Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
II-CIRCUITOS DE CORRENTE CC CIRCUITOS SÉRIE Um circuito série permite somente um percurso para a passagem da corrente. Nesse caso, a corrente I é a mesma em todas as partes do circuito. Para o circuito série, a resistência total ou equivalente, RT ,é a soma de todas as resistências individuais do circuito. 321 RRRRT (1) RT =Resistência total, R1 , R2 , R3 =Resistências em série, Ex.) Um circuito série é formado por resistores de 50 , 75 e 100 . Determine a resistência total do circuito. A tensão total num circuito série é igual a soma das quedas de tensão em cada resistência do circuito. 321 VVVVT (2) VT =Tensão total, V V1 =Queda de tensão em R1 , V V2 =Queda de tensão em R2 , V V3 =Queda de tensão em R3 , V V1 = I R1 V2 = I R2 V3 = I R3 onde Para um circuito série com n resistências, temos: nT RRRRR 321 (3) nT VVVVV 321 (4) Ex.) Num circuito série obtemos 6 V nos terminais de R1 , 30 V nos terminais de R2 e 54 V nos terminais de R3 . Qual é a tensão total do circuito ? Ex.) Uma bateria de 95 V está conectada em série com 3 resistores: 20 , 50 e 100 . Calcule a tensão em cada resistor. POLARIDADE DAS QUEDAS DE TENSÃO Quando há uma queda de tensão em uma resistência, uma extremidade deve ser mais positiva ou mais negativa do que a outra. A polaridade da queda de tensão é determinada pelo sentido convencional da corrente, ou seja, de um potencial positivo para um mais negativo. Ex.) No exemplo anterior, aterre o terminal negativo da bateria de 95 V. Marque as polaridades das quedas de tensão no circuito e determine os valores da tensão nos pontos A, B, C e D com relação ao terra (GND). CONDUTORES Um condutor é um material que possui muitos elétrons livres. O alumínio, o cobre e a prata são exemplos de bons condutores. Os condutores possuem uma resistência muito baixa e sua função é conectar a fonte de tensão a uma resistência de carga, com mínima queda de tensão. A tabela 4.1 relaciona as dimensões padronizadas dos fios de acordo com o padrão americano de bitolas de fios (AWG-American Wire Gauge). No Brasil utiliza-se mm2 como forma de especificar a bitola de fios. RESISTIVIDADE Para qualquer condutor dado, a sua resistência depende da resistividade do material , do comprimento do fio l, e da área da seção reta A. A l R (5) R=Resistência do condutor, l= comprimento do fio, m A=área da seção reta do fio, CM (circular mils) =Resistividade, CM /m COEFICIENTE DE TEMPERATURA A variação da resistência de um condutor com a temperatura é dada pela seguinte relação linear: TRR 10 (6) R=Resistência à temperatura mais alta, R0 = Resistência à temperatura de 20C, =Coeficiente de temperatura, /C T= Acréscimo de temperatura acima de 20C, C POTÊNCIA NO CIRCUITO SÉRIE A potência total no circuito série é dada por : (7) TT VIP PT =Potência total, W I=Corrente, A VT =Tensão total, V A potência total produzida pela fonte também pode ser expressa pela soma das potências dissipadas em cada resistência individual do circuito. nT PPPPP 321 (8) P1 , P2 , P3 , Pn =Potências nos resistores, W Ex.) No circuito ilustrado, calcule a potência total dissipada nos resistores. CIRCUITOS EM PARALELO Um circuito paralelo é aquele no qual dois ou mais componentes estão conectados à mesma fonte de tensão. (9) Cada percurso paralelo é então uma ramo com a sua própria corrente. A corrente total IT é a soma das correntes em todos os ramos. (10) (11) Ex.) Um circuito paralelo é constituído por uma cafeteira elétrica, uma torradeira e uma panela de fritura conectados às tomadas de 120 V de uma cozinha. Que corrente fluirá em cada ramo do circuito e qual é a corrente total consumida por todos os eletrodomésticos mencionados ? RESISTÊNCIAS EM PARALELO A resistência total num circuito paralelo pode ser determinada pela Lei de Ohm. (11) RT =Resistência total, . V= Tensão da fonte, V. IT =Corrente total, A. A resistência total no circuito paralelo também pode ser obtida da seguinte equação: (12) R1 ,R2 ,R3 ,Rn =Resistências nos ramos, . Para N resistores iguais em paralelo, tem-se: Para n=2, temos: (13) (14) Ex.) Calcule a resistência total do