Aula 05 - LEITURA DE DESENHOS E ESBOÇO EM PERSPECTIVA

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AULA 05 - LEITURA DE DESENHOS E ESBOÇO EM PERSPECTIVA
Universidade da Amazônia – UNAMA
Curso de Graduação em Engenharia Mecânica
Disciplina: Desenho Técnico Mecânico
Prof. Jeferson Bezerra, 040800134@prof.unama.br
Belém – PA
2021
Sumário
Definição e pré-requisitos em leitura e interpretação de desenhos;
Princípios básicos para leitura de desenhos;
Identificação do diedro utilizado no desenho;
Leitura de desenhos;
Esboço em perspectiva – paralelepípedo de referência.
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1. Definição e pré-requisitos
Ler um desenho técnico significa entender a forma espacial do objeto representado por meio do desenho bidimensional, que resultou de projeções ortogonais;
O pré-requisito para fazer essa leitura é familiarizar-se com a disposição das vistas resultantes das projeções ortogonais, associadas aos rebatimentos dados na peça desenhada;
Enquanto a pessoa que lê o desenho técnico não conseguir associar, automaticamente, as projeções resultantes com os rebatimentos dados na peça, ela terá dificuldade em visualizar mentalmente a forma espacial representada.
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2. Princípios básicos para leitura de desenhos
A visualização da forma espacial de um objeto só é possível a partir da associação das diversas vistas, utilizadas na sua representação;
Ao observar qualquer vista, é importante ter em mente que o que se enxerga é a representação de um sólido, visto ortogonalmente de uma determinada posição;
Na qual cada linha reproduz uma intersecção de superfícies, ou seja, cada linha representa um canto da peça.
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2. Princípios básicos para leitura de desenhos
Observando a figura abaixo, verifica-se que não é possível visualizar a forma espacial do objeto com uma única vista, mas pode-se concluir que duas superfícies distintas, identificadas pelos números 1 e 2, estão representadas no desenho;
Uma vez que cada linha representa um canto da peça, perceba que a linha vertical que separa as duas superfícies pode representar tanto uma intersecção das superfícies 1 e 2, como uma terceira superfície, perpendicular às superfícies 1 e 2.
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2. Princípios básicos para leitura de desenhos
Dessa forma, a figura anterior poderia corresponder a qualquer um dos sólidos mostrados, considerando o sentido de observação indicado;
A indefinição ocorre porque estamos olhando uma única vista. Mais uma vez, conclui-se que é praticamente impossível visualizar a forma espacial de qualquer objeto representado com uma única vista.
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2. Princípios básicos para leitura de desenhos
O entendimento da forma espacial só é possível através da associação de duas ou mais vistas. Analisando simultaneamente as duas vistas dadas na figura abaixo, é possível descobrir que:
A linha vertical corresponde à intersecção das superfícies 1 e 2;
O desenho está no 1º diedro;
A superfície 2 é inclinada em relação à superfície 1.
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3. Identificação do diedro utilizado no desenho
Para interpretar um desenho e entender a forma espacial representada, é imprescindível identificar qual foi o diedro utilizado na sua elaboração;
Apesar de as normas internacionais recomendarem que se indique o diedro utilizado no desenho técnico, na maioria das vezes, isso não acontece;
No entanto, é possível identificá-lo ao analisar as projeções ortogonais de uma única superfície.
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3. Identificação do diedro utilizado no desenho
Na figura, a superfície A é representada por uma linha cheia na vista 2. Assim sendo, conclui-se que, em relação à 1, a vista 2 corresponde à peça observada por cima;
Como a vista superior 2 está localizada embaixo da vista de frente 1, isso quer dizer que o desenho foi elaborado segundo as regras do 1º diedro. Consequentemente, a vista 3 é a vista lateral esquerda.
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3. Identificação do diedro utilizado no desenho
Na figura, note que a superfície A é representada por uma linha tracejada na vista 2. Em relação à posição da vista 1, isso quer dizer que a vista 2 corresponde à vista lateral direita;
Considerando 1 a vista de frente e, estando a vista lateral direita à sua direita, conclui-se que o desenho está no 3º diedro.
