Desafio Fundamentos de Economia

Prévia do material em texto

Aluno: 280201015 - GLAUCO NONOSE NEGRÃO | Curso: ENGENHARIA 
CIVIL | Turma: E. CIVIL 2B 2020/2 
Desafio: Desenvolvimento econômico e sustentabilidade. 
Você é dono de uma empresa de cosméticos, portanto, você influencia 
diretamente no desenvolvimento econômico de seu país, pois gera empregos, 
rendas e participação no mercado empresarial. 
Nos últimos anos, a preocupação com a sustentabilidade econômica e ambiental 
cresceu bastante, já que muitos dos recursos disponíveis no meio ambiente 
estão se degradando, sendo assim, você percebeu a necessidade de adotar 
atitudes sustentáveis em sua organização. 
Não esqueça que para uma empresa ser considerada um exemplo em 
sustentabilidade ambiental, é necessário apresentar medidas voltadas para três 
dimensões: ambiental, econômica e social. 
 
Resposta: 
Em matéria de O Globo, de 24/05/2019 (01), quase 80 anos separam o 
início da história de duas gigantes do setor de perfumaria e cosméticos, a 
brasileira Natura e a americana Avon - que agora se juntam para formar uma 
espécie de Ambev do setor, operação originada em 1999 com a fusão das 
cervejarias Antarctica e Brahma e que hoje reina no segmento de bebidas. 
Imaginar que uma pequena loja inaugurada em 1969 na Rua Oscar Freire, 
em São Paulo, adquirisse musculatura suficiente para comprar a gigante Avon, 
com 133 anos de história, era impensável naquela época. A história que levou a 
Natura a esse feito, criando uma companhia avaliada em R$ 40 bilhões, focada 
em venda direta de produtos e em posicionamento socioambiental. 
A construção de uma marca forte passou exatamente por práticas 
voltadas à biodiversidade, antecipando uma tendência hoje tão em voga, de 
construção de marcas com base em ações que reforcem seu engajamento com 
públicos ou causas demandadas pela sociedade. 
Em 2000, a Natura lançou uma linha que incorpora ingredientes da 
biodiversidade brasileira à formulação de seus produtos. Em 2006, baniu os 
testes de produtos e de ingredientes em animais e, no ano seguinte, criou o 
Programa Carbono Neutro, com metas de redução das emissões de gases de 
efeito estufa em toda a cadeia produtiva. Desde 2010, a empresa conta também 
com o Instituto Natura, de apoio à educação pública. Outra inovação atribuída à 
Natura é o uso de refil para suas embalagens. 
A compra da Avon pela Natura ocorre após a aquisição de outras duas 
marcas estrangeiras: a britânica The Body Shop e a australiana Aesop, como 
parte do projeto de internacionalização da companhia, iniciado em 1982 pelo 
mercado chileno e depois expandido para toda a América Latina, parte da 
Europa e EUA. 
"O movimento consolida o projeto da Natura de ser um player global 
atuando agora com mais força em mercados como Leste Europeu e mesmo na 
Ásia, em que a Avon tem presença marcante", comenta Andres Estevez, analista 
de varejo do Banco Plural. 
Hoje, só como exemplo do potencial da aquisição feita pela Natura, 8% 
da receita da Avon vêm da Rússia e 11%, do México. Juntas, Natura e Avon 
passam a ser a quarta maior empresa do segmento no mundo pelo critério de 
receita líquida. Antes, isoladamente, nenhuma delas figurava entre as 10 
maiores. 
Além disso, a compra da Avon agrega potencial ao negócio tanto do ponto 
de vista mercadológico quanto de valores. Ao longo do tempo, e em parte pelo 
forte investimento em inovação e projetos socioambientais, a Natura foi 
construindo sua marca junto a um público de melhor poder aquisitivo. Agora, com 
a compra da americana, ganha musculatura suficiente para reforçar seu 
posicionamento em nichos do mercado voltados a produtos de preços de mais 
baixos do que os praticados por suas marcas. 
Essa estratégia apareceu no comunicado divulgado na quarta-feira (22/5) 
pela companhia, ao informar que um dos objetivos é "atender seus diferentes 
perfis de clientes, em diversos canais de distribuição, expandindo sua atuação 
para novas regiões". 
Do ponto de vista de imagem, enquanto a Natura se fortaleceu com ações 
voltadas à biodiversidade, a Avon tem como marca o empoderamento das 
mulheres."É possível que a Natura dê uma polida no posicionamento da Avon, 
mas há uma complementaridade de imagem importante com a aquisição da 
americana que sempre se posicionou ao lado do público feminino e a favor de 
seu empoderamento, espaço em que a Natura não é tão forte", comenta Estevez. 
A expectativa pelo fechamento da operação, acompanhada desde o ano 
passado pela imprensa, foi marcada por algumas preocupações do mercado. A 
principal tinha como foco a estratégia da Natura de se alavancar para fazer 
aquisições e crescer no exterior. 
Conforme consulta a site da Empresa Natura (02) conta-se que, matéria 
de 23 de janeiro de 2020 foram reconhecidos como uma das empresas mais 
sustentáveis do mundo e a primeira do setor de cosméticos pelo ranking Global 
