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SIMULADO REVISÃO LINGUAGENS PARA VESTIBULARES TRADICIONAIS - NÚMERO 3 (COM GABARITO)

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1. 
A pintura anterior pode ser enquadrada no movimento cubista já que apresenta
a) predominância de cores consideradas frias.
b) amor passional como tema da obra.
c) paisagem morta como expressão artística.
d) destaque para as formas geométricas.
e) ideia de movimento frenético das formas.
O cubismo trabalha com formas geométricas que burlam a noção de perspectiva e a representação fiel dos objetos para reduzi-los ao que possuem de mais essencial. A pintura apresenta essa redução das formas retratadas aos seus equivalentes mais geometrizados.
2. Clarice Lispector, em seus romances e contos, trata da condição feminina, da dificuldade de relacionamento humano, da hipocrisia dos papéis socialmente definidos. Além disso, essa escritora 
a) segue a linha regionalista, acrescentando-lhe um caráter filosófico.
b) rompe a linearidade da narrativa e recorre à técnica do monólogo interior.
c) inaugura, na literatura brasileira, os perfis femininos e se filia ao Romantismo.
d) privilegia os recursos gráficos das palavras e abandona o discurso tradicional.
e) utiliza a ironia na crítica de costumes e analisa a sociedade urbana contemporânea.
3. Soneto de devoção
Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica em meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
(Vinicius de Moraes)
Sobre o poema de Vinicius de Moraes é correto afirmar que há
a) predominância de elementos místicos e religiosos, características da primeira fase da poesia de Vinicius de Moraes.
b) presença do erotismo, recriado a partir de uma forma clássica e de uma linguagem crua e direta.
c) emprego de uma linguagem direta e quase didática para manifestar solidariedade às classes oprimidas e também à mulher.
d) elementos que revelam grande preocupação com a condição humana e o desejo de superar, através da transcendência mística, as sensações de culpa do pecado do amor carnal.
e) formas que lembram a poesia concreta, afastando-se completamente da composição tradicional de poema.
4. Vinicius de Moraes está, temática e cronologicamente, vinculado ao
a) Parnasianismo.
b) Romantismo.
c) Modernismo.
d) Simbolismo.
e) Neossimbolismo.
5. Estão, entre os principais escritores da prosa na segunda fase do modernismo:
a) Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Augusto de Campos e Dalton Trevisan.
b) Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge Amado.
c) Graciliano Ramos, Fernando Sabino, Érico Veríssimo e Mário de Andrade.
d) Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade, Dionélio Machado e Hilda Hilst.
e) Lúcio Cardoso, Roberto Drummond, Jorge Amado e Adélia Prado.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto abaixo.
	1Recebi consulta de um amigo que tenta 2deslindar segredos da língua para estrangeiros que querem aprender português. 3Seu problema: “se digo em uma sala de aula: ‘Pessoal, leiam o livro X’, como explicar a concordância? 4Certamente, não se diz 5‘Pessoal, leia o livro X’".
	Pela pergunta, vê-se que não se trata de fornecer regras para corrigir eventuais problemas de padrão. Trata-se de entender um dado que ocorre regularmente, mas que parece oferecer alguma dificuldade de análise.
	Em primeiro lugar, é óbvio que se trata de um pedido (ou de uma ordem) mais ou 6menos informal. Caso contrário, não se usaria a expressão “pessoal”, mas talvez “Senhores” ou “Senhores alunos”.
	Em segundo lugar, não se trata da tal concordância ideológica, nem de silepse (hipóteses previstas pela gramática para explicar concordâncias mais ou menos excepcionais, que se devem menos a fatores sintáticos e mais aos semânticos; 7exemplos correntes do tipo “A gente fomos” e “o pessoal gostaram” se explicam por esse critério). Como se pode saber que não se trata de concordância ideológica ou de silepse? A resposta é que, 8nesses casos, o verbo se liga ao sujeito em estrutura sem vocativo, diferentemente do que acontece 9aqui. E em casos como “Pedro, venha cá”, “venha” não se liga a “Pedro”, 10mesmo que pareça que sim, porque Pedro não é o sujeito.