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3. Identificação do diedro utilizado no desenho
A superfície B é representada por uma linha cheia na vista 2. Isso significa que a vista 2 foi obtida observando-se a peça na posição 1, pelo lado direito;
Considerando 1 a vista de frente, pode-se concluir que o desenho está no 1° diedro, porque a vista lateral direita está à esquerda da vista de frente.
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4. Leitura de desenhos
A identificação do diedro utilizado permite associar, em relação ao conjunto de vistas apresentado no desenho, os rebatimentos (tombos) dados na peça;
Para ler um desenho com facilidade, é preciso analisar o que as linhas das projeções ortogonais estão representando;
Uma forma de facilitar o entendimento de uma peça é através da leitura de desenhos mediante a construção de modelos, utilizando material macio e fácil de cortar;
Normalmente, utiliza-se espuma floral, massa de modelar ou uma barra de sabão para fazer esse tipo de modelagem.
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4. Leitura de desenhos
Na prática, a construção de qualquer forma espacial é feita a partir de um bloco. Portanto, antes de começar o trabalho de modelagem, é necessário construir um paralelepípedo com dimensões iguais às dimensões máximas do comprimento, largura e altura da peça em estudo;
Por fim, para que o paralelepípedo adquira sua forma final, é preciso fazer cortes sucessivos.
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4. Leitura de desenhos
Outro caminho para fazer uma modelagem é justapor sólidos geométricos simples, que podem ser facilmente identificados nas projeções ortogonais.
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4. Leitura de desenhos
Outra forma de leitura de desenhos é a leitura utilizando o esboço em perspectiva;
Um dos procedimentos para leitura do desenho através de esboços em perspectiva é semelhante ao da modelagem a partir de um bloco com cortes sucessivos, visto na seção anterior.
Inicia-se desenhando a perspectiva de um paralelepípedo que contenha as dimensões de comprimento, largura e profundidade da peça;
A seguir, marca-se nas faces do paralelepípedo a localização dos sentidos de observação, utilizados para se obter as projeções ortogonais;
Comparando os sentidos de observação, marcados nas faces do paralelepípedo, com as respectivas projeções ortogonais, basta esboçar em perspectiva os detalhes definidos em cada vista do desenho.
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4. Leitura de desenhos
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4. Leitura de desenhos
Outra forma de elaborar esboços em perspectiva, para facilitar a visualização da forma espacial representada em projeções ortogonais, é desenhar nas respectivas faces dos paralelepípedos as vistas correspondentes, considerando os sentidos de observação.
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5. Esboço em perspectiva – paralelepípedo de referência
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Qualquer que seja a forma de uma peça, para elaborar um esboço em perspectiva é necessário desenhar primeiro o paralelepípedo de referência;
Das perspectivas paralelas, a perspectiva isométrica, que é a perspectiva onde os eixos isométricos do comprimento e da largura formam 30° com a linha horizontal, é a mais adequada para obter um esboço, cuja finalidade é ajudar a interpretação das projeções ortogonais.
5. Esboço em perspectiva – paralelepípedo de referência
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No Passo 1, vê-se que um dos eixos isométricos é traçado verticalmente e os outros dois fazem um ângulo de 30° com uma linha horizontal;
Depois de traçar os eixos isométricos, marcam-se, sobre eles, os tamanhos proporcionais às medidas de comprimento, largura e altura da peça representada nas projeções ortogonais.
5. Esboço em perspectiva – paralelepípedo de referência
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Seguindo as medidas marcadas, traçam-se linhas paralelas aos eixos isométricos para obter o paralelepípedo de referência, que pode ser visto no Passo 2;
Os passos 3, 4 e 5 mostram como conseguir a forma espacial representada nas projeções ortogonais, desenhando nas faces do paralelepípedo as vistas correspondentes.
5. Esboço em perspectiva – paralelepípedo de referência
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Observe que, quando a peça não possui superfícies inclinadas, todasas linhas são paralelas a um dos três eixos isométricos;
Nos desenhos em perspectiva, normalmente, as arestas invisíveis não são representadas.
6. EXEMPLOS
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6. EXEMPLOS
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6. Trabalho T1
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6. Trabalho T1
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FIM
Prof. Jeferson Bezerra, 040800134@prof.unama.br
Belém – PA
2021