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Imediaticidade na Prática Profissional do Assistente Social Marilene A. Coelho Apresentação , . ,- I O presente artigo objetiva refletir a imediaticidade na prática profissional · do assistente social. A sui?erficiaiM~~-~xtensiva ~~ yi~a cotidiana~ a forma frag:- mentada como o pensamento hegemônico apreende a realidade na sociedade capitalista e a sua tendência à naturalização dos f~!!.Q~eQ_os ~qciais conduzem ao ...J obscurecimento da essência ao considerar o ~PArente como .!L~~ºstª:q_çi-ª_. O conhecimento da realidade implica o desvelamento da aparência, e a cons~iê~. assume um p_a_Eel fundamental nesse processo. P_ara __ ap~e~n~~!:. a ;essênêia,) a consciência mQ_'2!!!~~.!~-s~_di~~ticamente, 'a fim de ~apturar as /.,.. 'mêdl~çõ~s que conectam os complexos' sociais constitutivos e constituintes da totalidade do ser social e supera, no plano do pensamento, a imediaticidade. A prática profissioriàl do assistente social caracteriza-se pela rotina, pela repetição de tarefas e pela espontaneidade necessárias para responder às múl- tiplas exigências estabelecidas no âmbito da reprodução social. Para responder às heterogêneas e imediatas demandas socioinstitucionais no cotidiano da prá- tica profissional, os assistentes sociais - como muitos outros profissionais -, por meio do movimento da consciência que se atém à certeza sensível, ou à percepção ou ao entendimento, !lg~~~~de~. ape~as a~ expressões fenomê~icas 11 da realidade, conectando imediatamente pensamento e ação. Entende-se imediaticidade como uma C~!.!:goJ;ia r~!l~xiva que designa u m -, .'· ... certo nível de ~ç_ão do ~-~-~~~ e~_!rio.E,_P.ela co~!.<:!~ncia. Para refletir a . ' · · imediaticidade na prática profissional do assistente social, buscou-se discernir as formas como a consciência conhece a realidade. O presente artigo tem por objetivo refletir as características da prática prófiSsional orientada pela ime- diaticidade e alguns aspectos da prática profissional fundamentada na razão histórico-critica. Para descrever o c~~!!!~.~-9~.!:..--~-~~~sciênc!a percorre_ em busc~~-~-~ ~onh_eci~~nto, recorreu-se à obra de Hegel (2001), Fenomenologia do espíri- to. Segundo o autor, nesse caminho, a consciência movimenta-se da certeza sensível para a percepção, da percepção para o entendimento e do entendi- mento para a razão dialética. Como a realidade, para Hegel (2001), é posta pelo ~- - ·- -- . _ _:.> . I I ( ·. .- ~ \ • ---! • ' o \. )' ." .• ~ t • • 0 • I •' 23 • 1.. •• c~ I J ' f . # .. ' , I , ./ r I I I I \ I I I I I I I : I I I I Marilene A. Coelho .alis 0 histórico-dialético fundado por Karl se no maten m , . d , pensamento, buscou- os fundamentos ontologtcos para apreen_ ~r a c_a~- Marx (2004; 2005; 2007). b dinâmicas de suas contradtçoes dlale-ial com ase nas - . . ter concreto do ser soe • .d d fim de estabelecer a relaçao entre 1med1a-_ legili a es,a - ticas., suas conexoes e que a vida cotidiana frequentemente ocul- ticidade e ~ediação e _demonstrar ta a essência do própno ser. 1. O caminho para o conhecimento ~Ul.Q.Jl_j;Q~iê.ncia_apr.eende a. realidade é processual. aproxi- --~~a. a~~\!!~~ e _ socialmente __ dete!:ffiii~.ada. Importantes descob~~as acerca desse processo foram realizad~ _por He~e~ (2001, p. 72), q~e expl~c1ta em sua obra Fenomenologia do Esp1nto, publiclZada em 1806, o cam1nho para a ciência [que] já é ciência ele mesmo, e portanto, segundo o seu conteú- do é a ciência da experiência da consciência~. O que Hegel (200 1, p. 71) deno- mina de experiência é "o movimento dialético que a consciência exercita em si mesma, tanto em seu saber como em seu objeto, enquanto dele surge o novo objeto verdadeiro para a consciência". Para o pensamento hegeliano, ao percorrer o caminho em direção à ver- dade, a consciência despoja-se da aparência que a prende a algo estranho para apreender a sua verdadeira essência. O movimento dialético que a consciên- cia exercita, consubstancia-se em um sistema que implica a passagem de uma estação a outra, ou de um nível a outro, buscando o desvelamento total do caminho ou os mais altos níveis de compreensão. Essa passagem não pode ser confundida com os etapismos presentes no praticismo e no metodologismo, conforme analisa Montaiio (2007). Já no prefácio de Fenomenologia do Espírito, Hegel (2001, p. 31) adverte que a passagem "contém um tomar-se Outro que deve ser retomado, e é uma mediação: mesmo que seja apenas pas- ~ge~ ~ ~utra proposição". O passar à outra proposição consiste no movimen- - 0 dialetlc~ da~ons~~ que busca captar aA verdade. O verdadeiro para ffegel (2001, P· 31) é o todo, "mas -ot~o é somente a essência que se imple- menta através de seu dese~~olvimento". A _Nesse movimento, as determinações refle:xiv~~pcia-fenô_!Ilen~~~a r~ncta surgem, em sua processualidade dialética, do caminho que a consClen- Clll percorre em b . . - d ealidade. . usca aos IDéllS altos níveiS de apreensao a r . Verifica-se portant . A • A • - , xperiênc1a do • o, que a expenenc1a em referencta nao e a e , senso comum T . ta d " . .... . . nça imbUl-. ra -se e uma expenenc1a abalada na sua segura ' - da do sentiment d - . , .,. · ·á no canu- 0 e na o possurr a verdade toda: e uma expenencta _L-. nho do conhecimento real" 1 assinala Marcuse (2004, p. 91). 24 t, apl'o~. •cobertas. e)(plicita ~a1llinho conteú- l) den0• ·cita elll o novo ' 'a ver- to para tsciên- e uma tal do de ser ismo, (a do ar-se pas- oen- para pie- a-tp,, êll' de· do f [Jl' Imediaticidade na Prática Profissional do Assistente Social I.""'" ', ' -' Essa perspectiva de investigação possibilitou a discussão e a análise da imediaticidade na prática do assistente social por meio df{~ois eixos~ que se conectam. Primeiro, abriram-se caminhos para submeter à crítica como a im~_-(1) diaticidade ou a imediatez do fazer profissional condiciona a concepção que os assi~t~J?!e.s..