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Unidade III - Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico

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Fotografia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Claudemir Nunes Ferreira
Revisão Textual:
Prof. Ms. Fátima Furlan
Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
• Introdução
• Fotografia: Primeiros Passos
• Fotografia e Arte
 · Conhecer os aspectos conceituais, históricos e estéticos da origem 
da fotografia e de seus desdobramentos; desenvolver e realizar 
pesquisas para atualização e autoformação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, vamos conhecer um pouco sobre a origem e o desenvolvi-
mento histórico da fotografia destacando seus principais marcos, movimentos 
e fotógrafos. Leia o conteúdo do material com atenção e não deixe de ampliar 
seus estudos consultando os materiais complementares e pesquisando 
mais imagens dos fotógrafos apresentados para enriquecer seu repertório. 
Registre suas dúvidas, converse com seu professor-tutor, assista à videoaula 
e não deixe de acessar a pasta de atividades.
É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma
Bom Estudo!!!
ORIENTAÇÕES
Origem da Fotografi a e a Conquista 
do Cenário Artístico
UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Contextualização
A fotografia surgiu um pouco antes da metade do século XIX em um contexto 
de aceleração da vida cotidiana e cultural sem precedentes na Europa, quando 
principalmente a Inglaterra e a França encontravam-se em um amplo processo 
de industrialização, urbanização, generalização da economia de mercado e de 
profundas mudanças sociais, sendo ao mesmo tempo um produto e um instrumento 
de consolidação da sociedade moderna nascente.
Para esta sociedade, que via na máquina uma promessa de progresso e 
prosperidade para todos, a nova tecnologia correspondia ao sistema de representação 
mais condizente ao seu nível de desenvolvimento, grau de tecnicidade, organização 
socioeconômica, novos valores e, principalmente, a democracia. A fotografia 
tornou possível a qualquer pessoa a posse de imagens, principalmente de retratos, 
antes executados por pintores e restritos a uma elite social.
A supremacia da fotografia sobre o desenho e a gravura foi prontamente 
reconhecida em todas as áreas científicas, principalmente medicina, biologia e 
topografia, já que a exatidão da imagem “mecânica” eliminava qualquer possível 
grau de subjetividade do ilustrador na representação da realidade. Na imprensa, 
a fotografia complementou e endossou a informação escrita, mais fácil de ser 
assimilada pelo público e transpondo as barreiras do idioma e da alfabetização, 
permitiu uma visão mais ampla de mundo e democratizou o conhecimento.
Já no mundo das artes, por estar estritamente ligada às novas práticas da 
ciência, técnica e indústria, a fotografia chocou-se com os paradigmas da pintura 
tradição - originalidade, unicidade, produção manual e subjetividade do artista, e tal 
entusiasmo em sua recepção não foi unanimamente compartilhado.
“Nesses dias deploráveis, produziu-se uma nova indústria que muito 
contribuirá para confirmar a idiotice da fé que nela se tem, e para arruinar 
o que poderia restar de divino no espírito francês. (…) Um Deus vingador 
acolheu as súplicas dessa multidão. Daguerre foi seu Messias. (…) A partir 
desse momento, a sociedade imunda se lança, como um único Narciso, 
à contemplação de sua imagem trivial sobre o metal. Uma loucura, um 
fanatismo extraordinário se apodera de todos esses adoradores do sol”. 
(BAUDELAIRE, 1859 apud ENTLER, 2007, p. 11-12 )
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Introdução
A recepção da fotografia pelo cenário artístico foi marcada por intensas 
controversas. Teóricos e artistas mais tradicionais consideravam que uma imagem 
produzida mecanicamente jamais poderia ser considerada uma linguagem artística 
e equiparada à pintura e, os mais radicais, que a nova tecnologia corromperia a 
própria arte, mais precisamente a pintura. Outros, mais visionários, viam a nova 
tecnologia como uma verdadeira aliada da pintura, e capaz de libertar de sua função 
representacional e a impulsionando-a a novas experimentações, alguns deles, aliás, 
assimilaram algumas características próprias da fotografia em suas pinturas.
Enquanto as acaloradas discussões, sobre se a fotografia era ou não uma arte 
legítima agitavam o cenário artístico, uma nova geração de fotógrafos procurava 
transcender a nova linguagem de seu caráter meramente técnico e funcional - o 
de documento, explorando o seu potencial para a expressão artística sob distintos 
enfoques, ora aproximando-a dos princípios das belas-artes, ora voltando-se 
exclusivamente para as características próprias do meio ou, ainda, inserindo-a em 
uma nova dimensão – a social.
Essas produções ocuparam um espaço real na evolução histórica da fotografia. 
Enquanto, por um lado, desenvolvia-se a prática profissional da fotografia comercial, 
restrita às leis do mercado e à função documental, de outro, uma nova abordagem 
essencialmente estética, livre das imposições de sua utilidade e focada em suas 
especificidades técnicas e/ou qualidades expressivas, inseria gradativamente a 
fotografia no mundo das artes.