circuito abaixo. CIRCUITO ABERTO Um ponto “aberto” em qualquer parte de um circuito é uma resistência extremamente alta que implica em ausência de fluxo de corrente através do circuito. CURTO-CIRCUITO Um “curto” em qualquer parte de um circuito é uma resistência extremamente baixa que resulta em fluxo de corrente muito alto através do curto-circuito. CONDUTÂNCIA EM PARALELO A condutância G é o oposto da resistência R. A unidade de condutância no SI é o siemens (S). (15) Aplicando o conceito de condutância na eq. (12), temos: (16) G =Condutância total, S. G1 ,G2 ,G3 ,Gn =Condutâncias nos ramos em paralelo, S. Ex.) Calcule a condutância e a resistência total do circuito abaixo. POTÊNCIA EM CIRCUITOS PARALELO Nos circuitos paralelo, o cálculo da potência total é idêntico ao procedimento aplicado nos circuitos série, dado pelas eqs. (7) e (8). P =Potência total, W. P1 ,P2 ,P3 ,Pn =Potências nos ramos, W. Ex.) Calcule a potência total e a potência em cada ramo do circuito abaixo. SOLUÇÃO ALTERNATIVA LEI DE KIRCHHOFF PARA A TENSÃO (LKT) A Lei de Kirchhoff para a tensão, ou lei das malhas, afirma que a tensão aplicada a um circuito fechado é igual a soma das quedas de tensão nesse circuito. (17) onde VA é a tensão aplicada e V1 ,V2 ,V3 são quedas de tensão. Da eq.(17), temos: (18) ou (19) Baseado na eq.(19), a LKT pode ser enunciada da seguinte forma: a soma algébrica das tensões ao longo de um circuito fechado deve ser igual a zero. Na eq.(19), atribuímos um sinal positivo para uma elevação de tensão e um sinal negativo para uma queda de tensão. Ex.) Aplique a LKT no circuito abaixo. Ex.) Determine a tensão VB no circuito abaixo. LEI DE KIRCHHOFF PARA A CORRENTE (LKC) A Lei de Kirchhoff para a corrente, ou lei dos nós, afirma que a soma das correntes que entram numa junção é igual a soma das correntes que saem da junção. (20) Considerando as correntes que entram na junção como positivas e as que saem como negativas, temos: Da eq.(20), temos: (21) (22) Da eq.(22), a LKC pode ser enunciada da seguinte forma: a soma algébrica de todas as correntes que se encontram numa junção comum é zero. Ex.) Calcule as correntes desconhecidas nos circuitos abaixo. O MÉTODO DA CORRENTE DE MALHA O método da corrente de malha para análise de circuitos CC consiste nos seguintes passos: 1)Depois de definir as malhas, mostre os sentidos das correntes no sentido horário. Indique a polaridade da tensão em cada resistor conforme o sentido adotado para a corrente. O fluxo convencional da corrente num resistor produz uma polaridade positiva onde a corrente entra. 2) Aplique a LKT ao longo de cada malha. Malha 1: (23) Malha 2: (24) 3) Calcule I1 e I2 , resolvendo o sistema linear formado pelas equações (23) e (24). 4) De posse das correntes de malha, calcule todas as quedas de tensão nos resistores. 5) Verifique a solução encontrada percorrendo uma malha alternativa. Para a malha (abcdefa), temos: Ex.) Calcule as correntes de malha e todas as quedas de tensão no circuito abaixo. Passo 1: Definição das malhas, sentidos das correntes, e polaridades dos resistores. Passo 2: Aplicação da LKT nas malhas 1 e 2. Malha 1 (abcda): (25) Malha 2 (adefa): (26) Passo 3: Cálculo de I1 e I2 . X (5) X (3) Passo 4: Cálculo das quedas de tensão. Passo 5: Verificação da solução pela aplicação da LKT na malha (abcdefa). P) Calcule as correntes de malha e as quedas de tensão para o circuito abaixo. P) Obtenha o sistema linear para a determinação das correntes de malha no circuito abaixo. O MÉTODO DA TENSÃO NODAL O método da tensão nodal é baseado na aplicação da lei de Kirchhof para a corrente(LKC) aos nós principais de um circuito. Um nó é uma conexão comum a dois ou mais componentes. Um nó principal possui três ou mais conexões. No circuito mostrado a seguir, A, B, G e N são nós, sendo G e N os nós principais. O número de equações necessárias para solução do problema é igual ao número de nós principais menos 1. Aplicando a LKC no nó N, temos: Pela lei de Ohm, tem-se: Substituindo I1 , I2 e I3 na LKC obtemos uma equação para o cálculo de VN . A partir da determinação de VN , todas as correntes e quedas de tensão