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Direito Constitucional | 
Conteúdo Programático 
www.focusconcursos.com.br | 3 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Conteúdo Programático .................................................................................................... 3 
Dos direitos e garantias fundamentais .............................................................................. 3 
Direitos x Garantias.............................................................................................................................. 4 
Características dos direitos fundamentais ............................................................................................. 5 
Geração dos direitos ......................................................................................................... 7 
Primeira dimensão ............................................................................................................................... 8 
Segunda dimensão ............................................................................................................................... 8 
Terceira dimensão ............................................................................................................................... 8 
Esquematizando .................................................................................................................................. 9 
Quarta dimensão ................................................................................................................................. 9 
Quinta dimensão ............................................................................................................................... 10 
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 11 
 
 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
O título II da Constituição Federal, que vai do artigo 5º ao 17, guarda os direitos e 
garantias fundamentais, observe o quadro abaixo para facilitar sua compreensão: 
 
Direito Constitucional | 
Dos direitos e garantias fundamentais 
www.focusconcursos.com.br | 4 
Conforme destaca Alexandre de Moraes (2018), “modernamente, a doutrina 
apresenta-nos a classificação de direitos fundamentais de primeira, segunda e terceira 
gerações, baseando-se na ordem histórica cronológica em que passaram a ser 
constitucionalmente reconhecidos”. Desta forma, os direitos de primeira dimensão 
são as garantias individuais e políticos clássicos, já os de segunda dimensão são os 
direitos sociais, econômicos e culturais e, por fim, os direitos de terceira dimensão, 
são os chamados direitos de solidariedade, “que englobam o direito a um meio 
ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, ao progresso, à paz, à 
autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos” (MORAES, 2018). 
 
Contudo, é importante destacar que, embora o artigo 5º seja o mais lembrado quando 
tratamos de direitos e garantias fundamentais, todos os outros artigos (6º ao 17) 
também estão elencados no título II e trazem em seu bojo, direitos e garantias 
fundamentais. 
 
Direitos x Garantias 
Inicialmente, antes de avançarmos no conteúdo propriamente dito, é importante que 
você saiba a diferença entre direitos fundamentais e garantias fundamentais. Os 
direitos apresentados no artigo, são disposições declaratórias, já as garantias são 
representadas por disposições assecuratórias, elas asseguram a plena utilização dos 
direitos. 
Ex.: a liberdade de locomoção é um direito de todos, previsto na Constituição 
Federa, e a garantia que assegura o direito de liberdade é o Habeas Corpus, um 
remédio constitucional. No entanto, lembre-se, nem toda garantia será um 
remédio constitucional, nem sempre elas estarão representadas por ações 
judiciais, algumas são meras garantias administrativas, também chamadas de 
não processuais. 
Ex.: Na primeira parte do inciso VI do art. 5º, CF (é inviolável a liberdade de 
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos) 
traz um direito, já na segunda parte (e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias) temos uma garantia. 
 
Nas palavras de Alexandre de Moraes (2018), 
Direito Constitucional | 
Dos direitos e garantias fundamentais 
www.focusconcursos.com.br | 5 
A distinção entre direitos e garantias fundamentais, no direito brasileiro, remonta a Rui 
Barbosa, ao separar as disposições meramente declaratórias, que são as que imprimem 
existência legal aos direitos reconhecidos, e as disposições assecuratórias, que são as que, 
em defesa dos direitos, limitam o poder. Aquelas instituem os direitos; estas, as garantias; 
ocorrendo não raro juntar-se, na mesma disposição constitucional, ou legal, a fixação da 
garantia com a declaração do direito. 
 
Observe o quadro abaixo para facilitar sua compreensão: 
 
 
Características dos direitos fundamentais 
Bom, agora que já estamos por dentro das diferenças entre os direitos e garantias 
fundamentais, precisamos ressaltar oito das muitas características dos direitos 
fundamentais, são elas: 
→ Historicidade: significa que a formação dos direitos fundamentais ocorre ao 
longo do tempo, são pensamentos que foram se concretizando no decorrer dos 
anos. Existe uma construção histórica que precede a formação dos direitos 
fundamentais; 
→ Universalidade: os direitos fundamentais são reconhecidos por todas as 
pessoas, não há distinção de raça, sexo, cor ou idade; 
→ Irrenunciabilidade: essa característica defende que, não é possível renunciar, 
abrir mão de um direito fundamental, mas nada obsta o seu não exercício. No 
Direito Constitucional | 
Dos direitos e garantias fundamentais 
www.focusconcursos.com.br | 6 
entanto, essa característica não é absoluta e, em alguns casos, pode ser 
relativizada, como, por exemplo, no caso do direito a intimidade quando a 
pessoa se dispõe a ficar confinada em uma casa vigiada 24 horas por dia; 
→ Concorrente: os direitos fundamentais podem ser exercidos de forma isolada 
ou cumulativamente; 
→ Limitabilidade: não existem direitos absolutos, por isso, embora sejam 
fundamentais, esses direitos são relativos; 
→ Inalienabilidade: os direitos fundamentais são garantidos a todos, 
consequentemente não podem ser transferidos. Além disso, em regra, os 
direitos fundamentais não possuem valor econômico, porém, essa característica 
pode ser relativizada; 
→ Imprescritibilidade: como são direitos personalíssimos, ainda que não 
individualistas, e despidos de caráter patrimonial, são sempre exercíveis, pouco 
importando o lapso temporal que decorra o seu não exercício; 
→ Aplicação imediata: de acordo com o disposto no art. 5º, § 1º da Constituição, 
“as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata”. Assim, ter aplicação imediata, significa dizer que as normas 
constitucionais são dotadas de todos os meios e elementos necessários à sua 
pronta incidência, aos fatos, situações, condutas ou comportamentos que elas 
regulam. 
 
 
Aplicação imediata x Aplicabilidade imediata 
Embora parecidas, a aplicação imediata não é o mesmo que aplicabilidade 
imediata. A primeira diz respeito a aplicação imediata de todos os princípios 
e garantias previstos no art. 5º da Constituição, por outro lado, a 
aplicabilidade imediata está relacionada com a teoria da aplicabilidade plena, 
contida ou limitada da lei. Alguns incisos possuem aplicabilidade plena, outros 
contida e outros limitada, no entanto, todos tem aplicação imediata. 
 
Além disso, no caso de haver conflitos entre direitos, a solução estará na própria 
Constituição Federal ou, ainda, na interpretação do juízo, o qual levará em 
consideração a máxima observância dos direitos fundamentais envolvidos, 
conjugando a mínima restrição possível, através do critério da ponderação. 
 
Neste sentido, aponta Alexandre de Moraes (2018) que, 
Direito Constitucional | 
Geraçãodos direitos 
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Quando houver conflito entre dois ou mais direitos ou garantias fundamentais, o intérprete 
deve utilizar-se do princípio da concordância prática ou da harmonização, de forma a 
coordenar e combinar os bens jurídicos em conflito, evitando o sacrifício total de uns em 
relação aos outros, realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada qual 
(contradição dos princípios), sempre em busca do verdadeiro significado da norma e da 
harmonia do texto constitucional com sua finalidade precípua. 
 
Desta forma, no caso de conflito, nenhum direito deve ser totalmente sacrificado, o 
operador do direito precisa encontrar a melhor forma de combiná-los, ponderando 
todos os bens jurídicos discutidos no caso. 
 