~~<:i~_ têm da el~boração teórica e, portanto, ao empobreéê.:.la, res- ~gem-se à prática reiterativa:··A reit~Ção, segundo Vázquez (1977), é um componente da práxis e constitui um nível da prática ineliminável, mas não---·, pode ser toda a prática. Segundo, adentra-se no debate acerca da relação teoria_:--:.. ~prá~~~· enfatizando os estág~os _da c~~~~iênc_i_~ _a _caminho do conhecimento e. buscando elucidar o debate filosófico entre o entendimento e a razão. Verifica-se que a prática profissional assume diferentes orientações e características em decorrência do nível de receptividade do mundo exterior pela consciência. Como na cotidianidade tende a prevalecer a conexão ime- diata entre pensamento e ação, a imediaticidade é a categoria reflexiva que orienta a prática profissional quando o nível de consciência do assistente social atém-se à certeza sensível, ou à percepção ou ao entendimento. O caminh~_Eara o conhecimento inicia-se no estágio da certeza sensível, no qual a consciência, ao indagar sobre si mesma e ~obre-o seu objeto: tomà: se cônscia que o conhecimento, que de início provém da certeza do indivíduo enquanto ser singular, em relação ao objeto singular, que simplesmente é, relaciona-se com o universal. Nesse momento ocorre a suprassunção para a perce,eção. Quando atinge esse estágio, a consciência, para conhecer o objeto singular,' quer apreender as propriedades desse objeto. Mas tais propriedades relacionam-se entre si, elas apenas podem ser firmadas na relação com as pro- priedades do próprio objeto. Abalada na verdade da percepção, a consciência movimenta-se para o reino do - ~11!~~4!m.~!l:12.· Essa dimensão é constitutiva, segundo Hegel (2001 ), de dois momentos: o momento da força e o momento da formulação de leis. O momento da força implica em um retomo à percepção, relacionando as propriedades, agora de diferentes objetos, em um movimento complexo, no qual a consciência passa de um extremo a outro. De um lado desse extremo está o solicitante e, de outro, o solicitado. De um ladoestá o objeto e, de outro, o sujeito e o seú conhecimento sobre as propriedades de diferentes objetos. No momento seguinte, cônscia desse movimento, a consciência formula leis rela- cionando as características singulares e universais desses objetos. No entanto, esses objetos relacionam-se ;:qtr~""si ape~~p~~~~rmarem o que eles são. Quando a consciência busca '~tabelecer ~as mediaç<le.s~ entre os objetos e a exis- ~. tênciâdesses o61etõs oc;;rré asup;âssunção para a razão dialétic~~.--·--·~--- J , . / t '-.J"'-... ~------ - ·v . . - " -..-l C?tlJ...\.U :,( / -./ J ) . ;:, ~ r ) r·\l' ~ ' . 25 , , nJuJn\Ju • , , .u ' • ral~ I • '1 . ' • • 2. A prática profissional orit·ntad~ pt·l~ cnt•t;a ·n,ivt•l <' JWlJ percepçao A ~rii-nc-U d.~ coruc1i-ncu trm ani w ru rnrro~ w-n ' '"'· (orn n '""' r im~~to. Nt"Ut' momt'nto. comrço~ o onh anvnt t'm .1 d.a 't•ta f.,af . Unto o sujt'ito. qu.1nto o obJrto . .~~r t'm m UI mJ" ,Juo~ l. u Jl' pr "Jll t d.~dcs d.t'tt'rmiruntn s.lo o ~ua ~o .lftora .1 nru ..-nuH·I .1 lol ado~ na ~' 'I rii-1\CU do ~eruo comum do coClduno a.uc-nu w- 1 ,.,-rtl.a,Jr t!n •uJrllo r tio objt'to singulut"S.. qut' aind~ nJo la vt>nJ.adr ('Clfqur N" dM'.Inru· na w· rd .ul d~ um OUtrO ~qui t' ~ROr-3, •08 una Cl8 rlrmrntna qut' prtm.ln("(rm tiiiHI.ertlc~ no m~io ~ mucbnç~ continua dos d.adna ohJrt'' • (M:\RClJ~E . 200o4 . p ')(I ) O qu~ acontt'C~. contudo. quando "'r aqua r .1~ora .1pr.-w-nudn comn ;, vrr dad~ dt' um sujrito t' ohJrtO san~ubrn tr.an'f'ol rt"C't' cnmo a vrrtbdc- unavrr..., P ~ c-xpcrirnci~ pmfl.\-,ion.al do a.."ustrntr IOCtal qu.ando alojada sm m ·ntt na cencza ~ruívt'l. anunn~ uma wnbdr n-fr~ntr ao b7.l'r ou ao rnn Íf w profissional sustt'ntad~o aqua r no ~~ora aan~ulures qur apue< em r o mo u 01 versais. Essa venl.:~dr somt'nt~ toma forçá à mtdida qu~ ae relu tnna com o Outro. ou seja, com a nt-gaçio d~ u~ outra vrr~d~ t-, poT isso, ~la w- dt~v nece no Outro. O que anunc~ a autonunift"SUçio d~ usi.stentcs I{)(_IÃI-' UJ.oA verdade se aloja na certeu sensível? ~ando o profissioiUI do Serviço Socw afirma ategoncamente. por exemplo. que os conhecimentos histórico. teórico-m~todológico ~ étKO polt ~ tico transmitidos/apreendidos no processo d~ formação profi.s.swn.&l n.lo ~ncontram aE_licabilidade no cotidiano do ~u exercício profwwnal. ele rn.& m festa a sua verdade. que. de início. é a sua verdade como indivíduo. Tr.H .& ~ da_"verdade que advém do saber imt"diato, ponanto, da cert~za !k'nstvd JC" ulfl --- - -.v 26 .~I • I ' ' - - ~--- -- --- --- - -- - '"~"·''' "'~\-(. "• \'tÃ'" ... '"\" S.."'"'•' '"' "'~''"''"'"'" ~·~: i•\ prot\s..~\,,n:.tl ~m', t•ml':.l~'h' em ~uu t'X}\t'fit'"'''" '"''"""""· insHntt·u u \~·nl.~dc• ,h, ,,hi<-H' t'm n•t\•n'n,·iu: '' St•n·i'"' ~"'''"" "'' nmis t'"l~·dtlnmwntt•, n St·n·t,·n ~ . .'"-'illl idt•ntit\t·:.t,h' '"""'' pt h in• pn,ns..~h,nu\. '1 ~\ t'Xll('tit'nd:.t t\ ~u\",\at '\t''"'"''""h'l.Hlu '"'""~ st•nt ith'-" t' uputt•n• st•mptt' '"''""'a t'Xl"'nt'nd~ d,, pt\\pth' suk\t", '' suit•itn ''''"''' tthH\Ihh"' '~"'' """" " ,~)<'t'' em sua ~in~ul"'""'""''' t', "''~"'" n•lu,·,\n, n ,,hit'h' up.utt•n• "'"'"' t'S.."rnt'iul. r~ra ,, \n,l\vtd\ltl qm• t'Xll('t'l\\Wntu tu\ t'Xpt•t·\(\ndu, tl \u~•\f du \'t'f\\4\,\t' t•su\ "'' ,~lt'H" ('de l't'nt\•n' '' ~r.uu~ dt• \'t•nl.idc• "'' ''hit•tn. Hs~ ,-,•nl~clc· c' umuwi~ulu na fi.,rma l\,, ,l\S'\'Un\\'1 lln sukitn '"'"'ll '' """'"'~mit\•stnt' se• t.' uutnrrt•,.,,.,h,,,·,• r- ~na t"X}l('ti~nda dt' uqui e do"~'"'"· dn inw{lhttn. O qut• sl.\tl, pois, t's..''' uqui r ~...-e ~''nl uutnmunit\•sHtdn t' uuh,rrt'''''""'"·h\(l pdt' us..,istt•ntt' st,dul "'' tlis cu~' ~uhtdn nu et'th''t.U st•ns(v\'1? (.,,mo ,, ph,fis..-.imml ~l\thlmnnift·stu t'S..'r aqui c tS-''e l.l~t'rn 1 Qul.lndt' o pn,ns..~imm\ unundu a n•ni.hic• dt• st•u l~l1.t'f pn,fis..-.itmul ~"'""'''' ('<'la ~rtt'f..a ~nsivd, dt• snhe du •hllli t' tl<' ~~1\llm nn qmtl St' t'tWtH\t tu . Ele· t '('" $1Jt"ra que de sua t.'Xllt'tit'nd~t nh,jndn nn t'c•rtt·'r.~l sc•nstvt•l u~\vt m n muis rin' s;~h<-r ~o ~tht•r dt•ntifil'tl, nu ~'t·ja. ""~ funllnmt'l\hl..~ hish\dn"" t' tt•t\ri,.,, 1\\t'h\C.ln lt~iet\S da pn,fis.~\u tnmsmititlt'-~ dumntt• <l sc•u prnn·s.."'' tlt• t\,rnm,·.\tl ''-''' tt'm \"<llidadc ~ aplic:nhilidadt• lll.U1l t'S.."t' nqui e t'S.."t' u~nnt nn qtml dt• se• '''"'''"' t • Pan& t'S.."t'S pnlfis..-.iumtis - que untc.•s dt• t•xtt•rmu"'"' a sm\ t•xpt•rit" n~·i" n,\,, uhr~pa~ram (no ~·ntidu dt! supnts..-.umir) t's.."t' uqui t' t's.."t' ~'~"' t - ,, s.tlwr sob~ o s.t'U fuzt't pnlfis.."i<mu\ simplt•smc.•nt~ é. O snlwr n.·lnt i\'<' "" f~t l. t'f prllfts sio~l ~o que es..~c sujeito, cnmo st•r sin~ulnr. twn·dw por nwio 'h"" st•nt i,\,,-.1 ou SC'ja. o tQher pn1fis.~imml é o qut' ele pc•rn~ht• pnrqm• vf\, st•ntt•, up.tlp.a. tl\1\'t'. cheira. E.