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FACULDADE PROCESSUS
ALUNO(A): VANESSA SANTOS ALVES
QUESTIONÁRIO DA MATÉRIA PROVA AV1 (PA do 1º bimestre)
Quais as espécies de enunciados linguísticos estudados em sala? De exemplos. 
Foram abordados em aula os descritivos, os exclamativos os normativos, e os interrogativos. os artigos que descrevem os crimes por exemplo são enunciados descritivos; os normativos, que são aqueles que têm efeitos gerais, ou seja, atinge a todos que se enquadram na situação que ele regula pode ter como exemplo uma portaria, exemplo do interrogativo é quando não há resposta (verdadeiro ou falso), é simplesmente um questionamento, já os exclamativos são os que expressam as sensações. 
O que é uma proposição. 
Refere-se a um enunciado descritivo que se refere a uma ou a várias normas jurídicas, em que o conjunto desses enunciados irão constituir a ciência jurídica que descreve o direito. O falso e o verdadeiro têm a ver com a estrutura sintática proposicional e dizem respeito aos enunciados descritivos, que são os enunciados que produzem conhecimento, científico ou não. 
Diferencie enunciado prescritivo e enunciado descritivo. 
Observa-se que o enunciado prescritivo determina condutas e o descritivo emite conhecimento. De acordo o doutrinador Norberto Bobbio (2008), a função descritiva, própria da linguagem científica, consiste em dar informações, em comunicar aos outros certas notícias, na transmissão do saber, em suma, a fazer conhecer, a função prescritiva, própria da linguagem normativa, consiste em dar comandos, conselhos, recomendações, advertências, influenciar o comportamento alheio e modificar, em suma, no fazer. 
Os enunciados prescritivos podem ser falsos ou verdadeiros? E os enunciados descritivos? 
Nota-se que os enunciados prescritivos não podem ser falsos ou verdadeiros, mas, sim, válidos ou inválidos, tendo em vista que estão relacionados à subordinação hierárquica de quem dá o comando. Por outro lado, os enunciados descritivos, podem ser falsos ou verdadeiros. 
É possível dar uma ordem através de um enunciado descritivo? Fundamente. 
Observa-se que Não, porque os dispositivos descritivos apenas descrevem, não há comando. Como por exemplo no art. 18, inciso I do Código Penal “Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo” portanto, não contém um dever, uma conduta, apenas descreve o que é crime doloso, não há comando De modo que apesar de ser um dispositivo legal, não é uma norma jurídica. 
Defina metalinguagem e linguagem objeto, estabelecendo a relação entre ambas. 
Observa-se que a linguagem é objeto de estudo em determinado campo. Já a metalinguagem é uma linguagem usada para descrever algo sobre outras linguagens objeto. 
A ciência do direito é uma metalinguagem? Fundamente, indicando qual a sua linguagem objeto. 
Nota-se que Sim. Pois o Direito é o estudo das normas jurídicas e a ciência jurídica é uma linguagem que descreve. Portanto, o direito descreve as normas jurídicas. No exemplo da Biologia, a vida não é uma linguagem, então a Biologia tem por ciência objetos naturais. Agora o direito tem por objeto as normas jurídicas linguagem objeto. Uma linguagem que tem por objeto outra linguagem, isso é a metalinguagem. 
Os enunciados da ciência do direito se submetem à disjunção “falso ou verdadeiro” ou a disjunção “válido ou inválido”? E os enunciados da sua linguagem objeto? 
Observa-se que a ciência jurídica é uma metalinguagem composta por enunciados descritivos, portanto falsos ou verdadeiros, com estrutura sintática proporcional, que tem por linguagem objeto a norma jurídica, composta por enunciados normativos, portanto válidos ou inválidos. 
Diferencie mundo do ser e mundo do dever ser. 