100, elaborado pela companhia canadense de mídia e pesquisa Corporate 
Knights. O anúncio foi feito no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, 
em 21 de janeiro. Essa é a 11ª vez consecutiva que figuramos no levantamento. 
Foram analisadas 7.300 companhias em 21 países de diferentes setores 
da indústria. Em 2020, uma das principais medidas consideradas na elaboração 
do ranking foi o volume da emissão de CO2 por parte das empresas analisadas. 
A avaliação também incluiu indicadores relacionados à energia, consumo 
de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, salários, segurança do 
trabalho, percentual de mulheres na gestão, entre outros. 
O que uma marca de beleza pode fazer pelo mundo? 
Desde 2007, a Natura é uma empresa 100% carbono neutro. Isso significa 
que contabilizamos o carbono de tudo o que fazemos, direta e indiretamente, em 
toda a nossa cadeia. Consideramos desde o impacto da extração de matéria-
prima, até o descarte de produtos, passando por transporte e atividades das 
fábricas. 
Já as emissões que não podem ser evitadas compensamos com a compra 
de créditos de carbono de projetos que geram benefícios sociais e ambientais. 
Com todas essas iniciativas, já reduzimos 908 toneladas de CO2, o equivalente 
à poluição gerada por 156 mil voltas de carro ao redor da Terra. 
Em 2018, a primeira companhia brasileira a conquistar o selo The Leaping 
Bunny, da Cruelty Free International, que atesta nosso compromisso com a não 
realização de testes de nossos produtos e ingredientes em animais. Fomos 
também a primeira empresa de capital aberto a obter o selo B Corp, que 
reconhece companhias comprometidas em integrar resultado financeiro à 
geração de resultado socioambiental. 
Além disso, desde 2000, nos comprometemos a desenvolver alternativas 
sustentáveis e inclusivas na Amazônia. Em 2011, todas as nossas iniciativas 
para transformar desafios socioambientais em oportunidades de negócio foram 
reunidas no Programa Amazônia. Entre 2012 e 2020, geramos na região R$ 1,5 
bilhão em volume de negócios, fortalecendo ainda mais nossas parcerias de 
conservação do meio ambiente e das cadeias de biodiversidade. Afinal, a floresta 
em pé vale muito mais do que deitada. 
Em matéria de 27/09/2019 no site oficial (03), “Conscientes de nossa 
corresponsabilidade perante o desafio de combater e prevenir as mudanças 
climáticas, criamos o Programa Natura Carbono Neutro, em 2007, para 
promover uma redução contínua e significativa de nossas emissões de Gases 
do Efeito Estufa (GEE) englobando todas as etapas de nosso processo 
produtivo, da extração de matéria-prima à destinação das embalagens pós-
consumo. Graças à iniciativa, todos nossos produtos são 100% carbono neutro, 
ou seja, têm suas emissões de carbono compensadas. 
A compensação dos gases que não puderam ser evitados acontece por 
meio de apoio a projetos com benefícios socioambientais no Brasil e na América 
Latina, como reflorestamento com espécies nativas, eficiência energética, 
substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis, tratamento de 
resíduos e REDD+(Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação 
Florestal). 
Hoje, o desafio de reduzir as emissões está incorporado ao nosso 
processo de planejamento estratégico e de tomada de decisão. 
Em 2017, em parceria com o Itaú, criamos o Programa Compromisso com 
Clima, uma plataforma que conecta companhias interessadas em reduzir suas 
emissões de gases de efeito estufa (GEE) com projetos que promovem 
benefícios socioambientais de impacto. O programa dá a possibilidade de a 
companhia escolher entre projetos previamente selecionados e validados em um 
processo transparente e de credibilidade realizado pelo Instituto Ekos Brasil. 
Conheça três dos projetos que fazem parte da plataforma. Todos optaram 
por utilizar combustíveis mais sustentáveis no seu processo produtivo, o que 
proporcionou a redução de emissão de gases do efeito estufa para a atmosfera 
e possibilitou a eles a participação no mercado internacional de carbono. Todo o 
lucro proveniente da venda dos créditos de carbono à Natura é revertido para 
ações e projetos ambientais e sociais. 
Projeto Malhas Menegotti 
 
A Malhas Menegotti Indústria Têxtil, localizada na cidade de Jaguará do 
Sul (SC), conseguiu reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do seu 
processo produtivo. Isso aconteceu graças à substituição do óleo BPF – 
combustível fóssil e, portanto, uma fonte não renovável – por um sistema 
energético que inclui caldeiras e aquecedores à base de biomassa, uma fonte 
de energia renovável, produzida por material orgânico que iria para o lixo. 
A renda gerada a partir da venda dos créditos de carbono é investida no 
apoio ao cultivo de árvores e plantas, com o objetivo de recuperar o meio 
ambiente, além de modernização tecnológica e geração de emprego e renda 
para comunidade local. 
 
