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1 Histologia Danielle Zanotti TECIDO conjuntivo ➤ MATRIZ: fibra + substância fundamental • Substancia fundamental – complexo viscoso e altamente hidrofílico, macromoléculas aniônicas e glicoproteínas multiadesivas • Fibra: conjunto de proteínas fibrosas (proteínas que conseguem se associar com outras proteínas iguais). ➤ Pele: TEGUMENTO= epitélio + conjuntivo. ↳ Composição: células, fibras e substância fundamental (matriz extracelular = fibras e substância fundamental) Funcao basica: estrutural ↳ Estabelecimento e manutenção da forma do corpo • Este papel mecânico é dado por um conjunto de moléculas (matriz extracelular) que conecta e liga as células e órgãos, dando dessa maneira suporte ao corpo • A grande variedade de moléculas do tecido conjuntivo desempenha importantes papéis biológicos, como por exemplo, ser importante reserva para muitos fatores de crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular. • A matriz do TC também serve como um meio através do qual os nutrientes e catabólitos são trocados entre as células e seu suprimento sanguíneo. ↳ Os tecidos conjuntivos se originam do mesênquima, que é um tecido embrionário formado por células alongadas. ↳ Outros papeis: como é um tecido de conexão, associado a outros, são responsáveis pelo trânsito de substancias, metabólitos... A matriz é responsável por permitir esse transporte. ➤ Mesênquima: formados pelo folheto germinativo mesodérmico, todo TC especializado, saindo de sua forma básica, é originado do mesoderma. É no mesênquima que tem o desenvolvimento das células. Células mesenquimais – mesênquima – TC (fibroblastos, células adiposas, tecido ósseo e cartilaginoso...) celulas do tecido conjuntivo • Células tronco/hematopoiéticas/totipotentes: tudo que é originado dela, são externas, trazidas de fora para o TC onde irão atuar. (glóbulos brancos e vermelhos, macrófagos...) ↳ Podem ser produzidas localmente ou migrarem de outros locais; Representação simplificada das linhagens de células do tecido conjuntivo derivadas de uma célula mesenquimal embrionária multipotente. Assetas interrompidas indicam que há um tipo intermediário de célula entre os exemplos ilustrados. Observe que o esquema não representa a proporção real do tamanho das células: por exemplo, adipódtos, megacariócitos e osteclastos são células significantemente maiores do que as demais células ilustradas no esquema. 2 Histologia Danielle Zanotti Fibroblastos: mais comum no TC. ↳ Produz uma série de componentes da matriz extracelular. ↳ Produzem: colágeno, elastina, componentes da substancia fundamental, fatores de crescimento (crescimento e diferenciação celular). ↳ Possuem a capacidade de regular a própria atividade da célula ↳ De acordo com sua atividade: • Fibroblasto – metabolicamente ativa. • Fibrócito – quiescente (não tão ativos metabolicamente) ↳ Costumam ter as porções bem desenvolvidas (Ex. RE, complexo de golgi), pelo seu caráter secretor macrofagos: sistema imunitário mononuclear. ↳ Alta capacidade de fagocitose – relacionados a defesa, proteção do corpo ↳ Origem na medula óssea: • Monócito – célula precursora na corrente sanguínea. • Macrófago – célula madura no TC ↳ Tem a capacidade de perdurar em atividades por alguns meses, células de vida longa, podendo se estruturar de maneiras diferentes ↳ Macrófagos com nomes especiais: • célula de Langherans - macrófagos encontrados na pele • micróglia - macrófago presente nas meninges e em toda porção do SNP • osteoclasto - macrófagos presentes no tecido ósseo • células dendríticas - sistema linfático • células gigantes: multinucleadas - fusão de vários macrófagos que atuam no próprio TC • células de Kupffer – encontrada no fígado, igual aos macrófagos Corte histológico de tecido conjuntivo frouxo que mostra vários fibroblastos (F) ativos com núcleo grande, nucléolo evidente e citoplasma abundante e basófilo Observe