O mundo do ser é o que acontece, as verdades, e o mundo do dever ser é o comando, é onde está o direito. A norma é uma ordem, é um comando, um dever dirigido a uma conduta, por isso que o campo das normas é conhecido como o mundo do dever ser, ou seja, é o contrário do mundo do ser, se que trata de verdades. Portanto, o direito é uma ordem de validades mundo do dever ser e não de verdades mundo do ser, portanto, no plano normativo as coisas não são elas valem como. 
O direito é uma ordem de verdades ou de validades? Fundamente e de exemplo. 
Nota de que é uma ordem de validades, porque pelo fato dos enunciados normativos serem utilizados para dar ordens, comandar eles não poderão ser falsos ou verdadeiros, eles poderão ser válidas ou inválidas. Um exemplo é que anteriormente mesmo um filho sendo biologicamente no mundo do ser, não valia como filho para o mundo do direito. Portanto, o direito é uma ordem de validades e não de verdades. 
Diferencie conceito e categoria, indicando qual a importância da categoria da imputação para o direito? 
Conceito é a forma diversa das coisas pensadas, ou seja, as coisas são conceituais e conhecer o ser é conhecer o seu conceito. Já as categorias traduzem formas universais do pensamento e não das coisas pensadas. E a categoria da imputação é importante para o dinheiro porque de acordo com ela " dado o fato antecedente como condição, deverá ser o fato subsequente como imputação”. Diferencie as categorias da imputação e da causalidade. Na causalidade a relação de causa e efeito é a forma universal do pensamento que a epistemologia chama de categoria da causalidade onde dado o fato antecedente como causa será o fato subsequente como efeito. Mas para a formulação de ordens, dos comandos o pensamento deve ser na categoria da imputação em que dado o fato antecedente como condição, deverá ser o fato subsequente como imputação. E essa última é a forma que o direito vale para ordenar as condutas dos homens e também do Estado. Portanto, a norma jurídica geral perfaz a categoria da imputação. 
Defina imperativo, estabelecendo as diferenças entre imperativo categórico e imperativo hipotético. 
Imperativos categóricos são as ordens formuladas de forma categórica, como como por exemplo é proibido fumar. Ele é formado por um funcho normativo proibido, permitido facultado, obrigatório associado a uma proposição , no exemplo fumar. Eles têm como característica o fato de não definirem qual será a consequência do descumprimento do comando. Os imperativos hipotéticos são onde estão enquadradas as normas jurídicas, pois o conteúdo da imputação normativo é previsto anteriormente da conduta. Por segurança jurídica dos jurisdicionados há a previsão na anterioridade da conduta a qual será a consequência jurídico-normativa, com a categoria da imputação que diz dado a hipótese fática como condição deverá ser a imputação jurídico normativa. 
A norma jurídica é um imperativo? Fundamente. 
Sim, ela é um imperativo hipotético, pois precisa de segurança jurídica onde há a previsão na anterioridade da conduta, a qual será a consequência jurídico-normativa. Tendo em vista que para o direito aqui se faz aqui se paga. 
Defina norma jurídica desde quatro pontos de vistas: 
1.linguístico, 2. epistemológico, 3. lógico e 4. psicológico. 
Observa-se que através do linguístico o enunciado linguístico pode ser tratado como a unidade de sentido da comunicação verbal. Os homens usam língua para se comunicarem por meio de enunciados linguísticos, e não apenas de palavras. O enunciado linguístico é composto por dois elementos: as palavras, que pertençam ao léxico da língua utilizada para a comunicação verbal em questão; e uma estrutura sintática dessa mesma língua. Portanto, enunciados linguísticos são palavras utilizadas dentro de certas estruturas sintáticas, encerrando uma unidade de sentido. Já de ponto de vista epistemológico a teoria especial do conhecimento epistemologia especial nos oferece um estudo das categorias fundamentais do pensamento humano. Categorias não se confundem com os conceitos. O pressuposto da ciência é de que o mundo é racional e, portanto, cognoscível, de modo que a natureza é pensada como a matéria conceitualmente organizada, ou seja, a matéria organizada sob a forma conceitual. A forma que a matéria adquire é que define o que a coisa é, ou seja,define o seu ser: e esta forma é o conceito. Ser é conceito e realidade. Conhecer o ser é conhecer o seu conceito. Nessa perspectiva filosófica essencialista, o conceito é a forma universal das coisas pensadas. 
