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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD RELATÓRIO DE PRÁTICA - ACADÊMICO IDENTIFICAÇÃO 1. Acadêmico: Maria Samantta Silva Toledo Maciel 2. Matrícula: 3255751 3. Curso: Nutrição 4. Turma: NTR0487 5. Disciplina: Bioquímica Básica e Metabolismo. 6. Tutor(a) Externo(a): Mariana Portugal DADOS DA PRÁTICA 1. Título: Ácidos nucléicos, Extração do DNA do Morango. 2. Local: Laboratório Virtual 3. Período: 2/8 4. Semestre: 1/2 5. Data: 08/04/2021 INTRODUÇÃO Descoberta em 1869 a molécula de DNA está relacionada diretamente com as características físicas e fisiológicas do nosso corpo e de outros seres vivos. Em organismos eucariontes, a molécula de DNA é encontrada no núcleo celular e nas organelas chamadas de mitocôndrias. Já nos organismos procariontes, esse material está presente de maneira dispersa no citoplasma da célula O DNA, assim como o RNA, é um ácido nucleico, uma estrutura formada basicamente pelo nucleotídeo. Apesar de ser descoberto em 1869, a estrutura do DNA atualmente aceita só foi proposta em 1953 em um trabalho feito por Watson e Crick e publicado na revista Nature . Esse modelo ficou conhecido como modelo de dupla hélice e explica que o DNA é formado por dois filamentos longos que estão unidos e enrolados formando uma espiral. Cada filamento é formado por nucleotídeos que estão ligados entre si através de ligações fosfodiéster. De acordo com Watson e Crick, as desoxirriboses ficam mais externamente em relação as bases nitrogenadas, formando uma espécie de corrimão de uma escada circular. Uma fita liga-se a outra através das bases nitrogenadas que estão conectadas por meio de ligações de hidrogênio. Considerando que as desoxirriboses formam o corrimão da escada, as bases formariam os degraus. Vale salientar que as bases nitrogenadas não se ligam de maneira aleatória. A adenina liga-se sempre à timina por meio de duas ligações de hidrogênio, já a citosina liga-se exclusivamente à guanina realizando três ligações de hidrogênio. → Replicação e transcrição O DNA é capaz de se duplicar em um processo chamado de replicação. Durante esse processo a molécula de DNA se abre e em cada fita vai sendo sintetizada uma fita nova. No final do processo duas moléculas novas de DNA são formadas cada uma com uma fita nova e um fita velha. Devido essa característica se diz que a replicação é semiconservativa. O DNA também é capaz de realizar a transcrição. Nesse processo o DNA dará origem ao RNA e para isso uma de suas fitas será utilizada como molde. Esse processo é essencial para os organismos, uma vez que é a molécula de RNA a responsável por garantir que as informações do DNA sejam traduzidas em proteína. Morangos maduros produzem pectinases e celulases – enzimas que degradam a pectina e a celulose (respectivamente), presentes nas paredes celulares das células vegetais. Essa fruta possui minerais, como por exemplo, Cálcio, Potássio e Ferro. Além disso, possui antioxidante a base de flavonoides, fibras alimentares e uma grande quantidade de DNA. É uma fruta macia, fácil de homogeneizar e, também, quando madura, produz enzimas que degradam a pectina e a celulose. CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD Uma das razões de se trabalhar com morangos é que por serem muito macios e fáceis de homogeneizar, são mais eficientes para se extrair o DNA. Além disso, os morangos possuem muito DNA. Eles possuem 8 cópias de cada conjunto de cromossomos, o que facilita a extração. A solução para extrair DNA também conhecida como solução de lise, é assim denominada devido a sua função de rompimento da membrana plasmática e outras membranas. Quanto mais os morangos forem macerados maior será sua superfície de contato com a solução de lise e melhor a ação da solução sobre as células. Isto permitirá a liberação de uma maior quantidade de moléculas de DNA e, portanto, um bom rendimento. Para a extração do DNA do morango é necessário o uso de detergente, cloreto de sódio (NaCl) e o etanol no processo. O cloreto de sódio aumenta a força iônica da solução com a ionização dos íons Na+e Cl-. Isso proporcionará um ambiente favorável para a extração do DNA, visto que os grupos fosfatos serão neutralizados pelo sal. O lauril éter sulfato de sódio, molécula presente no detergente, tem a função de desestruturar os lipídios localizados nas membranas, promovendo a ruptura de todo o conteúdo celular, inclusive o DNA, que ficará disperso na solução. Em etanol há formação de aglomerados de DNA, pois o álcool desidrata essas moléculas, de forma que este não mais fica dissolvido no meio aquoso. Como o DNA tem menor densidade que os outros constituintes celulares, ele surge na superfície do extrato, podendo ser coletado com um palito. Além disso, quanto mais gelado o álcool, menos solúvel será o DNA. OBJETIVOS Extrair através do experimento, o DNA do fruto morango, e assim visualizar o material genético da célula. MATERIAIS •Morangos; •Saco plástico; •Pistilo; •Béqueres; •Cloreto de sódio; •Detergente; •Água; •Bastões de vidro; •Filtro; •Álcool; •Placa de Petri METODOLOGIA A prática se inicia de forma que, identifique os equipamentos de proteção individual localizados no “Armário de EPIs” e os coloque. Coloque os cubos de morango no saco plástico e utilize o pistilo para amassar o conteúdo do saco plástico. Coloque o conteúdo do saco no béquer de 250 ml e adicione cloreto de sódio, detergente e água morna. Homogeneíze o conteúdo do béquer utilizando um dos bastões de vidro. Filtre o conteúdo do béquer e coloque a mistura resultante no béquer de 600 ml. Acrescente álcool na mistura e aguarde até que o processo de separação de fases seja concluído. Utilize o outro bastão de vidro para coletar o precipitado presente no béquer de 600 ml. Coloque o material na placa de Petri. FOTOS CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD Legenda Imagem 1 Maceramento dos cubos de morangos. Legenda Imagem 2: homogeneização do conteúdo do béquer 1. Imagem 3: Já com a mistura filtrada, adicionado álcool gelado ao béquer 2. CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD Legenda DNA ou Ácido desoxirribonucleico na placa de Petri após ser extraído. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com o bastão de vidro é possível “pescar” o DNA, pois o DNA se adere facilmente ao vidro, assim observamos a célula em sua totalidade. Essa atividade pode ser utilizada para que compreendam as correlações da química e da biologia na genética, e que por isso é importante tanto saber as estruturas quanto como elas funcionam. É possível a partir dessa trabalhar conceitos como: composição das células (membranas, lipídios, pectina) , molécula de DNA, reações bioquímicas e procedimentos experimentais. REFERÊNCIAS COSTA, R.; GOMES, N.C.M.; MILLING, A.; SMALLA, K. Protocolo otimizado para extração simultânea de DNA e RNA de solo. Braz. J. Microbiol. 2004, 35, n.3, pp.230-234. LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 6. ed. São Paulo: Sarvier, 2014 Disponível em: NUNES, Teresa. Extraindo o DNA do morango, o que aprendemos?https://pontobiologia.com.br/extraindo-dna-do-morango/ acesso em 08/04/2021 Disponível em: Experimento: Extração do DNA do morango. http://www.fef.br/upload_arquivos/geral/arq_56eaa3dfc852a.pdf acesso em 08/04/2021 Disponível em: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. O que é DNA? https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-dna.htm acesso em 09/04/2021 https://pontobiologia.com.br/extraindo-dna-do-morango/ http://www.fef.br/upload_arquivos/geral/arq_56eaa3dfc852a.pdf https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-dna.htm
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