os Inúmeros prolongamentos citoplasmáticos dos fibroblastos (setas) que se destacam entre as fibrilas finas de colágeno. (Coloração: hematoxilina-eosina. Médio aumento. Imagem de T.M.T. Zoom.) Corte histológico de pele de rato que mostra uma célula gigante (•) forma da pela fusão de vários macrófagos. (Coloração: hematoxilina- eosina. Médio aumento. Imagem de T.M.T. zoom.) 3 Histologia Danielle Zanotti MASTOCITOS: ↳ Atuam em reações imunes, processos inflamatórios, reações alérgicas e expulsão de parasitas (defesa juntamente com leucócitos e macrófagos). Relacionados com os processos anafiláticos ↳ Dois tipos: • Mastócito do TC – pele e cavidade peritoneal. Possuem uma substancia chamada de heparina. • Mastócito da mucosa – mucosa intestinal e pulmão. Possuem uma substancia chamada de condriotim sulfatado. A diferença está em um tipo de secreção na composição granular. ↳ Origem hematopoiética ↳ Possuem receptores para imunoglobulina E (IgE) – processos anafiláticos. (os mastócitos que produzem imunoglobulina E) ↳ Produção de substancias: • histaminas, leucotrienos, heparina, condriotim sulfatado, ECF-A. plasmocitos: ↳ Não são abundantes, excetos em locais sujeitos a entrada de bactérias e proteínas estranhas, como a mucosa intestinal. . ↳ Associados a processos de inflamação crônica (em que predominam plasmócitos, linfócitos e macrofagos), mais acentuadas. Estão envolvidos em processos anafiláticos pois eles produzirão o antígeno (imunoglobulina E) A ultraestrutura de um plasmócito. Corte histológico de língua de rato. Observe vários mastócitos no tecido conjuntivo que envolve as células musculares e vasos sanguíneos. (Coloração: pararrosanilina e azul de toluidina. Médio aumento.) Mecanismo de secreção pelos mastócitos. A. Moléculas de lgE ligam-se a receptores de superfície celular. 8. Após a segunda exposição ao antígeno (p. ex., veneno de abelha), as moléculas de lgE presas aos receptores ligam-se ao antígeno. Esta ligação ativa a adenilcidase e resulta na fosforilação de certas proteínas. C. Ao mesmo tempo, há uma entrada de (a2·' na célula. D. Este evento promove a fusão de grânulos citoplasmáticos específicos e a exocitose de seu conteúdo. E. Além disso, fosfolipases atuam nos fosfolipídios da membrana produzindo leucotrienos. O processo de extrusão não lesa a célula, a qual permanece viável e sintetiza novos grânulos. ECF-A Processo inflamatório crónico que mostra um conjunto de plasmócitos (setas) caracterizados por seu tamanho, abundante citoplasma basófilo refletindo a riqueza de seu retículo endoplasmático granuloso responsável pela síntese e glicosilação inicial dos anticorpos. O complexo de Golgi é desenvolvido e é o local onde ocorre a glicosilação terminal dos anticorpos (glicoproteínas). Os plasmóàtos produzem anticorpos que participam de modo importante nas reações imunes. (Coloração: hematoxilina- eosina. Médio aumento. Imagem de T.M.T. Zoom.) 4 Histologia Danielle Zanotti Leucocitos ou globulos brancos: ↳ Origem hematopoiética – diapedese ↳ Células de defesa contramicro-organismos ↳ Responsáveis por processos inflamatórios contra substâncias estranhas: bactérias, substancias químicas irritantes Celulas adiposas: ↳ Formam o tecido adiposo ↳ Armazenamento de energia: triglicerídeos ↳ Termorregulação: não é tão importante para nós seres humanos. Importante para animais que hibernam fibras ↳ Proteínas polimerizadas em estruturas longas; ↳ Existem dois sistemas de fibras: • sistema colágeno - colágeno • fibras colágenas e fibras reticulares • sistema elástico - elastina • fibras elásticas, fibras elaunínicas e fibras oxitalânicas ↳ O que diferencia é a proporção e tipo de fibras Colágeno: proteína mais abundante do organismo (30% do peso seco total). Está contido no cabelo, unha, cartilagem, osso, pele, tecido conjuntivo, músculo liso e lâmina basal ↳ Diferentes graus de rigidez, elasticidade e tensão ↳ Quem produz? Vários tipos celulares