximo, para evitar ou reduzir os danos causados pela ruptura de barragens a partir da revisão de metodologias nacionais e internacionais. 
METODOLOGIA 
A metodologia utilizada foi segundo Marconi e Lakatos (1992) a pesquisa bibliográfica pode ser descrita pelo processo de levantamento de bibliografias já publicadas, que podem ser em formato de livros, revistas, publicações, teses, dissertações dentre outras. O seu objetivo é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, dando assim condições para que o cientista faça analise ou manipule informações sobre sua pesquisa. Dos artigos selecionados, foram publicados em 2005, 2006, 2007, 2009,2010, 2011, 2013, 2015,2016, e 19, apontando um crescente interesse pela temática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Vale ressaltar, a importância da base de dados do grupo scielo, onde todos os artigos selecionados se encontravam indexados, na qual 4 artigos foram selecionados. Em relação ao tipo de artigo onde foram publicados, houve predominância daqueles onde os temas abordados eram relativos aos atuais campos da Segurança de Barragens. Portanto, as concepções sobre o tema Plano de Ação de Emergência (PAE) em empreendimentos de barragens de rejeitos da mineração encontrada nos artigos foi possível notar que essas concepções estão intimamente interligadas. O objetivo deste estudo foi apresentar e discutir os achados da literatura referentes o tema Plano de Ação de Emergência (PAE) em empreendimentos de barragens de rejeitos da mineração, através de estudos originais. 
As práticas no processo de Plano de Ação de Emergência (PAE) têm sido abordadas de maneira ampla na literatura no período analisado. Entre 2005-2019, a produção da amostra foi de 20 publicações foram oito publicações do objeto do estudo. Os autores são filiados a campos do conhecimento, como: barragem, acidentes com barragens, segurança com barragens, voltados para o cuidado em plano de ação de emergência. A maioria das publicações foi encontrada em artigos retirados da internet, enquanto há uma pequena produção de trabalhos nas revistas brasileiras. As temáticas que se destacaram no conjunto dessas publicações perante a análise temática dos estudos foram: “Acidentes com Barragens”. No que diz respeito aos objetivos dos estudos, utilizando referenciais teóricos, e metodológicos, os artigos tiveram como foco identificar à segurança de barragens a eficácia do Plano de Ação de Emergência (PAE).
CONCLUSÃO, OU CONSIDERAÇÕES FINAIS 
São inegáveis os benefícios socioeconômicos que a atividade mineradora proporciona ao país. Porém, o armazenamento e disposição dos rejeitos gerados no processo de beneficiamento constituem-se grande desafio para empreendedores no que tange a segurança das estruturas utilizadas para tal disposição. Os rejeitos apresentam elevado potencial de impacto em caso de acidentes. Além disso, na disposição dos mesmos em barragem de contenção deve ser tratada como uma estrutura de contenção importante sujeita a ruptura. Por isso, observa-se a relevância de um projeto adequado para essas barragens, considerando a necessidade de cuidados no controle e segurança inerente a obras desse tipo, principalmente no que se refere ao ambiente a as populações vizinhas a grandes obras como essa.
No Brasil o numero de acidentes com barragens de rejeito vem crescendo, o que pode estar relacionado com o aumento de produção mineral que consequentemente aumenta a geração de rejeitos. As principais causas para tais acidentes estão relacionados a causas climáticas, negligencia na legislação e gestão deficiente. Os casos mais recentes de acidente ocorridos em barragens no Brasil deixam um passivo socioambiental de graves proporções e perdas irrecuperáveis. Dentre as falhas das empresas com relação ao desastre foram apontados vários desvios que levaram ao pânico e mortes de trabalhadores e moradores das empresas e cidades (povoado à jusante das barragens).
Após análise das medidas emergenciais no Plano de Ação de Emergência já previsto na lei, que institui a Política Nacional de Segurança de Barragens, do histórico de acidentes com esse tipo de estrutura no Brasil, e as falhas das mineradoras com relação às medidas emergenciais em caso de acidentes foi possível verificar a necessidade de revisão do documento, no que tange os seguintes itens: a Periodicidade de atualização do PAE; o Sistema de alerta de emergência; a Periodicidade da simulação de emergência; a Criação da Brigada nacomunidade á jusante; a Rota de fuga; a Definição de ponto de encontro. Tal medida é necessária e, certamente, se bem implantada, conferirá maior segurança para a operação das barragens, garantindo que, em qualquer situação de emergência, as devidas medidas possam ser adotadas com a urgência pertinentes pelos empreendedores e demais agentes públicos envolvidos, evitando-se consequências mais gravosas e buscando resguardar, ao máximo, a população e o meio ambiente eventualmente atingidos.
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