Fotógrafos Consagrados e Modernos

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FOTÓGRAFOS CONSAGRADOS E MODERNOS
EDWARD WESTON (Fotógrafo Consagrado)
Nascido em Hightland Park, Illinois no dia 22/3/1886, e criado em Chicago, onde frequentou a Oakland Grammar School, ganhou de seu pai, em 1902, sua primeira câmera, uma Kodak Bull’s Eye #2, passando grande parte da adolescência fotografando pelos parques e ruas de Chicago, nos intervalos de seu trabalho como garoto de recados e vendedor. 
Em 1906 decidiu ir morar na Califórnia, onde trabalhou de porta em porta durante um período como retratista. Nos anos seguintes estudou fotografia na Illinois College of Photography, trabalhando no verão como impressor em um estúdio de fotografia. Passou por dificuldades e só conseguiu se tornar fotógrafo em período integral graças ao casamento com Flora May Chandler, que possuía riqueza suficiente para ajudar Weston a investir na fotografia. 
Seguindo como retratista, em 1911 abriu seu próprio estúdio, mantendo-o até 1922. Logo em seguida já ganhava vários prêmios de fotografia profissional, devido à sua técnica de foco suave e ao seu estilo pictural. 
Após visitar uma exposição de arte moderna na San Francisco World’s Fair, em 1915, começou a ficar insatisfeito com seu trabalho. Em 1922 viajou para Nova Iorque, onde conheceu Alfred Stieglitz, que no início do século XX inseriu na fotografia americana o conceito de fotografia documental e sem artifícios, Paul Strand, Georgia O’Keeffe e Charles Sheeler, fotógrafos da Straight Photography ("Fotografia Direta"), vanguarda moderna que surgiu nos Estados Unidos no começo do século XX, que viriam a influenciar a mudança na sua carreira. A estética da Straight Photography opunha-se ao tradicional pictorialismo, evitando manipulações e buscando a objetividade na imagem ao invés de remeter à pintura, explorando as especificidades do próprio meio fotográfico. Na época, Weston visitou a usina de aço ARMCO, em Ohio, e fez imagens despretensiosas que marcam a nova aproximação objetiva do fotógrafo para com a realidade. 
Em aproximadamente 1923, já separado de Chandler e com uma certa reputação como fotógrafo, foi morar no México, onde abriu um estúdio com a sua aprendiz e amante Tina Modotti. Muitos de seus mais conhecidos retratos de nus, paisagens e close-ups de formas da natureza foram feitos nesta época. Tornou-se amigo de artistas da Renascença Mexicana como Rivera, Siqueiros e Orozco, e todos o encorajaram a manter a direção estilística que tomava. 
Em 1924, abandonou a técnica do foco suave por completo e começou seu estudo das formas naturais. Quando retornou a Califórnia em definitivo, no ano de 1926, começou a trabalhar no que iria torná-lo realmente famoso: os close-ups de formas naturais, nus e paisagens. Em 1928, em parceria com seu filho Brett, abriu um estúdio em São Francisco. No ano seguinte mudou-se para Carmel, onde começou a fotografar na área da praia de Point Lobos. Em 1928, também, foi publicado The Art of Edward Weston, com cerca de 40 fotografias. Na mesma época começou sua série de nus e dunas feitas em Oceano, na Califórnia, que estão entre seus mais conhecidos ensaios.
Em 1932, Edward Weston, Anselm Adams e Imogen Cunningham, Willard Van Dyke e Sonya Noskowiak, formam o Grupo f/64, nomeado em referência ao número que identifica a menor abertura usada em lentes de câmeras para obter imagens com o máximo de clareza e definição. Tais qualidades eram consideradas essenciais entre os membros do grupo. Defensores da imagem direta, não manipulada, têm suas fotografias caracterizadas por grande realismo, profundidade de campo e composição rigorosa, valorizavam a perfeição da tiragem e o respeito absoluto pelas características dos materiais. 
Weston foi o primeiro fotógrafo a receber uma bolsa da Fundação Guggenheim para trabalho experimental, em 1936, o que lhe possibilitou fotografar detalhadamente o oeste e o sudoeste dos Estados Unidos da América. Em 1946, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque realizou uma grande retrospectiva de sua carreira, com 300 cópias de seu trabalho. 