	11Para tentar formular uma hipótese 12mais clara para o problema apresentado, 13talvez 14se deva admitir que o sujeito de um verbo pode estar apagado e, mesmo assim, produzir concordância. O ideal é que se mostre que o fenômeno não ocorre só com ordens ou pedidos, e nem só quando há vocativo. Vamos por partes: a) 15é normal, em português, haver orações sem sujeito expresso e, mesmo assim, haver flexão verbal. 16Exemplos 17correntes são frases como “chegaram e saíram em seguida”, que todos conhecemos das gramáticas; b) sempre que há um vocativo, em princípio, o sujeito pode não aparecer na frase. É o que ocorre em “meninos, saiam daqui”; mas o sujeito pode aparecer, pois 18não seria estranha a sequência “meninos, vocês se comportem”; c) 19se 20forem aceitas as hipóteses a) e b) (diria que são fatos), não 21seria estranho que a frase “Pessoal, leiam o livro X” pudesse ser tratada como se sua estrutura fosse “Pessoal, vocês leiam o livro x”. Se a palavra “vocês” não estivesse apagada, a concordância se explicaria normalmente; d) assim, o problema 22real não é a concordância entre “pessoal” e “leiam”, mas a passagem de “pessoal” a “vocês”, que não aparece na superfície da frase.
	Este caso é apenas um, dentre tantos outros, que nos obrigariam a considerar na análise elementos que parecem não estar 23na frase, mas que atuam como se 24lá estivessem.
Adaptado de: POSSENTI, Sírio. Malcomportadas línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 85-86.
 
6. Considere as seguintes afirmações sobre a síntese dos parágrafos do texto.
I. O primeiro parágrafo apresenta a problemática discutida pelo autor, a partir da dúvida de um amigo, sobre a concordância na língua portuguesa.
II. O segundo e o terceiro parágrafos apresentam discussão a respeito da preponderância dos aspectos sintáticos envolvidos na construção de pedidos e ordens em usos não padrão da língua.
III. O quinto parágrafo do texto enumera argumentos que permitem explicar o fenômeno gramatical da concordância em construções sem sujeito expresso.
Quais estão de acordo com o texto? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e III. 
e) I, II e III. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto abaixo.
1– Temos sorte de viver no Brasil – dizia meu pai, depois da guerra. – Na Europa 2mataram 3milhões de judeus.
Contava as 4experiências que 5os médicos nazistas faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas encolher – à maneira, li depois, dos índios Jivaros. 6Amputavam pernas e braços. Realizavam estranhos transplantes: uniam a metade superior de um homem _____1_____ metade inferior de uma mulher, ou aos quartos traseiros de um bode. 7Felizmente 8morriam 9essas atrozes quimeras; 10expiravam como seres humanos, não eram obrigadas a viver como aberrações. (_____2_____ essa altura eu tinha os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava 11que a descrição das maldades nazistas me deixava comovido.)
12Em 1948 13foi proclamado 14o Estado de Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do armazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando _____3_____ notícias da guerra no Oriente Médio. Meu pai estava entusiasmado com o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da África, judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com seus camelos: tipos muito esquisitos, Guedali.
Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias. Por que não ir para Israel? 15Num país de gente tão estranha – e, 16ainda por cima, em guerra– eu certamente não chamaria a atenção. Ainda menos como combatente, entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, atirando sem cessar; eu me via caindo, 17varado de balas. 18Aquela, sim, era a 19morte que eu almejava, morte heroica, esplêndida justificativa para uma vida miserável, de monstro 20encurralado. E, caso não morresse, poderia viver depois num kibutz . Eu, que conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros do kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo.
Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001. 
7. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, sobre os sujeitos de algumas formas verbais do texto.
( ) O sujeito da forma verbal mataram (ref.2) é milhões de judeus (ref. 3).
( ) O sujeito da forma verbal Amputavam (ref. 6) é os médicos nazistas (ref. 5).