~~ s.aher é o ~tht•r inwdi.atn. ' ' - Pmvavdmcntc a fula Jn as..,..istctltt' sndnl qut• tlt•st•twolvt• tl St'U t~tl.c'r prtl· fiuion~l guiado pda Ct'rtt'7.n st·n~ívd que mnis th•nott• a \ 't'f\i.hic• inst lnu·~hht ~xdusiv:amcnte pda l'Xpt•rit'\m·üt tln pn\prin sujt•itn ('nnm n mni~ tt('t' t.' plt•tHl conhecimento, 5t.'ja a prupahula fmst• 11.1 rr.uint ;t h•ori.'l t< outm. A tt•nri ~\ t\ outra nlo no ~ntàdn de• n•nmh(•n•r ttUt' uma nut rn h\~ina t'll nu:iomttithult• ffie~ pr~~nte nn rspac_·n tukin ·nnapadonul, mus pnntut• n nmht•~._·inwntn ':ili~~l-~ aquell' qur :advt\m de· suu t•xpt•rit'\nda romn sujt•ihl sin~-tulur qut• nnun ~ cia a venlade dr um nhjt·tn sin~-tular. f.: dt•, o prtlfis..'itnnnt qut• snlw n St'\l t~\'r.t'r, conht"C~ o Jh/tu' c- o axom tlt•sst• fatt•r. as tlifinahhult•s qut• t.'twnntm pnrn rt•spnn· der às eoxig~nciu cotàdiuma~. Paru t•ssr profis.."inmll, u Vt•rtlndt• p.as.."t' a st•r n St'U discurso assentado na n•nt·La ~t·nsfvcl, a uutnmunit\•stuc_·~\n tlu pn\prio sujt•itn. N('S.QS condi~·()t's, a valor.a\·ào da pdtina prufis..-.innal tlc•st•nvnlvülu us..~c·n ~=-~ n& verdade instaurada no aqui e · no agnru, nn mnmt~ntn pn•st•ntc 'l'W unplica a ncgaçio de todos o.~ outros momento,~. Cuntmln, cs."c salwr ulnjutln 'J.1 Coelho Marilene A. 1 0 ser evidenciado na auto h. to singu ar, a . 1 llla, r nte ao a JC . 'to J.á é universa . {vel rc•cre do suJCl ' . ~ Ct'rtcU _.ns ....---onhccimcnto h r-se no saber Imediato . no auto• u . - rrecon ece . 1 que nifrsta ao ou ·r..,.tar-se e auto . o fazer profissiona -, o su)·o· tomanu~o ... oh)cto - .... I to Ao au . .t.ncia direta cont o verdade. Essa mediação encontr -t da r~nt· otn outra a- aJ' m 1 • 0 com o Outro, c 010 0 sujeito se automanifesta N-Wct rt" aça a forn1a co . . Se rfill . Ja no rontcúJo e 0 n. ndo 0 assistente social afirma que • ~,4J'"noa . . 5Ua fala. ~ua d 1 d , a t lfTt'\'Onh("(:t". ou 11(')1• e~ . . -Ltica cotidiana porque c a a vem o saber au ' vnl'ncncta prd d d . I :- I • _J.J'" NlÍ em SUl(' ... . . - fi . nal es.~a ver a e Ja nao e pura nnedia- ,or~ fazer pro tSSIO ' . . . __ lt.ato n-Liti"-o ao .-u d d . sr-es _ 0 este suJeito, o profissional, e 0 JJTl("U . ncontro c ms e . tc"L J"'lll OiC.''lfT't'"\J 0 '" . 1 0 ncontro do profissional e do fazer profis-f. r profi~tona . e _ - ~t oh}<"(o. o att . . pois •tanto um como outro nao estao na certeza sen- 5)("Nllmpl a med'~ __ 1 . t mas estão ao mesmo tempo, mediatizados~ 1 ~de modo tmeuta o, ' \ "C' · ·-·- ' " ~, • (HE- EL. .,001 p.. 7S). . I· I ' ' I ) . ~ ' '-d fitrmar 0 que é o seu fazer profissional embasado na Por outro w o,~~--- __ - - . _ ('("1'tl"U .-rud' -cL 0 a._~istente social já está se relacionando com o .na o-ser, com qut n.io t;; .-u bzer profissional: !!a prática, o fazer pr:gf!~~lona! não é o f•rrr pmfi~orul que t l_T_!Jnsmitido durante o rqçes~~ de_fo~~açao, para o q:.a; ~o 1cion~ment~_de lffU~~!~~rico-~~todo~ógico~, ~tico-poli i· ~ u-cruco-opt>~ti,·os. Quando alguém diz: eu me basto, eu sou autossu.fi- Õrntt como pmf~ion~ e necessito somente da certeza sensível para insta · n.r 1 wrd.a~ 10b~ o meu fazer profissional, estou dizendo: não precisod outro. ellnU ~ ~bcionando com o outro como um não ser. O qur l Oliit fa.zn profissional que surge da experiência do próprio su · ~ · · to r w funchmtnu ~ a-nru sensível? O profissional é aqui o sujeito n mdn'là uo O au,nto t fi · 1 . 1 dn.rn · 0 pro lSSaona que para autorreconhecer-se com C..ll ~o ~r wn Lan ptofl.li&i a} A nht-t.n . . on · ntes, porém, de o profissional auto rTt"-' cntno w t prt'C1.10 qu• Ou J. . . ~ . ~ tros o reconheçam e tr~s con 1 • >ó tantn W jtP'~t4Uil ~ • l 'd• d , , t I ~ Soc.W dt> . re .. 1 411 e br.uulctra: st~r graduado n u cu rso 1.1 oi d aupen.ur · 1 lh Rt-gao a1 dto~~ - _ Sot. . • estttr rt~gu armcnte insc rito nu Co tlSê -- · --~ ·i&J ~ v~nd~r a a · ,. d O St-rv~ Soe·· ·1 Utt •orça c trabalho. 1~ 1 ~ , ipt"~r d~ k .. I . - . ~• ~ lliro [riD tuu• d r regu dUWuwdo co1no uma p rofJ)SJV . tr, J~ .io clt! J . . . • ·~pr•o 'brf't'n rt- do r~rnw• . • pr tu:a pe':ulwr às pro fissôt.•s Jiht•rai:> na 19&2. P 80). PU~ dt'W- 1 ' •fu·m.a lttm~amnto (IAMAMOTO· CARVALHO. du d OVo V~r O kU [ . . • . . pon ° cLu tnnd~ . . . tt~er prufa.s.stonal. o ass istente soc tal, nao ou pnv;.~ IJUAtenitu n~ . . . , l' a · COmpre & ~ta fo d • ~Ha que algunta instituição, pub tC ~ - dlrion.J 'd d . rçi e lr4baU 1:' ... ,. . . _ . -e5 d 1 ~ t.-s n~o ~ i 10• ~s med1açoes, dctcrmtnaço 110 ~ profu.~.' .. ~ • pre-sentarn par· d. ur- ~o.~ 41 este aqui e este agora no tsc \ ' lm«'tiüuki<hld<' nll Prática Profis.'lional do As.11istc-nt~ Sodol i I I O profissional cuja prática profis.4\ional orienta-se pela certe:~.a sensível, ~ão considera a dire_ç~~ocial que se põe em movimento por meio da objeti - vação de seu tra~alho. Ele considera que o fazer profissional é por ele instituí- do, é o set.t objeto singular. b conteúdo contido nessa prática restringe-se ao , que é suficiente para o desencadeamento de prontas respostas pr~tjc~~~ utilitá< \ rias. Trata-se de uma prática cuja significação aparentemente se encontra nela ~a. em si. E, quando o assistente social, premido pe.la urgência das coisas e pelo ritmo acelerado do cotidiano, estilhaça-se, ele questiona a escolha que fez pela profissão e não a coisa em si. Verifica-se que a forma de objetivação da prática profissional dos assistentes sociais que se o.rientam pela certeza sen- sível esvaziou-se de conteúdo e se afastou das atribuições da profissão, é um não-ser profissional, mas, certamente, é uma outra coisa. O significado e o sent!~2J!!~~_ti_co d~~-Pr.&!!}~~~_so~_ia_~que assumem essas características s~~~nte p_9de!!!_§~~-é!Preç~did9~ .PQJQdQ: no modo de ser da sociedade. Esse modo de fazer se propaga por melo de práticas sociais que não apreendem a negação constitutiva do aqui e do agora. As c~n~~çQe~ _econômi- CQ::§9Çj*-e político-culturai_~ __ para a propagação dessas práticas tanto são pro- duzidas pelo modo de ser da sociedade capitalista como são necessárias. ~ consciência alojada na aparência . prend~ _o _ ~.'?~~.!~i~~~~~-!1~ . re~no .. da expe- . riência diária, na imediatez dos sentidos, significando que não há o suprassu- mir para outro ~Í~~id~ .. ~~~p~~~nsãÕ: ~PreY-é!J~~~_Q_~~!!!!~~~!~. e~_!el~ção ao mundo e não uma conce_pção de m~~d_o. ' c-. 1..- > , , 1 ', No entanto, o i~s!_i_a..~Q do saber decorrente da análise da experiência \, cotidiana não pode ser descart_~_?