Do ponto de vista lógico, a norma jurídica geral é uma estrutura composta por duas partes e uma relação. As partes que a compõem são 1. a descrição hipotética da conduta regulada por ela (também chamada de hipótese fática, ou hipótese de incidência, ou mesmo suporte fático hipotético) e 2. a imputação normativa. O vínculo que une essas duas partes é uma relação condicional normativa, ou seja, uma relação de dever ser: a ocorrência da hipótese fática é condição legitimadora para a imputação normativa. Trocando em miúdos, podemos expor a estrutura lógica da norma jurídica da seguinte maneira: dada a ocorrência da hipótese fática dever ser a imputação normativa. 
E do ponto de vista psicológico, em que pese estas características lógicas e epistemológicas da norma jurídica, um olhar mais criterioso permite percebermos que não basta o enunciado linguístico ser normativo e adotar a forma lógico-epistemológica da categoria da imputação para ser tomado como uma norma, uma ordem dirigida a nossa conduta. Há uma dimensão psicológica irredutível nos comandos: só tomamos um normativo que nos foi dirigido por alguém como uma ordem se ele vier de um superior hierárquico, ou seja, alguém que possua poder de mando sobre nós. As normas, os comandos, as ordens só acontecem dentro de relações de hierarquia. Deste modo, do ponto de vista psicológico toda norma é um imperativo. Todo imperativo se define como o dever que emana de uma vontade supra ordenada (vontade de quem manda) e se dirige a uma vontade subordinada (vontade de quem obedece). 
Qual a relação entre norma jurídica e dispositiva legal, segundo o professor? 
A norma completa pressupõe logicamente todos os fragmentos (dispositivos legais, definições e excertos jurisprudenciais e doutrinários, conteúdos consuetudinários, etc.) que, de uma forma ou de outra, cumprem função normativa – dar definição jurídica às inúmeras dimensões do fato judicializado. A norma jurídica é uma síntese de vários fragmentos que são os dispositivos legais. 
“Cada dispositivo legal é uma norma jurídica”: você concorda com esta tese? Fundamente, a luz da perspectiva linguística, lógica, epistemológica e psicológica da norma jurídica. 
Não concordo. Pois há dispositivos legais que são meramente descritivos, como por exemplo, artigo 18 do Código Penal verso sobre o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Então nesse exemplo, é um dispositivo legal, mas não é uma norma jurídica, porque ele e não é uma ordem, não é um comando, não é um dever dirigido a uma conduta, ele só está descrevendo o que é um crime doloso. 
Descreva a estrutura fragmentária da norma jurídica desenvolvida pelo professor em sala de aula. 
Observa-se que a Norma jurídica é um enunciado linguístico normativo que está fragmentado no texto da lei e demais fontes do direito. Desse modo, por estar fragmentada na lei, a norma jurídica precisa ser reconstruída a partir do caso concreto. 
Qual o ponto de partida para o raciocínio jurídico-normativo? Os juristas constroem norma jurídicas em tese ou somente a partir de um fato concreto? Fundamente. 
nota-se O pensamento jurídico nunca opera abstratamente. Somente é possível alcançarmos uma norma jurídica completa se raciocinarmos a partir de um fato concreto. O caminho do pensamento jurídico que opera o sistema judicial parte sempre do fato concreto, sub judice, para a norma jurídica, que se concretiza como norma completa na sentença judicial transitada em julgado. Estando fragmentada na lei por necessidade sistemática, a norma jurídica é reconstruída sempre a partir do caso concreto, de modo que não construímos normas gerais em tese. 
Como a lei participa da norma jurídica? Os fragmento legais são vinculantes ou têm poder meramente persuasivos? 