Fotografi a: Primeiros Passos
A câmera escura
A grande descoberta que sinalizou a possibilidade do registro mecânico de uma 
imagem - a câmera escura, nada mais é do que uma caixa ou um cômodo com um 
pequeno orifício em uma de suas paredes. A luz refletida pelo ambiente externo 
que atravessa este orifício reproduz uma imagem com cores e perspectiva idênticas 
à da cena exterior. A imagem era projetada invertida, na parede interna oposta do 
orifício. Quanto mais afastada a parede estiver do orifício, maior será a imagem 
projetada. (Fig.01)
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Figura 01 – Ilustração de uma câmera escura
Fonte: commons.wikimedia.org
Os primeiros comentários esquemáticos a respeito da câmera obscura datam 
de V a.C, quando gregos e chineses formulavam os princípios básicos da óptica 
e o filósofo Aristóteles descreveu o fenômeno óptico da imagem projetada de um 
objeto real. A partir do século XIII, foi correntemente utilizada na observação de 
eclipses solares e, no Séc. XVI, Leonardo Da Vinci descreveu minuciosamente seu 
princípio, sem limitar sua utilização à observação do sol. Nesta época, a câmera 
obscura passou a ser utilizada como um instrumento auxiliar por desenhistas 
e pintores, que esboçavam suas obras sobre a imagem projetada. Nos séculos 
seguintes, o dispositivo foi aperfeiçoado, ganha lentes para melhorar a nitidez e 
espelhos para corrigir a imagem invertida.
Embora a propriedade dos sais de prata escurecer em contato com a luz fosse 
conhecida desde a antiguidade, apenas no século XVIII pesquisas físico-químicas 
relacionadas a câmera obscura conseguiram fixar o contorno de imagens projetadas 
sobre papéis impregnados de sais de prata no interior do dispositivo. Porém, como 
faltava um fixador, essas imagens só permaneciam na escuridão já que, em contato 
com a luz, todo o papel continuava a ser impressionado.
Figura 02 - Ponto de vista da janela de Gras (1826) - de Joseph Nicéphore Niépce
Fonte: commons.wikimedia.org
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Em 1826, após anos de experiências, Joseph Nicéphore Niépce encontrou 
o primeiro processo químico capaz de fixar permanentemente uma imagem, ao 
aplicar sobre uma placa de estanho o betume da Judéia como material fotossensível, 
que endurecia e branqueava quando exposto à luz de uma projeção da câmera 
obscura por cerca de 8 horas. Como revelador, utilizou uma espécie de essência/
óleo de alfazema, que dissolvia o betume irregularmente nos vários pontos da placa, 
conforme a maior ou menor ação da luz (as áreas mais expostas, agora claras e 
endurecidas, não eram dissolvidas), na sequência espalhava um ácido que corria as 
partes desprotegidas e, por fim, removia o restante do betume obtendo uma imagem 
fotográfica gravada em baixo relevo sobre a placa. Este processo, conhecido como 
Heliografia, tinha dois inconvenientes: o grande tempo de exposição necessário 
para a captaçãoe a baixa qualidade de imagem obtida.
Heliografi a: Processo químico que registrou a primeira imagem gravada pela luz e fi xada 
permanentemente sobre uma placa metálica exposta por 08 horas em uma câmera escura. 
Ponto de vista da janela de Gras, de Joseph Nicéphore Niépce, é considerada a primeira 
fotografi a da história.
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Em 1829, com o propósito de aperfeiçoar a heliografia, Niépce firma uma 
sociedade com Louis Jacques Mandé Daguerre. Após a morte de Niépce, em 1833, 
Daguerre deu continuidade do seus estudos e aperfeiçoou o processo substituindo 
o betume por iodeto de prata e descobrindo, acidentalmente, a possibilidade de 
revelar imagens latentes (ainda invisíveis, após 20 ou 30 minutos de exposição) 
com a ação do vapor de mercúrio, que agia apenas sobre as áreas expostas pela luz 
formando as áreas claras da imagem. Mais tarde, quando descobriu como fixar a 
imagem, utilizando uma solução salina capaz de eliminar os sais de prata residuais.
Figura 03 - Paris Boulevard, 1839 – Louis Jacques Mandé Daguerre
Fonte: commons.wikimedia.org
Daguerreotipia (1839) Processo químico que reduziu o tempo de exposição e aumentou a 
qualidade das imagens impressas pela ação da luz.Ex
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
O novo processo químico, além de reduzir o tempo de exposição de horas 
para minutos, proporcionou um ganho considerável na qualidade da imagem. Em 
1839, Daguerre patenteou seu invento e o vendeu para a monarquia Francesa por 
uma pensão vitalícia, a partir daí, a fotografia deixa a esfera da classe científica e 
intelectual para atingir a média e pequena burguesia, classe que buscava no retrato 
uma forma de visibilidade e ostentação social. Como o invento era de domínio 
público, inúmeros fabricantes aperfeiçoaram e tornaram o Daguerreótipo cada vez 
mais acessível, com uma grande aceitação de público, rapidamente o equipamento 
invadiu todos os centros urbanos da Europa e surgia assim uma geração de fotógrafos 
retratistas. Ao mesmo tempo em que era acusada por vários pintores de “matar” a 
pintura, a fotografia impulsionava o surgimento das vanguardas artísticas.
