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APS : Fazer tópicos de 1 a 8 acerca das imunidades tributárias elencadas no art. 150 da CF, respondendo as seguintes questões

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APS : Fazer tópicos de 1 a 8 acerca das imunidades tributárias elencadas no art. 150 da CF, respondendo as seguintes questões:
- o que é;
- porque existe, dentro dos princípios constitucionais;
- qual a opinião a respeito;
- além disso, colocar 1 julgado do STF pra cada imunidade.
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
PREVISÃO LEGAL E DEFINIÇÃO
O art. 150, VI, da Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988 diz que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituírem impostos sobre: (a) patrimônio, renda ou serviços uns dos outros; (b) templos de qualquer culto; (c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e (d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
Definindo amplamente, quando dizemos que determinada situação sofre imunidade, quer dizer que está protegida, resistida, desobrigada. Em sentido jurídico tributário, está protegido em relação ao poder de sofrer tributos do Estado. 
Para o Supremo Tribunal Federal - STF, as imunidades e os princípios tributários são limitações constitucionais ao poder de tributar, ganhando a estatura de cláusulas pétreas. 
Neste sentido, aduz Ricardo Lobo Torres, com a clareza que lhe é peculiar, leciona que a imunidade tributária:
“é uma relação jurídica que instrumentaliza os direitos fundamentais, ou uma qualidade da pessoa que lhe embasa o direito público à não incidência tributária ou uma exteriorização dos direitos da liberdade que provoca a incompetência tributária do ente público.”
1) ​PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS, UNS DOS OUTROS :
artigo 150, VI, "a" da Constituição Federal de 1988
·	O que é ? Trata-se da chamada imunidade recíproca, em que está prevista no art. 150, VI, “a” da Constituição Federal ao vedar “à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços, uns dos outros”. No texto constitucional, somente os impostos abrangem essa imunidade podendo ser cobradas as demais espécies de tributos uns dos outros. 
·	Porque existe, dentro dos Princípios Constitucionais? O Tributo não pode ser cobrado nem aumentado sem lei que assim estabeleça. Os entes federativos encontram-se revestidos de imunidade tributária, de modo que não poderão criar impostos incidentes sobre o patrimônio, a renda ou serviços uns dos outros, assegurando o Princípio da Isonomia Federativa.
·	Qual a opinião a respeito? Entendo ser mais rigoroso, vez que limita a atuação do ente tributante, visando trazer uma segurança jurídica maior para os contribuintes. Assim, para que se crie ou aumente os tributos, deve existir lei que regulamente.
·	Julgado do STF : EMENTA: AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. COMPROVAÇÃO DOCUMENTAL, EM SEDE MANDAMENTAL, DE ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. RE 1104292 ED-AgR / CE - CEARÁ. AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Relator(a): Min. LUIZ FUX Julgamento: 21/02/2020. Órgão Julgador: Primeira Turma
2) TEMPLOS DE QUALQUER CULTO :
artigo 150, VI, "b" da Constituição Federal de 1988
·	O que é ? Espécie de imunidade subjetiva ligada à entidade/pessoa jurídica religiosa prevista no art. 150, VI, “b”, da CF de 1988. A imunidade dos templos de qualquer culto está prevista pela Constituição Federal ao vedar à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, instituir impostos sobre templos de qualquer culto. O Brasil é um Estado laico, portanto, todas as religiões estão imunes. Entretanto, de acordo com o §4º do art. 150, vale ressaltar que a imunidade abrange somente patrimônio, renda e serviços, relacionados às atividades essenciais das entidades. Para Eduardo Sabbag, a instrução da norma constitucional sobre os templos religiosos, não pode ser definida como um benefício, mas uma destituição atribuída por norma constitucional.
·	Porque existe, dentro dos Princípios Constitucionais? A imunidade religiosa visa garantir a eficácia da norma fundamental da liberdade de crença e do livre exercício de cultos religiosos contemplada pela Constituição Federal de 1988 no art. 5º, VI, que dispõe: "VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;" cuja finalidade é impedir a criação de obstáculos econômicos, por meio de impostos, à realização de cultos religiosos. Tal instituto surgiu com o intuito de proteger valores maiores contidos em Princípios Constitucionais, como o da livre divulgação de idéias, de conhecimentos, da proteção da cultura e da propagação da religião.
·	Qual a opinião a respeito? A imunidade conferida aos templos de qualquer culto, também denominados de organizações religiosas, faz se necessária, vista a relevância das atividades que as mesmas atuam em face do interesse coletivo, merecendo, assim, a proteção e o incentivo por parte do Estado que a CF/88 lhes conferiu.
·	Julgado do STF: EMENTA: Recurso Extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, “b” e §4º, da Constituição. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóvel de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, “b”, CF deve abranger não somente os prédios destinados aos culto, mas, também o patrimônio, a renda e os serviços “relacionados as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”. 5. O §4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas “b” e “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido.
3) PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INCLUSIVE SUAS FUNDAÇÕES, DAS ENTIDADES SINDICAIS DOS TRABALHADORES, DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS, ATENDIDOS OS REQUISITOS DA LEI :
artigo 150, VI, "c" da Constituição Federal de 1988
·	O que é ? Abrange todos os impostos incidentes sobre a atividade fim de partidos políticos, entidades sindicais (que não se confundem com sindicatos de categoria econômica), instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. 
·	Porque existe, dentro dos Princípios Constitucionais? A imunidade tributária concedida aos partidos políticos surgiu ainda nas constituições anteriores à de 88, e, segundo alguns doutrinadores, encontra sua justificativa na questão democrática e social, portanto, plenamente aceitável, para outros, porém, esbarra na questão do Princípio da Capacidade Contributiva, das normas não constitucionais e, por consequência na impossibilidade de limitação da competência tributária. Quanto às instituições de assistência social, são imunes aquelas descritas no art. 203 da CF. Ainda, vale salientar que a ausência de fim lucrativos não se confunde com a inexistência de atividade econômica: é plenamente aceitável que essas atividades desenvolvam atividade econômica superavitária, desde que esses lucros não sejam distribuídos. No que tange as entidades sindicais, essas representam os trabalhadores de cada categoria, de modo que a tributação poderia fazer com que suas atividades se tornassem dificultadas e deixassem de dar atenção aos fatos que de fato devem atentar, aqueles que envolvem o trabalhador e sua situação dentro da empresa em que trabalham. O Art. 205 da Constituição Federal define que a educação é direito de todose dever do Estado, de modo que assegurar a imunidade tributária a essas instituições é atuar para que possam auxiliar o Estado no cumprimento desses direitos para um número cada vez mais amplo da população 
·	Qual a opinião a respeito? Os partidos políticos fazem parte do rol de entidades que estão constitucionalmente protegidas contra o dever de contribuir. Tal proteção tem razão histórica social, como também razão prática que visa a maior acessibilidade à democracia. Mesmo tendo que preencher certos requisitos legais, as críticas quanto à imunidade tributária dos partidos políticos parecem estar a cada dia ganhando mais espaços e adeptos. Os pareceres favoráveis também são notórios e sensatos, mas perdem força diante de sua alta carga de idealismo sociológico versos ao veemente choque de realidade com que são vistos, na prática, a proteção concedida a estes entes. 
·	Julgado do STF : EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito Tributário. Imunidade tributária. Entidade assistencial. IPI. II. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Não se presta o recurso extraordinário para o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos (Súmula nº 279/STF), nem para a análise da legislação infraconstitucional. 2. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 1% (um por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC). 3. Havendo prévia fixação de honorários advocatícios pelas instâncias de origem, seu valor monetário será majorado em 10% (dez por cento) em desfavor da parte recorrente, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§ 2º e 3º do referido artigo e a eventual concessão de justiça gratuita. ARE 1241761 AgR / SC - SANTA CATARINA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI (Presidente). Julgamento: 03/04/2020 Órgão Julgador: Tribunal Pleno.
4) LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO A IMPRESSÃO
artigo 150, VI, "d" da Constituição Federal de 1988
·	O que é ? A imunidade é a do papel, considerando a sua destinação ("destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros"). Não restam dúvidas, portanto, que a origem da imunidade prevista no dispositivo constitucional foi o papel. E papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, livros e periódicos, evidenciados, à época, por motivos de ordem política e econômica. Veja-se que nunca foi colocada em discussão a finalidade da imunidade, ou seja, quais os princípios fundamentais que estariam sendo preservados, restando nítido o seu caráter axiológico. Ora, se evolução houve, naturalmente foi para abranger as obras finais, laboradas com base no produto imune, qual seja, o papel.
·	Porque existe, dentro dos Princípios Constitucionais? O legislador constitucional nos trouxe a imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, também conhecida como imunidade cultural, a fim de servir ao estímulo e à disseminação da cultura. Trata-se de uma imunidade objetiva, já que abrange exclusivamente o bem, que a norma se refere, ou seja, ao livro, jornal, periódico e ao papel utilizado na sua impressão. 
·	Qual a opinião a respeito? O direito deve sempre acompanhar as mudanças na sociedade, por isso se diz que ele é mutável, e a sociedade avançou nos novos recursos de tecnologia de transmissão de informação, e por isso, os mesmos devem ser abarcados pela norma imunizante inserta no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal de 1988. A imunidade tem por fim proteger o objeto imune de qualquer forma de tributo, impedindo que através de impostos especificamente no caso do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal de 1988 o Estado sevicie a liberdade de expressão, visto que os livros, jornais e periódicos são instrumentos de divulgação de idéias, da livre manifestação do pensamento, servindo como meio de propagação da cultura.
·	Julgado do STF : De acordo com a jurisprudência do STF, é que a imunidade prevista no art. 150, VI, "d", da Constituição Federal, não alcança todos os insumos utilizados na impressão de livros, jornais e periódicos, mas tão-somente aqueles compreendidos no significado da expressão "papel destinado a sua impressão". EMENTA: Álbum de figurinhas. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil.” (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-5-2004, Segunda Turma, DJ de 6-8-2004). 
5) FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL CONTENDO OBRAS MUSICAIS OU LITEROMUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS E/OU OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTAS BRASILEIROS BEM COMO SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM, SALVO NA ETAPA DE REPLICAÇÃO INDUSTRIAL DE MIDIAS OPTICAS DE LEITURA A LASER. 
artigo 150, VI, "e" da Constituição Federal de 1988
·	O que é ? Fonogramas são as próprias músicas, enquanto os videofonogramas podem ser entendidos como os vídeos que possuem sons musicais. Os dois conceitos englobam a obra intelectual em si, sem natureza física. A imunidade abrange também as mídias físicas que dão vida às músicas, aos filmes ou aos videoclipes, que são os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham. Ou seja, a imunidade é destinada a proteger a arte propriamente dita. 
·	Porque existe, dentro dos Princípios Constitucionais? Antes da entrada da Emenda Constitucional nº 75 no ordenamento jurídico brasileiro, no dia 15 de outubro de 2013, o inciso VI do art. 150, da Constituição Federal, era composto de quatro alíneas que açambarcavam quatro situações protegidas com regra imunizante. Com a edição da Emenda Constitucional nº 75/2013, o rol do inciso VI foi ampliado, passando a incluir, na alínea e, uma nova hipótese de imunidade no nosso atual sistema tributário nacional, são elas: 
a) Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil (…);De acordo com o art. 5º, inciso IX, da Lei nº 9.610/1998 (Lei de Direitos Autorais), fonograma é “toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou de uma representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual”. Em termos mais simples, é a obra gravada. Cada faixa do CD ou DVD, por exemplo, compreende um fonograma distinto. A mesma obra cantada por um cantor diferente também é tratada como um fonograma distinto.
b) Contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros (…);Segundo Costa Netto (1985, p. 41), obra musical é a síntese da melodia (emissão de um número indeterminado de sons sucessivos), da harmonia (emissão simultânea de vários sons – acordes) e do ritmo (sensação determinada por diferentes sons consecutivos ou diversas repetições periódicas de um mesmo som, marcando o andamento da melodia).
c) E/ou contendo obras em geral interpretadas por artistas brasileiros (…); O legislador derivado, explicitamente, previu que a imunidade tributária incide sobre os fonogramas e os videofonogramas musicais produzidos em nosso país, que contenham obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros.
d) Bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham (…); A imunidade tributária instituída pela Emenda Constitucional nº 75/2013 também incide sobreas mídias físicas que dão vida às músicas, aos filmes e aos videoclipes, chamadas de suportes materiais. Esses suportes nada mais são que os meios pelos quais os fonogramas e os videofonogramas se materializam, a exemplo dos CDs, DVDs e blu-ray.
e) Salvo na replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser; O alcance da imunidade é limitado pela ressalva constante na parte final do preceito, por força da qual a incidência de impostos é admitida na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Por replicação de mídias entende-se o processo industrial de multiplicação da matriz de CD ou DVD em cópias idênticas. Destaque-se, ainda, o fato de que os dispositivos de armazenamento por meio óptico são os mais utilizados para o armazenamento de informações multimídia, sendo amplamente aplicados no armazenamento de filmes, música, etc.
·	Qual a opinião a respeito? A imunidade tributária na produção de música no Brasil é de extrema importância neste momento de recursos escassos, de baixo consumo e, principalmente, de combate à pirataria física e digital, que impera nos tempos hodiernos, prejudicando os pequenos produtores e artistas brasileiros. Concluo que a imunidade tributária dos fonogramas e dos videofonogramas musicais gera benefícios para autores e artistas brasileiros, produtores fonográficos e para todos aqueles que trabalham no mercado musical, como também para os consumidores finais. Além disso, do ponto de vista macro, a referida imunidade corrobora com a disseminação e a proteção da cultura nacional.
·	Julgado do STF : Alcance da imunidade tributária prevista no artigo 150, inciso VI, alínea e, da Constituição Federal, em relação a suportes materiais importados e produzidos fora do Brasil que contenham obras musicais de artistas brasileiros. EMENTA: Recurso extraordinário. Tributário. Imunidade tributária. Fonogramas e videogramas musicais. Importação. Emenda Constitucional nº 75/2013. Repercussão geral reconhecida. Possui repercussão geral a matéria relativa à incidência de norma imunizante na importação de suportes materiais produzidos fora do Brasil que contenham obra musical de artista brasileiro. ARE 1244302 RG / SP - SÃO PAULO REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. Relator(a): Min. MINISTRO PRESIDENTE. Julgamento: 02/04/2020. Órgão Julgador: Tribunal Pleno - meio eletrônico
Referências:
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário 18ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2011, p. 65.
ALIOMAR ,Baleeiro, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar. Rio de Janeiro, Forense, 2010.
OLIVEIRA, Alexandre Machado de. Imunidade tributária. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, ano 13, n. 77, jun. 2010. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7865>. 
SANTOS JUNIOR, Fernando Lucena Pereira dos. A imunidade tributária como instrumento de alcance às finalidades do Estado: análise teleológica do instituto à luz da doutrina e jurisprudência. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, ano 14, n. 94, nov. 2011. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10626>.

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