 
CESPE - Res Mul/HUB/Serviço Social/2018 
No que se refere aos direitos fundamentais, julgue o item subsecutivo. 
Os direitos fundamentais são imprescritíveis, ou seja, não perdem efeito com o 
decurso do tempo. 
Gabarito: Certo 
CESPE - Res Mul/HUB/Serviço Social/2018 
No que se refere aos direitos fundamentais, julgue o item subsecutivo. 
Todo ser humano detém direitos fundamentais, independentemente de raça, credo, 
nacionalidade ou convicção política. 
Gabarito: Certo 
 
GERAÇÃO DOS DIREITOS 
Os direitos fundamentais são construções históricas, que são aprimoradas e fixadas 
ao longo do tempo, por isso, alguns autores, como Norberto Bobbio na obra “A Era 
dos Direitos”, passaram a classificar os direitos como sendo de primeira, segunda e 
terceira dimensão. Algum tempo depois, mais direitos foram surgindo e, com isso, 
novas classificações, atualmente doutrinadores defendem a existência de uma quarta 
e quinta dimensão. 
Direito Constitucional | 
Geração dos direitos 
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Primeira dimensão 
Os direitos fundamentais de primeira dimensão surgiram em meados do século XVIII, 
durante a Revolução Francesa. O principal marco histórico dessa geração é a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e, os direitos se concentram na 
liberdade individual, nos direitos civis e políticos. 
 
Alguns dos direitos tutelados pela primeira dimensão são, os direitos de liberdade – 
ir e vir, a prisão legal, o juiz natural, a integridade física, a liberdade de expressão, a 
liberdade religiosa, entre outros – e os direitos negativos, pois, neste período o Estado 
Liberal estava em ascensão, então deveria intervir o mínimo possível. 
 
Segunda dimensão 
Os direitos de segunda dimensão surgem durante a revolução industrial, no século 
XIX, após a Primeira Guerra Mundial. Neste período, a ideia do Estado de Bem-Estar 
Social vem ganhando força, defendendo uma política mais intervencionista e 
assegurando a todos, condições mínimas de subsistência. 
 
Os direitos de igualdade, como os direitos sociais, econômicos e culturais, bem como 
os direitos trabalhistas, coletivos e prestacionais, são alguns dos direitos básicos 
protegidos pela segunda dimensão. Diferente da primeira dimensão, na segunda o 
Estado deve manter uma postura mais ativa, fazendo e garantindo direitos a 
sociedade. 
 
Terceira dimensão 
Já os direitos fundamentais de terceira dimensão surgem em meados do século XX, a 
partir dos anos de 1960, na chamada modernidade. A principal preocupação neste 
período é com os direitos difusos e coletivos, que protegem um número mais de 
pessoas. 
 
Direito Constitucional | 
Geração dos direitos 
www.focusconcursos.com.br | 9 
Assim, a terceira geração assegura os chamados direitos de fraternidade, que inclui os 
direitos difusos e coletivos, direito do consumidor, direito ambiental, direito a paz, 
entre outros. No entanto, fique atento com relação ao direito a paz, pois a doutrina 
clássica entende que ele pertence a terceira dimensão, como, por exemplo, o jurista 
Karel Vasak, mas de acordo com a doutrina moderna, posição sustentava por Paulo 
Bonavides, o direito a paz pertence a 5º dimensão. 
 
Esquematizando 
Para facilitar sua compreensão, observe a tabela abaixo: 
 
 Primeira 
Dimensão 
Segunda 
Dimensão 
Terceira 
Dimensão 
Momento 
histórico 
Revolução 
Francesa (séc. XVIII) 
Revolução 
Industrial (séc. XIX) 
Modernidade 
(séc. XX) 
Direitos 
tutelados 
- Direitos de 
Liberdade; 
- Direitos negativos 
(Estado menos 
intervencionista). 
- Direitos de 
igualdade; 
- Direitos 
prestacionais. 
- Direitos da 
fraternidade 
(difusos e 
coletivos). 
Evolução do 
Estado 
Estado Liberal Estado Social 
Estado Social – 
democrático. 
 
Quarta dimensão 
Os direitos fundamentais de quarta dimensão, ainda geram muita discussão na 
doutrina, de acordo com Norberto Bobbio, estão compreendidos nessa geração os 
direitos relativos à engenharia genética, como, por exemplo, a manipulação de 
genoma, mudança de sexo, entre outros. 
 
Por outro lado, Paulo Bonavides considera que, também fazem parte da quarta 
geração os direitos oriundos da globalização política, como a democracia direta, a 
informação e o pluralismo. Além disso, alguns doutrinadores também defendem, 
como sendo de quarta geração, os direitos de informática, como as transmissões de 
dados, comercio virtual e direitos autorais, por exemplo. 
Direito Constitucional | 
Geração dos direitos 
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Quinta dimensão 
Assim como os de quarta dimensão, não existe uma posição pacífica na doutrina 
quanto aos direitos fundamentais de quinta dimensão. A posição sustentada por 
Paulo Bonavides defende que, o direito a paz é tão importante que deve ser 
considerado uma dimensão a parte, ou seja, a quinta geração. Tamanha é a 
importância do direito a paz para o autor que, para ele é o supremo direito da 
humanidade. 
 
No entanto, já vimos que essa posição não é majoritária, autores, como Karel Vasak, 
consideram o direito a paz como sendo de terceira dimensão. Além disso, uma 
pequena parcela da doutrina considera, ainda, que a evolução cibernética também 
seria compreendida como um direito de quinta dimensão. 
 
 
CESPE - Proc/PGE PE/2018 
Os direitos destinados a assegurar a soberania popular mediante a possibilidade de 
interferência direta ou indireta nas decisões políticas do Estado são direitos 
a) políticos de primeira dimensão. 
b) políticos de terceira dimensão. 
c) políticos de segunda geração. 
d) sociais de segunda geração. 
e) sociais de primeira dimensão. 
Gabarito: A 
CESPE - JE/TJ PR/2019 
Considerando-se o surgimento e a evolução dos direitos fundamentais em gerações, 
é correto afirmar que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é 
considerado, pela doutrina, direito de 
Direito Constitucional | 
Referências Bibliográficas 
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a) primeira geração. 
b) segunda geração. 
c) terceira geração. 
d) quarta geração. 
Gabarito: C 
 
Cara aluna e caro aluno, finalizamos aqui o material, espero que tenha 
compreendido, sugiro que desenvolva um planejamento semanal para que você possa 
organizar a sua semana de estudos e otimizar o seu tempo. 
 
Lembre-se de realizar uma pausa, faça um lanchinho, mas não esqueça, é muito 
importante que você resolva questões e elabore resumos sobre o tema abordado, pois 
isso ajudará a fixar o conteúdo e, é mais um passo rumo à sua aprovação. 
 
ACREDITE, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ! 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 34 ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
 
 
Direito Constitucional | 
Conteúdo Programático 
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Conteúdo Programático .................................................................................................... 3 
Direitos e Garantias Fundamentais ................................................................................... 3 
Direitos e deveres individuais e coletivos – Art. 5º ................................................................................ 4Princípio da igualdade formal e material – inciso I ..................................................................................................... 5 
Princípio da legalidade – inciso II ................................................................................................................................ 6 
Tortura, tratamento desumano ou degradante – inciso III ......................................................................................... 8 
Liberdade de expressão – incisos IV, V e IX ................................................................................................................. 9 
Liberdade religiosa – incisos VI, VII e VIII .................................................................................................................. 11 
Estado laico? ......................................................................................................................................................... 12 
Assistência religiosa .............................................................................................................................................. 12 
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 14 
 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Os direitos e garantias fundamentais estão elencados no título II da Constituição 
Federal, a partir do art. 5º até o 17. Lá estão dispostos os direitos e deveres individuais 
e coletivos, os direitos sociais, da nacionalidade, os direitos políticos e, por fim, as 
normas relativas aos direitos políticos. 
 
 
 
Direito Constitucional | 
Direitos e Garantias Fundamentais 
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Direitos e deveres individuais e coletivos – Art. 5º 
O capítulo I do título II é composto apenas pelo artigo 5º, o qual determina que “todos 
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”. Logo no 
início do caput, encontramos o princípio da igualdade ou princípio da isonomia, o qual 
“determina que seja dado tratamento igual aos que se encontram em situação 
equivalente e que sejam tratados de maneira desigual os desiguais, na medida de suas 
desigualdades. Ele obriga tanto o legislador quanto o aplicador da lei” (PAULO; 
ALEXANDRINO, 2017). 
 