A lei, segundo a doutrina tradicional, é fonte formal do direito (principal), nas quais as decisões judiciais encontram fundamento, bem como a a jurisprudência, a doutrina e o costume (fontes complementares). A lei é a principal fonte do direito. É mais adequado classificar as fontes normativas em vinculantes e persuasivas do que como delegantes e delegadas. A lei é a única fonte vinculante e, ao mesmo tempo, a única que se organiza efetivamente como sistema, eis que regida pelas regras de solução de antinomias (lex superior , lex posterior e lex specialis). 
Como a doutrina, o costume e a jurisprudência participam da norma jurídica? Os excertos jurisprudenciais e doutrinários tem força vinculante ou meramente persuasiva? 
A jurisprudência e a doutrina, em diversas hipóteses, cumprem uma função normativa complementar, ora delimitando o alcance de alguns tipos penais, ora definindo os limites de conceitos semanticamente vagos contidos em tais dispositivos legais. Elas disponibilizam aos aplicadores da lei interpretações possíveis do texto legal, cumprindo a função de especificar o sentido dos termos legais. Por serem catalográficas, não vinculam o juiz; atuam apenas como elementos de persuasão. 
Qual a relação entre valor e norma? O que é uma valoração objetivada? 
Os homens concebem as coisas da vida e dão valor à elas. O valor é que orienta a conduta individualmente falando, tanto que as maiores repressões não vêm do âmbito jurídico, mas sim do âmbito religioso e moral. De modo que valor e norma são os dois lados da moeda de modo que quando comungamos o mesmo valor ele passa a ser norma de conduta, ele sai do subjetivo e passa a ser objetivo, ou seja, a norma é uma valoração objetivada pelo critério da comunhão paulatina do valor. 
Como um valor pode se objetivar? 
Ele se objetiva a partir do momento que os homens o comungam do mesmo modo, passando a ser uma norma de conduta para todos daquele grupo, então ele passa a ser objetivado. 
Como ocorre a objetivação do valor nas diversas fontes do direito (lei, doutrina, jurisprudência e costume)? 
Nos costumes é conforme vai construindo um valor que toma conta e se objetiva pela repetição de condutas. Na jurisprudência é com a conduta que se repete para se constituir enquanto norma, ou seja, a conduta decisória dos juízes, nas decisões judiciais (jurisdição). Um valor contido em conteúdos decisórios de sentenças judiciais e que vai sendo paulatinamente comungado entre os juízes de direito. Na doutrina é com a repetição de opiniões de doutores que trabalham com teórica devidamente fundamentada que vai complementando e lapidando a lei. E a Lei tem a função nuclear do sistema, porque é um Sistema de Direito Legislado. 
Em que consiste o sancionismo e o não-sancionismo? 
O sancionismo se refere à compreensão de que nas normas jurídicas que contém sanção possuem uma estrutura dúplice e que os chamados sancionistas, como Hans Kelsen, sustentam que todas as normas jurídicas possuem sanção. Os não sancionistas reconhecem que as normas que contém sanção possuem estrutura dúplice, mas sustentam que existem normas jurídicas que não contém sanção, e esses ostentam uma estrutura simples. 
Descreva a estrutura dúplice das normas que contém sanção, indicando a que conduta cada “dever ser” se dirige. 
Para os sancionista as normas que contém sação possuem estrutura dúplice, que significa “dado a hipótese fática deve ser o preceito (P); entretanto, dado o descumprimento do preceito devido (não P), deve ser S (sanção)”. O que significa que preceito (P) é aquilo que o direito manda o cidadão fazer. Se ele descumpre o preceito o Estado impõe a sanção. Diz-se dúplice esta estrutura por conter dois “dever ser”. Utilizando-se da linguagem adotada por Cossio, a norma jurídica dotada de sanção é composta por uma endonorma e uma perinorma. Kelsen falava em uma norma primária e uma norma secundária 
Qual a importância dos princípios de identidade, de não-contradição e do terceiro excluído para a idéia de sistema? É possível um sistema que não respeite essesprincípios lógicos fundantes da racionalidade ocidental? Fundamente. 