· porque é a "imediatez que é o ser, ou a ime- ' diatez para o saber", como esclarece Hegel (2001, p. 29). I(' \r . , ' 1. . · • O fim, portanto, não está na imediatez do ser, na forma imediata como esse ser aparece e, ao mesmo tempo, esse imediato não pode se~ abandonado. A experiência advinda da certeza sensível demonstra que a verdade não está no objeto singular e nem no indivíduo singular, pois, nessa relação, o aqui e o agora imediatos apontados são desalojados do senso comum, negam-se mutua- mente na mediação que estabelecem com o universal. A certeza sensível exclui de si toda oposição e, por isso, ela não suporta nenhuma diferença. No entanto, quando se apontam esse aqui e esse agora, eles já deixaram de ser, não são "um simples imediato, e sim um movimento que contém momentos diversos. Põe-se este. mas é um Outro que é posto, ou seja, o este é suprassumido" (HEGEL, 2001, p. 79). Trata-se de um movimento no qual a verdade resulta de um duplo processo de negação. Hegel (2001) indica nesse movimento 0 suprassumir de uma verdade na outra. Ele diz que, ao indicar 0 29 Marilene A. eoeJho . ido. Ao afirmar, como fW~gund .. d . ele já foi supJClSSU111 .d agora como verda etro. . ela . á está sUPrassum• a. . verdade, 0 que esse agora fot, l ~ os para apreender esse movimento no Faz-se necessário despender ~s lorÇ não descarta o imediato, mas o . ,. . sensive que experiência da consctencta d ao mesmo tempo- Nas palavras d . d -o e o conservan o . ifi -suprassume, negan ° . esenta sua dupla stgn tcaçao verdadei - Hegel (2001, P· 84), a ~pr~çao apmro tempo um negar e um conservar. O . gauvo· e ao mes ra que vtmos no n~ · intediatez e é, ele próprio sensível; por~m . nada como nada dlsto, conserva a é urr:a imediatez universal." d d , . , 1 dar-se conta de que a sua ver a e e o unJvcr~l e A certeza sensive , ao . . m ediação ela não pode captar o aqw e o agora, cam1nha para que, sem essa ' d · · uma outra dimensão, negando, e. ao mesmo tempo. conservao o o tmed1ato. Verifica-se na processualidade do pensamento que busca captar a verdade que 0 imediato é constitutivo e constituinte do movimento dialético. Como 0 --V d;.;n~~l;i;.;eúto desse movimento da consciência está interligadõão descn· ; volvimento do mundo objetivo, o imediato tampouco pode ser descartado da substância, do ser. O modo de aparição im~4iaJo do mundo objetivo constitui J-, · ' um elemento da esf~r'! . !ia~vida _çotidiana. No entanto, é dessa dimensão do .' ,c i,mediaJQJlUe R().~...!!f()!J'e!.!!J!UPrassunção para outros níveis .. de ~~~sciência e •. · de práticas sociais. · A verdade, o conteúdo real da certeza sensível é o universal C el , . • . orno o que a quer captar e o aq~l e o agora, cujo conhecimento é revelado naquilo ue permanece, algo que e universal, a experiência da consc.. . q para conhecer a verdade, remete-se à - tencta, no cammho (2001, p. 83) ao contrán"o d rt percepçao sensível. Segundo Hegel , . ' a ce eza sensível · í · e a umversalidade, "assim t b' - . • ~ pnnc pto geral da percepção d. . . am em sao universaiS s JSttnguem tmediatamente· 0 Eu , . eus momentos, que nela se O princípio da univer.sali"d de um universal, e o objeto é um universal" u1 a e emerg d · d · res ta da_ d~struição do senso comum d e a ~~. ag~ção da certeza sensível, ~d';. ~e~attzada. Por isso, Hegel (2002 a exper:encta universal, da simplici- çao nao e mais u , P· 83) dtz que 0 d sív 1 m apreender aparente [c apreen er da percep- e , mas um ap d .~enomenal] A • . reen er necessário" • como o da certeza sen· essencia da perce - , . sujeito. O objeto n . pçao e a universalidade t a sua natureza e ecessita de exprimir a sua sim ~~~dto do objeto quanto do d , para tanto P ICI a de d · · es, apreendid 1 , mostra-se como . me Iattzada como as pe a perce - uma COisa d · negação, a diferen pçao que contém e munas proprieda· b . ça ou a múlt. 1 • segundo H 1 ( o o Jeto, é aprendid tp a variedade e ege 2001, p. 84) "a co · 0 segundo m sua essê · • ' nslgo mesma. as propriedade neta , isto é, a coisa, s que cont' em ao relacionar-se ,. 30 l • 'tf fft4l I'! 1u l~b I"" pt" ~ntr dr. rfft . JWtl. • t dI f f" f"'f14 f"t p ft '1:J~ lir'l.l..aL- pf~ q • "" I* fC' ' • n.. j r w:i. tl• • ?• -ti n.- mulur at ~~ r -m c-nnud.f"f'~~ •rtt= ,., 'f _. ' IN"'Ut\0 (P:fl • ntr ora A• an.á ltN"'t dn r tnm qut" o fiMI f~ 1 .ncr rr~ unn.al nhJMI •" 1 d at n furt ptn , crn:r dot A lr~ f'1ac mnu • toea..al nn lmh111l dA .... 1,. .apt .- lu A • • • ,: • ... M> • ~ "' • ..... • • uonal w drJ"AU• • r1'• c ..a pc .a.L. p.-1 t ímrdaalrL f.un P'' (, ••no.-1 ptr • 14K14t.t(mn~• 1 r tt.c 1 ~• po t ' ~ ' t ... J'fl" IJlfl!"C"nll tcJO (O"fnO • f'. .l f'f ' lf « · tanto na rnrntr drnmtun..~,J,. f'"' ~r VJllctrumn, qu...J nlrl n• ru u. tfr .U í f' ~''-~mrnto p<,. muJrr "' \ O prnft."!ltctfl.al f1CJU.Ut • flf n unrn " aN d N .. u • ••• d.u pt"lo indavfJuo (' •ua f .. m 1l1 .a. 1•t n . klf'nC t .- c. T.a l w!r n ufkac_lo, nu n lhJ~tn'M.t u n. dJ ..- mr l t.-nr r a rw- . . .,J,..., ... 1 .. adt-quada: ar~nl ... ahmrnt.ar rm nr~~ ' t .. t. rn.-n .... n ,lt(Jf • r .. J .a dr mnra,ha ~m mt r.apc.••-. ln à mnr.ul..a r1 f "-~ nr~~ rrmrtr ~ una..,rr-.... 1. d~. ao m t'lm o te mpo f'm quf' I nn Enttt"t .anto. t .u o u•<hdo n - ru l p1.ra qur o IJtf'nt~ prufLS...uorual IUo ap.a.rT"Ça umpl~tr omo um .& ntr ht rnantpulado por um _., in,•uivd qur t'!tubdn:t" o ad~u.ado. ou qu n o .a rrça como ínaatutdu r da u•ni.Jdt', aqud.r qut" ~napub. 5«-gundo Ne-tto (1001. p. 8Q). a afi~lo ~o NUtut ptu t~uun.al ur rem pur meto de um duplo darum LSmo: aqudr qtU> ddl.aKr~do pd drm..a n d..t.a qur lhe do lt)(:Üalrnc-ntc eoltw..·•d.u r ·~udt" qur t vu btlr..t.adu pd.u s r~rvu l?PI!ri~ de:-~,!'~"-' {t t"Ónnu «' pdw:o Stk"t•L5L .apus ou n tl p.u., r pnndn b tt'~U~t<,'()N c-.-trinK"<.:u - r "'t" t . rnfi.nt, o ( '<&ntpo ern 4Uit 1n ·,Jc. wu tutrma dr gbc_.r·. • l f f r ,. O obscurecimento da~ duplo din~mismo conduztu ~ (><'n r~ 0 - -- --- --- -- - ( autoimagem da profissão construída pd~ disunçio ~nt~ o Mt.Uutn h '1 ' "• .- prático-profissional, _afirma Netto (2001). O ~1xo de drnu nd.u h ,,llltl sociais -que se a-presentavam como uníveno pmblem.iu o ortgm.&.l P·H~ C) Serviço Social foram as sequdas da que-srão soeul. Ao tnmu ohJ<1o c, intervenção continua e sistemjtica do Esudo, tendo em vuu o nn o r rJ namento econômico e polftico para a.\.~urar a e~n.slo ~a acumul~\ 0 d capital monopolista, a questão social foi fragmcnuda, e su~ cxp~~ tt ~ das como problemáticas particulares. Nc1to (2001) analiu 05 nC'x( ~U.\4 ~' entre essa dinâmica no processo de constituiç~o do monopólio e d4.S tnn mações que ela implicou no papel e na funcionalidade do f.\tado buq~u~ r 0 desenvolvimento do Serviço SociaJ como profis.