Importante!
O termo fotografia foi utilizado pela primeira vez da história nos documentos de 
Hercules Florence, um inventor, desenhista e polígrafo Francês erradicado no Brasil. 
Longe do circuito Paris-Londes, suas primeiras experiências com a fotografia utilizando a 
câmera obscura e o nitrato de prata, similares as pesquisas europeias, estão registradas 
no manuscrito Livre d’Annotations et de Premier Matériaux e datam de 1833.
Você Sabia?
Em 1840, foi inaugurado o primeiro estú- 
dio fotográfico em Paris e, no ano seguinte, 
já eram numerosos os estúdios em todas 
as grandes cidades do ocidente. Apesar 
do constante aperfeiçoamento técnico do 
daguerreótipo, os primeiros retratos em 
estúdio exigiam longos tempos de exposição 
sob intensa luz para a captação da imagem 
(15, 8, 2 minutos e, por fim, 24 segundos). 
Se a pessoa fotografada se movesse enquanto 
a foto era realizada, a imagem revelada sairia 
“tremida” ou “borrada”. Para assegurar que o 
retrato não fosse arruinado pelo movimento 
(mínimo que fosse), alguns fotógrafos usavam, 
além da câmera sobre um tripé, uma pequena 
estrutura de ferro chamada de headclamps 
(prendedores de cabeça) para ter certeza de 
que a pessoa retratada não se moveria.
Figura 04 – Ilustração de headclamps
Fonte: fotonostra.com
O francês Felix Nadar foi o mais importante fotógrafo de retratos do século XIX. Seu estúdio 
em Paris, era um ponto de encontro dos grandes intelectuais e artistas daquela época. Nadar 
fotografou muitas celebridades de sua época com maestria. Nadar também foi o primeiro 
fotógrafo a captar imagens aéreas de Paris, a bordo de um balão, em 1958.
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Enquanto o Daguerreótipo produzia uma imagem única sobre uma placa 
metálica, em 1841, o inglês William Henry Fox-Talbot patenteou o calótipo, 
no qual a imagem era captada em negativo sobre um papel sensibilizado com 
cloreto de prata. O original negativo permitia a reprodução de inúmeras cópias 
positivas por contato sobre papel, um processo semelhante ao das futuras câmeras 
fotográficas analógicas.
A princípio, o grão do papel tornava 
a nitidez da imagem muito inferior a do 
Daguerreótipo e o público continuava a 
preferir a nitidez de imagem metálica. 
Ainda assim, o calótipo de Talbot teve 
adeptos fervorosos e inúmeras pesquisas 
aprimoraram o processo, o tempo de 
exposição foi reduzido de 30 minutos 
para 1 segundo (ao sol), o negativo 
passou a ser impresso em vidro (o que 
duraria até a invenção da película), e 
os papéis para impressão dos positivos 
foram aperfeiçoados. O baixo custo 
tornava o calótipo mais acessível e a 
suavidade dos meio tons da imagem sobre 
papel o tornaram o processo preferido 
nas produções fotográficas de cunho 
mais artístico.
Figura 05 - Sarah Bernhardt (1860) - Felix Nadar
Fonte: commons.wikimedia.org
Figura 06 - William Henry Fox-Talbot (1841) Talbótipo ou Calótipo. 
O negativo (matriz) – à esquerda – e o positivo, à direita
Fonte: commons.wikimedia.org
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Talbotipia ou Calotipia (1841): Primeiro processo de captação e reprodução de imagens 
pela ação da luz a partir de um original negativo que permitia a reprodução de inúmeras 
cópias positivas por contato sobre papel de um mesmo original.
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Em 1881, George Eastman, o funda-
dor da Kodak, substituiu a chapa de vidro 
por um rolo de papel e lançou a primei-
ra câmera Kodak 100 vistas. Quando os 
cem fotogramas, circulares com 5 cm de 
diâmetro, eram impressionados, o fotó-
grafo mandava a câmera para a fábrica, 
lá o rolo era substituído por um novo e 
revelado, a câmera novamente carrega-
da, os negativos revelados e as cópias 
impressas. You press the botton, we do 
the rest (você aperta o botão, nós faze-
mos o resto) era o slogan e a estratégia 
comercial da Kodak que colocava a foto-
grafia ao alcance de todos.
Em 1887, o rolo de papel foi substi- 
tuído pelo de celuloide, nascia a película 
fotográfica.