( ) O sujeito da forma verbal morriam (ref. 8) é essas atrozes quimeras (ref. 9).
( ) O sujeito da locução verbal foi proclamado (ref. 13) é o Estado de Israel (ref. 14).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
a) F – V – V – V. 
b) V – F – V – F. 
c) V – F – F – V. 
d) V – V – V – V. 
e) F – V – F – F. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Jovem que agrediu professora em SC não foi morto a tiros
Blog especializado em inventar notícias falsas para o WhatsApp publicou que adolescente foi executado com oito tiros
1Assim como a maioria das notícias de grande repercussão, o caso da agressão de um aluno de 15 anos a uma professora dentro de uma escola municipal no interior de Santa Catarina é tema para boatos espalhados no WhatsApp e em redes sociais.
Nos últimos dois dias, circula a notícia falsa de que o 2adolescente 3que agrediu a professora Márcia de Lourdes Friggi teria sido executado com oito tiros, em um possível “crime de vingança”. 
À parte uma vírgula mal colocada e outra ausente, 4esse é um caso raro de 5boato propagado na internet em que não abundam erros de pontuação e grafia. A informação, nem por isso, deixa de ser a mais pura ficção.
Outro 6indício 7de que a notícia é falsa é a ausência dessa informação em grandes veículos de imprensa, que têm coberto o caso da agressão desde o princípio.
(UOL. 08/09/2017. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/me-engana-que-eu-posto/jovem-que-agrediu-professora-em-sc-nao-foi-morto-a-tiros/. Adaptado. Acesso em: 2 set. 2017)
8. Em cada uma das alternativas a seguir, são apresentados um trecho do texto “Jovem que agrediu professora em SC não foi morto a tiros” e uma proposta de reescrita desse trecho. Assinale a alternativa em que essa reescrita está em desacordo com o sentido originalmente proposto.
	a) 
	Assim como a maioria das notícias de grande repercussão, o caso da agressão de um aluno de 15 anos a uma professora dentro de uma escola municipal no interior de Santa Catarina é tema para boatos espalhados no WhatsApp e em redes sociais (1º parágrafo).
	A exemplo do que ocorre com a maioria das notícias de grande repercussão, o caso da agressão a uma professora de um aluno de 15 anos dentro de uma escola municipal no interior de Santa Catarina é tema para boatos espalhados no WhatsApp e em redes sociais.
	b)
	Nos últimos dois dias, circula a notícia falsa de que o adolescente que agrediu a professora Márcia de Lourdes Friggi teria sido executado com oito tiros, em um possível “crime de vingança” (2º parágrafo)
	Nos últimos dois dias, circula a falsa notícia de que, em um possível “crime de vingança”, teria sido executado, com oito tiros, o adolescente que agrediu a professora Márcia de Lourdes Friggi. 
	c)
	À parte uma vírgula mal colocada e outra ausente, esse é um caso raro de boato propagado na internet em que não abundam erros de pontuação e grafia (3º parágrafo).
	Embora com uma vírgula mal colocada e outra ausente, esse é um caso raro de boato propagado na internet em que não abundam erros de pontuação e grafia.
	d)
	A informação, nem por isso, deixa de ser a mais pura ficção (3º parágrafo).
	Isso não faz, no entanto, com que a informação deixe de ser a mais pura ficção.
	e)
	Outro indício de que a notícia é falsa é a ausência dessa informação em grandes veículos de imprensa, que têm coberto o caso da agressão desde o princípio (4º parágrafo).
	Outro indício de que a notícia não é verdadeira está ligado ao fato de que essa informação não foi noticiada por grandes veículos de imprensa, os quais têm coberto o caso da agressão desde o princípio.
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Adiante seguiu a Justiça
Maria Berenice Dias
Durante séculos, ninguém 1titubeava em responder: família, só tem uma – a 2constituída pelos sagrados laços do matrimônio. Aos noivos era imposta a obrigação de se multiplicarem até a morte, mesmo na tristeza, na pobreza e na doença. Tanto que se falava em débito conjugal. 
