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Receptores Sensoriais

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Receptores Sensoriais 
Os receptores sensoriais são 
classificados em cinco grupos de acordo com os 
estímulos que detectam. 
Os mecanorreceptores detectam 
compressão mecânica e estiramento; os 
termorreceptores detectam alterações normais 
da temperatura (frio e calor). 
Os nociceptores (receptores da dor) são 
receptores polimodais, ou seja, detectam vários 
estímulos, mas estes devem ser extremos 
(devem causar lesão tecidual), como 
compressão mecânica intensa, extremos de 
temperatura (frio congelante e calor queimante), 
extremos químicos (pH extremo), entre outros. 
Os receptores eletromagnéticos 
detectam as ondas de luz que atingem a retina. 
Os quimiorreceptores detectam 
diversos fatores químicos do corpo, como gosto, 
cheiro, nível de oxigênio e dióxido de carbono 
sanguíneo e osmolalidade. 
Sensibilidade Diferencial 
O conceito de sensibilidade diferencial 
diz que cada tipo de receptor é sensível apenas 
ao estímulo que é especializado, sendo então 
insensível a outros estímulos. Por exemplo, os 
receptores para dor na pele não se ativam ao 
colocarmos uma camiseta, mas são ativados 
quando batemos o dedo, isso porque os 
estímulos táteis foram altos o suficiente para 
ativarem os nociceptores. 
Porém, depois que o estímulo é 
reconhecido ele é transformado em potencial de 
ação e, então, deve ser diferenciado dos demais 
novamente. Isso só é possível porque o sistema 
nervoso central (mais especificamente o 
encéfalo) possui áreas específicas para cada 
estímulo e para cada potencial de ação. 
Transdução dos Estímulos 
Quando algum estímulo excita o receptor 
sensorial, ele altera o potencial elétrico da 
membrana receptor, formando o potencial 
receptor. 
Cada receptor pode ser excitado de 
diferentes formas: deformação mecânica 
distende a membrana, abrindo canais iônicos; 
substâncias químicas na membrana abrem 
canais; a alteração da temperatura altera a 
permeabilidade da membrana; a radiação 
eletromagnética altera as características da 
membrana, dentre outras formas. Em todos os 
casos íons irão se difundir pela membrana, 
alterando assim o potencial de repouso. 
Quando o potencial receptor se eleva 
acima do limiar, ocorrem os potenciais de ação 
nas fibras nervosas conectadas ao receptor. Vale 
ressaltar que quanto mais o potencial receptor se 
eleva, maior fica a frequência dos potenciais de 
ação na fibra nervosa. 
Potencial receptor e potenciais de ação 
Corpúsculo de Pacini 
Os corpúsculos de Pacini situam-se 
abaixo da pele e profundamente nos tecidos da 
pele. Eles são estimulados pela compressão 
local rápida dos tecidos, se adaptando 
rapidamente ao estímulo. Eles são importantes 
para a detecção da vibração tecidual e de 
alterações rápidas do estado mecânico do tecido. 
Representação do Corpúsculo de Pacini 
O corpúsculo de Pacini contém uma 
fibra nervosa que se estende por toda sua região 
central e, circundando-a, existem várias 
camadas capsulares concêntricas, de modo 
que qualquer pressão exercida em qualquer 
região externa ao corpúsculo vai deformar a 
fibra central. 
A terminação da fibra central na cápsula 
é amielínica, porém a fibra fica mielinizada 
antes de deixar o corpúsculo. 
Excitação da fibra nervosa sensorial do 
corpúsculo de Pacini 
Em azul destaca-se a mielinização da fibra nervosa 
Na imagem anterior podemos perceber 
que, quando a fibra se deforma pela compressão 
do corpúsculo, canais iônicos se abrem, 
permitindo a entrada de sódio, aumentando a 
positividade da membrana e produzindo o 
“potencial receptor”. Quando esse potencial 
atinge o primeiro nodo de Ranvier, a fibra se 
despolariza, disparando o potencial de ação. 
A frequência dos potenciais de ação das 
fibras nervosas eleva quase proporcionalmente 
ao aumento do potencial receptor. Porém, 
quanto mais intenso vai ficando o potencial 
receptor, menos a frequência do potencial de 
ação vai aumentando. 