No entanto, é importante ressaltar que existe o princípio da igualdade formal e o 
material. O princípio da igualdade formal está relacionado com a lei, sem distinção de 
raça, cor, sexo, religião ou etnia, já a igualdade material tem o intuito de proteger e 
nivelar os sujeitos desiguais na medida de suas desigualdades. Ambos os conceitos 
serão aprofundados posteriormente, conforme avançarem nossos estudos. 
 
Seguindo a leitura do caput, observamos que o art. 5º é a porta de entrada para os 
direitos e garantias fundamentais, porém eles não se esgotam nesse artigo, os direitos 
e garantias estão dispostas ao longo da Constituição Federal, os quais, de acordo com 
o artigo, podem ser suscitados pelos brasileiros e estrangeiros residentes no País. 
Entretanto, o Supremo Tribunal Federal conferiu uma nova interpretação a esse trecho 
do artigo, ele defende que qualquer pessoa pode dispor dos direitos fundamentais, 
seja brasileiro ou estrangeiro, residente ou não no País. 
 
 
CONSULPAM - Ass Tec Leg/CM Juiz de Fora/Analista de Educação e Cultura/2018 
A Constituição Federal de 1988 apresenta muitas garantias a brasileiros e a 
estrangeiros residentes em nosso país. A partir do artigo 5º desta constituição 
podemos assinalar como CORRETO: 
a) O princípio da dignidade onde os direitos devem ser preservados perante a lei. 
Direito Constitucional | 
Direitos e Garantias Fundamentais 
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b) O princípio da propriedade em que todos devem ter uma propriedade ampla e 
amparada pelo Governo. 
c) O princípio da igualdade onde todos devem ser iguais perante a lei. 
d) O princípio do direito onde todos devem ser julgados pelas mesmas leis, sem 
distinção por classe ou condição intelectual. 
Gabarito: C 
 
Princípio da igualdade formal e material – inciso I 
O princípio da igualdade formal, como falamos anteriormente, é o responsável por 
igualar todas as pessoas perante a lei, sem qualquer distinção. Nas palavras de Pinto 
Ferreira (1999) a igualdade formal “deve ser entendida como igualdade diante da lei 
vigente e da lei a ser feita, deve ser interpretada como um impedimento à legislação 
de privilégios de classe, deve ser entendida como a igualdade diante dos 
administradores e dos juízes”. 
 
Assim, como um exemplo da igualdade formal, podemos observar que no inciso I do 
art. 5º, “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição”. No entanto, a igualdade formal se atém apenas ao texto legal, quando 
nos deparamos com a realidade, percebemos que as coisas são um pouco diferentes, 
e o prevalece é a igualdade material, pois, é através dela que conseguimos tratar os 
iguais de forma igual e os desiguais na medida de suas desigualdades. 
 
 
CESPE - Tec/INSS/2016 
A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
Em decorrência do princípio da igualdade, é vedado ao legislador elaborar norma que 
dê tratamento distinto a pessoas diversas. 
Gabarito: Errado 
 
Direito Constitucional | 
Direitos e Garantias Fundamentais 
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IAUPE - Sold/PM PE/2018 
Sobre os direitos e deveres individuais e coletivos, o art. 5º da Constituição Federal de 
1988 assim prevê: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”. 
Partindo desse pressuposto, analise as assertivas a seguir: 
I. Embora a Constituição direcione os referidos direitos apenas aos estrangeiros 
residentes no país, há consenso no ordenamento jurídico brasileiro de que esses 
direitos também valem igualmente para os estrangeiros que se encontrem em 
território nacional, mesmo que não residam no Brasil. 
II. O direito à liberdade delimita-se pela liberdade física, de ir e vir, não abrangendo a 
liberdade de pensamento. 
III. O princípio da igualdade não veda que determinada lei estabeleça tratamento 
diferenciado entre pessoas que guardem distinções de ordem econômica, social, 
étnica, dentre outras, desde que haja razoabilidade na medida. 
IV. O sistema de cotas previsto em seleções públicas é um exemplo da aplicação do 
princípio da igualdade formal. 
Estão CORRETAS 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) III e IV, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Gabarito: B 
 
Princípio da legalidade – inciso II 
O inciso II da Constituição Federal traduz o princípio da legalidade, de modo que, 
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei”. De acordo com Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (p. 120, 2017) esse princípio 
prega que, “somente a lei pode criar obrigações e, por outro· lado, a asserção de que 
Direito Constitucional | 
Direitos e Garantias Fundamentais 
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a inexistência de lei proibitiva de determinada conduta implica ser ela permitida”. 
 
No entanto, é importante que você saiba diferenciar a legalidade pública da privada, 
pois são coisas totalmente opostas. O princípio da legalidade pública, está disposto 
no art. 37 da Constituição Federal e tem como destinatário a Administração Pública, 
em uma interpretação restrita, pois, o agente está vinculado a lei e deve fazer apenas 
o que ela autoriza. Por outro lado, o princípio da legalidade privada, está elencado no 
inciso II do art. 5º da Constituição e, tem uma interpretação maisabrangente, de forma 
que o particular pode fazer tudo, exceto aquilo que a lei veda. 
Ex.: antes da Lei 12.546/11 o ato de fumar podia ser praticado em qualquer local, 
fosse fechado ou aberto, privado ou coletivo. Contudo, após o advento da Lei 
12.546/11, fumar em recintos coletivos fechados, privado ou público passou a ser 
proibido. Assim, analisando a situação através do princípio da legalidade, o ato 
de fuma era permitido antes da lei, pois, as pessoas podem fazer tudo aquilo que 
a lei não veda, mas depois da Lei 12.546 o comportamento passou a ser proibido, 
ou seja, a lei vedou o ato de fumar em locais coletivos fechados, privado ou 
público. 
 
Além disso, você não pode confundir o princípio da legalidade com o princípio da 
reserva legal. No primeiro, ninguém será obrigado a nada senão em virtude de lei, ou 
seja, a lei deverá regulamentar o comportamento das pessoas. Já no princípio da 
reserva legal, o texto constitucional estabelece que determinada matéria só poderá 
ser apreciada através de lei formal ou atos equiparados. 
 
 
CESPE - Proc Mun/Pref Fortaleza/2017 
A respeito das normas constitucionais, do mandado de injunção e dos municípios, 
julgue o item subsequente. 
O princípio da legalidade diferencia-se do da reserva legal: o primeiro pressupõe a 
submissão e o respeito à lei e aos atos normativos em geral; o segundo consiste na 
necessidade de a regulamentação de determinadas matérias ser feita necessariamente 
por lei formal. 
Direito Constitucional | 
Direitos e Garantias Fundamentais 
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Gabarito: Certo 
VUNESP - JE/TJ SP/2018 
O princípio da legalidade, já incorporado ao direito pátrio pelas Cartas anteriores, foi 
mantido pelo artigo 5o, II, da atual Constituição. Sobre o tema, é possível afirmar que 
a) o conceito de legalidade não corresponde exclusivamente à lei em sentido formal, 
mas abrange também os preceitos normativos da própria Constituição e aqueles 
editados com base nela, como as emendas constitucionais, as leis complementares, as 
leis delegadas e as medidas provisórias. 
b) de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os tratados 
internacionais não estão abrangidos pelo conceito de legalidade, pois não podem ser 
equiparados à lei em sentido formal. 
c) a partir da Emenda Constitucional no 32/2001, que introduziu no direito brasileiro 
o chamado decreto autônomo, não subordinado à lei, tal espécie normativa passou a 
ser admitida também em outras hipóteses previstas em sucessivas emendas 
constitucionais. 
d) a reserva legal adotada em diversos dispositivos constitucionais mediante utilização 
de expressões como “na forma da lei”, “nos termos fixados em lei”, “segundo os 
critérios da lei” é considerada absoluta pela doutrina e pela jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal. 
Gabarito: A 
 
Tortura, tratamento desumano ou degradante – inciso III 
O inciso III do art. 5º da Constituição determina que, “ninguém será submetido a 
tortura nem a tratamento desumano ou degradante”, sem exceção. Tanto para a 
tortura quanto para a censura, tratamento desumano ou degradante, não existe 
exceção, esse comportamento é totalmente vedado pelo texto constitucional, não é 
permitido em nenhuma hipótese. 
 