Esse modelito se manteve, ao menos na 3aparência, 4_____ expensas da integridade física e psíquica das mulheres, que se mantinham dentro de casamentos 5esfacelados, pois assim exigia a sociedade. Tanto que o casamento era indissolúvel. As pessoas até podiam se desquitar6, mas não podiam se casar de novo. Caso encontrassem um par, 7tornavam-se 8concubinos e alvos de punições. 
As mudanças foram muitas: vagarosas, mas significativas. As causas9, incontáveis. No entanto, o resultado foi um 10só. O conceito de família mudou, se esgarçou. O casamento perdeu a sacralidade e permanecer dentro dele deixou de ser uma imposição social e uma obrigação legal. 
Veio o 11divórcio. Antes, porém, o 12purgatório da separação, que exigia que se identificassem causas, 13punindo-se os culpados. A liberdade total de casar e descasar chegou somente no ano de 2006. 
A lei regulamentava exclusivamente o casamento. Punia com o silêncio toda e qualquer modalidade de estruturas familiares que se afastasse do modelo “oficial”. 
E foi assumindo a responsabilidade de julgar que os 14juízes começaram a alargar o conceito de família. As mudanças chegaram 15_____ Constituição Federal, que enlaçou no conceito de família, outorgando-lhes especial proteção, outras estruturas de convívio. Além do casamento, trouxe, de forma exemplificativa, a união estável entre um homem e uma mulher e a chamada família parental: um dos pais e seus filhos. 
Adiante ainda seguiu a Justiça. Reconheceu que o rol constitucional não é exaustivo, e continuou a reconhecer como família outras estruturas familiares. Assim as famílias anaparentais, constituídas somente pelos filhos, sem a presença dos pais; as famílias parentais, decorrentes do convívio de pessoas com vínculo de parentesco; bem como as famílias homoafetivas, que são as formadas por pessoas do mesmo sexo. 
O reconhecimento da homoafetividade como união estável foi levado 16_____ efeito pelo Supremo Tribunal Federal no ano de 2011, em decisão unânime e histórica. Agora esta é a realidade: 17homossexuais casam18, têm filhos19, ou seja20, podem constituir família. 
Ativismo judicial? Não, interpretação da Carta Constitucional segundo um punhado de princípios fundamentais. É a Justiça cumprindo o seu papel de fazer justiça, mesmo diante da lacuna legal. 
Da inércia, passou o Legislativo21, dominado por autointitulados profetas religiosos22, a reagir. 
Não foi outro o intuito do Estatuto da Família, que acaba de ser aprovado pela comissão especial na Câmara dos Deputados (PL 6.583/2013). 23Tentar limitar o conceito de família à união entre um homem e uma mulher, além de 24afrontar todos os princípios fundantes do Estado, impõe um retrocesso social que irá retirar direitos de todos aqueles que não se encaixam neste conceito limitante e limitado. 
Mas 25_____ mais. Proceder ao cadastramento das entidades familiares e criar Conselhos da Família é das formas mais perversas de excluir direito à saúde, à assistência psicossocial, à segurança pública, que são asseguradas somente às entidadesfamiliares reconhecidas como tal. Limitar acesso à Defensoria Pública e à tramitação prioritária dos processos à entidade familiar definida na lei, às claras tem caráter punitivo. 
O conceito de família mudou. E onde procurar a sua definição atual? Talvez na frase piegas de Saint-Exupéry: na responsabilidade decorrente do afeto.
(Fonte: Zero Hora, Caderno PrOA, 27-09-2015 – Adaptação) 
9. Caso na referência 17, o vocábulo homossexuais fosse passado para o singular, quantas outras alterações deveriam ser feitas a fim de manter a concordância da frase? 
a) Duas. 
b) Três. 
c) Quatro. 
d) Cinco. 
e) Seis. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Famílias em transformação
Rosely Sayão*
O projeto de lei que cria o Estatuto da Família colocou na pauta do dia a discussão a respeito do conceito de família. Afinal, o que é família hoje? Alguém aí tem uma definição, para a atualidade, que consiga 1acolher todos os grupos existentes que vivem em contextos familiares? 