Figura 07 – George Eastman tira 
fotos com sua câmera Kodak
Fonte: commons.wikimedia.org
A primeira fotografia colorida foi produzida pelo físico James Clerk Maxwell, em 1861, 
a partir de três imagens monocromáticas captadas através de filtros vermelhos, verdes e 
azuis que, quando projetadas com lanternas (cada uma com um filtro de cor diferente) e 
sobrepostas, formavam uma imagem colorida (o principio do padrão RGB utilizado tanto 
nas câmeras analógicas quanto nas digitais atuais).
Em 1869, o francês Louis Ducos Du Haurun, pioneiro nas técnicas de fotografia colorida, 
escreveu a obra Couleurs en Photographie. Entre seus inventos destaca-se a Tricromia, 
processo de fotografar a cores a partir das cores primarias aditivas. O processo desenvolvido 
por Haurun exigia três exposições, ou seja, um original para cada cor primária – vermelho, 
verde e azul.
A fotografia colorida só se tornou comercialmente viável a partir de 1907, quando chegou 
ao mercado o Autochrome, primeiro filme positivo para revelação em cores, a partir de uma 
única exposição, patenteado pelos irmãos August e Louis Lumiére, C.
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Figura 08 - James C. Maxwell. Tartan Ribbon (1861)
Fonte: commons.wikimedia.org
Figura 10 – Lumiere Brothers. 
Untitled (1907-15) Autochrome
Fonte: erenae.tumblr.com
Figura 09 - Louis Ducos du Hauron. 
Natura morta con gallo, 1869-1879
Fonte: commons.wikimedia.org
Em 1925, chegou ao mercado a primeira câmera de 35mm portátil, precursora de todas as 
câmeras profi ssionais, produzida pela empresa alemã Ernst Leitz Optische Werke.
Bem diferente da abordagem comercial da Kodak, a aposta da Laica I estava na alta qualidade 
da imagem e a câmera foi rapidamente adotada por fotógrafos profi ssionais impulsionando 
a fotografi a documental e o fotojornalismo.
Em 1930, foi lançado o primeiro modelo com lentes intercambiáveis.
Em 1948,o físico Americano Edward H. Land desenvolve a câmera Polaroid, embora 
limitada era capaz de apresentar resultados instantâneos. A primeira câmera refl ex, surge 
em 1957 a Pentax, e 1959 a Nikon produz uma câmera totalmente automática.
Em 1973, a Fairchild Imaging lançou a primeira versão comercial do chip CCD, capaz de 
capturar imagens com resolução de 0,01 megapixels (100 pixels). Baseada no CCD da 
Fairchild, a primeira câmera totalmente digital surgiu de um experimento desenvolvido pela 
Universidade de Calgary, no Canadá. A fotografi a digital chegou efetivamente ao mercado 
em 1981, quando a Sony lançou sua primeira câmera digital - a Mavica, que capturava 
imagens de 0,3 megapixels (300.000 pixels) e custava algo em torno de 12 mil dólares. 
Em 1988, a Sony lançou a Mavica C1 por 230 dólares, tornando a tecnologia digital mais 
acessível ao consumidor. Já na década de 90, inúmeras câmeras digitais foram lançadas por 
diversos fabricantes e tornaram-se populares e desenvolvendo-se até os dias atuais.
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Fotografia e Arte
Picturialismo
O Picturialismo foi um movimento artístico, essencialmente fotográfico, que 
desenvolveu-se na França, Inglaterra e EUA, a partir de meados da década de 
1880, sua pretensão era conferir à fotografia o mesmo prestígio e respeito das 
linguagens artísticas convencionais, libertando-a de suas amarras documentais e 
técnicas exclusivamente mecânicas através da aplicação de alguns princípios das 
belas-artes à nova linguagem.
Henry Peach Robison, o maior expoente do movimento, estabeleceu as bases 
da representação picturialistas: uma mistura de arte, natureza, autenticidade e 
beleza com o uso de artifícios de estúdio como lentes defeituosas, manipulação de 
negativos, uso de papéis rugosos e viragens, entre outros.
Figura 11 - Henry Peach Robinson. Bringing home the may (1862)
Fonte: nationalmediamuseum.org.uk
Com base em uma experiência artística, a corrente picturialista propunha uma 
junção do real com o fictício em uma imagem híbrida, cuja visibilidades procuravam 
imitar a aparência de pinturas, desenhos, gravuras ou litografias, acreditando que a 
intervenção do fotógrafo na manipulação da objetiva, do negativo e da impressão 
poderia aprimorar a natureza tecnológica do meio e agregar-lhe um status artístico. 
Por toda a Europa e EUA, artistas e fotógrafos artísticos amadores e abastados 
criaram grupos independentes ou associações multinacionais ligados ao movimento, 
lançando periódicos influentes e organizando exposições anuais ou salões.