Além disso, nós veremos adiante de forma detalhada, mas o inciso XLIII do art. 5º, 
classifica o crime de tortura como inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, 
devido a tamanha gravidade. Por fim, de acordo com a Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes 
Direito Constitucional | 
Direitos e Garantias Fundamentais 
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Hediondos), a tortura juntamente com o crime de tráfico de drogas e terrorismo, são 
equiparados aos crimes hediondos. 
 
 
ITAME - Ag Vig/Pref Trindade/2018 
De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal, “ninguém será submetido a 
tortura, nem tratamento desumano ou degradante”. Essa previsão faz parte dos: 
a) Direitos do Estado de Sítio. 
b) Direitos Políticos. 
c) Direitos Sociais. 
d) Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. 
Gabarito: D 
UERR - Ag/SETRABES/Sócio-Geriátrico/2018 
A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, a prática: 
a) da tortura. 
b) do descaminho. 
c) do contrabando. 
d) de improbidade. 
e) de homicídio simples. 
Gabarito: A 
 
Liberdade de expressão – incisos IV, V e IX 
A livre manifestação está prevista no inciso IV do art. 5º da Constituição Federal, as 
pessoas têm liberdade de expressão e podem manifestar, expressar, declarar seus 
pensamentos, ressalvado o anonimato. O texto constitucional veda a manifestação do 
pensamento através do anonimato em qualquer situação, uma vez que também é 
garantido ao sujeito o direito de resposta. 
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Além disso, liberdade de expressão não é sinônimo de impunidade, pois, de acordo 
com o inciso V “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem”. Em outros termos, as pessoas 
são responsáveis por seus atos e, supondo que essas informações gerem algum dano, 
seja moral, material ou a imagem, ou causar prejuízo a terceiro, este terá o direito de 
responder às informações e deverá ser ressarcido pelo dano ou prejuízo que 
eventualmente tenha sofrido, situação que seria inviabilizada pelo anonimato. 
 
Ademais, no que diz respeito a censura, determina o inciso IX do art. 5º que “é livre a 
expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença”. Da mesma forma que o crime de tortura 
e a vedação ao anonimato, a censura não comporta exceção, ela é inadmissível em 
qualquer hipótese, pois, prevalece a liberdade de expressão. 
 
 
VUNESP - PEAAG/Pref SP/Engenharia Civil/2018 
Leia o texto, para responder à questão. 
O texto constitucional de 1988 ampliou liberdades, direitos e garantias individuais, e 
consagrou as relações econômicas, políticas e sociais. Foi a partir dele que analfabetos 
e jovens de 16 a 17 anos tiveram direito ao voto. Além disso, a Carta reduziu a jornada 
semanal de trabalho de 48 para 44 horas e garantiu benefícios como seguro-
desemprego e férias remuneradas. 
Para assegurar que a sociedade tivesse direitos e garantias do Estado, a Constituição 
de 1988 privilegiou os princípios fundamentais, os direitos e deveres individuais e 
coletivos e os direitos sociais, ressaltando cada um dos itens logo nos primeiros 
capítulos. 
(Planalto Release, 2018. Adaptado) 
Assinale a alternativa que se refere aos direitos e garantias fundamentais, conforme 
expresso na Constituição Federal. 
a) É livre a manifestação do pensamento, sendo permitido o anonimato em casos de 
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risco de vida. 
b) Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, 
com exceção aos casos de crime contra a pátria e suas autoridades. 
c) É plena a liberdade de associação para fins lícitos, exceto em casos de flagrante 
disseminação de ódio, preconceito e contrária à ordem política e social do país. 
d) É garantido o direito de propriedade, exceção feita em casos de interesse particular 
ou mesmo público e social sobre a terra. 
e) É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença. 
Gabarito: E 
 
Liberdade religiosa – incisos VI, VII e VIII 
Embora a República Federativa do Brasil ser um Estado laico, a religião tem certa 
importância no território nacional e, por isso, a liberdade religiosa está assegurada no 
inciso VI do art. 5º da Constituição, ao passo que “é inviolável a liberdade de 
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e 
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.O direito religioso protege a crença e garante as pessoas o direito a liturgia, ao culto 
e ao templo. Contudo, diferente dos outros, o direito a crença (fé) é ilimitado, pois é 
algo intrínseco ao ser humano, por outro lado, quando a crença é exteriorizada através 
da liturgia e do culto nos templos está sujeita a imposição de limites, seja pelos 
direitos fundamentais da outra pessoa, seja pelos costumes. 
 
Neste sentido, determina o inciso VIII que, “ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar 
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei”. Em outras palavras, o direito a crença religiosa, convicção 
política e filosófica poderão, ser limitadas quando forem invocadas para eximir-se de 
obrigação imposta pela lei ou se recusar a cumprir determinação alternativa. 
 
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Estado laico? 
Um País será considerado laico quando separa totalmente o Estado da religião, ou 
seja, o País não possui uma religião oficial, assim como ocorre no Brasil. Embora 
garanta aos seus cidadãos o direito religioso, para que eles possam escolher e 
defender sua própria fé. 
 
Assistência religiosa 
O inciso VII do art. 5º estabelece que, “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. Assim, é 
dever do Estado garantir a assistência religiosa nos estabelecimentos prisionais, para 
que os presos civis e militares possam gozar desse direito se preferirem. 
 
 
VUNESP - Ag/IPSMI/Previdenciário/2016 
Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre o direito à liberdade, como 
previsto na Constituição Federal de 1988. 
a) É livre a manifestação do pensamento, sendo permitido o anonimato, desde que 
assegurado o direito de resposta. 
b) É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
desde que haja licença prévia da autoridade competente. 
c) Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local 
e tenha sido concedida a devida autorização prévia. 
d) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias. 
e) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, ainda que 
elas possuam caráter paramilitar. 
Gabarito: D 
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FGV - OAB UNI NAC/OAB/XIX Exame/2016 
José, internado em um hospital público para tratamento de saúde, solicita a presença 
de um pastor para lhe conceder assistência religiosa. O pedido, porém, é negado pela 
direção do hospital, sob a alegação de que, por se tratar de instituição pública, a 
assistência não seria possível em face da laicidade do Estado. Inconformado, José 
consulta um advogado. 
Após a análise da situação, o advogado esclarece, com correto embasamento 
constitucional, que 
a) a negativa emanada pelo hospital foi correta, tendo em vista que a Constituição 
Federal de 1988, ao consagrar a laicidade do Estado brasileiro, rejeita a expressão 
religiosa em espaços públicos. 
b) a direção do hospital não tem razão, pois, embora a Constituição Federal de 1988 
reconheça a laicidade do Estado, a assistência religiosa é um direito garantido pela 
mesma ordem constitucional. 
c) a correção ou incorreção da negativa da direção do hospital depende de sua 
consonância, ou não, com o regulamento da própria instituição, já que se está perante 
direito disponível. 
d) a decisão sobre a possibilidade, ou não, de haver assistência religiosa em entidades 
públicas de saúde depende exclusivamente de comando normativo legal, já que a 
temática não é de estatura constitucional. 
Gabarito: B 
 
Cara aluna e caro aluno, finalizamos aqui o material, espero que tenha 
compreendido, sugiro que desenvolva um planejamento semanal para que você possa 
organizar a sua semana de estudos e otimizar o seu tempo. 
Lembre-se de realizar uma pausa, faça um lanchinho, mas não esqueça, é muito 
importante que você resolva questões e elabore resumos sobre o tema abordado, pois 
isso ajudará a fixar o conteúdo e, é mais um passo rumo à sua aprovação. 
 
