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Testes Rápidos . . O Ministério da Saúde brasileiro, com o objetivo de ampliar o diagnóstico precoce das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), disponibiliza desde 2005 os testes rápidos para HIV (o vírus causador da aids), sífilis e hepatites virais, que a princípio faziam parte do projeto Rede Cegonha. ↣ São exames de fácil execução que conseguem identificar, de forma rápida, se a pessoa tem HIV, Sífilis e Hepatites B e C, que constituem ISTs. A partir de 2016 DTS ↣ IST; pois destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece esses testes gratuitamente nas (os): Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Centro de Assistência e Prevenção (CAP) à IST/AIDS/HEPATITES VIRAIS. ↣ Basta solicitar o exame na unidade de saúde mais próxima. ↣ Não precisa de encaminhamento médico. Para realização do exame é necessário apresentar cartão do SUS e identidade. ↣ Deve ser realizado por profissional de saúde capacitado, que pode ser médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem. ↣ Conforme a Portaria n° 29, de 17 de dezembro de 2013, que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças, o profissional de saúde para realizar o teste rápido deve ter sido capacitado pessoalmente ou à distância. Infraestrutura Podem ser feitos com amostra de sangue total obtida por punção venosa ou da polpa digital, ou com amostras de fluido oral. Dependendo do fabricante, podem também ser realizados com soro e/ou plasma. Informações sobre as amostras biológicas utilizadas em testes rápidos Obtido na coleta de sangue em tubo contendo algum tipo de anticoagulante, ou por coleta com punção digital. Obtido na coleta de sangue em tubo sem anticoagulante. Não contém fibrogênio. Obtido na coleta de sangue em tubo contendo algum tipo de anticoagulante. Contém fibrogênio. Líquido encontrado no sulco gengival. Obtido por meio de um dispositivo específico (SWAB), pressionado a gengiva Maria Clara Maciel acima dos dentes. Conhecido popularmente como fluido oral. Contém proteínas plasmáticas e anticorpos. Os testes rápidos podem ser usados para pesquisar antígenos ou anticorpos contra os agentes infecciosos para os quais foram projetados. Caso o teste seja para pesquisa de anticorpos, haverá antígenos (usualmente proteínas sintéticas) imobilizados, na membrana de nitrocelulose, para a captura dos anticorpos presentes na amostra. Caso a pesquisa seja para antígenos, haverá anticorpos imobilizados para a captura dos antígenos presentes na amostra. Testes por imunocromatografia de fluxo lateral Testes por imunocromatografia de dupla migração, ou de duplo percurso – DPP (dual path plataform) Testes por imunoconcentração (flow through) Testes rápidos por aglutinação Testes rápidos por fase sólida Para fins didáticos, o teste será apresentado considerando-se a investigação de anticorpos contra os agentes infecciosos. utilizam uma membrana de nitrocelulose subdividida em quatro áreas. onde é aplicada a amostra e a solução tampão. que contém o conjugado, geralmente composto de ouro coloidal ligado a anticorpos (imunoglobulinas). que contém os antígenos fixados à membrana de nitrocelulose, onde se lê o resultado da amostra testada. local de controle da reação e que permite a validação do teste. 1. A amostra é colocada no local indicado, na membrana (área A). 2. A solução tampão é colocada sobre a amostra. 3. Os anticorpos da amostra fluem lateralmente pela membrana, passando pela área I, onde se inicia a ligação com o conjugado e prosseguem em direção à área de teste (T). 4. Na área T, o complexo anticorpo-conjugado liga-se aos antígenos do agente infeccioso investigado, formando uma linha (ou banda) colorida. 5. O conjugado não ligado ao anticorpo e o excesso do complexo imune continuam a migração, ao longo da membrana de nitrocelulose, em direção à área C, onde são capturados por anticorpos anti-imunoglobulina, formando outra linha (ou banda) colorida. ↣ Sempre leia e interprete o resultado do teste em conformidade com as instruções que acompanham o conjunto diagnóstico, fornecidas pelo fabricante do teste rápido. ↣ Os resultados do teste por imunocromatografia de fluxo lateral podem ser visualizados na forma de ponto, linha ou banda colorida, dependendo do fabricante. ↣ A execução, leitura e interpretação dos resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. ↣ São de fácil execução e não necessitam de estrutura laboratorial. ↣ O usuário já sai com o diagnóstico. Por isso que o teste chama de teste rápido. ↣ O material é submetido ao reagente que fornece o resultado positivo ou negativo. ↣ Caso o resultado seja positivo; o usuário é encaminhado ao serviço de atendimento especializado (SAE) para início ao tratamento. No entanto, é preciso estar atento sobre o prazo de se fazer o teste rápido, por conta da chamada janela diagnóstica. ↣ Todos os testes possuem um período denominado “janela diagnóstica”. : corresponde ao tempo entre o contato com o vírus e a detecção do