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Entrevista com empreendedor

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ENTREVISTA COM EMPREEDEDOR – JÚNIOR SENA (Phaser)
Mediante a um mercado altamente disputado é necessário para o novo empreendedor assumir riscos planejados e diferenciar-se dos demais com um produto ou serviço inovador, com base nesse fato e segundo a atividade proposta em sala de aula convidamos Júnior Sena, fundador da empresa Phaser, a uma entrevista sobre sua trajetória e desafios, desde antes de empreender a suas conquistas mais recente. De antemão foi acordado e autorizado a exposição desde material, e materiais associados, pelo entrevistado. 
A Phaser Studio 3D teve início como uma prestadora de serviço no ramo de maquinas para escritório, especificamente copiadoras e impressoras, atualmente atua exclusivamente no mercado de impressão 3D, prestando serviço ao setor industrial e a demanda publica em geral, foi a primeira empresa na paraíba voltada a esse mercado. Atualmente está situada na Fundação Parque Tecnológico da Paraíba e incubada pela Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Criativos e Inovadores de Campina Grande.
 Segundo o empresário o desejo de empreender surgiu pela motivação e o propósito de fazer sempre “o melhor”, como forma de se aperfeiçoar a cada dia. associado a isso cita a importância de ser inovador e original e afirmando que nunca foi um sonho empreender, embora sempre admirado, atribuiu o surgimento de oportunidades a sua motivação e ao seu propósito. 
Em sua família teve seu pai como exemplo mais próximo de empreendedor e, confessa que embora não sendo o melhor exemplo, segundo o mesmo, atribuiu a seu pai os primeiros aprendizados e vivencias no ramo empresarial. Quando perguntado sobre uma inspiração ou exemplo de empreendedor em sua trajetória o entrevistado cita não uma pessoa em especifico, mas a sim uma característica ou perfil de um empreendedor de sucesso para ele, “aquele que consegue manter as operações funcionando sem estar presente fisicamente, ou seja, que as operações funcionem independentemente de você.” Para o mesmo esse perfil é uma meta, pois por muito tempo está ligado a todas as operações empresariais diretamente, classificando a si mesmo como “showman” (termo associado a pessoa que está diretamente ligada a produtividade da empresa e que sem sua presença física os resultados são afetados). 
Embora ter formação em administração, atribui seu maior aprendizado a experiencias praticas da vivencia empresarial, utilizando de conhecimento adquirido como complementação a sua gestão. No início de sua trajetória dedicou-se a função de técnico de copiadora ainda enquanto menor de idade, e se profissionalizou nesse segmento de mercado como funcionário de empresas ate que aos 18 anos, começou a trabalhar de forma autônoma, exercendo a mesma função. 
O empresário divide a trajetória da sua empresa em duas etapas, no momento de abertura de CNPJ quando a PHASER dedicava-se exclusivamente a prestação de serviços técnicos para copiadoras e impressoras no geral, e um segundo momento há aproximadamente 4 anos quando o empresário decidiu mudar sua atuação no mercado para a manufatura aditiva com a impressão 3D e complementa: “existe a pessoa que tem um negócio e existe o empreendedor, poque quem tem o negócio, muitas vezes está olhando só as entradas financeiras, seus custos e lucros, mas o empreendedor está olhando o hoje e o futuro e por instinto prospecta os resultados futuros.” Conclui ainda que no momento em que percebeu que as empresas estavam optando por documentos digitais como alternativa à os documentos físicos (impressos), sentiu a ameaça de extinção do seu mercado: “...comecei a ver que tinha um perigo aí. A luz vermelha acendeu!”
 Ainda que sem perspectiva inicial de mudança ficou atento ao mercado e as oportunidades de aprendizado, até o momento que, foi informado sobre uma feira expositiva promovida na cidade de São Paulo com o tema impressão 3D, e junto ao seu sócio viram uma oportunidade de conhecer esse ramo e idealizar mudanças para esse setor. Os resultados da feira foi a aquisição de uma máquina para início de operação, a ideia inicial, segundo o entrevistado, era atender possíveis clientes no ramo da arquitetura, essa demanda n foi bem aceita no mercado, há ainda hoje segundo o mesmo, uma resistência inicial do mercado que tende a se extinguir nos próximos anos. Foi percebido então que a dualidade nas funções da empresa, atuando em dois mercados diferentes, o tradicional com as impressoras a lazer, e o tecnológico a impressora 3D, passava um desconforto nos clientes em potencial, foi então que o empresário decidiu apostar exclusivamente no mercado da impressão 3D, esta decisão de mudança de mercado foi segundo Junior Sena, o momento de maior dificuldade em sua carreira até então, resultando no cessamento das atividades e demissão dos funcionários.
O momento de cessamento das atividades da empresa abriu para o empresário uma oportunidade de rever seus pensamentos e sua decisão, onde o mesmo definiu como um momento que todo empreendedor de sucesso “já passou”, atribuiu também a mudança de mercado como um ponto chave para alavancar o seu negócio, “Essa quebra foi uma escolha que eu tomei, de não atender mais os clientes antigos, na verdade esses clientes estavam sendo minha zona de conforto, pois enquanto estava atendendo eles, eu não ia atras de parcerias, eu não buscava novos cliente, não fazia os devidos esforços para alavancar meu novo mercado, pois muitas vezes eu estava prezo fazendo minhas atividades antigas.” E continua, “Reabri a empresa novamente, eu sozinho, mas chegou um momento que eu precisava de mais alguém para me ajudar...” segundo Junior esse momento foi quando buscou ajuda a um amigo professor, para indicar um estagiário visando a troca de informação e a busca por um aperfeiçoamento técnico da empresa, “fui bem transparente com meu novo funcionário, a situação aqui é essa, a gente quebrou estamos retomando as operações não temos se quer condição de pagar nada, ele aceitou a proposta, terminou seu estágio obrigatório em seguida já foi contratado, mas ai outras oportunidades para ele apareceram e eu fiquei feliz, outros técnicos chegaram depois, e a partir daí as oportunidades começaram a chegar.”
 Quando perguntado sobre as principais forças e fraquezas , Junior se classifica como uma pessoa extrovertida, por conta disso atribui seu modo de se relacionar com os clientes de forma entusiasmada, gerando nas pessoas um sentimento de ser capaz, e de fácil interação, entretanto também intitula a esse perfil a característica como procrastinador, e bagunçado , pois segundo o mesmo, não consegue manter uma ordem ou organização das atividades diárias da empresa, mudando programações ou tomando ações espontâneas sem planejamento prévio.
Quanto a sociedade o entrevistado diz que, apesar de sempre tomar a frente das decisões da empresa, tinha um sócio, um amigo próximo, que mantinham sociedade em outros negócios e no momento que a o mercado 3D foi visado na feira de exposição citada anteriormente, partiu de seu sócio o investimento inicial para adquirir a primeira máquina, entretanto com a quebra da empresa a sociedade foi desfeita, “... Ele tinha outros negócios também, e ele viu que naquele momento não era mais interessante manter a sociedade pois não estava dando dinheiro né?! Ele queria na verdade um retorno financeiro então desfizemos a sociedade e eu prossegui sozinho.” e continua, “sociedade é muito bom, não me arrependo de ter feito sociedade com ele, pois me abriu portas pra outras coisas que eu não tinha acesso, e além da parceria nos negócios se existia uma amizade.” Atualmente o empresário não tem vínculo de sociedade.

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