diferentes, fibroblastos – condroblastos – osteoblastos. AA principais: glicina, prolina, hidroxipolina. • Biossíntese de colágeno: cadeia polipeptídica (junção de 3 dessas cadeias), quando as três cadeias se juntam forma o tropocolágeno até formar a fibrila de colágeno. ↳ Tropocolágeno – unidade composicional • Pele jovem: rica em colágeno e elastina (estrutura perfeita). Pele madura: atrofia estrutural (pele flácida). Conforme a idade vamos perdendo muita água, e os fibroblastos param de produzir colágeno e a pele vai ficando flácida. ↳ Colágeno que formam longas fibrilas – 1, 2, 3, 5 e 9 ↳ Colágeno associados a fibrilas – 9 e 12 ↳ Colágeno que formam rede – 4 ↳ Colágeno de ancoragem – 7 Fibras colágenas Fibras reticulares 5 Histologia Danielle Zanotti Sistema elastico • Fibras oxitalânicas – Microfibrilas e fibrilina • Fibras elaunínicas – deposição irregular de elastina • Fibras elásticas – elastina ocupa todo centro da miofibrila Tipos de tecido conjuntivo ↳ TC propriamente dito: conectivo, estrutura que alimenta tecido diferente • Frouxo; • Denso; modelado e não modelado ↳ TC de propriedades especiais • Elástico, mucoso, reticular/hematopoiético, adiposo ↳ TC de suporte: estruturação do corpo • Cartilaginoso e ósseo Tecido conjuntivo propriamente dito ↳ TCPD FROUXO: Estruturas sujeitas a pouca pressão e atrito. Células, fibras e SF em igual proporção. • Espaços entre células musculares. • Suporte de epitélio • Em torno dos vasos sanguíneos ↳ TCPD DENSO: Resistencia e proteção aos tecidos. Mais fibras colágenas. • Não modelado: Feixes sem orientação, suporte de tensões em todas as direções. Derme profunda 6 Histologia Danielle Zanotti • Modelado: Feixes orientados paralelamente, suporte de tensões em uma única direção. Tendões. Tecido conjuntivo de propriedades especiais ↳ ELÁSTICO: feixes espessos e paralelos de fibras elásticas + fibras delgadas de colágeno + fibroblastos. Ligamentos da coluna e ligamento suspenso do pênis ↳ HEMOCITOPOIÉTICO E RETICULAR: Rede tridimensional de fibras reticulares que recobrem órgãos linfoides e hematopoiéticos ↳ MUCOSO: Predominância de matriz fundamental, ácido hialurônico + fibroblastos – cordão umbilical e polpa jovem dos dentes. Relacionado a partes em desenvolvimento, componente fibroso muito menor, componente liquido ou hídrico mais expressivo. TECIDO ADIPOSO: • Unilocular – apenas 1 gotícula de gordura no citoplasma • Amplamente distribuído pelo corpo com função de armazenamento energético (triglicerídeos) • Multilocular – várias gotículas de gordura no citoplasma • Restrito no corpo relacionado a termorregulação Importante em animais que hibernam O tecido mucoso de um embrião mostra os fibroblastos imersos em matriz extracelular muito frouxa composta predominantemente de ácido hialurônico (glicosaminoglicano da matriz fundamenta-o. (Hematoxilina-eosina. Médio aumento.) Ilustração do tecido conjuntivo reticular mostrando apenas as células reticulares e as fibras (as células livres não estão representadas). As fibras reticulares são envolvidas pelo citoplasma das células reticulares; as fibras, entretanto, são extracelulares, separadas do citoplasma pela membrana plasmática da célula. No interior dos espaços (seios) as células e os fluidos tissulares se movimentam livremente. Fotomiaografia de tecido adiposo unilocular. As setas finas indicam fibroblastos do tecido conjuntivo de sustentação. As setas espessas apontam vasos sanguíneos. A. Célula adiposa. (Coloração pela hematoxilina. Médio aumento.) Origem e desenvolvimento das células adiposas. A célula mais superior é uma célula mesenquimal indiferenciada que, além de formar outros tipos celulares, dá origem aos fibroblastos (esquerda) e aos lipoblastos {direita). Os lipoblastos diferenciam-se em células adiposas. Quando a gordura é mobilizada para atender às necessidades metabólicas do organismo, as células adiposas maduras podem voltar a apresentar