Esses princípios têm importância, porque são os traços fundamentais do modelo de racionalidade científica, que maneja o pensamento sistemático e persegue a verdade objetiva, alcançada através da demonstração. E como demonstrar a verdade é fazer a sua prova definitiva, tornando-a uma evidência, e evidência, por definição, é aquilo que a razão humana se vê obrigada a aceitar, a admitir, os sistemas têm que respeitar esses princípios lógicos. Em pese que não admitir uma verdade evidente significa adotar uma atitude irracional. 
Qual a importância da noção de sistema para a ciência do direito? 
É importante, porque vivemos em um sistema normativo de direito legislado que para o cumprimento da função social de pacificação dos conflitos sociais, não basta que haja somente as lei positivas e organizadas de acordo com as regras de um sistema. É necessário o entendimento de ter um sistemas de normas escritas, bem como a necessidade de dispor de magistratura com regras claras e definidas para que estes não trabalham conforme suas conveniências, mas sim seguindo as regras. 
Qual a importância da noção de sistema para o direito positivo? 
É importante, no que se refere aos elementos que formam o núcleo de um sistema de direito legislado eficaz que são: o sistema de normas legais positivadas, os aplicadores de normas com suas regras de competência jurisdicional e o princípio da legalidade, que vincula os aplicadores às normas, de modo que toda decisão que não for fundamentada numa norma do sistema será inválida. 
Qual a relação entre tripartição dos poderes, vinculação e sistema? 
O Brasil adota a tripartição dos poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) que são independentes entre si e não há hierarquia entre eles, que no entanto fiscalizam uns aos outros, para manutenção do Estado Democrático de Direito. E a vinculação se faz importante, tendo em vista que este princípio capaz de vincular o aplicador da lei ao sistema de normas quando estiver decidindo alguma questão, tendo em vista que o princípio da vinculação é o da legalidade. 
Em que consiste a dupla sistematização do direito moderno? 
Para a operação do direito por meio de um pensamento sistemático é necessária a dupla sistematização, em que de um lado está a normativa (alcançada pela codificação do direito); e do outro lado a das construções teoréticas e seus sistemas conceptuais, que somente podem ser possíveis de raciocinar sistematicamente no interior de uma teoria. 
Um sistema conceitual pode ter contradição interna e se manter sistema? E um sistema normativo? Observa-se que não pode, pois não pode ferir a sistematicidade do direito, ou seja, a coerência lógica interna do ordenamento jurídico, e o mesmo ocorre em um sistema normativo. 
O que é antinomia e quais os critérios de solução de antinomias no sistema jurídico-normativo brasileiro? Quais critérios traduzem regras de revogação e quais traduzem regras de afastamento da incidência? 
A antinomia é uma contradição entre normas dentro de um sistema jurídico, fazendo que seja dificultosa a sua interpretação e também reduzindo a segurança jurídica. Os critérios de solução das antinomias é com a organização hierárquica da lei em que quando há conflito entre leis de graus hierárquicos distintos, a lei superior revoga a anterior naquilo em que estão em antinomia. Como duas leis não podem regular uma mesma conduta de modo distinto, ou seja, se ocorrer uma contradição deverão ser observados dois pontos: primeiro se o conflito for entre leis hierarquicamente distintas, valerá a lei hierarquicamente superior, que revogará a hierarquicamente inferior; no entanto, se o conflito for com uma lei de mesmo grau hierárquico, a lei posterior será a considerada válida, revogando a lei anterior do mesmo grau hierárquico (lex posterior derogat priori ). 
O que é endonorma e perinorma? 
A endonorma se refere à parte da estrutura da norma jurídica que vai estabelecer uma prestação ao sujeito que se encontra em determinada situação. Já a perinorma, se refere ao o estabelecimento de uma sanção ao infrator, ou seja, para aquele que não realizou a obrigação. 