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Frank Meadow Sutcliffe, um membro fundador do grupo Linked Ring 
Brotherhood junto com Henry Peach Robinson em Londres, trabalhou a maior 
parte de sua vida registrando o estilo de vida dos habitantes de Whitby, a maioria 
de suas obras consiste de impressões em carvão marrons ou cinza. George 
Davison, também do Linked Ring, aboliu o uso da objetiva, obtendo um foco suave 
impressionista sem nenhum ponto de nitidez em suas imagens.
Fig. 12. Frank Meadow Sutcliff e. Stern Realities, 1890
Fonte: commons.wikimedia.org
Fig. 13 -Charles Emile Constant Puyo. Chant sacré, 1915
Fonte: commons.wikimedia.org
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Robert Demachy e Emile Joachim 
Constant Puyo, membros do Photo-Club 
de Paris, dominavam o processo da goma 
bicarbonada, manipulando o negativo 
durante a revelação para acrescentar 
efeitos pictóricos às suas fotografias.
Na virada do século XX, o Picturialismo 
tornou-se mais sombrio, simbólico e 
pessoal, reflexo da ascensão da arte 
modernista e dos estudos sobre a psique 
de Sigmund Freud e Carl Jung, muitos 
de seus fotógrafos abandonaram os 
temas bucólicos e voltaram-se para temas 
urbanos ou para as profundezas interiores 
que poderiam ser reveladas pelo retrato. 
Entre eles, Alfred Stieglitz, o primeiro 
americano a tornar-se membro Linked 
Ring; o francês Pierre Dubreuil, Alvin 
Langdon Coburn e Clarence H.White, 
Frank Eugene e Edward Steichen.
Fig. 14. Robert Demachy. Nude, 1906
Fonte: commons.wikimedia.org
Foto-secessão
Figura 15 - Alfred Stieglitz. A terceira classe, 1907
Fonte: commons.wikimedia.org
Em nova York, Alfred Stieglitz criou 
um movimento nacional de secessão 
com o objetivo de reunir integrantes do 
Picturialismo em solo americano junto 
de novos fotógrafos e promover o re-
conhecimento da fotografia como um 
meio de expressão artística autônomo.
Figura 16: Alfred Stieglitz. The Terminal, New York,1892
Fonte: commons.wikimedia.org
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Alfred Stieglitz foi uma fi gura chave para a divulgação da arte moderna e para o 
desenvolvimento da fotografi a artística nos EUA. Além de fotógrafo, foi editor das revistas 
American Amateur Photographer (1893-96) e Camera Notes (1897-1902) e, em 1903, 
publicou, dirigiu e editou a infl uente e luxuosa revista Camera Work, dedicada à publicação 
de imagens e monografi as tanto de integrantes da Foto-secessão quanto de Picturialistas 
europeus, que posicionou a fotografi a como um objeto precioso. Em 1915, fundou com 
Edward Steichen a 291 Gallery que exibiu em solo americano, além de fotografi as, obras de 
expoentes artistas modernistas como Rodin, Matisse, Picabia, Picasso, Braque, a fotografi a 
do lendário ready-made de Marchel Duchamp, A Fonte (1917), além de obras de jovens 
artistas americanos. Tanto a Camera Work quanto a 291 encerraram suas atividades em 
1917, Stieglitz concentrou-se na arte moderna, abraçando-a em sua prolífera produção 
fotográfi ca, e abriu mais duas galerias mais voltadas para a arte moderna europeia e 
americana do que para a fotografi a propriamente dita.
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As obras dos foto-secessionistas distanciaram-se cada vez mais das cenas bu-
cólicas e atemporais e da imitação das belas-artes, características do Picturialismo, 
refletindo a decadência do estilo, e voltaram-se para temas mais urbanos e cotidianos, 
além de objetos. Nas duas últimas edições da Camera Work, destacaram-se as 
diretas e reais fotografias de Paul Strand, muito diferentes das imagens picturialistas 
etéreas e suaves publicadas nas primeiras edições da revista e o embrião de uma 
nova tendência artística da fotografia americana, a Fotografia Pura.
A Fotografi a Pura ou Direta
Alfred Stieglitz, Paul Strand, Edward Steichen e os fotógrafos que, posteriormente, 
viriam formar o grupo F/64 foram os maiores expoentes da fotografia direta nos 
EUA, uma corrente artística contrária às intervenções ou manipulações de negativos 
e cópias que valorizava imagens puras, espontâneas e sem truques, obtidas pelo 
contato direto da câmera com a realidade. Com uma atitude modernista, captaram 
diretamente a vida e as coisas do dia a dia, destinando-se a inspiração simbolista, 
em fotografias em preto e branco ricas em detalhes, texturas e gradações de cinzas. 
Historiadores são unanimes em considerar a fotografia “barreira Branca”, de Paul 
Strand como imagem que rompe definitivamente com as paisagens picturialistas. 
