Buscar

U1S1_Didatica_aplicada_em_enfermagem_Histórico_da_profissão_e_ensino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@amigasenfermeiras 
 
 
 
 
 
Nessa época, a prática do cuidado era tarefa tipicamente feminina, e emergia naturalmente 
como extensão dos cuidados que as mães prestavam aos recém-nascidos. 
Com a evolução dos constructos sociais, surgiu a religião e a ligação do Homem com o 
desconhecido. Nesse momento, emergiu também o sacerdote como responsável pela saúde do 
agrupamento tribal, e em suas várias definições. 
Os primeiros rituais religiosos registrados pela história eram reflexo não da comunhão com 
o divino ou da comunicação com os deuses, mas sim a expressão manifesta do cuidado com os 
doentes e feridos. 
Essa ligação intrínseca entre o cuidado 
de saúde e a religião persistiu durante toda 
a Idade Antiga (de cerca de 5000 anos a.C. 
até a queda de Roma, em 476 d.C.), com o 
papel bem definido de responsabilidade pelo 
tratamento por parte dos sacerdotes e o 
cuidado por parte dos familiares, na vasta 
maioria dos casos, por conta das mulheres 
(Cristianismo). 
Com a dissolução do Império 
Romano, surge a enfermagem como prática 
leiga praticada tanto pelos monges nos 
mosteiros como pelas freiras nos 
conventos. Os valores da abnegação, da 
humildade, da paciência, da obediência e do 
exercício do cuidado como parte de uma 
vocação sacerdotal são o legado para a 
profissão de enfermeiro. 
No período Medieval viu, também, o 
recrudescimento da perseguição de gênero, 
pois as mulheres que buscavam a 
independência profissional no trato da 
saúde por meio da natureza — sem se 
submeter ao julgamento e às ordens 
masculinas — eram, no mais das vezes, 
acusadas de bruxaria e condenadas à prisão, 
ao exílio ou mesmo à morte na fogueira. 
No renascimento as práticas de saúde 
e os estudos de anatomia e fisiologia foram 
retomados nessa época. Contudo, as 
práticas de cuidados com os doentes 
permaneceram limitadas aos mosteiros e 
aos conventos: as versões religiosas do que 
viriam a ser os hospitais. 
Reforma Religiosa Protestante: Nesse 
período de perseguições religiosas, os 
cuidados aos pacientes nos hospitais 
religiosos foram ainda mais negligenciados, 
e a situação dos pacientes era de total 
penúria: ausência total de higiene; acúmulo 
em um mesmo ambiente de homens, 
mulheres e crianças, com afecções díspares, 
infecções e doenças dos mais variados tipos; 
e déficit de cuidadores. Os hospitais 
Histórico da profissão e ensino 
de Enfermagem no mundo 
@amigasenfermeiras 
religiosos passaram a ser vistos como 
ambientes indignos para mulheres de boa 
família e, em muitos casos, as instituições 
recorriam a prostitutas para que elas 
realizassem os cuidados, que não eram 
prestados com a devida adequação. 
Essa situação foi se modificando, mas 
apenas lentamente, persistindo um quadro 
desfavorável ao cuidado do paciente até 
o Iluminismo, que passou a elevar o estudo 
científico e filosófico a partir do fim do 
século XVII. Os estudos de saúde levaram 
ao começo de importantes descobertas, e o 
cuidado com os pacientes migrou dos 
conventos e mosteiros para residências 
privadas, instituídas com o objetivo 
exclusivo de fornecer um ambiente 
adequado à recuperação. 
1854- a enfermagem passou a ser 
considerada uma profissão após 
Florence Nightingale, pois foi ela quem 
definiu, pela primeira vez, quais era os 
conhecimentos mínimos que precisavam ser 
adquiridos para ser enfermeiro. Florence 
participou da Guerra da Crimeia (1854-
1855), junto a outras 38 mulheres, 
organizou um hospital de 4.000 soldados 
internos, reduzindo a mortalidade local de 
40% para 2%, com medidas relacionadas a 
questões solidarias, organização, limpeza, 
etc. 
No retorno da guerra, o governo deu 
uma recompensa pelo seus esforços, 
Florence pego essa recompensa e criou o 
Fundo Nightingale, estabeleceu a Escola de 
Enfermagem do Hospital st. Thomas, em 
Londres, em 16 de maio de 1865. Foi a 
primeira escola de enfermagem. Ela passou 
a ensinar o que aprendeu no campo de 
batalha e deu continuidade as suas 
pesquisas de enfermagem
. 
 