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Conteúdo Programático .................................................................................................... 3 
Direitos e deveres individuais e coletivos – art. 5º ............................................................. 3 
Inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem – inciso X ................................................. 4 
Inviolabilidade de domicílio – inciso XI ................................................................................................. 5 
Inviolabilidade das correspondências e comunicações – inciso XII ......................................................... 9 
Interceptação telefônica ........................................................................................................................................... 10 
Gravação clandestina ........................................................................................................................................... 10 
Quebra de dados telefônicos .................................................................................................................................... 10 
Quebra do sigilo bancário e fiscal ............................................................................................................................. 11 
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 13 
 
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS – ART. 5º 
Os direitos e deveres individuais e coletivos estão dispostos no caput e nos incisos do 
art. 5º da Constituição Federal. Nos primeiros incisos estão elencados alguns 
princípios como o da igualdade e da legalidade, posteriormente o inciso III trata a 
respeito do crime de tortura, tratamento desumano ou degradante e, na sequência, 
sobre a liberdade de expressão e religiosa. 
 
 
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Direitos e deveres individuais e coletivos – art. 5º 
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Neste material, vamos seguir o estudo dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
mas dando enfoque a questão da inviolabilidade. 
 
Inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem – inciso X 
O inciso X do art. 5º da Constituição Federal traz uma ideia genérica da inviolabilidade 
quando determina que, “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação”. Assim, cada indivíduo possui a faculdade de vetar a 
intromissão de estranho em sua vida particular, bem como de impedir o acesso a 
informações que dizem respeito a privacidade e intimidade de cada um. 
 
Direito a intimidade 
O direito a intimidade reflete a vida secreta do indivíduo, que deve ser reservada 
penas para si, sem qualquer repercussão social. Esse direito está ligado a essência 
de cada pessoa, aos seus anseios e temores mais íntimos. 
 
Direito a vida privada 
A vida privada é o convívio com as outras pessoas, o viver em sociedade, 
compartilhando suas convicções, mas resguardando em si uma parcela social. A 
intimidade está alocada dentro da vida privada do indivíduo, elas são esferas 
diferentes.Direito a honra 
A honra do indivíduo pode ser dividida em objetiva e subjetiva. A honra objetiva 
protege o apreço moral do sujeito perante o seu meio de convivência, ou seja, é a 
percepção que a sociedade tem sobre a pessoa. Já a honra subjetiva, protege o 
apreço que o indivíduo tem sobre si mesmo e sua personalidade. 
 
Direito a imagem 
A imagem do sujeito diz respeito a sua representação externa, a caracterização de 
seus atributos físicos. 
 
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Direitos e deveres individuais e coletivos – art. 5º 
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No entanto, esses direitos possuem uma inviolabilidade mitigada, vez que os 
indivíduos podem deixar de exercê-los por vontade própria, quando assinam um 
contrato e se dispõem a participar de um reality show, por exemplo. 
 
Inviolabilidade de domicílio – inciso XI 
Estabelece o inciso XI do art. 5º que, “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial”. 
 
Neste sentido, observa Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (p. 135, 2017) que, 
a inviolabilidade não alcança somente a "casa", residência do indivíduo. Na verdade, o 
conceito normativo de "casa" é abrangente e se estende, inclusive, a qualquer 
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade, 
compreendendo, observada essa específica limitação espacial (área interna não acessível ao 
público), os escritórios e consultórios profissionais, as dependências privativas da empresa, 
o quarto de hotel etc. 
 
Desta forma, estão amparadas pelo inciso XI a residência, o local de trabalho, quarto 
de hotel, ambiente de hospedagem, mesmo que temporário, apartamento, 
embarcações e aeronaves, quando estiverem parados. Assim, o ingresso em qualquer 
desses locais só será lícito se houver consentimento, em caso de flagrante delito, para 
prestar socorro ou durante o dia por determinação judicial. 
 
 
No caso do caminhão, pode ser reconhecido como casa? 
Uma parcela da doutrina e a jurisprudência entendem que sim, a boleia do caminhão 
deve ser considerada como casa, estando, portanto, protegida pela inviolabilidade de 
domicílio, pois, mesmo que de forma temporária, o motorista utiliza o veículo como 
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moradia. Todavia, esse não é o entendimento do STF, no julgamento do HC 
117.767/DF o Supremo entendeu que o caminhão deve ser considerado apenas como 
uma ferramenta de trabalho e, que “o espaço compreendido dentro de veículo 
automotor, salvo a hipótese em que consistir a habitação de seu titular (v.g. Trailers), 
não está abarcada no conceito jurídico de domicílio, ao qual a lei dispensa proteção 
especial (art. 5º, XI, CF/1988) em homenagem ao direito fundamental à intimidade e à 
vida privada”. 
 
Entretanto, embora a casa seja asilo inviolável do indivíduo, o próprio inciso XI prevê 
quatro possibilidades em que a entrada de terceiros na “casa” será lícita, quais sejam: 
→ Consentimento: inicialmente, fazendo uma interpretação a contrário sensu do 
inciso XI, podemos perceber que só é ilícita a entrada de terceiros na “casa” sem 
o consentimento do morador, logo, se houver consentimento, a entrada será 
lícita a qualquer tempo; 
→ Flagrante delito ou desastre: nos casos de flagrante delito, para reprimir a 
prática de crimes, ou no caso de desastre, o ingresso no domicílio será lícito 
independente do consentimento ou autorização judicial, seja no período diurno 
ou noturno; 
 
! Crime permanente – em se tratando de crime permanente, a 
consumação se prolonga no tempo, ou seja, enquanto o delito perdurar, 
o sujeito poderá ser preso em flagrante delito. É o caso dos crimes de 
extorsão mediante sequestro e cárcere privado, por exemplo. 
 
→ Prestar socorro: também será lícito o ingresso do terceiro na “casa”, quando 
este for motivado para prestar socorro, independente do consentimento ou 
autorização judicial, seja no período diurno ou noturno. 
→ Determinação judicial (durante o dia): quando houver determinação judicial, 
as autoridades podem adentrar na residência, independente de consentimento, 
durante o dia. Neste caso, o dia está compreendido, para a teoria cronológica 
das 06:00 horas da manhã até as 18:00 da noite, e para a teoria natural, o 
período compreendido entre a aurora e o crepúsculo (do nascer ao pôr do sol). 
 
! Cumprimento de ordem judicial fora do horário – quando o oficial de 
justiça tenta cumprir uma ordem judicial cível fora do horário 
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Direitos e deveres individuais e coletivos – art. 5º 
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estabelecido, caso o sujeito não consinta com a entrada ou não deixe que 
ele cumpra, não caracteriza crime de desobediência. 
 
Ainda, no que diz respeito a hipótese do flagrante delito, quando o terceiro ingressa 
no domicílio sem autorização judicial, o Supremo Tribunal Federal, no julgado RE 
603.616/RO o rel. Min. Gilmar Mendes, definiu que, 
a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só e lícita, mesmo em período noturno, 
quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem 
que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. 
 
Por fim, além das exceções elencadas no inciso, a Lei 13.301/2016 (Lei do Mosquito), 
que dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em saúde quando verificada 
situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor 
do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika, autoriza em seu art. 1º, 
IV, 
IV - ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, 
ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso de agente público, regularmente 
designado e identificado, quando se mostre essencial para a contenção das doenças. 
 
Desta forma, embora a inviolabilidade de domicílio seja um direito constitucional, 
quando confrontado com o direito à vida e a saúde pública, torna-se lícito o ingresso 
forçado em imóveis público e particulares abandonados ou mediante ausência, ou 
recusa de consentimento. 
 