üo. JCU núcleo org.&nt7~ttv sua norma de atuação. As seque las da questão social foram recortadas e aprttndtda.\ romo prn 1 ~-~ticas particulares pelo pensamento e pcb idrologt.~ bur~u~. ap.u cn como problemas sociais e as respostas a ew tambtm foram fra~mentaJ In essa conversão, os ~roblem~~uis transfiguram ·~ em pmhlC'nw. J'l'C"''.n•u' dinâmica e a lógica operada remetem à rcbç.io ent~ o púhh o c o pnv~do. r conecta, segundo Netto (2001 ). ao girol que a or~aniuçio mono{l')h ~ d~ dade burguesa conferiu ao enfrentamento das rcfnçõn. ~ quc<fj . ui c Jrn va da contínua, sistemática e estrat~gic-a intcrvençio nt~t.t.l ~tlhr~ d~ Nesse contexto, a refuncion~liuçlo do f-'lado nlo .1h.mdnn.1 o funJ~ mento do individualismo da tradiçlo liberal. A n.tratf Jtt.l de impl<'mt·nuçl o de políticas Sociais públicas na f~ dos monopólios para O enfrcnt,Un<'ntn J ;u sequelas da questão social, visando criar condiçõn soci.1u pua o d~nvol vi · mento do indivíduo, não retira a sua rcspo~hilidadr sobre o seu dMtino. Ao contrário, o princípio da oportunid.;ule dJd~ a todos, nbcndo a c~da um o aproveitamento das possibilidades que podem s.cr acesuda..\, tanto se acentua e se legitima na organização monopc.)lica, pelo viés da psicologi1.ação da vida social, como estabelece um relacionamento personaliLJdo entre o indivíduo e as instituições. Conforme Netto (2001, p. 42), tais estratégias não solucionam as refrações da questão social que afetam o indivíduo, mas '"são suficientemen- te lábeis para entrelaçar nos serviços que oferecem e executam desde a indu· 1 Conforme Netto (2001, p. 34-35). no movimento que determinou este giro, •contluüam quer 15 exigências econômico-sociais próprias da idade do monopólio. quer o prougoni&mo polloco-- social das camadas trabalhadoras, especialmente o processo~ luw e de auto-organrza~yào JJ classe operária; mas intercorreu também, com significativa ponderação. o novo cbnatmsmo P'-'ll rico e cultural que passou a permear a sociedade burguesa com as crrscentn dlferenct.t-,·Õé~> 0 interior da estrutura de classes•. 32 ~ -.. ~ ........ - - çelo componamentéll at~ 08 • d · contcud01 ~ 11. • • • or em monop{,Jica... conumaco-socta~ mau1 ~lu·ntt"S da . A~ mover-se de acordo com a~ 16 . . • . dtmensao da rv-rcepção N . gtca, a ~ons.ctencu tende .1 frear Ao(' na . r- · aQA cond•çl · ctmento da realidade a um h' .~. 0 3.'-'utcntc soc1al vmrula o conhc - 0 Jcto em s1 El d trabalha como Uno. Tal probl á . · · ·c ctccta a prohlcnúttc.~ com a qu~l em tJca ~ apr~nt d . d . d vivenda, e. como as suas Te5e . · a a por um m 1ví uo que a • · TVa.\ _própna.\ de (! ( ' · • . não se encontram aptõ~s p - - - orça tconc~ e pr.ltJCo · IO<: Ja t.~) ara r~ponder à.• rc . . - ciência interrompe 0 seu qut.\JÇ~ extrinsccu. a sua coru- cuno e pa."~ a m . I bl . . com o mc.•mo conteúdo A . f. .. antpu ar a pro cm~tta sempre · ~tt.~ açao buM:ada n4-} · • · repouso quando ating'" 0 -~ h . · r·- a coruacnc1a cncontn ... ).s con cctdo ou . ' 1 .d t . __ .t. • ) • o accatavc , corut cndo socialmcn- e ncceMc~no pc o pen5amento . d 1 . . f: E é • e 1 co og•a hcgcmômca que norteiam ~~ azcr. es.~ a quc~tao. · Para o a.~,istcnte social CUJ·a ' · · fi . • pr.atJCa se guaa pela pcrccpçjo, o seu f;&zcr pro Js.,mnaJ ou aparece como algo . t L-J ·d d J d . " n .. ,JC cc1 o c for.~, ou õlp.lrC"CC como resu ta o de sua expencncia e captacid d d · 1 · · . . . . .. c c mampu u u mform.1ç()("S tnru- mJtJdas pelo md1vfduo que recorre ao Se · Soe' 1 N · · · • TVIÇO ta . õl pnmclr.l SllU.lÇ.JO, ele se ~ntc_ mampulado, mas a sua con~icncia cncontn um ponto de rcpouw que JUSttfica o seu fazer. Na segunda ele m-.n1'pul ... por m · d · . . • . • • •· cao c S:Uõl cxpcncn- Cia,_ a Slt~açao c, ao scnt1r-sc como o in.,tituidor dta , ... ,d~clr. porque dc ~um me10 um~er~l. proc:ura remeter o indivíduo que bu.scta o Serviço Socital par.~ ~mesmo Jngo _de satisfação, e o U5uár1o t levado ta reconhecer~ su~ pmblcmi· Uca e, por meto de suas força.,, revenc ·la com o reconhecimento d4S oponu - nidades que estão dadas. 3. A força do entendimento c a prática profissional A prática profissional do as.~istente social, cujo movimento da consciên- cia repousa no entendimento, encontra a aparcncia dos fenômenos e a toma como se fosse a essência. Nessa dimensão do movimento da consciência em busca do conhecimento do real, o conceito emerge da reflexão referente ao interior do próprio fenômeno como uma totalidade do aparecer. Os fenôme- nos não revelam o que é a realidade, a essência está escondida sob a aparência das coisas, e o conteúdo encontra-se envolto pela fonna, pelo fonnalismo. . qs aspectos que sobressaem na análise da prática profissional orientada pelo entendimento são a naturalização e a fragmentação dos processos e fenômenos I iocfais-e -a· questão 4o métÕdÕ de conhecimentÓii_nterven~ão na r~~id~de. V cri fica-se, na descrição da prática profiss10nal CUJa consctencta se pren- de ao entendimento, que a naturalização dos fenômenos sociais tem expressão • o' ... . I . cnfrcntada11 no cotidi t.tn r \ ~ooa ~Cl • . r 1 da q•w.<t ,,(, I . r-L c r r da, ~ • .s t a da que H .~ ~~ur a• r ;a<;àcl , ,, ( 3 ,. '. . . d ( j na f,,tma 'm" ._, l v ,hu'· pc-'la n A . 1 1. ,_cnJtur«~11 f((_nu ;u , lrg;jJ\ .. hl "'' "" ' fi ~wn'-~ ... ,. r , '" ' m rn' ("tn• I. ,, ' .. ,rn·ft ,,, prn I I c ~c aprr~cnta m c ~ão r,- f ) - l l ,..irqua\ •'' c I.,,.,,, a.~ cpa . . . '', ~ • .. '''U'' c"w'-- _. r-orno ( t I ... ., ~ j ~crnt e so<:ial. TaJ.s ca r;Jc " · • • na' '"' " · I aca JX' 0 · - · }'.un~ ntu 1 la• ,te fcnnta """' 1 , tomad ~cu como ind1fe ren ,, h i 'r ~P"'nuh . 1 tn ultt" rna,., n ~"l' • h _. m~~nu anlrntf' 1111 " . · ' lc ~c do cnntrúdo, porque ·I } n t • • ~ am 1 forrna 'IIH · · .... . , i "''~ c-nU't" ~~ mMtna~. . concluz a conM~ H'n C J a a aprP.-n f' ,n,J~n r I ,ta em ~• mr~rna. . d • , ..l a f, ,t"n'A. <: ~O!'U ('f a . a fJrc'lf)na forma fte t ~morr1 ~~ uan'"' ' , t:"nte. c, por a. ~o. . , n. mC"n ~mo t'' .JnNC , 1 la ~ torna o pr6pno c onteudr . J ntt' do contcuun. c . d . d •aJ.a ("'tT'O tndc-pC"n c- . t soc ial é cha m a o a 1n 1c ar .._, " · l ' J • u a ndo o a~t~tcn e s~ nu• l("'S.. q . . I elas anarcccm como o prr ed 1• 1 ScrYlço Socta • or"<~ :L- -- . . . • r m ncf~ au·ndtd» r<' 0 . 