Defina e diferencie existência da lei, validade da lei, vigência da lei, eficácia legal e eficácia social. 
Em relação à existência, conforme explicitado pelo Professor a discussão de quando a lei começa a tomar existência é um debate acadêmico entre ela assar a ter existência quando é promulgada ou quando é publicada, optando, aleatoriamente, pela publicação. A validade se refere à discussão da materialidade da lei, pois o conteúdo material da lei não pode estar em conflito com as outras leis, ferindo o sistema. Ao passo que a lei começa a ter vigência quando ela está apta a produzir seus efeitos, regular a conduta humana, ou seja, ser efetivamente aplicada. De modo que quando ela passa a ter vigência começa a produzir eficácia, ou seja, passa a incidir sobre os fatos da vida previstos hipoteticamente em seu suporte fático, transformando-os em fatos jurídicos. Isso mostra, a eficácia legal é quando a lei, iniciada a vigência, no mundo em que o(s) fato(s) que ela prevê hipoteticamente, ou seja, que ela regula começa a produzir seus efeitos, de modo que, ocorrendo esses fatos, a norma incide neles, (eficácia legal), transformando-os em fatos jurídicos. Já a eficácia social é quando a aplicação concreta da lei é efetivada pelo poder público. 
Uma lei pode ser inválida e produzir eficácia social? Fundamente. 
Sim, pois uma lei pode ser inválida, ou seja, com vícios de formalidade ou vícios materiais e ainda sim produzir efeitos no sistema enquanto não houver a desconstituição jurídica dela. 
Uma lei pode viger e ser revogada sem produzir eficácia legal? Fundamente. 
Sim, porque pode ocorrer da lei que é vigente ser revogada antes mesmo de chegar a produzir os efeitos esperados, em um exemplo que a hipótese que ela regula não venha a ocorrer. 
Uma lei pode produzir eficácia legal e não produzir eficácia social? Fundamente. 
Sim, pois uma lei pode ser eficaz legalmente, ou seja, reunindo todas as suas características que são indispensáveis para a transformação lógica-normativa dos fatos nela previstos em fatos jurídicos, e, no entanto, não ser eficaz no ponto de vista social, porque pode acontecer de sua aplicação concreta não ser efetivada pelo poder público. 
Uma lei pode viger e não produzir eficácia legal? Fundamente. 
Sim, uma lei pode existir, pode viver e jamais vir a ser eficaz, ou seja, não chegar a produzir a eficácia legal, porque basta que durante o período de sua vigência não ocorra o fato nela previsto hipoteticamente no mundo jurídico. 
Como se dá a validade da lei? 
Dar-se-á quando em sua elaboração ela é produzida seguindo todos os preceitos tanto formais quanto materiais constitucionais. É necessário destacar que de primeira mão, toda lei possui uma presunção de validade 
Quais são as cinco principais características de um sistema normativo? Defina cada uma delas indicando qual a sua função no sistema. 
As principais características de um sistema normativo é que ele deve possuir um sistema de normas legais gerais, regras de competência jurisdicional, ou seja, que definem a casta de magistrados; também deve seguir os princípios de vinculação à legalidade, seja estrita ou mitigada e de proibição do "non liquet" (não decisão); bem como adotar o axioma ontológico do Direito, ou seja, se o direito não proíbe é porque está juridicamente permitido. 
Porque a ciência não se vale da linguagem natural para elaborar o conhecimento teórico. 
Devido a vagueza e ambiguidade presente na linguagem natural, ela traz consigo uma imprecisão, que não pode ser admitida em conhecimento teórico, técnico-científico. 
A lei utiliza linguagem natural ou técnico-científica? Fundamente. 
utilizado a linguagem natural, tendo em vista que no plano normativo o direito se vê obrigado a utilizar a linguagem natural, para que as pessoas a que as normas jurídicas se dirigem possam compreender a mensagem normativa.A linguagem técnico-científica fica no plano teórico e doutrinário. 
O que é um termo de classe? E um nome próprio? Dê exemplos. 