A Câmara dos Deputados tem a resposta que considera a certa: “Família é a união entre homem e mulher, por meio de casamento ou de união estável, ou a comunidade formada por qualquer um dos pais junto com os filhos”. 
Essa é a definição aprovada pela Câmara para o projeto cuja finalidade é orientar as políticas públicas quanto aos direitos das famílias – essas que se encaixam na definição proposta −, principalmente nas áreas de segurança, saúde e educação. Vou deixar de lado a discussão a respeito das injustiças, preconceitos e exclusões que tal definição comporta, para conversar a respeito das famílias da atualidade. 
Desde o início da segunda metade do século passado, o conceito de família entrou em crise, e uso a palavra “crise” no sentido mais positivo do termo: o que aponta para renovação e transição; mudança, enfim. Até 2então, 3tínhamos, 4na modernidade, uma configuração social hegemônica de família, que 5era pautada por um tipo de aliança – entre um homem e uma mulher – e por relações de consanguinidade. As mudanças 6ocorridas no mundo determinaram 7inúmeras alterações nas famílias, 8não apenas em seu desenho, mas, principalmente, em suas dinâmicas. 
E é importante aceitar 9esta questão10: não foram as famílias que 11provocaram mudanças na sociedade; esta é que determinou muitas mudanças nas famílias. Só assim 12vamos conseguir enxergar que a família não é um agente de perturbação da sociedade. É a sociedade que 13tem perturbado, e muito, o funcionamento familiar. 
14Um exemplo? Algumas mulheres 15renunciam ao direito de ficar com o filho recém-nascido durante todo 16o período da licença-maternidade determinado por lei, 17porque 18isso pode atrapalhar sua carreira profissional19. Em outras palavras: elas entenderam que a sociedade prioriza o trabalho em detrimento da dedicação à família. É assim ou não é? 
Se pudéssemos levantar um único quesito que seria fundamental para caracterizar 20a transformação de um agrupamento de pessoas em família, eu diria que é o vínculo, tanto horizontal quanto vertical. E, hoje, todo mundo conhece grupos de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou que têm relação de parentesco 21e que não se constituem verdadeiramente em família, 22por absoluta falta de vínculo entre seus integrantes. 
Os novos valores sociais têm norteado as pessoas para 23esse caminho. Vamos nos lembrar de valores decisivos para nossa sociedade: o consumo, que valoriza o trabalho exagerado, a ambição desmedida e o sucesso a qualquer custo24; a juventude, que leva adultos, independentemente da idade, a adotarem um estilo de vida juvenil, que dá pouco espaço para o compromisso que os vínculos exigem25; 26a busca da felicidade, identificada com satisfação imediata, que leva a trocas sucessivas nos relacionamentos amorosos, como amizades e par afetivo, só para citar alguns exemplos. 
O vínculo afetivo tem relação com a vida pessoal27. O vínculo social28, com a cidadania. 29Ambos estão bem frágeis, não é? 
* Psicóloga e consultora educacional.
Texto publicado na Folha de São Paulo, em 29 set. 2015. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2015/09/1687809-familias-em-transformacao.shtml. Acesso em 01 out. 2015. Adaptação. 
10. Em relação ao emprego de recursos que promovem a coesão referencial do texto, assinale a única alternativa correta. 
a) O advérbio “então” (referência 2) refere-se, no texto, à modernidade, quando houve uma reconfiguração no núcleo familiar. 
b) A expressão “esta questão” (referência 9) refere-se às “inúmeras alterações nas famílias, não apenas em seu desenho, mas, principalmente, em suas dinâmicas” (referência 7). 
c) O pronome “isso” (referência 18) retoma, no texto, “o período da licença-maternidade determinado por lei” (referência 16). 
d) A expressão “esse caminho” (referência 23) substitui, no texto, a expressão “a transformação de um agrupamento de pessoas em família” (referência 20). 
e) A palavra “Ambos” (referência 29) refere-se, no texto, aos vínculos afetivo e social. 