1 d tudo de critério de cleg 1 bd1dadP, ( tnaocm 1 au o, ~ rnrn H"' , apo•o. n • . • rientaç~); ora aparecem co r; 1 d~~tramento. reunaao. o . . ,~, ~ m u r . ro~ . d ou ficha sociocconôm1co, quM 10 • '. l tkmro(cntrcv~Sta,e5tU o . .) . d t n rurnc"'nta . I ( I . · namcnto conflitO fam1 1ar, oenr ) mo pmhlrm~ socr., rc aon • . • ora d . ( ilização de vagas, entrega de c~ta de ~ .:- ~'- ora mo t"Ctrat -'R'u t' açao ag ] ' · d • ntinuada contatos com esco a, cncon : -mc·TU hl-ndlaoa ~ prn uçao co ' bmihu ~c . ) . - d 1· · 1 • 1 d procc;'S505 sociais invoca a concepçao ua 1St4 ~ e rutur.a tuça~ os . , _ _ -v-<bdc- [)(> um udo. há a coisa ~m si. os fenômenos que J3 estao dados, r. ~ J'C'dr-m _..,. C'OnhC"Cidoa ~ n~m modificados, devem ser aceitos, pois não perte:: - C("l::S ao rnno d01 hom~ns.. rúo resultam das relações entre os homens.. e . e outro~ a~ f-rn6 mtno& qu~ podem ser conhecidos por meio da intuição e :o ~to. ro as;pt"<'tO a a-r ~ltado é a fragmentação dos processos socu . :\ t<r ~- ~u.ndo l..uk.ics (1979a, p. 79), é constituída por ·complex d n· - mu'U6 muh.tfauklCDl ~por suas múltiplas relações dinâmica&. enqua nt o o uu ln'\_o I · pu dto apur a~nas o fenômeno imediato ~ suas reprodu~-~ " t.rarta~.. f«-nbmrno. ~pudu. ~m sua im~díatez aparecem como uma u niver- hd.dt- Ule..Of'\d.\t.iora<h. como uno. como um fragmento que se rdaciona coro 0 ouu -o ·~ p4.l'"a fin~r u AJu prnpried •u.lra ~. dt•l.as. d~rivar o o nt:eito e m O rntrnd.u:nrow ~o n.t4~lrt. r 1 cune•ãu daal~tit:a e contraditó ria e ntre as ~•to.aJ.. 0 1 PftX~ wx uu. •• nld "'" a r .uão dâal~tit:a . F.m d~corrênc ia, na ) .. lrnf"dtatl(ld.c:J~ na rT.tic. rrnfluíona1 do AA&IICt'nt~ Social dim~ndo do ~ntcntlimrntn , ... 11 · 1 · · · • .... ' 'I" nA parecem t~r urna cxa~t~ncaa autt)noma, .. ~~c é o nrindJlin da frdf'lllntlt .. . .1 A , ~ d 1 .1 · ' • .- \ • n~d(), u•n a 3 fl' ação entre o entenuamcnto c a ra1..lo, tukác.A (197Qa, p. 79) r~·l;~rcre: a raz.lo ~ drAcnvnlve ~mprc a partir do intdrcto, ma~ amhos - na medi - da cm que ~o nrirntadtl5 para a mr~ma realidade - u~rn ;u mr"m<1~ c<~tc gnria.' cn~uanto prindpins nrdenador~ da realid11tle (embora ~Y ~jél captada d1fcrt'ntcmrntc}; ou ~ja, u~m a~ dcterminaçôn reflc-xiv<~.~. ·w'" que o intelecto rcali1.a ~Q operação na fal~ separação imediélfa c a r<~7..io o faz na Vt"rdadeira coordenação dialeticamente contraditória. O ohjcto d~ituído das conexões dialéticas e contrélditórias com os dcnuis ohjt'tOS relaciona-se com a unive~lidade apenél.s pélra firmar o que e le 1. t'm si, como uno incondicionado. Para o Serviço Social, a.Q fngmentélção rcsultél em conscquênciõl.s que se rdx:lonam com a própria natureza difusa e polimórfica da qm.•stãn .sooil l. como afirmam Netto (2001) e Guerra (1999). A fr.1gmenté1ção dos complex05 sociais é a forma ideopolítica como a sociedade capitalista re~ponde às contr4 - diçôo socioeconômicas e político-culturais geradas pelas relações de produ- çio ~ a Jl1lrodução social para garantir o controle social, tendo em ví.~u os a.nugonisrnos entre as ela-~ fundamentais. Como os processos soci4ís s.io fngmmudos.. as respostas às contradições e aos antagonismos que emergem du ~la.ções ~ntre as classes sociais também o são. A com_preens.ã~ ~o _Sc~iço ~ial determinada pela forma fn~ment.uLt & inw-rçio r apreensão da realidade com base em polític4lS soci;aís ttptfi ·aJ...u ou em problt-mu wciais singulares tem a sua raiz no pcnsam~n~o pc:~íti __ u ~ R ~ncontn pr-eK"ntr desde a emergência da profiWo. Na atu.alu.i.aJe. a teo- dfnc.a â fragmt"'nt~~o do Serviço Social em ~peci~lid;ad(~ ~.1nh~ força~ vtil- bihdadr prlo gr .. u de competitividade no mercado de nab.alho.., d~·ont>nt~ lLa corri.da d» profta.JX"'& pelo& Mpaço& l.ódu-ocup.u:lon.ai,, 1x-l4 quebra d.:.1.1 ron- ttir.s rntre 01 iólberes r a eXtJ;ti>ncia de uma mão de- ohra que donune, élO m.esmo tempo. conhe-c.:im~ntc)!l g~ro&LI p<ir'it o exc-rl.kin ~e múltipLL' tare fc1.'i e conheciment01 e~pedfic.o1 p4rlil re-&fM)nJc-r à w-Kmrnt"\~o lntertU . . Para ess.e tipo de pentwun~mu. a naluralit.cl\àu e a tr .. gmenta<_:ao d08 pro- CftiiOI iOC~Í.S são prindpÍ(J$ d~lc-m1Ín4nle$ que tur).tlll o que Co~ttr~h~ ( 197_2) d · · d n 1 undu f ' m con"ruêr\ua com eossea pnnclpt08, ha o t"nomtna senumenro e · · n • · · od . ·enrlo rw:ll5ítiví.Ma o conjunto de procedimentos propno met o. ou. na ac ,...., r - • . . . . . · · L--- d ....,.., racioru&i.J que vt.Um <~ungtr um objetivo deter- raaonal.S. U4bC'a 05 em reg·- .. mwdo. O conhecimenlo do objeto, d01 fatos SOC14l1.5- JS ........ -. l. mf" n l 36 lmf'diaticidadf' n• ~r,tka Pmflutcmal do ÂMIAif'nlf' Social mento rcaliuuln. A ~i~tcmati7.a~·ào dn~ tl •uln~ c da~ atividade~ cxccut.ada~ redunda em relat<\rin~ conci~n~. nhj"t ivn~. Do ponto de vi~ta dn JWn~nwntn hurRu(\~. cli~tin~tuc~m - Rc o~ cont:citos dad~ • pn·on· c~ conceito.• a po.(tt•riori nu cmpfríco~. o~ conceito~ empíricos vinculam-~ à.' n,~~Ôt'~ R<'nti5 que 5rrvem pam a da~~ifinu~·ào do11 ohj"to~. Com a prcvalrncia da manipul<~\'àn de variáveis cmpfriGu, tb~ cla~~ifica</J<'~ do~ ohjct(l5 dC'rivam os conn•ito.ç «'mJ'fn'co.ç c, corno tnis, podem relacionar-~ som<'ntc com uma variável ou o cru7..arnentn de dua5, trl\s ou mai~ variáveis, pc-nnanC"C't:'ndo ~mprc a cni~ em si. objetiva, em sua factualidadc, do que dccorrt' o d~nhramento do nhjcto, ap~endido em sua evanescência, au~nte dc dctcnninaçC~. de contradiçôcs. de mediações, apenas em sua positividade. Por tratar-5e da realidade apreendida somente em sua evanescência, ora o ohjcto ~o prúprio usuário, destituído. por aquele que conhece, da capacida- de ~ra enfrentar os seus problemas, com suas dcbiliclac/('s físicas e culturais; on o objcto ~ o problema em si. permanecendo nes.~e jogo a prevalência do objrto preso a forma. Redunda des..Q din~mica intelectiva a busca por novos objn05 ~ra o Serviço Social. ou por novas dimensões para a atuação do as.~is trntr soc:U1. e. t .. nto pode ser caracterizado/justificado pela problemática quanto pelo procedimento ou estratégia de ação. ~ ~istcf!1atízações da prática profissional cujo discurso permeia-se pelo ~tmd.imcnto! ~possível destacar a permanente busca por modelos prescriti- yOf _ _que homogencízam as objetivações mediante a aplicação de esquemas, modd01 de comportamento e de conhecimentos aplicados ao cotidiano da prática profJ.SSional. Nesses esquemas, prevalece a prática burocratizada e a • ~tiva.. u fo~ privilegiadas de reprodução da racionalidade formal -abs- tnt.a.. cuja consciênc~ atém-se ao entendimento. 