Para Strand: “O ato de fotografar requer do individuo um verdadeiro respeito pela 
coisa a sua frente expressa em termos de claro-escuro (cor e fotografia não tem 
nada em comum) por uma gama quase infinita de valores tonais que ultrapassam a 
habilidade da mão humana. A mais plena realização disso é conseguida sem truques 
de processo ou manipulação, graças ao uso de métodos fotográficos diretos”. 
Assumindo atitude moderna, Strand defende a pureza do uso dos meios fotográficos 
e se mostra critico em relação à fotografia híbrida, nas quais “a introdução do trabalho 
manual e da intervenção é simplesmente a expressão de um desejo impotente 
de pintar”. (FABRIS, 2010: 56-57)
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Figura 17- Paul Strand. A Cerca Branca, 1916
Fonte: commons.wikimedia.org
Figura 18 - Paul Strand. Wall Street, 1915
Fonte: commons.wikimedia.org
A Fotografia Social
Enquanto correntes artísticas reivindicavam a ascensão da fotografiano cenário 
artístico, outros fotógrafos inseriam-na na dimensão social. O registro dos efeitos 
das mudanças socioeconômicas da virada do século XIX sobre as classes menos 
privilegiadas era impulsionado pela ascensão da imprensa ilustrada, porém, 
enquanto está apelava por uma abordagem mais sensacionalista e sentimentalista, 
alguns fotógrafos destacaram-se por abordagens mais factuais. Jacob Riis e Lewis 
Hine são os pioneiros mais expoentes do gênero Fotografia Social, um registro 
factual e fixo de tempo-espaço da realidade representado pela tríade: verdade, 
objetividade, credibilidade.
Enquanto cobria a informação criminal na imprensa de Nova York, entre 1877 
e 1888, o fotógrafo de origem dinamarquesa Jacob Riis registrou as condições de 
trabalho, os meliantes e os núcleos de imigrantes dos bairros pobres de NY. A série 
de fotografias foi publicada em 1890 com o título Como vive a outra metade.
Lewis Hine, ativista do movimento progressista em NY, não tinha o simples 
propósito de documentar ou causar comoção, mas de mudar a opinião pública. 
Fotografias de seus ensaios Trabalho infantil na Carolina e Dias de trabalho 
antes do tempo (1909) tornaram-se uma bandeira e foram publicadas em cartazes, 
boletins e revistas que defendiam a reforma das leis do trabalho infantil, seu trabalho 
contribuiu para a elaboração de uma lei que limitou muitas formas de trabalho 
infantil nos Estados Unidos.
“Talvez vocês estejam cansados de fotos de trabalho infantil. Bem, nós 
também estamos, mas nós propomos fazer vocês e o resto do país ficar 
tão enjoados desse trabalho que quando a hora (de lutar) chegar, o trabalho 
infantil será apenas registros do passado.” (Lewis Hine).
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Fig. 19 – Jacob August Riis, Lodgers in a Crowded Bayard Street Tenement – Five Cents a Spot, 1889
Fonte: sfmoma.org
Fig. 20 – Jacob August Riis, Night in Gotham Court, ca. 1894
Fonte: sfmoma.org
Fig. 21 Lewis W. Hine, Tenement Child Handicapped in Every Way, 1910
Fonte: geh.org
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Fig. 22 Lewis W. Hine, Minas de carvão, 1910
Fonte: loc.gov
Em 1935, a FSA (Farm Security Administration), um projeto governamental 
criado pelo presidente F. Roosevelt com o objetivo de auxiliar a vida nas áreas rurais 
durante a Grande Depressão (1929-1940) causada pela quebra da bolsa de 1929, 
empregou 20 profissionais em sua divisão fotográfica, entre eles Walker Evans, 
Dorothea Lange, Margareth Bourke White e Arthur Rothstein, que produziram um 
acervo com mais de 70 mil imagens de fotografia social.
As imagens dos fotógrafos da FSA criaram a identidade de uma sociedade 
americana resistente em um momento de crise, utilizando a unidade familiar para 
promover os valores tradicionais e apresentando o agricultor como a espinha dorsal 
da sociedade.
Fig. 23 - Dorothea Lange, 
Migrant Mother, 1936
Fonte: commons.wikimedia.org
Fig. 24 - Arthur Rothstein. Farmer and Sons Walking in the 
Face of a Dust Storm, Cimarron County, Oklahoma, April 1936
Fonte: commons.wikimedia.org
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Fig. 25 - Walker Evans, Bud Fields com sua família, Alabama 1936–37
Fonte: global.britannica.com
Fig. 26 - Margaret Bourke-White, Fila do pão durante a inundação de Louisville, 1937
Fonte: commons.wikimedia.org
A Nova Objetividade
No início da década de 1920, influenciada pelo desenvolvimento econômico do 
pós-guerra e pela crença positivista na tecnologia e na produção industrial, surge na 
Alemanha uma nova tendência artística figurativa, denominada Nova Objetividade 
que, contrária à subjetividade e à carga emocional do expressionismo, volta-se para 
a ordem e para o realismo, propondo uma reaproximação da arte com contexto 
social da época através de uma representação objetiva da realidade, aproximando-
se do grupo americano f/64.