11. (G1 - ifal 2018) Antítese é a figura de linguagem que ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Assinale a opção em que há uma antítese. 
a) «O homem é uma substância vivente, sensitiva, racional. O pó vive? Não. Pois como é pó o vivente? O pó sente? Não. Pois como é pó o sensitivo? O pó entende e discorre? Não. Pois como é pó o racional?» (VIEIRA, Antônio Pe. Sermões, Erechim: Edelbra, 1998, p. 56) 
b) «Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei / Vou-me embora pra Pasárgada.» (Texto extraído do livro Bandeira a Vida Inteira, Rio de Janeiro: Editora Alumbramento, 1986, p. 90) 
c) «O Trivium explica que a lógica é a arte da dedução. Na qualidade de seres pensantes, sabemos alguma coisa e desse saber podemos deduzir um novo saber, um novo conhecimento.» (MIRIAM, Joseph. O Trivium: as artes liberais da lógica, gramática e retórica: entendendo a natureza e a função da linguagem. Trad.: Henrique Paul Dimyterko. São Paulo: É Realizações, 2008, p. 24) 
d) «Mas que o homem, pela necessidade de sua natureza, busque não existir, ou mudar de forma, isso é tão impossível quanto criar algo a partir de nada, como todos podem concluir meditando um pouco.» (MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 75) 
e) «Deve-se reconhecer que muitas proposições mencionam a “quantidade” mais especificamente do que as proposições de forma típica.» (COPI, Irving. Introdução à Lógica. Trad.: Álvaro Cabral. 2.ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1978, p. 200) 
 
12. (G1 - ifal 2018) «Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Camilo fechava os olhos, pensava em outras coisas, mas a voz do marido sussurrava-lhe às orelhas as palavras da carta: “Vem, já, já…”. E ele via as contorções do drama e tremia. A casa olhava para ele. As pernas queriam descer e entrar. Camilo achou-se diante de um longo véu opaco… pensou rapidamente no inexplicável de tantas coisas. A voz da mãe repetia-lhe uma porção de casos extraordinários; e a mesma frase do príncipe de Dinamarca reboava-lhe dentro: “Há mais coisas no céu e na terra do que sonha a filosofia…”.
(MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2015, p. 438)
Considerando a sentença do texto: A casa olhava para ele, assinale a opção em que há perfeita correspondência de figura de linguagem. 
a) Aliteração: repetição ordenada do mesmo som consonantal. 
b) Assonância: repetição ordenada do mesmo som vocálico. 
c) Personificação: atribuir características humanas a não humanos. 
d) Catacrese: nomear algo com um termo tomado de outra coisa. 
e) Antítese: aproximação de termos contrários. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Em código
Fernando Sabino
Fui chamado ao telefone. Era o chefe de escritório de meu irmão:
– Recebi de Belo Horizonte um recado dele para o senhor. É uma mensagem meio esquisita, com váriositens, convém tomar nota: o senhor tem um lápis aí?
– Tenho. Pode começar.
– Então lá vai. Primeiro: minha mãe precisa de uma nora.
– Precisa de quê?
– De uma nora.
– Que história é essa?
– Eu estou dizendo ao senhor que é um recado meio esquisito. Posso continuar?
– Continue.
– Segundo: pobre vive de teimoso. Terceiro: não chora, morena, que eu volto.
– Isso é alguma brincadeira.
– Não é não, estou repetindo o que ele escreveu.
Tem mais. Quarto: sou amarelo, mas não opilado. Tomou nota?
– Mas não opilado - repeti, tomando nota. – Que diabo ele pretende com isso?
– Não sei não, senhor. Mandou transmitir o recado, estou transmitindo.
– Mas você há de concordar comigo que é um recado meio esquisito.
– Foi o que eu preveni ao senhor. E tem mais. Quinto: não sou colgate, mas ando na boca de muita gente. Sexto: poeira é minha penicilina. Sétimo: carona, só de saia. Oitavo...
– Chega! - protestei estupefato. – Não vou ficar aqui tomando nota disso, feito idiota.