4. Razão histórico-crítica e imediaticidade Os ~ru.ament011 fi)owfico, socin),)gico e econômico da hurguMia - ou vincuhdoÍ ao& seUI intereuea - prendem-se à 1fenomt•nalitladc dos processos sociais, como o ftJncionalismo que fundanu-ntnu o Servi~o Sodal tradil:itmal, ou a perspectiva fenomenul6gica na reatualiz,;~~·ãu do corut>rvadorismo ou as tendêncw pós-modernas na atualidade. Contudo, a imediatkidadc que orien- tou a consciênc~ até eua pa.s&OJgem não pode ser dcsc·artada. desconsiderada. A imediaticidade tem um caráter social, e, segundo l.ukát:s ( 1978, p. 97), em •toda SCK:iedade riamente aniculada, ela é tão somente o modo pelo qual aparecem mediações brgament.e abwrvidas. as quais o pensamento e a anáJi- 37 / Marilen~ A. (oefho . I ~ '- d -í m a imedí;dic-i.d&de r., ;,.:'<.'r.; d d~robrir na realidade superan o aAA se evem '-.7'- _ conceitual".. ., 1 d~obrir/c(fnhece-r a~ med í.::st/~ ~:.>".f:..!" ~ Para desvelar a reahdade socla ' do scn~ível do i :rned í;tt.J'J~ v...-~,.-- .R: d d sociedade, parte-se ., - . . : r vidas pelo modo e ser a )tas as múltipla~ r eiaçtJI(;:\ e-ntre r: t-r :r.~:. .:'<:, _,. i na imediaticidadc se encontram oco dcm M:T ap-recnd idr~ nf) mr.;--r:~::.~.'.-- . 1 que somente po · . _ o particular e o umversa , I à 1 z as múltípl~ medta(;-~ q ;e u.;:-.~- . , . d l'd de Para co ocar u É ' l L - to dtalcuco a rea 1 a · . l 'd d parte-~ do crm creto. u.e•.:~r~ 4 ;:.~.:t . I 'd de e a umvcrsa I a c, - tam a partiCU an a 003 . 248) explícita o proceuo d e ab\tr4r~o q ue u .::- ' sagcm na qual Marx (2 ' p. d real· .. o co ncreto é concret..rJ prn 1~ ~- 0 conhcc1mcnto o · ,. duz o pensamento a . - I go unidade da dív (-rs-ídade. / d 'lt . las dctenn1naçocs, 0 ' síntese e mu 1P . . cri · determín.a.ç?~ a ~..t: :'"'L"/.:t Na dialética materialista hJstónco- uca.,. as .t. .:. . d t por melO do pen$a1Tle nt.o. r .$ Cf.r.: ~ --dcm à reprodução o concre o ;.~~rico-sociais para a constituição da razão dialéti'; de ~.La:....: /:f A: 1988) foram estabelecidas a partir da década de 1840, quan_ o_ se c..on.VJu-~ -_A ·d nciaram as possibilidades e os hmttes do mcxn :: ordem burguesa e se evt e . . , . . , . _.- ser da sociedade do capital. No quadro de cnse h1stonco-soctal ~ teor~- tunl que se instaurou naquele período, o prol_etariado ern_ergtu ~o ":"../.. cJ.asse em si e para si, "capaz de resolver em senttdo progr~~ as nov-~ ~--- tradições geradas pelo próprio capitalismo triunfante•., as~m.ala Cout~ 'J (1971.. p. 8). Dessa crise teórico-social surgiram., segundo ~etto (1 994), ~_c-...!.4_ principais matrizes teóricas da modernidade: a obra m.arx:ta11a e o par ra.C'..o-::4- lismo analítico/irracionalismo. ---::- ', ~ ,.,-- A teoria social de Marx estabelece a crítica à ordem burguesa na pe~ ( tiva da classe trabalhadora e elabora a ontologia do ser social que t.em o traba- 1 lho como categoria fundante, como práxis, no qual, ao transformar a nature- 1 ~o homem também é transformado, eleva-se socialmente, sempre fazendo \ recuar as barreiras naturais, sempre construindo a humanidade. Marx. segun- do Lukács (1978, p . 85). elabora a sua ontologia valendo-se de llJ1U lógica fun- damental: que o .. ser é um processo, o da natureza histórica do ser de qualquer formação econômica e, portanto, também do capitalismo·. Ao desvelar o ime- diato, Marx (1988) demonstra que o capitalismo não é a forma eterna e abso- luu de desenvolvimento social e, ao mesmo tempo. desnuda, combate e criti- , ca o fetiche da ordem burguesa e, consequentemente, o seu pensamento . .f.-"' A razão dialética histórico-crítica pressupõe o saber imediato e o enten- dimento, mas os ultrapassa e reproduz o d~nvolvimento da realidade em seu -~ovimento contraditório, em sua complexidade. Ela toma-se a teoria~ que extrai da própria realidade as co~dições estruturais e as suas transforma- ções históricas e, se "formulam leis, estas abraçam a universalidade do proces- / ~-..- ,.. { / 38 ,. ..._ ..... --- ,.../"" ' ~ ..... taon4mc-ntnl qur hn-.c .a-ram - - < •~ d r _. 4.. "~ u ru d~ C'AfD"' - a pr-nftA.io .._._4rt"14m . · ,.. •-- ap.-r fl-a.• Wf ~n.-nn ~ uJ.t c nm M .a lnt...--. 4.1 h hi-l4k ~ d ... ,. • .a a u~t ~ A ~"Jl""C• • a ~ an..ih~ .- .1 d.a JXIa r-;at..io m.atr n..ah ..a.a ~r "'hl n..a. .a r-.u ..i.n d.a pof P.t.an . quf" J"-'t ,. <" n4J u pc-rd r dr Yl"t .a nrm me-"\ l'1l4l por um I • cnrunf rK J.a d .-.. hrnf\("ne 'l envC'"fWmrntr, dMrrman.t a tu .t on ,; O pnx·ruo de v.d.a , ,..,.1 d.n• hnm.-ru • huh ,., rsutrncu hum..aru. r . pnt1An!». um c• hnmrn• p.lt'a f~u•f hst1{ f iA . W ra Marx (1007. p 4Q) A .... ,~ · ~ m.- humanu I o pnmruo .arn hnJnt~ r; dt• h • I uma conda\lo func.Larm- niAI de- cr-..J..a • c u •ci na r drvt' M"f umpnt.L. tc..J•• n111 d ,...._. r tod~ .__. A pr·.hu:• ~ • •tu·uJ.,,J,. .,.nu •-rlmrntr hu r ' d.n .au vo dot homt"n&. O m~tt"n.ala•mn h t.at a\nc. o r1Ut .artT'C"nb a wcr ~ hum.an.a romo ativu.bdt" ohJt"'Uva. da frn.-ncrmrncr d n tdr.a h.UTtO. que' .apr~t' a a rvt · (Üdt" dC' m~nt"in aM!r.ata. como ai~ qur dncr do lu. 11rnd..adr ~rmavd humana rquival,. l pr.íll< • l subl"'tV1d.adc-- x-n.•b.Iu!Mlr. aqcunclo Lobu3 (1990, p. "'4),1 consulrra.U por Man tm dott ..-nudao- "ck mundo ..-n.t•d ,. ck ap~o d<S!It' murulo. d uunto do rntrndtmrnto" (Utfo elo auto<). ( Mundo ..-rudvd é "produto .U rndUstru r do &u<fo Jt>CW. no ..-nndo tm qw: Iam produto hÍilóri o, o ....-.uhado cb auVt.adr dr wda u~ IIÍ:~ dr ~era· çórs", -iiUII& M;an< (2007. p . 61). Ca.b ~.-ra<,·io proa<1;U<" d.-...nvolvrnd<> .. fo~ produtivu. a forma dr int<"n:Vnbto. r modtfu:a a org•ntLM,W .. ,._ ... ! ir~ndo id OIYVid nt'C..,..id;ad'""- A ativtdadr ..-JUlvelm<"nl<' bum.an;a tr•rufur- ma, ponantn. a ,... .. li.Udr. A prJti<·a tr•na!Ornutdor• da ,.,.,luU<k i pu• 1\.f•r (2007) ni · J ·, 11 úna ou allvtd»dr prJti<"O cnu<il. "''""t.o ptl.o qu.sl a p Sl.J trVU UO •& 2 LO u" s. o:J.: • ,., I ... Marilene A. Coelho · amente as coisas (Dinge) qu "muda prauc e mundo, que homem transfornla o . ., ·(i rma o homem. - . 1 . trou diante de st e trans o . 1 te prática, a soluçao racional dos c e cncon . . 1 é csscncta men . . C toda vida soem · r ômenos soctats - aparentemente o mo _1 • • • d·•de dos 1cn . . ~ . ocultos na itncumtlCt • t m "sua solução racional na prá, mtsteno..~ . r· ados- cncon ra caóti"'-'<'-~. insolúveis c nntura tz .J, essa práxis" (MARX, 2007, p. 29). O ato .J ' ~otnprccnucr " . . d . humana e no ato uc c . ' -o da essencta por meio o pensa, xts á . . hca a aprcensa de compreender a_ pr· xts unp r li Marx (2007, P· 28), "não _é uma abstra, " . 'h lan·t con•ormc , . d - mcnto. A es.