O movimento teve uma grande repercussão no campo da fotografia já que muitos 
fotógrafos adotaram seus principais valores e, com uma postura radicalmente 
antipicturialista, propunham uma arte especificamente fotográfica, voltada para 
suas próprias características técnicas e formais, ligadas à máquina e à ciência, 
e dissociada de qualquer princípio das artes plásticas, como a subjetividade e a 
intervenção manual do fotógrafo.
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Desta maneira, o real valor artístico do meio não estaria na fotografia híbrida 
dos picturialistas, mas na fotografia pura que, segundo o maior expoente desta 
corrente, Albert Renger-Patzsch, iria “restituir a magia da realidade”, através da 
exatidão técnica, da nitidez e dos detalhes do “resultado mecânico das formas”, 
sem qualquer subjetivação do processo fotográfico. A singularidade e a força destas 
imagens, segundo alguns críticos, estaria no fato de possuírem um valor descritivo 
extraordinário e serem capaz de revelar mais intensamente as coisas, além do que 
são geralmente vistas.
A coletânea de Patzsch, O mundo é belo (1928), apresenta 100 imagens de 
plantas, animais, rostos, objetos, máquinas, fábricas, prédios etc., todas fotografadas 
com a mesma naturalidade e objetividade.
Fig. 27 - Albert Renger Patzsch. Glasses. 1927
Fonte: cs.nga.gov.au
Fig. 28 - Albert Renger-Patzch. Beech Forest, 1936
Fonte: facweb.cs.depaul.edu
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Fig. 29 - Albert Renger Patzsch. 
Botões, 1928
Fonte: mutualart.com
Fig. 30 - Albert Renger Patzsch. Isolatorenkette, 1925
Fonte: van-ham.com
F/64 Group
O F/64 foi um grupo norte americano 
formado em 1932 pelos fotógrafos 
Edward Weston, Ansel Adams e Imogen 
Cunningham, entre outros jovens fotógrafos 
que buscavam uma fotografia cada vez 
mais exigente do ponto de vista técnico. O 
propósito básico do grupo era a execução 
de imagens de grande nitidez mediante o uso 
do diafragma mais reduzido, daí o nome do 
grupo (f/64), empregando com impressões 
lisas e brilhantes.
Após seu encontro com as obras de 
Stieglitz e Strand, em 1922, Edward Weston 
renunciou tanto à estética picturialista quanto 
abandonou a prática da fotografia comercial 
- retratos infantis, que exercia desde seus 25 
anos de idade para dedicar-se a uma busca 
formal. Com uma nova abordagem do olhar 
sobre o cotidiano e uma visão objetiva da 
realidade, a proposta de Weston foi tornar 
o lugar comum inusitado principalmente em 
temas como nú, objetos e natureza morta. 
O ponto de vista peculiar é a característica 
central de suas imagens. Composições em 
fundo preto e sem referências de escala 
proporcionam uma monumentalizarão do 
tema fotografado e apresentam limites sutis 
entre a abstração e figuração.
Fig. 31 Edward Weston, Nude, 1936
Fonte: edward-weston.com
Fig. 32 - Edward Weston, Neil Weston, 1922
Fonte: artnet.com
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Fig. 33 - Edward Weston, Pepper, 1930
Fonte: edward-weston.com
Fig. 34 - Edward Weston, Cabbage Leaf, 1931
Fonte: edward-weston.com
Ansel Adams é reconhecido por suas fotografias de paisagens com composições 
depuradas de extremo rigor técnico e harmonia. Todo o trabalho de Adams une 
sensibilidade e criatividade a um controle preciso das variáveis técnicas, como a 
escolha do equipamento, o tempo de exposição e o uso dos químicos, na busca dos 
contrastes e tons ideais na cópia.
Fig. 35 - Ansel Adams. Nascer da lua, Hernandez, Novo México (1941)
Fonte: commons.wikimedia.org
Fig. 36 -Anselm Adams Snake River, 1942
Fonte: commons.wikimedia.org
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Fig. 37 - Ansel Adams.Tenaya Creek, Dogwood, Rain,Yosemite Valleyc (1948)
Fonte: nationalmediamuseum.org.uk
Fig. 38 - Ansel Adams. Aspens, Northern New Mexico, 1958
Fonte: artnet.com
A obra mais significativa da fotografa Imogen Cunninghan são os seus primeiros 
planos de flores, mas representou outras formas com a mesma delicadeza.
Figura 39 - Imogen Cunninghan. 
Magnolia Blossom, 1925
Fonte: imogencunningham.com
Figura 40: Imogen Cunninghan. 
Flowering Cactus, about 1930
Fonte: imogencunningham.com
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Figura41 -Imogen Cunninghan. 
Cemetery in France, 1961
Fonte: imogencunningham.com
Figura 42: Imogen Cunninghan. 