marcador da infecção (antígeno ou anticorpo). Isso quer dizer que, mesmo se a pessoa estiver infectada, o resultado do teste pode dar negativo se ela estiver no período de janela diagnóstica. ↣ Dessa forma, nos casos de resultados negativos, e sempre que persistir a suspeita de infecção, o teste deve ser repetido após, pelo menos, 30 dias. ↣ O teste de HIV deve ser feito com regularidade e sempre que o usuário tiver passado por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha. ↣ É muito importante que o usuário saiba se tem HIV, para buscar tratamento no tempo certo, possibilitando que ele ganhe muito em qualidade de vida. ↣ O usuário deve procurar um profissional de saúde e informar sobre o teste. ↣ O teste de sífilis deve ser feito com regularidade e sempre que o usuário tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha. ↣ Nos casos em que o teste rápido for positivo, uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial para conclusão do diagnóstico. A sífilis tem cura! ↣ O tratamento deve ser realizado imediatamente com aplicação de penicilina. O usuário deve procurar informar- se com um profissional de saúde. ↣ Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites B e C, o usuário deve observar se já se expôs a algumas destas situações: praticou sexo desprotegido ou compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam. ↣ Na investigação das hepatites B e C, é preciso um intervalo de pelo menos 60 dias após o contato inicial com o vírus para que os antígenos virais (no caso da hepatite B) ou anticorpos (no caso da hepatite C) sejam detectados no exame de sangue. ↣ Após o diagnóstico, o profissional de saúde indicará o tratamento adequado. ↣ O usuário deve lembrar que existe uma vacina para prevenir a hepatite B e procurar uma unidade de saúde para se informar. Atenção!!! As gestantes e seus parceiros sexuais devem realizar o teste de HIV, sífilis e hepatites virais durante o pré- natal. O Ministério da Saúde também recomenda para pessoas sexualmente ativas que os testes para HIV e outras ISTs sejam feitos periodicamente. Ou seja, ele pode e deve ser repetido. ↣ Quando o resultado é positivo para HIV, o paciente já é encaminhado para o tratamento específico. ↣ Se o usuário fizer dois testes rápidos com resultados positivos, já será encaminhado para o local correto de tratamento. ↣ No caso da sífilis e hepatites, como regra geral, é preciso fazer um exame confirmatório. ↣ Em casos específicos, como a sífilis em gestante, devidoao risco de transmissão ao feto, a recomendação é iniciar o tratamento com apenas um teste positivo, sem precisar aguardar o resultado do segundo teste. Sobre as IST’s: As ISTs são causadas por mais de 30 agentes etiológicos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), sendo transmitidas principalmente por contato sexual e, de forma eventual, por via sanguínea. ↣ A transmissão de uma IST ainda pode acontecer da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. ↣ Essas infecções podem se apresentar sob a forma de úlceras genitais, corrimento uretral, corrimento vaginal e Doença Inflamatória Pélvica (DIP). ↣ Algumas infecções possuem altas taxas de incidência e prevalência, apresentam complicações mais graves em mulheres e facilitam a transmissão do HIV. ↣ A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é causada pelo vírus HIV que ataca as células de defesa do organismo. Uma doença que não tem cura, mas tem tratamento, por isso a importância de diagnóstico precoce. O HIV não tem cura, mas pode ser controlado com medicação. É muito importante que o usuário saiba o quanto antes que tem o vírus, para iniciar o tratamento no tempo certo e ganhar em qualidade de vida. ↣ A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada por um agente infeccioso chamado Treponema Pallidum. O diagnóstico precoce é importante para romper a cadeia de transmissão, uma vez que realizado o tratamento correto essa doença tem cura. A Sífilis tem cura, mas se não for tratada pode trazer muitas complicações e até levar à morte. Saber que está infectado é importante para que o tratamento seja realizado o quanto antes, evitando sequelas. ↣ As hepatites virais costumam ser doenças silenciosas, que provocam inflamação do fígado e apresentam poucos ou nenhum sintoma. Por isso, a realização do teste é importante. O diagnóstico precoce das hepatites amplia a eficácia do tratamento. As hepatites virais representam um problema de saúde pública de grande importância, pois é significativo o número de pessoas atingidas e não identificadas. Quando não diagnosticadas, as hepatites virais podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado, isso justifica a importância do diagnóstico precoce. ↣ O controle das ISTs não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. ↣ Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que parceiros (as) também sejam testados e tratados, com orientação de um profissional de saúde. Maria Clara Maciel
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