podem ser obtidas. Ex.) Use o método da tensão nodal para determinar as correntes e quedas de tensão no circuito abaixo. P) Calcule todas as correntes e tensões no circuito abaixo usando o método da tensão nodal. A REGRA DE CRAMER Sistema linear de 2 equações e 2 incógnitas. Passo 1: Determinante da matriz de coeficientes =0 Sistema sem solução Passo 2: Solução do sistema linear. Sistema linear com 3 equações e 3 incógnitas Passo 1: Determinante da matriz de coeficientes Passo 2: Solução do sistema linear Ex.) Determinar as correntes de malha para o circuito abaixo. Aplicando a LKT nas malhas 1 e 2, temos: (27) (28) Solução do sistema linear pela regra de Cramer Passo 1: Passo 2: Ex.) Determinar as correntes de malha para o circuito abaixo. Aplicando a LKT nas malhas 1, 2 e 3, temos: (29) (30) (31) Solução do sistema linear Passo 1: Passo 2: P) Determinar as correntes de malha para o circuito abaixo. P) Determinar as correntes de malha para o circuito abaixo. ANÁLISE DE REDES Redes em T ou Y Redes em ou Na simplificação da análise de rede, muitas vezes é interessante converter o tipo Y em ou em Y. Conversão em Y (32) (33) (34) Conversão Y em (35) (36) (37) Ex.) Converta a rede mostrada abaixo numa rede Y. Ex.) Converta a rede Y obtida no exemplo anterior numa rede . Ex.) Utilize a conversão de rede para determinar a resistência equivalente do circuito em ponte mostrado abaixo. Ex) Calcular a resistência equivalente RT e a tensão de saída V0 no circuito abaixo.. Teorema da superposição O teorema da superposição afirma que, numa rede com duas ou mais fontes, a corrente ou a tensão para qualquer componente é a soma algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte atuando independentemente. Quando se retira uma fonte de tensão, ela é substituída por um curto-circuito e quando se retira uma fonte de corrente, ela é substituída por um circuito aberto. Ex.) Calcule as correntes nos ramos I1 , I2 e I3 usando o teorema da superposição. 1) Calcule as correntes produzidas pela fonte V1. 2) Calcule as correntes produzidas pela fonte V2. 3) Some algebricamente as correntes individuais para obter as correntes produzidas pelas duas fontes. Ex.) Calcule a corrente no resistor de carga RL no circuito abaixo, pelo método da superposição. Teorema de Thévenin O teorema de Thévenin afirma que qualquer rede linear de fontes de tensão e resistências, se considerarmos dois pontos qualquer da rede, pode ser substituída por uma resistência equivalente Rth em série com uma fonte equivalente Vth. Rth é a resistência de Thévenin “vista” pelos terminais da rede com cada fonte de tensão substituída por um curto-circuito. Vth é a tensão Thévenin que apareceria através dos terminais a e b com as fontes de tensão inclusas e sem nenhuma carga conectada através de a e b. Ex.) Calcule o equivalente Thévenin nos terminais a e b do circuito abaixo. 1) Calcule Rth com a fonte em curto. 2) Calcule a tensão Vth entre os terminais a e b. Ex.) Acrescente um resistor de carga RL de 3,6 nos terminais a e b do circuito anterior e determine VL e IL. Ex.) Calcule a corrente de carga IL e a tensão de carga VL no circuito abaixo usando o Teorema de Thévenin. Teorema de Norton O teorema de Norton afirma que qualquer rede conectada aos terminais a e b pode ser substituída por uma única fonte de corrente IN em paralelo com uma única resistência RN. IN é igual à corrente de curto-circuito entre os terminais a e b. RN é a resistência entre os terminais a e b com a fonte de tensão substituída por um curto-circuito O circuito equivalente Thévenin corresponde ao circuito equivalente Norton com IN =Vth /Rth . Ex.) Transforme o circuito de Thévenin da figura abaixo no seu equivalente Norton. Mostre que os dois circuitos são equivalentes Thévenin Norton Circuito série-paralelo Num circuito série-paralelo, seguem-se as regras que se aplicam aos circuitos em série para a parte em série do circuito e seguem-se as regras que se aplicam aos circuitos em paralelo para a parte em paralelo do circuito. Ex.) Calcule a resistência total, a corrente total e as correntes nos ramos do circuito abaixo.
Compartilhar