Relação entre amplitude do potencial receptor e 
a força do estímulo mecânico 
Adaptação dos Receptores 
Os receptores sensoriais são capazes de 
se adaptar parcial ou completamente a qualquer 
estímulo constante depois de um certo período. 
O corpúsculo de Pacini, por exemplo, 
se adapta muito rapidamente aos estímulos. Já 
alguns receptores podem demorar horas ou dias 
para se adaptar, sendo então chamados de 
receptores que não se adaptam. Os 
quimiorreceptores e os receptores para dor 
nunca se adaptam por completo. 
O corpúsculo de Pacini se adapta 
rapidamente porque ele apresenta uma 
estrutura viscoelástica. Portanto, quando uma 
força de compressão é aplica em um lado do 
corpúsculo, rapidamente ela é transmitida pelo 
componente viscoso para o mesmo lado da fibra 
nervosa central. Porém, em poucos centésimos 
de segundo, o líquido do corpúsculo se 
redistribui e o potencial receptor não é mais 
provocado. Depois, quando a compressão for 
retirada do corpúsculo, o líquido vai se 
redistribuir novamente e um novo potencial vai 
ser gerado. 
Seu segundo mecanismo de adaptação 
(mais lento) é chamado de acomodação. Ele 
ocorre porque a fibra nervosa gradualmente 
passa a ser “acomodada” ao estímulo, resultando 
na inativação progressiva dos canais de sódio. 
Receptores Tônicos 
Os receptores tônicos (de adaptação 
lenta) são aqueles que enquanto estiverem 
recebendo estímulos sempre estarão 
transmitindo impulsos para o sistema nervoso 
central. Desse modo, são extremamente 
importantes para a proteção do organismo, visto 
que mantêm o SNC sempre informado sobre 
alterações do corpo. 
 Por exemplo, os fusos musculares e os 
aparelhos tendinosos de Golgi estão sempre 
enviando informações sobre a contração 
muscular e sobre as cargas nos tendões. Os 
receptores da dor também estão nesse grupo. 
Receptores Fásicos 
Os receptores fásicos (de adaptação 
rápida) são aqueles que são estimulados apenas 
quando a força do estímulo se altera, ou seja, 
basicamente no momento que o estímulo foi 
aplicado e no momento que foi retirado. 
Por exemplo, os corpúsculos de Pacini 
são constituídos de uma fibra nervosa, camadas 
concêntricas de cápsula e de um líquido viscoso. 
Ao sofrerem algum estímulo mecânico, o 
líquido viscoso vai se distribuir 
homogeneamente pelo axônio, anulando a 
pressão e anulando o estímulo. Com isso, o 
potencial de ação não será gerado e o receptor 
foi, então, adaptado. Mas quando o estímulo for 
retirado, o líquido vai voltar ao seu estado 
natural, gerando um novo potencial de ação. 
Portanto, concluímos que o corpúsculo 
de Pacini gerou um potencial de ação inicial (no 
início do estímulo) e um potencial de ação final 
(após o fim do estímulo). 
Receptores Táteis 
Existem pelo menos seis tipos diferentes 
de receptores táteis que serão citados a seguir. 
O primeiro são as terminações nervosas 
livres, que são encontradas em toda a pele e em 
outros tecidos, detectando tato e pressão. 
O segundo são os corpúsculos de 
Meissner, que são terminações de fibra nervosa 
sensorial mielinizada grossa, alongada e 
encapsulada localizados na pele glabra, na ponta 
dos dedos e nos lábios. Dentro da cápsula 
encontram-se muitos filamentos neurais 
ramificados. Eles se adaptam depois de serem 
estimulados, sendo sensíveis ao movimento de 
objetos na superfície da pele. 
O terceiro são os discos de Merkel, que 
são receptores táteis com terminação expandida, 
localizados na pele com pelos e na onde estão os 
corpúsculos de Meissner. Eles transmitem um 
sinal inicialmente forte, mas que se adapta 
parcialmente e, em seguida, sinal mais fraco e 
contínuo que se adapta lentamente. Portanto, 
eles detectam o toque contínuo dos objetos. Eles 
são agrupados no órgão receptor chamado 
receptor em cúpula de Iggo, um receptor 
extremamente sensível composto de fibra 
nervosa mielinizada e grossa. 