 
CESPE - Ag Pol /PC GO/2016 
Observadas as ressalvas constitucionais e jurisprudenciais, os espaços que poderão 
ser protegidos pela inviolabilidade do domicílio incluem 
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Direitos e deveres individuais e coletivos – art. 5º 
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I o local de trabalho do indivíduo. 
II a embarcação em que o indivíduo resida e(ou) exerça atividade laboral. 
III o recinto ocupado provisoriamente pelo indivíduo. 
IV o imóvel que o indivíduo ocupe por empréstimo. 
V o quarto de hotel que seja ocupado pelo indivíduo. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas os itens I, III e IV estão certos. 
b) Apenas os itens II, III e V estão certos. 
c) Todos os itens estão certos. 
d) Apenas os itens I e II estão certos. 
e) Apenas os itens IV e V estão certos. 
Gabarito: C 
 
Com. Exam. (MPE RS) - Sec Dilig/MPE RS/2017 
Segundo a disciplina constitucional do direito à inviolabilidade do domicílio, considere 
as seguintes afirmações. 
I. Em razão do caráter emergencial, nas hipóteses de flagrante delito, desastre ou para 
prestar socorro, a casa poderá ser invadida a qualquer hora do dia ou da noite, sem o 
consentimento do morador. 
II. Sendo a casa asilo inviolável do indivíduo durante a noite, mesmo na hipótese de 
flagrante delito, nela não se poderá adentrar sem o consentimento do morador. 
III. Para o cumprimento de determinação judicial, poder-se-á ingressar na casa, se não 
houver consentimento do morador, somente durante o dia. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) ApenasII. 
c) Apenas I e II. 
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d) Apenas I e III. 
e) I, II e III. 
Gabarito: D 
 
Inviolabilidade das correspondências e comunicações – inciso XII 
De acordo com o inciso XII do art. 5º da Constituição Federal, “é inviolável o sigilo da 
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. 
 
O inciso XII protege o sigilo de quatro formas de comunicação, são elas: 
→ Correspondência: as correspondências são representadas pelas cartas que o 
indivíduo recebe, o seu conteúdo é sigiloso e diz respeito apenas ao seu 
destinatário; 
→ Comunicação de dados: a comunicação de dados se refere aos e-mails, 
mensagens de texto, agenda telefônica, ligações, entre outros; 
→ Comunicação telegráfica: a comunicação telegráfica, embora protegida 
constitucionalmente, não é mais utilizada hoje em dia. O telégrafo é um 
instrumento que transmite mensagens através da eletricidade, esse aparelho foi 
substituído pelo telefone, mas em 1988 ainda era utilizado, por isso surgiu a 
necessidade de proteger esse meio de comunicação; 
→ Comunicação telefônica: por fim, o sigilo a comunicação telefônica protege a 
ligação, realizada de uma pessoa para outra. 
 
No entanto, a própria redação do inciso XII prevê uma exceção para o sigilo das 
comunicações telefônicas, de modo que o sigilo poderá ser violado por ordem judicial, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal. Ademais, no que diz respeito ao sigilo das 
correspondências e da comunicação de dados, dependendo do caso em concreto, 
também poderão ser violadas por ordem judicial. 
Ex.: no caso das correspondências enviadas a pessoas que se encontram reclusas 
no sistema penitenciário, antes de entregar a correspondência ao destinatário o 
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agente pode violar e verificar seu conteúdo. 
 
Interceptação telefônica 
A interceptação telefônica é regulamentada pela Lei nº 9.296/96 e, é utilizada como 
um meio de prova no âmbito do direito penal e processo penal. É através dela que as 
autoridades policiais tomam conhecimento de uma conversa entre os interlocutores, 
sem que eles saibam disso. 
 
A interceptação deve ser requisitada pelo delegado de polícia, no curso do inquérito 
policial ou pelo Ministério Público, durante a ação penal, e autorizada por um juiz 
competente, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal. Além disso, a 
requisição da interceptação deve ser motivada, ou seja, só é possível requisitar se 
estiver investigando ou processando um crime que seja punido com reclusão e a 
interceptação é a única chance de provar o envolvimento do acusado. 
 
Gravação clandestina 
A gravação clandestina é aquela feita sem pedido, autorização ou motivo, por um 
interlocutor sem o conhecimento do outro, ou por uma pessoa autorizada por um dos 
interlocutores sem o conhecimento do outro. No entanto, embora clandestina, esse 
tipo de gravação é considerado como prova lícita e pode ser utilizada na investigação 
criminal para defesa própria, esse é o entendimento da 2ª Turma do Supremo Tribunal 
Federal. 
 
No entanto, não compartilham do mesmo raciocínio a gravação de conversas 
protegidas por sigilo constitucional, como aquelas realizadas entre advogados e seus 
clientes ou de padres com os seus fiéis. 
 
Quebra de dados telefônicos 
A quebra do sigilo de registros e dados telefônicos ocorre quando a autoridade obtém 
os registros constantes na companhia telefônica como, por exemplo, a agenda de 
contatos, o registro das ligações efetuadas e recebidas, a localização do aparelho 
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através da antena e/ou sinal de GPS, entre outros. São legitimados para solicitar a 
quebra de dados, os delegados de polícia, o Ministério Público e pela Comissão 
Parlamentar de Inquérito (CPI). 
 
Quebra do sigilo bancário e fiscal 
O sigilo bancário é uma garantia constitucional, prevista no art. 5º, incisos X e XII, da 
mesma forma o sigilo fiscal é protegido pelo art. 198 do Código Tributário Nacional. 
Contudo, esse sigilo pode ser quebrado, de acordo com o caso em questão, e terão 
acesso direto a quebra o juiz, o fisco ou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) 
federal ou estadual. 
 
Lembrando que, não podem ter acesso direto a quebra do sigilo bancário e fiscal o 
Ministério Público, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) municipal e a polícia, a 
qual deverá requisitar ao juiz. No entanto, quando o sigilo fiscal ou bancário envolver 
contas públicas, entendeu o Supremo Tribunal Federal que, o Ministério Público, 
juntamente com o Tribunal de Contas da União terão acesso direto aos dados, tendo 
como base os princípios da publicidade, moralidade e eficiência. 
 
 
ADVISE - Ana Tec/CREA SE/2017 
Quanto aos direitos e deveres individuais e coletivos, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
a) A constituição veda o anonimato na liberdade de expressão, e com base nisso, o 
entendimento jurisprudencial é que as autoridades públicas não podem iniciar 
medidas de persecução apoiando-se apenas em escritos anônimos. 
b) A constituição assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, tanto às 
pessoas físicas quanto às jurídicas ofendidas pela expressão que lhes atinge. 
c) É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades 
civis e militares de internação coletiva. 
d) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
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filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. 
e) A constituição assegura o direito à intimidade e à vida privada, o que engloba 
também o sigilo bancário, cabendo a quebra do sigilo a algumas autoridades, tais 
como: o poder judiciário, as comissões parlamentares de inquéritos (CPI`s), ao tribunal 
de contas da União (TCU) e excepcionalmente ao Ministério Público. 
Gabarito: E 
 
CESPE - AJ/TRT 7/Administrativa/2017 
Embora a CF preveja a inviolabilidade das comunicações telefônicas, é admitida a 
interceptação das comunicações telefônicas, na forma da lei, para fins de investigação 
criminal ou 
a) instrução processual penal, mediante autorização judicial, ou investigação de ato 
de improbidade administrativa, por determinação do Ministério Público. 
b) instrução processual penal, mediante autorização judicial, por determinação de 
comissão parlamentar de inquérito regularmente instaurada, ou investigação de ato 
de improbidade administrativa, por determinação do Ministério Público. 
c) instrução processual penal, mediante autorização judicial. 
d) instrução processual penal, mediante autorização judicial, ou por determinação de 
comissão parlamentar de inquérito regularmente instaurada. 
Gabarito: C 
 
Cara aluna e caro aluno, finalizamos aqui o material, espero que tenha 
compreendido, sugiro que desenvolva um planejamento semanal para que você possa 
organizar a sua semana de estudos e otimizar o seu tempo. 
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Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
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Direitos Autorais........................................................................................................................................................ 10 
 
 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos 
Previsto no art. 5º, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
 
XIII- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
• Este inciso trata de uma norma de eficácia contida, onde há a aplicabilidade 
diretas e imediatas, entretanto, essa norma poderá futuramente sofrer 
restrições. 
Exemplo: É a norma de eficácia contida, porque é uma norma de 
aplicabilidade direta, imediata e restringível, ou seja, o indivíduo pode 
exercer qualquer ofício e, se por ventura, uma lei futura regulamentar 
determinando regras para a profissão, ali estará a forma restringível 
daquele direito, um exemplo é a OAB e a CRC. 
 
XIV- é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
• Muito utilizado na questão jornalística. 
 
XV- é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
• NOTE QUE não será em qualquer tempo, mas sim em tempo de paz. 
 