apenas algumas gotículas em seu citoplasma. Nesse caso ela volta a um estágio pelo qual passou durante a histogênese (setas nos dois sentidos). As células não foram desenhadas na mesma escala. A célula adiposa madura é maior em relação às outras células moi tradas no desenho. TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR 7 Histologia Danielle Zanotti Tecido conjuntivo de suporte TECIDO cartilaginoso: ↳ Funções: • Suporte de tecidos moles • Revestimento de superfícies articulares (absorção de choques e deslizamento dos ossos) • Crescimento de ossos longos ↳ Constituição: • Células – condrócitos (lacunas) • Material extracelular abundante – matriz ↳ Desprovidos de vasos e nervos – nutrição pelo pericôndrio ➤ Cartilagens hialinas: ↳ Cartilagem mais comum no corpo: • Forma o primeiro esqueleto do embrião; • Disco epifisário (entre a epífise e diáfise de ossos longos) – crescimento em extensão ↳ No adulto • Fossas nasais • Traqueia e brônquios • Costelas • Articulações de ossos longos A- Mesênquima / B- células mesenquimais C- Condroblastos / D - condrócitos ➤ Cartilagens elásticas: ↳ Fibrilas de colágeno + rede de elastina ↳ Menos sujeita a processos degenerativos ↳ Encontrada • Pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote e laringe ➤ Cartilagens fibrosas: ↳ Intermediário entre TCPD denso e cartilagem hialina ↳ Limites de definição impreciso ↳ Sem pericôndrio ↳ Encontrado • Discos intervertebrais, inserção de tendões e ligamentos e sínfise pubiana TECIDO OSSEO: ↳ Funções: • Principal constituinte dos ossos • Suporte para partes moles • Proteção de órgãos vitais • Formação de células sanguíneas ↳ Constituição: • Células – osteócitos (lacunas na matriz), osteoclastos (reabsorção de tecido ósseo) e osteoblastos (produz parte orgânica) • Matriz óssea • Matriz mineralizada: fosfato e cálcio (hidroxiapatita) • Porção orgânica • Fibras colágenas 8 HistologiaDanielle Zanotti ↳ Perióstio e endóstio: • Tecido conjuntivo que recobre as superfícies ósseas • Nutrição e fornecimento de osteoblastos • Perióstio – superfície externa • Fibras colágenas e fibroblastos • Fibras de sharpey • células osteoprogenitoras • Endóstio – superfície interna • Células osteogênicas achatadas • Reveste osso esponjoso e canais ósseos (medular, Havers e de Volkmann) ↳ Osso compacto: • Sem cavidades ↳ Osso esponjoso: • Cavidades intercomunicantes ↳ Tecido ósseo primário ↳ Tecido ósseo secundário ↳ Formação dos ossos • Ossificação intramembranosa • A partir de diferenciação de células mesenquimais • Osteóide • Osteoblastos – osteócitos • Ossificação endocronal • A partir de cartilagem hialina • Dois processos • Modificação dos condrócitos • Formação dos osteoblastos e deposição de matriz óssea Fotomicrografia de fatia de tecido ósseo seco e desgastado até se tomar muito fina. As lacunas e os canalículos, cheios de ar, desviam a luz e aparecem escuros. Os canalículos se comunicam e constituem a via de intercambio de moléculas entre os osteócitos e o sangue dos capilares do periósteo e do endóstio. (Médio aumento.) Esquema da parede da diáfise dos ossos longos. Aparecem três tipos de tecido ósseo lamelar. os sistemas de Havers e as lamelas circunferenciais externas e as internas. O sistema de Havers desenhado em três dimensões, no alto e à esquerda, mostra a orientação das fibras colágenas nas lamelas (ver as lamelas intersticiais na Figura 8.10). O sistema de Havers saliente, à esquerda, mostra a direção das fibras colágenas em cada lamela. À direita, observe um sistema de Havers isolado, que mostra um capilar sanguíneo central (há também nervos, que não foram mostrados no desenho) e muitos osteócitos com seus prolongamentos. Início da ossificação intramembranosa. Células do mesênquima se tomam arredondadas e formam um blastema no qual, por diferenciação, originam-se osteoblastos que produzem tecido ósseo primário.
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