Edward Weston ainda trabalhou até ao fim dos anos 40, mas a doença de Parkinson acabou por impedi-lo de prosseguir a carreira. Em 1948, tirou sua última fotografia no Parque Marinho de Point Lobos. Morreu em primeiro de janeiro de 1958 em sua casa em Carmel. Suas cinzas foram espalhadas na Plebby Beach, Point Lobos. Em 2004, a tradiconal Sotheby, de Nova Iorque, vendeu uma de suas fotografias por US$ 1,6 milhão.
Considerado um dos mais importantes fotógrafos americanos e um dos precursores da fotografia artística no século XX, com uma nova abordagem do olhar sobre o cotidiano e uma visão objetiva da realidade, Weston trouxe um novo sentido e vida para objetos triviais, servindo de inspiração para outros grandes fotógrafos que futuramente impulsionariam o estilo modernista.
· Principais fotos
O ponto de vista peculiar é uma qualidade central nas imagens de Weston, onde uma composição em fundo preto, sem referência de escala, proporciona uma monumentalização do objeto.
 Pimentão -1929 Pimentão - 1930
Um simples elemento como o pimentão mostra sua experiência ao retratar nus. Pelo enquadramento ele faz com que o pimentão tenha toda nossa atenção e com a composição da luz realça as curvas, nos remetendo ao corpo feminino. Sobre a série de Pimentões, Weston afirma: "É um clássico, completamente satisfatório - um pimentão - mas mais que um pimentão: abstrato, de forma que se distancia totalmente do tema...esse novo pimentão vai além do mundo que conhecemos na mente consciente."
Folha de repolho – 1931
Ao observarmos a fotografia 'folha de repolho' em um primeiro momento não identificamos o elemento como uma folha, o que vemos são curvas suaves, tênues, que lembram uma montanha.
 
Nu – 1925 Nu - 1937
Em seus nus artísticos ele brinca com a luz, delineando formas e dando volume a suas fotografias, que nos dão a sensação de que podemos tocá-las e sentir as texturas da pele, revelando os limites entre a abstração e figuração. Segundo o próprio fotografo, ele era estimulado a trabalhar com o corpo nu "por causa das infinitas combinações de linhas presentes em cada movimento".
JACQUELINE HOOFENDY (Fotógrafa Moderna)
Filha de pais artistas, Jacqueline Hoofendy cresceu envolta de todo tipo de informação visual, seu pai revelava os filmes em casa, e ganhou sua primeira câmera quando completou 13 anos. Tem como formação original o Ballet Clássico, estudou fotografia no Ateliê da Imagem (Urca – RJ), Ateliê Walter Firmo (Copacabana – RJ) e Ateliê Oriente (Glória – RJ). Quando percebe a necessidade de criar imagens de caráter performático, escolhe o autorretrato como forma de expressão para completar o seu elo com as Artes Cênicas e com o Ballet Clássico. A respeito dessa escolha, Jacqueline diz: “O processo se revelou no caminho e a escolha pelo gênero autorretrato não foi elaborada, apenas aconteceu. Somente quando já estava completamente imersa na produção, procurei analisar os caminhos que me levaram à fotografia performática, fine art e entendi que tudo isso foi consequência natural da minha formação de origem, que é a dança. Considero que ser uma autora performática tem uma relação muito íntima com o fato de ter passado grande parte da infância e adolescência lidando com a prática cênica.” 
Sua obra resulta em trabalhos de consistência, passando pelo subjetivo e imaginário. Ela realiza fotografias performáticas e produz todos os elementos que compõem suas imagens: cenários, figurinos, maquiagem... além de clicar, não admitindo a presença de qualquer pessoa durante os seus processos de criação.
Discípula de Walter Firmo, por quase 3 anos Jacqueline foi sua assistente. 
Sua carreira está distribuída da seguinte forma:
· Coordenou os Cursos Regulares (Cor, Preto e Branco, Curadoria, Ensaios) e lecionou nos cursos regulares “Fotografia Conceitual Imersão” e “Autorretrato Conceitual” e workshops, no Atêlie Walter Firmo.
· Coordenadora e assistentede Walter Firmo nos workshops “Maracatú Rural” (Pernambuco), “Bumba meu Boi” (Maranhão), “Criatividade na Cor” (Paraty), “Semana Santa” (Ouro Preto), “Ensaiando com a Cor” (Rio de Janeiro) 
· Coordenadora dos Cursos e Workshops de férias do Ateliê Walter Firmo com Luiz Garrido, Zeka Araújo, Nilo Biazzetto Neto, Marcos Bonisson e Ana Carolina Fernandes (2015/2016). 