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Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
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XVI- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
 
Reunião e Associação 
A respeito do direito de reunião: 
• Não é preciso de autorização para que seja realizado um dia de reunião, ou seja, 
não é preciso de autorização de uma autoridade pública; 
• É necessário um prévio aviso para que o Estado possa se preparar, garantir o 
direito de reunião e para não frustrar outra reunião; 
• É tratado sempre em local aberto, pois em local fechado não é algo de interesse 
do Estado; 
• A reunião deve ser obrigatoriamente pacífica, (será pacífico quando não há 
armas); 
• Esse direito a reunião é um direito que não é absoluto e pode ser suspenso, ou 
seja, pode ser limitado em Estado de Exceção; 
• As reuniões no seio da associação podem ser suspensas; 
• Em situação de Estado de Exceção, as reuniões fechadas podem sofrer 
limitações. 
 
Quando a Polícia pode interpretar como uma reunião armada? Para o STF deve 
ser aplicado o princípio da proporcionalidade e razoabilidade. 
Exemplo: Há uma reunião com 100 mil integrantes, 5 indivíduos de má índole 
levam armas, a reunião não deve ser finalizada, estes 5 sujeitos devem ser 
retirados da reunião e a mesma deve prosseguir. 
 
O direito de associação, é um direito paralelo com a reunião e PODE SER COBRADO 
EM QUESTÃO: 
• É um direito que não precisa de autorização estatal; 
• O Estado não pode intervir; 
• Há o princípio da facultatividade, se está livre para associar e também para sair 
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da associação; 
• Não se pode ter uma associação para fins ilícitos e paramilitares; 
 
XVII- é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
• NOTE QUE, os militares podem sim ser associados, cabe associação para os 
militares. Quando é referido que não pode para fins paramilitares, significa que 
não há uma associação com fins separatistas, com fins de guerrilha. 
Exemplo: Trabalhar para a separação do sul do país, isto é uma associação 
típica de fins paramilitares. 
 
XVIII- a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
• Há o direito de representação para o processo administrativo e para o processo 
judicial. O direito de representação precisa de uma autorização geral ou 
específica, ou seja, individual ou coletiva. Não basta a previsão no estatuto 
para que a associação represente os associados, porque o STF decidiu que para 
que uma associação represente seus associados é preciso de autorização. 
 
• Este inciso destaca que não é preciso de autorização estatal, note que o também 
não pode interferir. 
 
XIX- as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
 
A respeito da extinção ou suspensão de associação, se pode extinguir ou 
meramente suspender uma associação na via administrativa? Não, para extinguir 
e suspender é preciso de decisão judicial. A decisão judicial que extingue, só será 
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cumprida após o trânsito em julgado, a decisão judicial que apenas suspende pode 
ser aplicada de forma liminar. 
 
XX- ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
 
XXI- as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
 
 
Reunião e Associação 
RESUMINDO, tudo o que for questão de reunião e associação. Isso sempre cai em 
provas. A reunião é pacífica, em lugar aberto, não precisa de autorização. Outro 
detalhe, tanto para dissolver o funcionamento de uma associação, como para 
suspender, é necessária uma decisão judicial. Veja, se você quiser simplesmente 
acabar com uma associação, que é uma decisão gravíssima, você só vai cumprir essa 
ordem do juiz após o trânsito em julgado. 
 
XXII- é garantido o direito de propriedade; 
 
XXIII- a propriedade atenderá a sua função social; 
 
XXIV- a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 
XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
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dano; 
 
XXVI- a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
• O direito de propriedade e de herança está previsto expressamente na 
Constituição, note que a constituição protege a propriedade, se um sujeito 
possui um terreno urbano e o deixar criando mato, poderá ser punido. 
 
 
A propriedade rural é protegida, mas é obrigada a ter uma função social. 
 
 
XXX- é garantido o direito de herança; 
 
XXXI- a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do de cujus; 
• Em regra, tudo que possui relação à bens sitiados no Brasil aplica-se a lei 
brasileira, entretanto, o inciso XXXI traz uma exceção, os bens do indivíduo 
estrangeiro que está no Brasil serão regulados por lei brasileira, exceto, se for 
melhor para o indivíduo aplicar a lei estrangeira. 
Exemplo: João é um estrangeiro dos E.U.A, ele possui 1 filho e vem a 
falecer, se a lei do Estrangeiromorto for mais benéfica ao filho, será 
aplicado nesse caso de herança, a lei do estrangeiro. 
 
XXXII- o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
 
XXXIII- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
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particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
 
Desapropriação e Direito de Requisição 
Quando é referido ao assunto de propriedade, é preciso compreender a composição 
de domínio e posse, a propriedade plena dá o domínio e a posse, sendo o domínio 
permanente e a posse é temporária. 
 
A propriedade plena será a soma de: 
Domínio + Posse 
 
Exemplo: Você pode ser dono de uma casa, porém pode alugar a outrem. 
 
A desapropriação atinge o domínio, logo o efeito dela é permanente, já a requisição 
administrativa atinge a posse e é temporária. Na desapropriação não há “volta”, já na 
requisição administrativa se perde apenas a posse, sendo temporário. Em ambas há a 
indenização, porém na desapropriação a indenização é prévia, justa e em dinheiro. 
 
Podemos ter uma indenização por desapropriação por: 
• TDA (título da dívida agrária); 
• Por TDP (título da dívida pública); e 
• Até mesmo não ter indenização. 
 
A indenização para fins de requisição administrativa é posterior, há um “se”, ou 
seja, se isto ocorrer dano. 
 
Para que possa exercer a propriedade, é preciso alcançar a função social, se o indivíduo 
não alcança a função pode gerar uma desapropriação. A expropriação também pode 
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ocorrer (a desapropriação sem pagamento de indenização), um exemplo é quando há 
o plantio de drogas. 
Exemplo: Imagine que você possui uma fazenda, entretanto, seu filho planta 
maconha em seu terreno. O STF compreende que ocorrerá a expropriação da 
propriedade que não alcançou a sua função social e foi condenada, flagrada com 
o plantio de drogas. A propriedade inteira será expropriada, mesmo que seu filho 
tenha plantado em apenas uma parte do terreno, ou seja, sem pagamento de 
indenização. 
 
• Se for feita uma requisição de iniciativa que limite a posse, mas não teve dano, 
não há que se falar em indenização. 
 
 
 
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Direitos Autorais 
XXVII- aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
 
XXVIII- são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da 
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem 
ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
 
XXIX- a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para 
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, 
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social 
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
• O direito autoral não é sobre a questão artística, mas sim industrial. 
 
XXXII- o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
• Se concretiza com o Código de defesa do Consumidor, uma das primeiras Leis 
criadas após a Constituição de 88. 
 
XXXIII- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
• Neste inciso é referido a futura Lei de Acesso a Informação, do direito à 
informação, ou seja, todos possuem o direito à informação. 
 
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ATENÇÃO! As informações estão garantidas para todos, não é somente para os 
comprovadamente pobres. Todos possuem o direito de receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, este pode ser um assunto de pegadinha em 
sua prova! 
 
XXXIV- são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
 
XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
• O Brasil adota a jurisdição una, é um sistema inglês, também chamado de 
sistema judiciário ou do controle judicial, todos os litígios, podem ser resolvidos 
pelo Poder Judiciário, ele é o único capaz de produzir decisões definitivas, de 
coisa julgada. 
 
XXXVI- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada; 
• Há exceção a aplicação da jurisdição Una: 
 
A ação de habeas data é um exemplo, antes de entrar com habeas data é preciso 
obrigatoriamente realizar um pedido administrativo e ter a negativa desse 
pedido na via administrativa; e 
 
A justiça desportiva é um outro exemplo, é preciso acabar o procedimento na 
justiça desportiva para depois acionar o Judiciário. 
 
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XXXVII- não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
• Há a aplicação do juiz natural, ou seja, antes do crime acontecer já existe um 
juiz pronto para julgar. 
 