~·ncta un • ~ 1· E sua realidade ela e o conJunto as rela, · J 'víduo stngu .tr. m ~ · , · · ção inerente ao 111 1 • _ á .. 1. do do contexto, pois e um SUJeito que - ..... O indivíduo nao est tso a çocs S<~tats . " . s e é por elas produzido. pn'Xiuz as circunstancta ' 1 . descrição da prática profissional dos assis- E.~ fundanlcntos a tcerçam a . . . . . · d razão htstónco-críuca. Destacam-se, nessa tentes soctats na perspectiva a . ' - d , . . · A primeira relactona-se a compreensao e prati- nrrsnl'rltva duas premtssas. d h , 1 d r ·- · ........ -- .' 'd d · }mente humana transforma ora, orno ogo e prá-ca como atlvt a e senstve _ _ _ _ . ' _ , xis. que -;ncontra nÕ -procésso de trabalho a sua expressao Impar, porque ele funda 0 ser social e nele comparecem a matéria a ser transformada, os meios de tra~lho e 0 produto, sintetizando a teleologia, a objetivação e a causalida- de posta. A segunda premissa é a compreensão da prática profissional como cons6tutiva e constituinte do conjunto das relações sociais e, que7 portanto, naopode"serápr.êenàida a strãtnd~ádo processo.hisiórico e nem pressupor o auistente social como um indivíduo isolado, refutando, portanto7 o viés 5t"gundo o qual ·cada assistente social tem uma prática profissional, depende do espaço institucionar, ou "apenas aqueles que se encontram no cotidiano inrurucional compreendem os problemas relacionados à prática profissional'. A ~nstituição paulatina da consciência no curso da evolução histórica peb ~~Ulção ~ atividade humana indica que ela é um produto social, é constuutJva do ser genérico, que deve atuar e se confirmar tanto em seu ser quanto em seu saber Os obJ. ct d ·d 1 h . . · os pro uzt os pe os omens não são, pois, obje- ~ natur.us. ~15 como se apresentam imediatamente, diz Marx (2004, p. 128), nem o senudo humano tal com é . d. bil 'd· d h . . '. 0 tmc · latamente e objetivamente, é sensi- J a e umana, obJetividade humana" A prática __pr:_o!U)Sional na pcrs • . ·. h.. . . . fundam~~to~ ~~ric~-:.~etqçlpló ka. ~;i~~~~-- l~t~nc~-c!!tlca ae_~~pna-:-s~ dos fissão ara: ~'a) apreend a d g . polítiCO e tecntco-operativo da nro- . - -· ' c r as cterm•na ões I . - - - - ·- ..r.--penne1am as relações soei·. f: . ç 'a egahdade e as contradições que h alS - en attzando t c / tra alho, o papel do Estad d . as rans.ormações no mundo do ,/ d . _ 0 e a soctedade civil 1 - . va o, as cond1çoes de vid d , are açao entre público e pn- (1\) I h a e segmentos da I ~e a orar análises, plane)· ar e fiormul c asse trabalhadora, entre outros; ar prop · -· ~ ) ostçoes no campo das políticas ..0 . ·~. • ' . , Imediaticidade na Prática Profissional do Assistente Social sociais - os seus avanços os d fi · · -. . e\'- • esa os. os Impactos, a avahaçao de programas sociais; ·~.J~reender e problematizar o significado do Serviço Social no âmbi- to das re a.çoes de produção e reprodução da sociedade capitalista; d) a refletir e sistematiZar o exercício profissional. Ao inve_stigar a imediaticidade na prática do assistente social. verificou- se que os assiStentes sociais, cujos fundamentos do seu exercício profissional encontram-se na perspectiva histórico-crítica, buscam apreender a profissão no contexto das relações sociais. na totalidade da sociedade capitalista con- , temporânea. O quanto se apreende das conexões entre o singular, o particular \ ~v.iaml:ntti-º~t~:tn!inà.dº~P-oL.çoruliçõe.s_º bj_~ilx~...e .. ~iilifctiY.ai:""~"1 ÍI}sl_t;i_!14~~.P.~~~0_!1Ív~ da. c~~s.<:~ê.!!_<:~~ --~~-~ce:Qti_yig~g~_4P_!TI!!ndº-~xt~tiºr~ ' o .9!1-e ~-ão _d~~nde ~nic~~~E_!:e do indivíduo, mas do ser humano-genérico. As condições objetivas são dete~i~~nt~~ ~~sse pro;~sso, p~-is.-"~ã~-b;~t~ -q~~ o pensamento tenda para a realização; a própria realidade deve tender para o pensamento'" (MARX. 1977, p. 9). Outro aspecto relevante averiguado nas análises que descrevem a práti- ca profissional na perspectiva histórico-crítica é o esforço realizado para se estabelecer a correlação entre as demandas institucionais, as demandas advin- das d~ necessid~des _~eai~~da cl~:_e~a~-~~~~~ra e~ ãémand;s d~-~~i~~J1 P.rofissã~. Quando essa correlaçao e estaoeletida, VIslumbra-se o cotidiano profissional nos espaços sócio-ocupacionais e se revela, na rotina diária, que as demandas sociais ultrapassam a capacidade de respostas das instituições e as · condicionalidades que se)pt.eryõe~ ~P trabalho do assistente s~cial. __ ... Ao apreenderem as mediações çQtr~-Ê--~~f.~r-~ 4!LÇQ.~~ftj.a:n_q~ na qual pre----- - - ·-··--··-· '-.__ valece o imediato, e (as demais esferas elo ser sodal;·sobretudo a econômica e a política, os assistente·s sociais vinculados à perspeêtiva histórico-crítica des- mistificam o caráter de apostolado da profissão e a sua funcionalidade à ordem burguesa no controle sociocultural, econômico e ideológico da classe traba- . lhadora, vislumbra!_ll as possibili_~a~e!..~~~ limites do ~rcí':!_~rofissi~?al:..... · Tal compreensão da realidade e da profissão, como parte constitutiva da tota- lidade contraditória, somente foi possível quando. pela prática crítica. seg- mentos da profissão começaram construir as baliza~_!.~~ric~:_~~!-~!.?..!?~~~~~ ético-política e técnico-o_E~E~~~_ya da profissão na . p~~p~ctiv~ da in_te!}_ç!o . c!~ ruptura e estabelecer a crítica ao Serviço Social tradicional e as vertentes VIn- culadas aos interesses do capital, desmistificando-as. A práxis é construída na P!.~~e~s'!~E~~fte.J!~E~!Jd!~~?f .. no ato de satis- f: - d - A ·d d humanas A prática profissional cntica que busca a açao as necessi a es · . . · 'd" · d d mudar as circunstâncias com a atividade humana de cotnct encta o ato e É · · · 1 , trui'da cotidianamente, processualmente. • pois, na manetra ractona e cons 41 A Coelho :Marilene · , . profissional crítica deve prauca . Pto d ser social que a a filiam à perspectiva de em , ~ do cotidiano o mpromissos que éll), es1cra no dos co var o caráter terre . ra-o humana. ctpa .. . B·br gráficas Rcfcrênctas 1 lO . . - .. aJismo e a m1sér1a da razao. Rio d 1 o~~w~l e COUTINHO. Carlos Nc son. Janeiro: Paz e Terra •. 1972. J"dade do Serviço Social. 2a ed. São Paul . Y 1 d A 1 nstrumenta J o. GUERRA. 0 an a. Cortcoz. 1999. d" _ ás-moderna: uma pesquisa sobre as origens da H .. ,RVEY • David. A con Jçao p 1 1989 mud.ança cultural. São Paulo: Loyo a, . . d p , . W F I:' menolooia do espfnto. 6. e . etropohs: Vozes HEGEL. 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