Two Sisters 2, 1928
Fonte: imogencunningham.com
Fotografia Subjetiva
Numa Alemanha traumatizada pelo nazismo e em reconstrução, Otto Steinert 
funda o grupo Fotoform e, na sequência, inspirado pela escola da Bauhaus, o 
movimento da Fotografia Subjetiva que, defendendo a experimentação dos 
meios propriamente fotográficos e uma visão pessoal de mundo, posicionando a 
personalidade criativa do fotógrafo como o elemento central do fotografia e uma 
necessidade da época.
Recusava o documento. Para contornar uma realidade muito pesada para ser 
vista fotograficamente, esta corrente buscava novas visibilidades que excluíssem a 
realidade material e sociocultural da Alemanha pós-guerra, combinando o visto 
e não visto, a partir das experimentações técnicas e da visão pessoal de mundo 
que o fotógrafo colocaria sobre a realidade exterior. A abstração, não era uma 
característica essencial do movimento, mas tornou-se um de seus resultados, 
testemunhando a desvinculação entre a fotografia e as coisas do mundo.
A Exposição Internacional de Fotografia Moderna, organizada por Steinert em 
1951, deu uma grande repercussão ao movimento. Com o objetivo de favorecer o 
surgimento de uma nova geração de artistas fotógrafos e de reatar os elos rompi-
dos pelo nazismo, a exposição reuniu fotógrafos europeus e americano e circulou 
pela Europa e NY.
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Fig. 43 - Otto Steinert, Boulevard St Michel, Paris, 1952
Fonte: theredlist.com
Fig. 44 - Otto Steinert, Lamps of 
the Place de la Concorde III, 1952.
Fonte: tate.org.uk
Fig. 45 – Peter Keetman, 1001 Faces, 1957
Fonte: lempertz.com
Fig. 46 - Peter Keetman, Spiegelnde Tropfen
Fonte: van-ham.com
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Nos Estados Unidos, O Chicago Institute of Design teve um papel fundamental 
para desenvolvimento da fotografia subjetiva no país. Aaron Siskind, professor do 
departamento de fotografia da instituição, abstraiu a paisagem urbana em suas 
imagens de acordo suas próprias visões artísticas, mas também fez uma série de 
experiências fotográficas com o corpo humano.
Minor White, editor da revista Aperture e professor na Carolina School of 
Fine Arts, encorajava seus leitores e alunos a pensar na fotografia como uma 
unidade de significado independente, capaz de ir além da realidade superficial e 
intuir o campo metafórico e expressivo. Muitos fotógrafos abraçaram a ideia de 
que, além de oferecer um registro fiel do mundo, a fotografia poderia comunicar 
sentidos metafóricos.
Fig. 47 - Aaron Siskind, Pleasures 
and Terrors of Levitation#99, 1961
Fonte: mocp.org
Fig. 48 - Aaron Siskind, Pleasures 
and Terrors of Levitation#492, 1961
Fonte: mocp.org
Fig. 49 - Aaron Siskind, Rome 101, 1973
Fonte: mocp.org
Fig. 50 - Aaron Siskind, San Luis Potosi 16, 1961
Fonte: http://www.mocp.org/
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Fig. 51 - Minor White, Ritual Branch Variant, 1950
Fonte: mocp.org
Fig. 52 - Minor White, Windowsill Daydreaming, 1958
Fonte: artblart.com
Fig. 53 - Minor White. Surf Vertical,1947
Fonte: masters-of-photography.com
Fig. 54 - Minor White. Capitol Reef, Utah,1962
Fonte: Minor White. Capitol Reef, Utah
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UNIDADE Origem da Fotografia e a Conquista do Cenário Artístico
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
História da Fotografia
http://goo.gl/ZvDK8y
História da fotografia
http://goo.gl/3ShDmu
Ansel Adams A Documentary Film
http://goo.gl/Ra2SuP
Edward Weston: A Precursor | Andreas Scholl, Delerium
http://goo.gl/OBNwZv
 Sites
Imogen Cunningham
http://www.imogencunningham.com/
Aaron Siskind Foundation
http://www.aaronsiskind.org/
Edward Weston
http://edward-weston.com/
 Filmes
As vinhas da ira. The Grapes of Wrath (1940) John Ford.
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Referências
HACKING, J. Tudo Sobre Fotografia. São Paulo: Sextante, 2013. 
AMAR, P. História da fotografia. 2. ed. ,v. ,Lisboa: Edições 70, 2011.
BAURET, G. A Fotografia: História, Estilos, Tendências, Aplicações. Lisboa: 
Edições 70, 2006.
FELICI, J. M. Como se Lee Una fotografia: Interpretaciones de La Miranda. 2. 
ed. ,v. ,Madrid: Catedra, 2009.
KUBRUSLY, C. A. O Que e Fotografia. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.
ROUILLE, A. A Fotografia: Entre Documento e a Arte Contemporânea. São 
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2
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