Histórico da profissão e ensino de Enfermagem no Brasil 
 Colônia e Império 
 
 No Brasil, a história da enfermagem e do ensino de Enfermagem são tardios, contudo, a 
história da saúde no país tem início bem antes, com a criação da primeira Casa de Misericórdia, 
em 1543, em Santos, litoral do estado de São Paulo, aos moldes das instituições portuguesas. 
Um personagem importante nesse 
cenário de saúde com participação religiosa 
em nosso período colonial foi o Frei Fabiano 
de Cristo, que durante quase 40 anos 
acumulou às suas funções religiosas o posto 
de enfermeiro no Convento Santo Antônio, 
no Rio de Janeiro, de 1708 a 1747, ano de 
sua morte. 
Outra medida de cuidado desse 
período foi a instalação da Roda dos 
Expostos — um mecanismo de madeira em 
que crianças enjeitadas eram depositadas 
— na Casa de Misericórdia do Rio de 
Janeiro. A medida, de autoria de Romão de 
Mattos Duarte, permitiu o início do 
acolhimento de crianças, e a Casa de 
@amigasenfermeiras 
Misericórdia criou um setor específico para 
esses menores, que passou a se chamar 
Casa dos Expostos. 
Foi na Casa dos Expostos que passou 
a funcionar, em 1822, a primeira sala de 
parto do país. É importante observar que 
nesse período os hospitais e casas de 
misericórdia atendiam às populações 
carentes, pois os pacientes que tinham 
recursos financeiros eram tratados em casa. 
A sala de partos da Casa dos Expostos 
prestava auxílio e cuidados a parturientes 
em estado de penúria e que, de outra forma, 
não teriam apoio no momento do parto. 
No ano de 1832 foi criada a Faculdade 
de Medicina do Rio de Janeiro, e nela foi 
instituída a Escola de Parteiras, na qual no 
ano de 1833 formou-se Madame Durocher, 
a primeira parteira com educação formal da 
história de nosso país. 
Anna Nery, nascida em 13 de 
Dezembro de 1814, em Cachoeiras, Bahia, 
ficou viúva aos 29 ano, tinha três filhos e 
participou com dois dela na Guerra do 
Paraguai, e hoje em dia nos temos a Escola 
de Enfermagem Anna Nery que foi 
nomeada como homenagem. A Escola de 
Enfermagem Anna Nery foi fundada por 
iniciativa do médico, pesquisador e 
sanitarista Carlos Chagas, com apoio da 
fundação Rockefeller, que em 1921 havia 
enviado ao brasil uma missão técnica de 
enfermeiras, chefiada por Ethel O.Parson. 
 