O termo que reúne, em uma mesma classe, vários objetos, eles apresentam dois atributos semânticos, a conotação (o conjunto de atributos e características que dão significado) e a denotação (classe de objetos reunidos pela palavra), por exemplo, a palavra “ponte”. Já o nome próprio designa um objeto único, por exemplo "Macapá". 
O que é conotação e denotação? Qual a relação entre intensidade conotativa e extensão denotativa? 
o conjunto de atributos e características que dão significado e a denotação é a classe de objetos reunidos pela palavra. A relação é que quanto mais ampliamos as exigências de atributos que algo deve ostentar para pertencer a classe designada pela palavra (intensão conotativa), menor será o número de objetos pertencentes a esta classe (extensão denotativa). Portanto, existe uma relação inversamente proporcional entre a intensão conotativa e a extensão denotativa de um termo de classe. 
O que é vagueza e ambiguidade dos termos de classe da linguagem natural? Dê exemplos. 
Elas fazem parte da linguagem natural, porque a linguagem natural tem palavras que estão carregadas de vagueza e ambiguidade semânticas. Por exemplo, nos termos de classe temos a palavra “manga” que pode significar a fruta ou a parte da camiseta. 
O que é heurística? 
Heurística é a solução de caso concreto, enquadramento. Processos cognitivos empregados em decisões não racionais, sendo definidas como estratégias que ignoram parte da informação com o objetivo de tornar a escolha mais fácil e rápida. 
Diferencie legalidade estrita e legalidade mitigada, dando exemplos legais. 
Em relação à legalidade estrita somente é aceita a interpretação, seja ela extensiva ou restritiva, do texto legal, por exemplo, o Código Penal. Já na legalidade mitigada há a possibilidade de interpretação e de integração da norma jurídica, por exemplo, o Código Civil. 
Quais são as três heurísticas jurídicas? Todas as três são permitidas? Por que? 
As 03 heurísticas são: secundum legem, a praeter legem , e a contra legem. Sendo permitida somente as duas primeiras, porque não violam o sistema jurídico normativo, ao passo que a contra legem (contra lei), viola e por isso não é permitida. 
Diferencie interpretação da lei e integração da lei, indicando a que heurística jurídica cada uma corresponde. 
Interpretar a lei é dar o conteúdo e a extensão dos termos legais, se refere à heurística secundum legem. Integrar a lei é preencher a lacuna do sistema legal, suas omissões, a busca de um sistema normativo que não está explícito na lei e se refere com a heurística praeter legem. 
Defina lacuna da lei. 
A lacuna da lei é um vazio ou uma incompletude do ordenamento jurídico por inexistência de dispositivo legal ou critério para se saber qual norma aplicar, uma omissão. 
Como se interpreta uma lei extensivamente e restritivamente? Fundamente. 
A interpretação de uma lei extensivamente se faz ao diminuir a quantidade de predicados universais relativos à conotação. Para a interpretação restritiva é quando se aumenta o número desses predicados, diminuindo assim, a denotação do termo ou expressão apreciada. 
Quais são os limites da heurística secundum legem? Fundamente. 
São os limites de possibilidade semântica do texto legal, com a interpretação restritiva de um lado e do outro lado a extensiva. 
Quais são as técnicas de integração da lei? 
São: analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
A integração da lei por analogia ofende o axioma ontológico do direito? Fundamente. 
A integração da norma respeita o sistema legal adotado, ou seja, há a observância da lacuna legal como uma totalidade. Logo, não há ofensa ao axioma ontológico. 
Em que hipótese as três heurísticas podem se confundir? Fundamente. 
Na hipótese de vagueza, na área obscura de indefinição e sobreposição delas. Pois, nessa área é possível utilizar de qualquer uma das heurísticas para resolução do caso concreto. Como por exemplo, as três heurísticas poderão ser utilizadas na questão do que pode ou não pode ser considerado como chave falsa artigo 155, §4º, III, Código Penal.

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