 
 
 
Projeto Cerâmica Gomes de Mattos 
 
A Cerâmica Gomes de Mattos (CGM) produz telhas e tijolos e está 
localizada no município de Crato (CE). Seu processo produtivo utilizava lenha 
nativa da caatinga como combustível, o que agravava o desmatamento do 
bioma. Atualmente utiliza apenas combustíveis renováveis, como biomassa 
(produzida por material orgânico que iria para o lixo) ou lenha com origem de 
manejo florestal sustentável. 
A renda gerada a partir da venda dos créditos de carbono é utilizada para 
modernização da fábrica e em benefícios dos seus trabalhadores e da 
comunidade local. A cerâmica também possui parceria e apoia uma associação 
de coletores local de resíduos de madeira, impulsionando ainda mais a renda. 
A empresa realiza ainda ações que beneficiam a comunidade no entorno 
como um evento anual que oferece serviços médicos, entretenimento e ações 
educativas. Além de uma parceria com o Geopark Araripe, que preserva sítios 
arqueológicos e promove educação ambiental e científica. 
 
 
 
 
 
 
Projeto Cerâmica Menegalli 
 
Produtora de telhas e tijolos, a Cerâmica Menegalli, localizada na cidade 
de São Miguel do Guamá (PA), em plena Amazônia, passou a utilizar como 
combustível de seus fornos apenas materiais renováveis como caroço de açaí e 
resíduos do agronegócio e de madeireiras. 
A renda gerada a partir da venda dos créditos de carbono apoia 
uma escola de educação infantil e fundamental da região, além de manter bolsas 
e descontos nas mensalidades para os filhos dos funcionários da cerâmica. 
Ainda na área social, a empresa apoia entidades a favor do tratamento de 
dependentes químicos. 
 A iniciativa também se destaca quanto a gestão de resíduos. Além de 
reaproveitar o lixo de outras entidades, a cerâmica tem um programa de 
gerenciamento de resíduos para lidar com o que resulta da sua produção. 
Natura Carbono Neutro 
O Programa Compromisso com o Clima é uma das iniciativas do 
Programa Natura Carbono Neutro. Criado em 2007, ele é baseado em três 
pilares: inventário de gases de efeito estufa (GEE) – que mede e registra todas 
as nossas emissões, desde a extração da matéria-prima até o descarte do 
produto pelo consumidor; redução, que abrange nossas ações e processos para 
diminuí-las, e compensação das emissões não evitadas por meio da compra de 
créditos de carbono de projetos certificados. Em 2013, reduzimos nossas 
emissões de gases de efeito estufa 33% em comparação com o ano de 2007. 
Nossa meta é uma redução ainda maior nos próximos anos. 
 
Referências 
1) https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/24/a-historia-e-as-
estrategias-da-natura-empresa-brasileira-que-comprou-a-avon.ghtml Acesso 
em: 23/09/2020. 
2) https://www.natura.com.br/blog/mais-natura/natura-e-uma-das-empresas-
mais-sustentaveis-do-mundo Acesso em 23/09/2020. 
3) https://www.natura.com.br/blog/sustentabilidade/natura-apoia-projetos-para-
fomentar-economia-de-baixo-carbono Acesso em: 23/09/2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/24/a-historia-e-as-estrategias-da-natura-empresa-brasileira-que-comprou-a-avon.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/24/a-historia-e-as-estrategias-da-natura-empresa-brasileira-que-comprou-a-avon.ghtml
https://www.natura.com.br/blog/mais-natura/natura-e-uma-das-empresas-mais-sustentaveis-do-mundo%20%20Acesso%20em%2023/09/2020
https://www.natura.com.br/blog/mais-natura/natura-e-uma-das-empresas-mais-sustentaveis-do-mundo%20%20Acesso%20em%2023/09/2020
https://www.natura.com.br/blog/sustentabilidade/natura-apoia-projetos-para-fomentar-economia-de-baixo-carbono
https://www.natura.com.br/blog/sustentabilidade/natura-apoia-projetos-para-fomentar-economia-de-baixo-carbono