Histórico da profissão e ensino de Enfermagem no Brasil 
 República 
A primeira escola de enfermagem do país foi instituída pelo Decreto Federal n. 791, datado 
de 27 de setembro de 1890. A escola foi implantada no Hospital Nacional de Alienados, no Rio 
de Janeiro. Em funcionamento até os dias de hoje, leva o nome de Escola de Enfermagem Alfredo 
Pinto. O Hospital Nacional de Alienados e a Escola de Enfermagem funcionavam no modelo 
francês de atendimento e, para os serviços de assistência e cuidado, foram contratadas 
enfermeiras francesas, que permaneceram na instituição até 1894. 
Na virada do século XX, ainda no início 
de nosso período republicano, vimos 
emergir o movimento sanitarista, 
encabeçado por Oswaldo Cruz. Apontado 
como Diretor-Geral da Saúde Pública, em 
1903, no governo de Rodrigues Alves, 
Oswaldo Cruz implementou algumas das 
mais radicais políticas públicas de saúde da 
história do país, com uma campanha de 
erradicação dos mosquitos causadores de 
febre amarela e campanhas ostensivas de 
vacinação. Embora essas ações tenham sido 
criticadas pelo público e pela imprensa, 
foram medidas fundamentais para 
estabelecer padrões esperados de higiene e 
saúde para o século que se iniciava. 
Em 1908, o próprio Oswaldo Cruz 
organizou no Brasil o braço nacional da Cruz 
Vermelha, que nos anos seguintes 
trabalharia pela melhoria das condições de 
saúde em todo o país, com vistas à 
sanitização e à prevenção de doenças. Os 
@amigasenfermeirasmédicos e enfermeiros que atuaram na Cruz 
Vermelha nesse primeiro momento foram 
fundamentais para impor um padrão de 
cuidado e higiene às profissões que 
serviriam de base para a profissionalização 
da saúde, nesse momento, em seu 
nascedouro. 
Em 31 de dezembro de 1923 era 
criada a Escola de Enfermagem Anna Nery, 
por ordem do decreto de número 16.300 
(BRASIL, 1923). Naquele momento inicial, 
levava o nome de Escola de Enfermagem do 
Departamento Nacional de Saúde. O nome 
definitivo foi adotado a partir de 1926, em 
homenagem à célebre enfermeira, por 
ordem do decreto de número 17.268, 
datado de 31 de março de 1926 (BRASIL, 
1926). A escola implantou a carreira de 
enfermagem no “modelo Nightingale”, 
permitindo que esse modelo fosse 
adotado em todo o Brasil. A Escola de 
Enfermagem Anna Nery foi fundada por 
iniciativa do médico, pesquisador e 
sanitarista Carlos Chagas, com apoio da 
Fundação Rockefeller, que em 1921 havia 
enviado ao Brasil uma missão técnica de 
enfermeiras, chefiada por Ethel O. Parson. 
O objetivo era trazer ao nosso país as 
técnicas de enfermagem já em uso nos 
Estados Unidos e na Europa, 
profissionalizando as ações das cuidadoras 
e dos cuidadores e, assim, propiciando 
melhores resultados. 
Também no ano de 1926 foi criada a 
Associação Brasileira de Enfermagem 
(ABEn) que, ao longo dos anos seguintes, 
se consolidou na liderança de esforços de 
ensino de Enfermagem no Brasil, 
padronizando o currículo e aumentando 
gradativamente as demandas por 
especialização por parte dos corpos 
docentes das instituições de ensino que 
foram surgindo no país ao longo do tempo. 
Em 1931 ficou estabelecido que esta 
escola deveria servir de PADRÃO para os 
demais curso de enfermagem no Brasil 
 
 Em 1930 tivemos a criação do MEC. 
Consciência da necessidade de melhorias. 
Expansão das escolas de enfermagem. Até 
1956haviam apenas 33 escola de 
enfermagem no Brasil. 
Destacam-se historicamente: 1939 
Escola Paulista de Enfermagem (UNIFESP) 
1944 Escola de Enfermagem (USP) 
 Importante! 
Todas as universidade devem obedecer as normas educacionais de acordo com o 
estabelecimento pelo CIE (Comitê Internacional das Enfermeiras). Temos entidades de Classes- 
ABEN Diretrizes Curriculares Nacionais 
Padrão: duração de 2anos e 4 
meses. Dividido por fases, última fase: 
enfermagem clínica e enfermagem em 
saúde pública. Exigência de diploma 
de escola normal, se não tivesse, teria 
que provar capacitação para o curso. 4 
primeiro meses era teóricos, depois 
deveria prestar 8 horas de serviço 
obrigatórios na instituição, direito a 
residência, pequena remuneração 
mensal e duas meias folgas por 
semana . 
 
c 
@amigasenfermeiras

Continue navegando