O quarto são os órgãos terminais do 
pelo localizados na base do pelo. Eles se 
adaptam rapidamente,detectando o movimento 
de objetos na superfície do corpo e o contato 
inicial do objeto com o corpo. 
O quinto são as terminações de Ruffini, 
que são terminações encapsuladas 
multirramificadas localizadas nas camadas mais 
profundas da pele e nos tecidos internos mais 
profundos. Elas se adaptam muito lentamente, 
sendo importantes para a sinalização dos estados 
contínuos de deformações dos tecidos, como os 
sinais de tato e pressão intensos. Eles também 
são encontrados nas cápsulas articulares. 
O sexto tipo são os corpúsculos de 
Pacini, os quais já foram citados anteriormente. 
Vias Sensoriais Ascendentes 
Quase todas as informações sensoriais 
dos segmentos somáticos do corpo entram na 
medula espinal. Da medula até o encéfalo, os 
sinais sensoriais são conduzidos por uma de 
duas vias sensoriais alternativas: o sistema da 
coluna dorsal-lemnisco medial ou o sistema 
anterolateral. 
A via da coluna dorsal-lemnisco 
medial possui um ramo medial e outro lateral na 
medula espinal. O ramo medial prossegue da 
coluna dorsal da medula até o encéfalo 
normalmente. Já o ramo lateral entra no 
corno dorsal da medula e se divide em vários 
neurônios, que fazem sinapse com os cornos 
intermediários e ventral da medula. As fibras 
nervosas que chegam na via da coluna dorsal-
lemnisco medial seguem até o bulbo, onde 
fazem sinapse e se decussam para o outro lado 
do tronco encefálico e chegam, pelos lemniscos 
mediais, até o tálamo. Do tálamo, as fibras vão 
seguir até o córtex somatossensorial. Os 
lemniscos mediais fazem com que informações 
que cheguem do lado esquerdo do corpo sejam 
representadas no lado direito do tálamo e vice-
versa. A principal função dessa via é enviar 
informações rapidamente e de maneira 
precisa, portanto, possuem fibras calibrosas e 
mielinizadas. Desse modo, as principais 
sensações que transmitem são sensações táteis 
que requerem alto grau de localização e 
intensidade, sensações de pressão precisas e 
sensações de posição das articulações. 
A via anterolateral transmite 
informações que não requerem alta precisão 
na localização e intensidade, como dor, cócegas, 
coceira, calor, frio, tato “grosseiro” e sensações 
sexuais, portanto, possuem fibras mais finas 
(mas ainda mielinizadas). Anatomicamente, 
suas fibras têm início no corno dorsal da 
medula espinal e, diferente da via anterior, já se 
decussam na própria medula para as colunas 
anteriores e laterais da medula, ou seja, 
anterolateral. Após a decussação, as fibras 
seguem em direção ao tálamo, mas podem parar 
antes nos núcleos reticulares do tronco cerebral 
(como ocorre na maioria dos sinais de dor). Do 
tálamo os sinais vão ao córtex somatossensorial. 
 
 
 
Córtex Somatossensorial 
Os sinais sensoriais de todas as 
modalidades sensoriais terminam no córtex 
somatossensorial, localizado posterior ao sulco 
central. Ele pode ser dividido em duas áreas 
sensoriais distintas: área somatossensorial I e 
área somatossensorial II. A área I é tão mais 
extensa e tão mais importante que a II, pois 
apresenta alto grau de localização das diferentes 
partes do corpo. 
Áreas somatossensoriais I e II do córtex 
Algumas áreas do corpo são 
representadas por grandes áreas no córtex, como 
a área dos lábios, face e do polegar. Isso quer 
dizer que a dimensão dessas áreas são 
diretamente proporcionais ao número de 
receptores sensoriais localizados em cada área 
periférica do corpo. 
Representação das diferentes áreas do corpo na 
área somatossensorial I do córtex 
a

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