• O julgamento dos governadores por crime de responsabilidade não é feito pelo 
TJ do Estado, é realizado por um tribunal misto, está previsto na Lei 1079/50 
deve ser formado por 5 Deputados Estaduais e 5 Desembargadores do TJ, esses 
5 serão escolhidos após o crime. 
 
 
ATENÇÃO! Se uma questão afirmar que uma nova Constituição deverá respeitar o 
direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada será uma afirmativa 
errônea. 
 
Cara aluna e caro aluno, é importante que você realize exercícios para fixar o 
conteúdo, desta maneira, abaixo você encontra questões para resolver sobre o 
conteúdo. 
 
FGV - OAB UNI NAC/OAB/XXII Exame/2017 
Carlos, contando com 59 (cinquenta e nove) anos de idade, resolve se inscrever em 
concurso público para o cargo de Agente de Polícia, dos quadros da Polícia Civil do 
Estado Beta. Todavia, sua inscrição é negada com base no edital, que reproduz a Lei 
Estadual X, segundo a qual o candidato, no momento da inscrição, deve ter entre 18 
(dezoito) e 32 (trinta e dois) anos de idade. Inconformado, Carlos consulta um 
advogado a respeito de possível violação do direito fundamental à igualdade. 
Diante do caso concreto, assinale a opção que se harmoniza com a ordem jurídico-
constitucional brasileira. 
 a) Houve violação ao princípio da igualdade, pois o sistema jurídico-constitucional 
brasileiro veda, em caráter absoluto, que a lei estabeleça requisitos de ordem etária 
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para o provimento de cargos públicos. 
 b) Não houve violação ao princípio da igualdade, pois o sistema jurídico-
constitucional brasileiro permite que a lei estabeleça limite de idade para inscrição em 
concurso público quando tal medida se justificar pela natureza das atribuições do 
cargo a ser preenchido. 
 c) Houve violação ao princípio da razoabilidade, pois as atividades inerentes ao cargo 
a ser ocupado não justificam a previsão do critério etário como requisito para inscrição 
noconcurso público que visa ao seu provimento. 
 d) Não houve violação ao princípio da igualdade, pois o sistema jurídico-
constitucional brasileiro concede aos administradores públicos poder discricionário 
para definir, por via editalícia, independentemente da lei, os limites etários para a 
participação em concursos. 
Gabarito: B 
FCC - DP PR/DPE PR/2012 
A Constituição Federal de 1988 trata da segurança como direito fundamental (art. 5o, 
caput e art. 6o, caput) e da segurança pública como dever do Estado (art. 144), que 
deve garantir a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio. Específica órgãos responsáveis atribuindo-lhes competências próprias e 
vinculação diferenciada aos entes componentes da federação. Nesse arranjo 
a) as altas taxas de criminalidade apontam para a necessidade do uso intensivo e 
extensivo das forças militares como instrumento governamental privilegiado de 
intervenção no meio urbano. Dessa forma, constitucionais as políticas públicas 
municipais de uso de policiais militares para fiscalização do comércio ambulante 
informal. 
b) não há competências estanques e isoladas não havendo impedimento 
constitucional para que todos os entes da federação trabalhem no sentido de garantir 
a segurança das pessoas estabelecendo políticas de segurança pública numa 
sociedade em que a violência e a insegurança são avassaladoras. 
c) as competências são meramente indicativas nada impedindo que outras sejam 
acrescidas por legislação infraconstitucional. Assim, não há que se falar em 
inconstitucionalidade de guarda municipal que tenha por atribuição garantir a 
incolumidade dos munícipes. 
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d) compete às polícias militares a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, 
às polícias civis, as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais e às 
guardas municipais a proteção dos bens, serviços e instalações dos municípios. 
e) a atribuição de atividades de policiamento ostensivo e de preservação da ordem 
pública às Forças Armadas, com a possibilidade de revistar pessoas, veículos, 
embarcações e detenção de indivíduos suspeitos em áreas de fronteira não podem 
ser consideradas inconstitucionais diante do efetivo absolutamente insuficiente da 
polícia federal. 
Gabarito: D 
 
Cara aluna e caro aluno, finalizando o material, espero que tenha compreendido, é 
importante que você reveja este material, pois te auxiliará a fixar o conteúdo. Lembre-
se que, acreditar que é possível já é um grande motivo para não desistir, os sonhos 
são grandes demais para serem deixados de lado na primeira dificuldade. Por isso, se 
mantenha firme e persista no que irá te fazer feliz quando realizado! É preciso esforço 
e foco, não desista, pois chegaremos em sua aprovação. 
Até mais! 
 
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Prisão ........................................................................................................................................................................... 8 
A Prisão de Forma Administrativa .......................................................................................................................... 9 
A Prisão de Forma Civil ........................................................................................................................................... 9 
A Prisão de Forma Penal ....................................................................................................................................... 10 
Do Contraditório e da Ampla Defesa ........................................................................................................................ 10 
As Penas .................................................................................................................................................................... 12 
Alguns Direitos dos Presos ........................................................................................................................................ 14 
 
 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos 
Hoje daremos sequência no Art. 5º, observaremos a parte criminal do artigo, o qual 
dispõe que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
O Júri 
XXXVIII- é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
• O júri é uma instituição reconhecida pela Constituição Federal, entretanto é 
uma instituição organizada e tratada na Lei de Código de processo penal. Será 
no código de Processo Penal que será esmiuçado o que é o júri, sua composição 
e entre outras atribuições. 
 
• Referido na alínea a) o princípio do contraditório da ampla defesa, é um 
princípio aplicado em todos os processos, ou seja, administrativo e judicial. No 
júri será entregue a plenitude de defesa, alguns doutrinadores compreendem 
que é aquilo que está a mais da amplitude. 
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ATENÇÃO! Para fins de sua prova, lembre-se que nos processos administrativos e 
judiciais aplica-se a ampla defesa, já no júri será a plena defesa. 
 
• A alínea b) traz o sigilo das votações, refere-se ao sigilo da votação e não da 
sessão, pois a sessão do júri é aberta. Qualquer indivíduo pode assistir, pois a 
audiência é aberta, mas no momento das votações há uma clausura. Geralmente 
os juízes deixam apenas os universitários, levam os jurados para outra sala de 
clausura ou simplesmente é esvaziado o salão da audiência na votação dos 
quesitos. 
 
 
UMA DICA, não leve de exemplo para a sua prova o júri americano, onde há uma 
prova contundente que ninguém sabe, sendo apresentado na hora, pegando todos 
de surpresa, isto não existe no júri brasileiro. 
 
• A respeito da alínea c), lembre se que o juiz não é um juiz togado no júri, há 
um juiz togado chamado de Juiz Presidente do Tribunal do Júri o qual está ali 
somente para fins administrativos. Os juízes de verdade são os 7 jurados, o 
promotor refere-se aos 7 jurados e deve ocorrer respeito para que haja a 
soberania do que é decidido, prevendo a Constituição, desta maneira, a 
soberania dos veredictos. 
 
• Referido na alínea d) Somente irá a júri quem for acusado de cometer ou tentar 
cometer um crime doloso contra a vida. 
 
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Todos que cometem crime, vão a júri? Não, o crime doloso irá para júri e o crime 
culposo não irá para júri, (o crime com a intenção de matar). 
 
 
OBSERVE QUE, a competência do júri é relativa, ou seja, não é absoluta, dada que 
existe a previsão de julgamento de crimes dolosos contra a vida de certas autoridades, 
por outros tribunais, que não sejam o júri. 
 
• A competência do júri prevalece sobre o privilégio de foro, previsto apenas em 
Constituição Estadual. 
Exemplo: A questão que envolve o vice-governador (seu julgamento), 
digamos que o governador do Estado e o vice Governador do Estado 
cometem um crime doloso contra a vida, um homicídio. A respeito do 
governador do Estado a Constituição Federal de 88, compreende que por 
este crime ele será julgado pelo STJ. Já o vice-governador envolvido no 
crime de homicídio, a Constituição Estadual compreende que será julgado 
pelo TJ do Estado. O foro por prerrogativa de função do vice governador 
está na constituição. 
 
• Presente

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