– Deve ser carta em código ou coisa parecida – e ele vacilou: – Estou dizendo ao senhor que também não entendi, mas enfim...Posso continuar?
– Continua. Falta muito?
– Não, está acabando: são doze. Oitavo: vou, mas volto. Nono: chega à janela, morena. Décimo: quem fala de mim tem mágoa. Décimo primeiro: não sou pipoca, mas também dou meus pulinhos.
– Não tem dúvida, ficou maluco.
– Maluco não digo, mas como o senhor mesmo disse, a gente até fica com ar meio idiota...Está acabando, só falta um. Décimo segundo: Deus, eu e o Rocha.
– Que Rocha?
– Não sei: é capaz de ser a assinatura.
– Meu irmão não se chama Rocha, essa é boa!
– É, mas foi ele que mandou, isso foi.
Desliguei, atônito, fui até refrescar o rosto com água, para poder pensar melhor. Só então me lembrei: haviam-me encomendado uma crônica sobre essas frases que os motoristas costumam pintar, como lema, à frente dos caminhões. Meu irmão, que é engenheiro e viaja sempre pelo interior fiscalizando obras, prometera ajudar-me, recolhendo em suas andanças farto e variado material. E ele viajou, o tempo passou, acabei me esquecendo completamente o trato, na suposição de que o mesmo lhe acontecera. Agora, o material ali estava, era só fazer a crônica. Deus, eu e o Rocha! Tudo explicado: Rocha era o motorista. Deus era Deus mesmo, e eu, o caminhão.
Fonte: Disponível em: <http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_f0074_fsabino.html> Acesso em 12/09/2017, às 13h40. 
13. (G1 - ifal 2018) Na passagem: “Maluco não digo, mas como o senhor mesmo disse, a gente até fica com ar meio idiota.”, ao usar um adjetivo por outro, o interlocutor 1 se faz valer de qual figura de linguagem? 
a) Hipérbole. 
b) Ironia. 
c) Eufemismo. 
d) Personificação. 
e) Silogismo. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia com atenção o texto abaixo e responda à(s) questão(ões).
Os morros são fardos rompidos. Por lá saltam ecos de fortíssimas vozes, mas a cidade é um enorme silêncio de pesado sono, de um sono estremecido pelas bocas das serras. E parece que a noite das serras é diferente da que mergulha a cidade.
Naquela, são as cores vermelhas dos relâmpagos, trovões arrebentando em gritos enormes, árvores tingindo-se rapidamente e rapidamente voltando ao verde de suas folhas.
ACCIOLY, Breno. Breno Accioly: Obras reunidas. São Paulo: Escrituras Editora, 1999, p. 13 
14. (G1 - ifal 2017) Considerando que uma metáfora consiste em usar uma palavra ou expressão em sentido diferente daquele que lhe é próprio, assinale a opção em que há uma metáfora. 
a) … a cidade é um enorme silêncio de pesado sono… 
b) Por lá saltam ecos de fortíssimas vozes… 
c) … trovões arrebentando em gritos enormes… 
d) … árvores tingindo-se… 
e) ... que a noite das serras é diferente da que mergulha a cidade. 
 
15. (G1 - ifal 2017) Ainda sobre o texto, assinale a opção em que há personificação, figura de pensamento segundo a qual se faz que seres inanimados ou irracionais ajam e sintam como seres humanos. 
a) E parece que a noite das serras é diferente… 
b) … árvores tingindo-se… 
c) Os morros são fardos rompidos. 
d) … a cidade é um enorme silêncio de pesado sono… 
e) … são as cores vermelhas dos relâmpagos… 
Simulado 03 - SEMI
	
6
1. D
2. B
3. B
4. C
5. B
6. D
7. A
8. A
9. B
10. E
11. A
12. C
13. C
14. A
15. B
GABARITO SIMULADO 03 SEMI
1. D |– 2. B | 3. B | 4. C | 5. B
6. D | 7. A | 8. A | 9. B | 10. E
11. A | 12. C | 13. C | 14. A | 15. B

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