· Em 2015 teve trabalhos exibidos no Foto em Pauta (Festival de Tiradentes).
· Exposição “Projeções de Chico” (2015/Coletivo) ; 
· Coordenadora e assistente do fotógrafo Zeka Araújo no workshop “Abstrato Concreto” e “Conversa do Olhar” (Rio de Janeiro). 
· Convidada para o projeto teatral “El Devenir del Viento Maestro” (Córdoba / Argentina) 2016. 
· Exposição “Suíte Autorretrato” (2016/Coletivo).
· Coordenou workshops no Paraty em Foco em 2016, com Eustáquio Neves, Luiz Garrido, Gal Oppido, Guy Veloso, Milton Montenegro, Milton Guran, Orlando Azevedo, Ana Carolina Fernandes, entre outros grandes nomes.
· Leciona autorretrato conceitual e fotografia conceitual em seu ateliê no Rio de Janeiro, em Brasília e em cursos da modalidade Ensino à Distância para todo o Brasil, propiciando em suas aulas exercícios que renderam prêmios relevantes aos seus alunos.
· Em 2017, permanece integrando a Equipe do Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco 2017 ocupando os cargos de Coordenadora dos Workshops e Master Classes e como Membro da Comissão da Convocatória do Festival em 2017. 
· Publicações: Mobgrafia e Revista Revestrés (dezembro 2016), Carcará Foto Art (Setembro 2017). 
· Convidada à mesa do Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco 2017, na palestra “Feiticeiro e Aprendiz”, com Walter Firmo. 
· Artista convidada para o Primeiro Congresso Internacional de Fotografia Artística (SP/JANEIRO 2017) com a palestra “Autorretrato e Potências Poéticas” promovido pela Escola Internacional de Fotografia Artística.
· Lançou recentemente o livro “Carvão”, sobre técnicas mistas para o autorretrato.
· Principais fotos
 
CONSIDERAÇÕES PESSOAIS
	Em meu ponto de vista, os fotógrafos aqui apresentados conseguem passar um sentimentalismo através de suas fotos, além de trazer uma certa nostalgia pelas suas cores ou a falta delas. O modo como realçam as curvas, as linhas, as formas e suas distorções e desfoques me atrai bastante. Por meio do estudo das séries de fotografias de Edward Weston fui inspirada a criar um ensaio fotográfico que deveria entregar para obtenção de nota na disciplina de Fotografia do curso de Artes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APRESENTANDO Jacqueline Hoofendy: Jacqueline Hoofendy. 2016. Disponível em: <https://mobgraphia.com/2016/11/06/apresentando-jacqueline-hoofendy/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
DIAS, Mariana. Edward Weston: O mestre das curvas. Disponível em: <http://lounge.obviousmag.org/semiotizando/2012/04/edward-weston-o-mestre-das-curvas.html>. Acesso em: 27 jun. 2018.
EDWARD Weston. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/$edward-weston>. Acesso em: 27 jun. 2018.
FINE ART, Renato. Photo Inspiration - Congresso Fotografia Artística: Breve Currículo dos Participantes. 2017. Disponível em: <http://finephoto.com.br/index.php/2017/08/02/photo-inspiration-congresso-fotografia-artistica/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
JACQUELINE Hoofendy: Descripción del Artista. 2018. Disponível em: <http://www.arteinformado.com/guia/f/jacqueline-hoofendy-194159>. Acesso em: 27 jun. 2018.
KUPPERMANN, Vivian; ANTONIO, Marco. Autorretratos com Jacqueline Hoofendy. 2017. Disponível em: < https://www.iif.com.br/photomag/autorretratos-hoofendy/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
MARTINS, Eloise. O olhar direto de Edward Weston. 2013. Disponível em: <https://www.ideafixa.com/oldbutgold/o-olhar-direto-de-edward-weston>. Acesso em: 27 jun. 2018.
MESTRES da fotografia: Edward Weston. 2012. Disponível em: <http://foto.espm.br/index.php/sem-categoria/mestres-da-fotografia-edward-weston/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
PERFIL: Edward Weston. Disponível em: <http://f508.com.br/perfil-edward-weston/>. Acesso em: 27 jun. 2018.
PRATS, Fernanda. 40 Fotógrafos Brasileiros que Você Precisa Conhecer: 31. Jacqueline Hoofendy. Disponível em: <https://www.canva.com/pt_br/aprenda/40-fotografos-brasileiros-voce-precisa-conhecer/>. Acesso em: 27 jun. 2018.